Buenas, estou de volta, grande
@gabriel219
Cupincha véio, podes passar o resto da vida postando ou interpretando dados daqui e dali, nada do que postares vai superar uma coisa que nunca usamos o suficiente,
A LÓGICA! E esta, pura e simples, me diz que (baseado no que estás propondo):
Temos aqui um grande lote de MBTs M1/M1A1 (sem blindagem adicional DU, claro) abandonados faz anos ou mesmo décadas em algum deserto ou sei lá onde; daí o EB resolve comprar (bobear e os EUA
doam, só para desocupar espaço), para modernizar e substituir os Leo1A5 e M-60. Tri, custo zero até agora;
Começa que, se quiser fazer coisa que preste, primeiro de tudo vai ser preciso desmontar um por um, parte por parte, peça por peça, aprovando o que ainda está em boas condições e rejeitando o que já tá na capa da gaita ou nem presta mais (e acho brabo que, de 100 VTRs, todas as 100 passem na inspeção inicial). Claro, vai ter que limpar direitinho TUDO ou nem tem como avaliar. Daí já se começa a gastar e não é em BRL, pois nem em sonho imagino os EUA nos deixarem instalar um Prq Mntç lá, tem que contratar uma empresa
deles. Pior, pode ter parte/peça que não preste num MBT do lote mas que esteja ótima em outro, que não faz parte. Complica, outra coisa braba de imaginar é os EUA nos deixarem "depenar" a frota inteira, pois deve ter peças e partes que ainda sirvam nos M1 em operação. Mas tudo bem, vamos colorir tudo de rosa e imaginar que deixaram a empresa ianque "depenar" a frota toda para nos entregar centenas de M1 sem motor, transmissão nem a Pç 105 original, além de comunicações e sensores;
Mas recém preenchemos o primeiro cheque; após prontos, os carros "pelados" precisam pagar
dois fretes cada: um terrestre, do local onde estão até o porto, e outro do porto até o destino final (além das taxas do próprio porto, afinal, o MBT não vai subir sozinho no navio); podemos retardar isso fazendo o que se precisa NOS EUA, ou seja, eles produzem Pç 120 (tanto L44 quanto L55) e todos os acessórios para a instalação, bem como sensores, equipamentos de comunicação, displays & quetales, só comprar lá mesmo e mandar instalar por uma empresa deles, talvez até a mesma que botou todos em estado "quase-zero". Mais uns cheques, agora BEM gorduchos mas continua tri;
Ah, mas ainda tem a questão da propulsão. Bueno, talvez possamos (lá vai mais um lote de cheques gordotes) importar via EUA aqueles motores da MTU que referiste posts atrás, que são tão bons quanto a turbina original, que ocupam o mesmo espaço e que não desequilibram o MBT por excesso de peso na traseira (lembrar o M-41C: tudo parecia lindo e maravilhoso, ao trocar o "sedento" motor a gasolina por um diesel; isso até "descobrirem" que se o carro acelerasse empinava, se freasse quase cravava a Pç no chão, se fizesse uma curva meio "radical", comum até então, arriscava capotar (quando não capotava mesmo. Há montes de anedotas sobre coisas que aconteciam e militares que chegaram a ser punidos, até finalmente restar PROVADO que o problema era mesmo com o "novo" carro). Naturalmente será necessário importar também a transmissão (acho complicado pra burro considerar que a de uma turbina, própria para rotações mais altas e "curva" de potência/torque diferente, sirva num diesel, que "roda" menos, tipo 3000 RPM vs 2600 RPM), além de achar difícil que os eletrônicos, cabos e conexões sejam intercambiáveis entre uma turbina Honeywell/Textron e um V12 MTU, ou os filtros de ar e radiadores. Mas vamos dizer que o trabalho saiu a contento e agora já temos um MBT capaz de rodar, manobrar, se comunicar, detectar, apontar e atirar;
A blindagem, em que pese ser indiscutivelmente superior à dos Leo1 e à do M-60, não segura com segurança nem 105 APFSDS. Assim, como ainda estamos nos EUA mesmo, melhor contratar
outra empresa de lá para fornecer e instalar um kit
bem básico, tipo "sobreblindagem fixa" que pelo menos imunize o nosso "novo MBT" contra as "ameaças" da região, que são só os TAM da Argentina (PUTZ!
), pois para os SHERMAN dos paraguas e Kuerassiers dos Bolivianos o que tem num M1A original já dá e sobra. Bueno, agora
habemus Abrams Fodonicus ;
Então, finalmente torramos os últimos cheques do talão em USD naquilo que mencionei no começo, os fretes e taxas portuárias nos EUA (além do que
não mencionei, como Cursos, documentação, contratos de garantia, etc). Tchau pros caras,
thank you very much, bros, u'r The Men. Chegando ao Brasil, finalmente vamos poder/ter que usar o talão de cheques em BRL para pagar então as taxas portuárias daqui - se não me engano os Leos desceram em Paranaguá, mas não lembro com certeza - e o combustível, diárias para os Operadores, Especialistas e "aspones fardados" que sempre dão um jeito de ir junto, para as carretas com os pranchões irem até lá e depois de carregar os carros, os levarem para o RS e sei lá mais aonde. Ah, tem também uma porção de outros caminhões, que vão ter que buscar trocentas toneladas de
repuestos, munição & quetales. Para não mencionar todas as adaptações necessários ao C I Bld e Unidades às quais os MBTs serão distribuídos, porque tudo lá é para Leopard e, em
bem menor grau, para M-60. A KMW do Brasil fecha, claro, e o
herr Christian Böge vai embora bufando de brabo (com razão!), jurando por tudo que é santo e por tudo que é diabo que nunca mais pisa nessa terra desgraçada de gente sem palavra nem honra. E aí temos que puxar de volta o talão de cheques em USD para ver se sobrou algum, porque vamos precisar igual de apoio e assistência técnica para os "novos" carros...
DOIS PONTOS (EDIT - agora que vi que são TRÊS!
)
1 - Cupincha véio, tu achas
mesmo que isso tudo que falei (fora o que nem sei) fica ali por pouco mais de USD 2M por carro, tipo a gente pegar aquele número mágico de menos de 400 MBTs, vai pagar menos de USD 800M?
2 - Notar que nem mencionei aqueles produtos maravilhosos da IBD que tanto te agradam, porque aí sim, era um Leo2A7V++ e meio para cada "Super Abrams"...
3 - Claro, não considero como opção simplesmente pegar os carros "no estado" e remendar do jeito que der, sob pena de acabarmos em poucos anos na mesma situação em que estamos agora.
Grande abraço