Carlos Lima escreveu:
Olá amigo,
Como disse o Justin, em relação ao ponto colocado pelo Tulio, as aeronaves são as mesmas, e com relação a 'rusticidade' a coisa não é bem assim não.
Concordo plenamente.
Carlos Lima escreveu:O problema de logística da FAB é a atração e comodidade dada pelo FMS, mais do que qualquer outra coisa, além da cultura "pró-USA" e as picuinhas criadas ao longo dos anos aonde a sua gigantesca maioria saiu de boatos e lendas e contratos mal redigidos e expectativas de que tudo no mundo é MAP (programa de esmola e assistência Militar que só contribuiu para gerar mais dependência e atraso) e FMS, enquanto no mundo real a coisa é um pouco diferente.
Sinceramente nunca vi ninguém chamar os responsáveis pela logística na FAB de ignorantes, preguiçosos e descompromissados com sua missão de maneira tal educada...
O mundo real CB e convencer alguém que tem inúmeras prioridades no nosso país e controla os recursos que vale mais a pena pagar mais caro para ter mais liberdade de operação.
O FMS não so e realidade no Brasil como em toda a AL, onde praticamente nenhum pais vive sem ele. Inclusive a Venezuela e Bolívia.
Carlos Lima escreveu:E dizer que as aeronaves francesas não são resistentes, é só ver que na Índia ou Grécia e mesmo vários países árabes durante muitos anos operaram aeronaves francesas inclusive em conflitos e ninguém reclama de que elas são 'frágeis', etc.
Concordo que não são frágeis, mas no Oriente Médio?
O único que pode dizer isso e Israel com o M-III, qual outro exemplo de aeronave francesa que operou anos em conflitos?
A menos que estejamos falando da Primeira Guerra do Golfo.
Carlos Lima escreveu:Vai falar isso na Argentina aonde são elas quem seguram as pontas até hoje, ou mesmo no Paquistão que quando a corda apertou comprou aeronave francesa de tudo quanto é buraco do mundo.
Quem segura as pontas na Argentina e o A-4, vendido via FMS...
No Paquistão e o F-16, via FMS...
No futuro pode ate ser algo chinês, ou algo francês no caso argentino. Mas a
realidade de ambos os países atualmente os fazem ser reféns do FMS, pelo menos por enquanto.
Carlos Lima escreveu:A França mesmo mantém as aeronaves operando de tudo que é buraco lá na África e até aonde consta a disponibilidade do MF1 ao Rafale é ótima.
Exemplos não faltam.
Pode citar um? Porque disponibilidade ÓTIMA durante a guerra e uma coisa, em tempo de paz e outra. E afinal, qual disponibilidade seria ótima: 95%, 90%, 100%?
Carlos Lima escreveu:Eu até compreendo a visão preconceituosa de muita gente antiga da FAB, eu sei de onde isso vem e é histórico, mas hoje em dia existe informação suficiente por aí para ver que o problema não é totalmente das 'aeronaves francesas' e que isso é uma bobagem sem tamanho. Cabe a nós que temos acesso a mais informações esclarecer esses preconceitos bobos.
Esclarecer ou criar novos preconceitos do tipo:
A FAB não gosta do que e francês;
A FAB prefere tudo que e americano,
A FAB prefere tudo via FMS e isso e uma cultura histórica da FAB???
O fato e que de 1985 ate o inicio dos anos 2000 NADA foi feito em relação a Defesa no Brasil, TUDO o que foi mantido foi por teimosia das FFAA que sangraram do próprio bolso para manter programas como o A-1 vivos ou tiveram que maquiar programas de Defesa com a cara de socioambiental para sair do papel como o SIVAM.
E nesta realidade você acha que alguém vai comprar alguma coisa FORA do FMS?
Ninguem na FAB gosta de FMS, a Logística muito menos porque os contratos limitam nosso planejamento e mais ainda nossa manutenção.
Para aplicar um boletim, por exemplo, mesmo que ele seja emitido pelo fabricante e preciso esperar que o contratante (ARMY por exemplo) faça a revisão e repasse para a FAB;
sem contar que qualquer coisa que é pedida entra na fila que o governo americano decide qual a prioridade;
sem contar que qualquer modificação deve ser autorizada pelo governo americano mesmo que seja o fabricante que tenha proposto;
sem contar que a aeronave jamais pode ser utilizada em uma missão que não esteja estipulada no contrato;
sem contar que o governo americano pode fazer uma visita de inspeção para verificar se o equipamento esta sendo utilizado como foi pedido aqui dentro do Brasil quando quiser.
Essa e a realidade do FMS e você REALMENTE acha que esse e o sistema preferido da FAB?