Fórum Defesa Brasil

Sempre achei estranho os EUA ficarem atrás dos europeus no desenho de suas embarcações... agora os EUA mostraram que ainda estão muito à frente...

Renato Maurer escreveu:

Andre Correa escreveu:Resta saber sobre a sua real capacidade, quando for aos testes de mar... pois tem um valor que chega a dar medo...

Qual é o preço estimado por unidade?

Abraços

3.450 milhões de dólares.

US Navy enviará laser experimental ao Golfo
A Marinha americana pretende, pela primeira vez, enviar seu Sistema de Armas Laser (LaWS, na sigla em inglês) para desdobramentos na região do Golfo Pérsico. O anúncio foi feito hoje pelo almirante Jonathan W. Greenert, chefe de operações navais da US Navy. Um protótipo do LaWS será enviado à região em um navio de assalto anfíbio adaptado. Experimentos prévios demonstram a eficiência do laser na neutralização de barcos de patrulha e na destruição de drones de vigilância.

O sistema de armas, ainda em fase experimental, só deve se tornar operacional no ano que vem, mas o anúncio desta segunda-feira vem como um aviso ao Irã para que reduza as atividades ofensivas no Golfo durante os próximos meses. A região vem passando por instabilidades devido às sanções econômicas impostas a Teerã pela comunidade internacional e ao impasse acerca do programa nuclear iraniano.

Os empregos do sistema a laser vão desde emissões não-letais para neutralizar sensores sem danificar a estrutura física do alvo, até incinerar barcos leves de ataque e aeronaves não-tripuladas.
FONTE: The New York Times via Militaryphotos.net (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em iglês)

No dia que colcarem um desses com mais potencia e operacional em um satelite, com certeza a Doutrina de Emprego Naval vai para o espaço...
Não no sentido pejorativo, mas acho que de campo de batalha!

Pergunta do milhão:

É possivel desviar um laser como do vídeo com espelhos?

Gerson Victorio escreveu:Pergunta do milhão:

É possivel desviar um laser como do vídeo com espelhos?

Sim.

Laser é luz, e toda luz pode ser desviada com espelhos. Não sei se seria o caso de espelhar aviões, que de todo modo não vão se aproximar o sificiente de um navio para que o laser possa ser usado com eficiência (em distâncias maiores ele sofre refração da atmosfera e não mantém o foco no mesmo ponto), além de não ficarem voando retinhos e quietinhos como estava este drone, mas acho que mísseis sim podem ser recobertos com uma pintura espelhada sem muitos problemas. E este sistema deve ter como aplicação principal justamente a defesa contra mísseis, em substituição aos CIWS.

É algo ainda em desenvolvimento, para ver no que dá. O grande triunfo deste teste foi o navio flutuando no mar conseguir manter o laser apontado corretamente até incendiar o drone. Mas o mar também não estava lá muito agitado e o drone cooperou bastante, além de me parecer ser bem frágil.


Leandro G. Card

O problema é que estando espelhado o objeto vai refletir NÃO só a luz, mas um bocado de outras frequencias. Então teriamos uma defesa contra LASER, mas seria um chamariz para outros tipos de armas.

Talvez a solução é o LASER ter uma potência tal, que não precisaria de tanto tempo para incendiar o alvo como no caso do drone do filme.

[]'s

NovaTO escreveu:Talvez a solução é o LASER ter uma potência tal, que não precisaria de tanto tempo para incendiar o alvo como no caso do drone do filme.

[]'s

É bem o que estão tentando, mas isso não é nada simples.

O primeiro modelo airbone foi instalado em um 747, e este da marinha ocupou toda a área do convés de vôo. Adivinha porque? Para haver espaço para os geradores e os acumuladores, que são aquele monte de coisas montadas ao redor do laser em si. Compare aquela traquitana toda com a instalação compacta de um CIWS como um Trinity ou um Goalkeeper, ou mesmo com um lançador de mísseis RAM.

Por outro lado, se um dia conseguirem fazer um sistema como este funcionar a contento os navios não precisariam mais ter paióis de munição nem carregar mísseis complexos e caros. E para a preocupação maior da USN no curto prazo, que são as lanchinhas adaptadas para carregar mísseis e explosivos do Irã, é bem possível que este sistema já se mostre eficiente. Até porque seria complicado para os EUA projetarem e construírem agora às pressas um navio equipado com grande volume de fogo de artilharia rápida (com por exemplo várias torres Bofors de 57, torres automáticas de 75 a 90mm, além de CIWS - algo parecido com os destróieres da SGM com armamento moderno), o que provavelmente seria a plataforma ideal para enfrentar este tipo de ameaça nas águas restritas do Golfo Persa.


Leandro G. Card

Cuidado com a solução dos espelhos.

Não existe material que reflita 100%. Se o material não for resistente o laser vai refletir por 1s e depois fazer um belo furo.

Apesar do site ser sobre o uso de lasers no espaço, ele trata bem sobre como se defender de misseis, e a velha teoria laser vs misseis .

Por outro lado, se um dia conseguirem fazer um sistema como este funcionar a contento os navios não precisariam mais ter paióis de munição nem carregar mísseis complexos e caros.

Iria-se trocar tudo por refrigeradores. Ja que lasers geram calor, que precisa ser retirado do aparelho para que ele continue operacional.

As a worked example, a 100MW laser with efficiency of 0.2, 0.5 duty cycle, and 0.1s firing time generates 20 MWseconds of waste heat each time it fires. 1000kg of Lithium, (with about 1140K between melting and boiling) can contain enough heat to fire the laser roughly 204 times.

Apenas desculpem os valores absurdos (100MW pro exemplo), pq o texto trata de laser para espaço. Onde obviamente se exageram nos valores. Obviamente é uma evolução o laser como sistema anti-missel.

Apenas expondo um problema que existe (refrigeração) ou que vai existir conforme os misseis começarem a receber proteções e contra medidas que exigirão lasers +potentes que atirem mais rápido e com maior precisão.

sapao escreveu:O problema é que estando espelhado o objeto vai refletir NÃO só a luz, mas um bocado de outras frequencias. Então teriamos uma defesa contra LASER, mas seria um chamariz para outros tipos de armas.

A reflexão depende da interpolação entre o formato do objeto iluminado pelo radar e do ângulo de incidência da mesma sobre o alvo. O resultado disso (provavelmente dividido pela distância) vai dar o valor (refletido) captado pelos sensores do radar.

Ou seja, para o radar não importa se o alvo é azul, cinza ou prateado. Importa a potência do sinal transmitido, o formato do alvo e a distância do mesmo.

Alcantara escreveu:

sapao escreveu:O problema é que estando espelhado o objeto vai refletir NÃO só a luz, mas um bocado de outras frequencias. Então teriamos uma defesa contra LASER, mas seria um chamariz para outros tipos de armas.

A reflexão depende da interpolação entre o formato do objeto iluminado pelo radar e do ângulo de incidência da mesma sobre o alvo. O resultado disso (provavelmente dividido pela distância) vai dar o valor (refletido) captado pelos sensores do radar.

Ou seja, para o radar não importa se o alvo é azul, cinza ou prateado. Importa a potência do sinal transmitido, o formato do alvo e a distância do mesmo.

Na verdade Alcantara, a equação é bem mais complexa e depende de mais fatores:
http://paginas.fe.up.pt/~mleitao/SRCO/T ... CO_RAD.pdf; existe uma farta literatura sobre isso. Eu pessoalmente recomendo o EW 101 do David Adamy, para mim uma das leituras mais faceis sobre o assunto.
E a cor do objeto pode SIM ( na teoria) interferir dependendo da faixa a ser utilizada, porque o que é a "cor" que enxergamos além de uma reflexão das ondas solares em determinada frequencia do visivel?
Portanto, na teoria, a cor de um objeto diferente indica uma absorção (ou reflexão) diferente da luz solar; algo que para certos tipos de RADAR pode ser insignificante e para outros não.

E veja que eu estava falando exatamente sobre isso: como garantir que uma proteção mecanica ou fisica contra um LASER não vai me gerar uma desvantagem em outros comprimentos de onda?
Acho dificil, porque teriamos que saber a faixa utilizada pelo inimigo para gerar um "espelhamento" eficiente contra ela; então ele troca a faixa e nossa proteção se torna inutil.
Aeronaves fazem isso com chaff, onde os sinais são recebidos pela aeronave e a tira metalica é cortada no tamanho exato para interferir; com flare já é mais dificil pois é preciso não só saber a faixa do seeker do missil mas tambem gerar um comportamento ( tipo de queima, duração da chama, velocidade do flare) que engane os sistemas do missil IR.
Então com os materiais atuais não acho que seja possivel, ainda, esse tipo de proteção contra uma arma a laser. Pelo menos o que já vi contra equipamentos que operam nesse padrão a tendencia é saturar o receptor ou engana-lo, mas nunca com uso de materiais reflexivos e sim com uso de decoys.

Sapão, obrigado pela indicação. Já baixei.

Passa protetor solar no míssil

LCS pega fogo

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New Navy Ship Suffers ‘Minor’ Damage from Fires at Sea


(Source: Project On Government Oversight; issued April 15, 2013)



The newest Littoral Combat Ship (LCS) caught fire twice during sea trials in the Gulf of Mexico, according to an article in Defense News.

The incident happened as the ship was conducting a full-power demonstration, and was running at high speed. Insulation on the starboard diesel exhaust first smoldered, then ignited but, according to the official, the flames were “extinguished immediately.”

Shortly after, the lagging on the port diesel exhaust repeated the sequence and again, the flames were immediately put out.

The LCS is a new type of vessel that is designed for close-to-shore operations. The ship that caught fire was the Coronado, the second ship of the Independence class LCS.

The Project On Government Oversight has long been a critic of the LCS, both for the way it was bought and for the numerous cracks, corrosion, and failing equipment found on the LCS Freedom, the first LCS ship.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/articl ... rials.html