CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
O problema é que o Brasil se posicionou contra Israel... Com palavras, mas continua dependendo de tecnologia Israelense para seus programas militares, que dizer, a diplomacia do brasil falou, da boca pra fora, os israelenses tiraram sarro e não vai mudar nada, isso sim é ridículo.
Israel não quer receber o mesmo tratamento que o Hamas? É só considerar as duas organizações terroristas e congelar bens ligados a esses grupos, inclusive a Elbit e se apropriar dos programas militares que eles tem por aqui para parar com esse negócio ridículo de criticar mas continuar bancando.
Israel não quer receber o mesmo tratamento que o Hamas? É só considerar as duas organizações terroristas e congelar bens ligados a esses grupos, inclusive a Elbit e se apropriar dos programas militares que eles tem por aqui para parar com esse negócio ridículo de criticar mas continuar bancando.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Na verdade se dá o contrário já que Israel não é fornecedor único de nenhuma tecnologia, nem mesmo de vants. Se o Brasil começa a evitar a compra de produtos de Israel, ele irá impor perda maiores aos israelenses do que o que podemos ter com a dor de cabeça de procurarmos substitutos de uma hora para outra.Marechal-do-ar escreveu:O problema é que o Brasil se posicionou contra Israel... Com palavras, mas continua dependendo de tecnologia Israelense para seus programas militares, que dizer, a diplomacia do brasil falou, da boca pra fora, os israelenses tiraram sarro e não vai mudar nada, isso sim é ridículo.
Israel não quer receber o mesmo tratamento que o Hamas? É só considerar as duas organizações terroristas e congelar bens ligados a esses grupos, inclusive a Elbit e se apropriar dos programas militares que eles tem por aqui para parar com esse negócio ridículo de criticar mas continuar bancando.
O bate boca diplomático demonstrou que o vira-latas é Israel, que demonstrou incômodo. Não se pode levar a sério uma diplomacia que faz alusão a resultados esportivos. Brasileiro que se alinha com as declarações israelenses não entende nada, tem ódio do Brasil, ou é um traidor.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _lgb.shtml
Entrevista da BBC com o líder do Hamas. Vale a leitura.
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Abraços
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Ainda assim, o governo vai continuar comprando dos Israelenses, esse é o ponto onde discordo da nossa diplomacia, foram só palavras e no fim não muda nada.Adevaldo escreveu: Na verdade se dá o contrário já que Israel não é fornecedor único de nenhuma tecnologia, nem mesmo de vants. Se o Brasil começa a evitar a compra de produtos de Israel, ele irá impor perda maiores aos israelenses do que o que podemos ter com a dor de cabeça de procurarmos substitutos de uma hora para outra.
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- Wingate
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Desafetos, desafetos, $$$business$$$ à parte...Marechal-do-ar escreveu:Ainda assim, o governo vai continuar comprando dos Israelenses, esse é o ponto onde discordo da nossa diplomacia, foram só palavras e no fim não muda nada.Adevaldo escreveu: Na verdade se dá o contrário já que Israel não é fornecedor único de nenhuma tecnologia, nem mesmo de vants. Se o Brasil começa a evitar a compra de produtos de Israel, ele irá impor perda maiores aos israelenses do que o que podemos ter com a dor de cabeça de procurarmos substitutos de uma hora para outra.
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Wingate
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
A relação Brasil/Israel é muito pragmática, isso em nada vai afetar nossos programas militares, eles precisam de $$$ e nós de tecnologia, assim a caravana passa..., toca o barco e afins...
Voltando ao tema, fico me perguntando, onde anda aquela inteligência militar de Israel tão conhecida por matar líderes palestinos utilizando snipers, carros bombas...?
Voltando ao tema, fico me perguntando, onde anda aquela inteligência militar de Israel tão conhecida por matar líderes palestinos utilizando snipers, carros bombas...?
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- Clermont
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
O erro e a imoralidade do ato de Israel não está em métodos táticos e operacionais. Está na política sendo executada. O ataque de Israel é injusto e não-provocado. O Hamas é a vítima e o agressor é o Estado de Israel.Skyway escreveu:Enfim, Israel está fazendo da maneira correta, ou poderia ser feito de um jeito mais "cirúrgico"?
Tudo foi decorrência da manipulação dos fatos relacionados com o bárbaro assassinato de três adolescentes israelenses. As autoridades sabiam que eles já estavam mortos, porém, simularam que tinham sido sequestrados e atribuiram o crime ao Hamas. Com esse pretexto, fizeram batidas em Gaza, com detenções em massa e a matança de vários militantes do Hamas. Isso foi uma ruptura do cessar-fogo que vigorava, e estava sendo respeitado pelos palestinos. O Hamas reagiu com a única arma de que dispõe: foguetes.
Os adolescentes foram assassinados num crime comum, de ódio, por palestinos. Não num crime político determinado por uma ordem do Hamas. Como disse Marechal-do-Ar, é como se um brigadeiro da FAB fosse assassinado por traficantes perto de uma favela do Rio de Janeiro e a FAB resolvesse bombardear a comunidade.
E por quê o governo Netanyahu resolveu proceder assim? A mais sensata opinião é de que trata-se de uma tentativa de enfraquecer o máximo possível o Hamas, depois do sucesso que este obteve ao fazer a paz interna com o Fatah que governa a Margem Ocidental, abrindo a perspectiva para um governo de unidade nacional palestino. União esta que já estava sendo aceita até pelo governo dos Estados Unidos.
Então, do meu ponto de vista, quem age como terrorista é o governo extremista de direita de Netanyahu.
Agora, quanto a posição do governo brasileiro, é o seguinte:
A única finalidade para a diplomacia do Brasil é garantir o bem-estar da nação brasileira. E mais nada. Não é função da diplomacia brasileira vestir um chapéu branco e sair pelo mundo afora, lutando contra a injustiça e contra as forças do mal. Portanto, se está certo para um cidadão individual expressar da forma mais candente possível sua indignação contra a brutalidade e a injustiça das ações governamentais israelenses, o tom de voz a ser utilizado pela diplomacia brasileira deveria ter sido mais comedido. Deveria expressar, sim, sua insatisfação com a atitude israelense, mas não deveria ter se chocado de frente com eles, desta maneira infanto-juvenil e ideológica.
Para o seu bem-estar futuro o Brasil ainda pode precisar, e muito, de Israel e sua tecnologia. Portanto, uma política externa séria e responsável deveria levar isso em consideração.
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
A mídia internacional, inclusive a brasileira, é totalmente atrelada aos EUA e por isso sempre defende os interesses de Israel e os EUA.
Daqui a pouco vão começar a dizer que as crianças assassinadas nessa guerra ridícula eram terroristas....ou futuros terroristas...
Daqui a pouco vão começar a dizer que as crianças assassinadas nessa guerra ridícula eram terroristas....ou futuros terroristas...
- mmatuso
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Se estava até entrevistando piloto Israelense outro dia, não duvido nada.
Imprensa brasileira é mais patética ainda do que o normal em se tratando de informações internacionais.
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- Naval
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Quem tem Padrinho não morre pagão!
Lamentável.

Abraços.
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Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
- Clermont
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Por que Hollywood evita falar sobre Gaza?
Jaime González - Da BBC Mundo em Los Angeles - 26.07.14.
Ao longo das décadas, muitas estrelas de Hollywood não hesitaram em expressar publicamente suas posições políticas ou emprestar sua imagem para apoiar diversas causas humanitárias.
Mas, nos últimos dias, quando o mundo debate a operação militar de Israel na Faixa de Gaza, durante a qual morreram até agora mais de 900 palestinos e 35 israelenses, o silêncio impera no templo das celebridades americanas.
Nesta semana, a revista americana The Hollywood Reporter publicou um artigo em que analisa as razões pelas quais a indústria do entretenimento permanece calada sobre o atual conflito entre Israel e o Hamas.
Na reportagem, intitulada "Regra número um: fale de qualquer assunto político em Hollywood...exceto de Gaza", a jornalista Tina Daunt escreve que "enquanto o número de vítimas continua a aumentar", há, nas altas esferas da indústria cinematográfica, uma relutância "atípica" para falar sobre o que está acontecendo no Oriente Médio.
Daunt lembra que "a afinidade e apoio político" de executivos de Hollywood – muitos dos quais são judeus – a Israel já ocorre há muitas décadas, mas "no momento" a operação militar israelense não vem gerando o esperado debate público.
Ao mesmo tempo, de acordo com a jornalista, esses mesmos executivos acreditam que os poucos artistas que nos últimos dias têm mostrado apoio à causa palestina estão "desinformados".
Divisão de opiniões.
Um desses artistas é a cantora pop americana Rihanna, que há poucos dias publicou uma mensagem em sua conta no Twitter com a hashtag #FreePalestine ("Palestina livre", em tradução livre).
Minutos depois, Rihanna apagou a postagem, em meio a uma chuva de críticas. A polêmica levou um de seus representantes a emitir uma declaração na qual afirmou que a cantora não quis tomar partido e "está apenas a favor da paz".
A cantora hispânica Selena Gomez também foi criticada por postar uma mensagem em sua conta no Instagram na qual, entre outras coisas, disse: "É uma questão de humanidade. Rezem por Gaza".
No dia seguinte, Gomez postou nova mensagem, em que esclareceu que não estava apoiando nenhuma das partes envolvidas no conflito e que rezava pela paz "para o mundo inteiro".
Foram poucos os artistas do showbiz americano que nos últimos dias vêm demonstrado abertamente solidariedade com as vítimas civis de Gaza. Entre eles, estão o diretor de cinema Jonathan Demme, a atriz Mia Farrow e os atores Mark Ruffalo, Javier Bardem e John Cusack.
Bardem, por exemplo, publicou uma carta aberta criticando a posição dos Estados Unidos, a União Europeia e Espanha contra o que ele chamou de "guerra de ocupação e de extermínio contra um povo sem meios".
"Hollywood, como indústria, tem uma certa ambivalência ao decidir sobre essas questões. Quando o bom funcionamento do seu negócio depende do sucesso no mercado internacional, é bom não criar polêmicas e Israel é sempre uma questão muito controversa", afirmou a jornalista Danielle Berrin, do jornal The Jewish Journal, de Los Angeles.
"Se você é cineasta e quer que seu filme seja visto na Turquia, não é uma boa ideia aparecer como defensor de Israel. É por isso que em Hollywood normalmente se permanece em silêncio quando se trata de assuntos polêmicos", assinalou Berrin.
A jornalista, autora do blog Hollywood Jew, em que divulga notícias relacionadas à indústria do entretenimento voltadas para a comunidade judaica, diz que "os executivos de grandes estúdios, ao comandar empresas de capital aberto, não acham que devem tomar partido em assuntos tão polêmicos e que dividam o público”.
"No caso das celebridades, tampouco elas ganham alguma coisa ao se posicionarem, uma vez que tudo o que disserem será criticado. Se eles escolherem falar de um determinado assunto, por exemplo, muita gente vai pensar 'quem eles pensam que são para opinar', se não dizem nada, vão criticá-los por não usar a fama para uma boa causa".
Berrin garante que, mesmo não se pronunciando a respeito do conflito, muitos famosos estão preocupados com o que está acontecendo e indica que "Hollywood tem uma longa história de ativismo" a favor da causa judaica.
Paródias criticadas.
Uma das celebridades que mais tem chamado atenção nos últimos dias por suas posições a respeito do conflito em Gaza foi o apresentador do The Daily Show, Jon Stewart, que é judeu.
Stewart foi fortemente criticado por alguns setores da comunidade judaica dos Estados Unidos ao falar sobre as diferenças entre a tecnologia que os israelenses e os palestinos têm para se proteger.
O apresentador brincou que, embora os judeus tenham um aplicativo em seus celulares para alertá-los com antecedência sobre onde um foguete vai cair, os palestinos são avisados por bombas lançadas por Israel.
Após a declaração, o comentarista de rádio conservador Mark Levin disse que Stewart é um "idiota exaltado" e um "judeu que odeia a si mesmo", enquanto jornalista do The Times of Israel David Horovitz o acusou de banalizar o conflito em Gaza com suas paródias.
Poucos dias depois da polêmica, Stewart voltou ao tema, fazendo piada dos ataques que recebe de ambos os lados sempre que fala sobre Israel ou o Hamas, mas deu a entender – como muitos fazem em Hollywood – que o melhor teria sido não se pronunciar sobre o assunto.
Jaime González - Da BBC Mundo em Los Angeles - 26.07.14.
Ao longo das décadas, muitas estrelas de Hollywood não hesitaram em expressar publicamente suas posições políticas ou emprestar sua imagem para apoiar diversas causas humanitárias.
Mas, nos últimos dias, quando o mundo debate a operação militar de Israel na Faixa de Gaza, durante a qual morreram até agora mais de 900 palestinos e 35 israelenses, o silêncio impera no templo das celebridades americanas.
Nesta semana, a revista americana The Hollywood Reporter publicou um artigo em que analisa as razões pelas quais a indústria do entretenimento permanece calada sobre o atual conflito entre Israel e o Hamas.
Na reportagem, intitulada "Regra número um: fale de qualquer assunto político em Hollywood...exceto de Gaza", a jornalista Tina Daunt escreve que "enquanto o número de vítimas continua a aumentar", há, nas altas esferas da indústria cinematográfica, uma relutância "atípica" para falar sobre o que está acontecendo no Oriente Médio.
Daunt lembra que "a afinidade e apoio político" de executivos de Hollywood – muitos dos quais são judeus – a Israel já ocorre há muitas décadas, mas "no momento" a operação militar israelense não vem gerando o esperado debate público.
Ao mesmo tempo, de acordo com a jornalista, esses mesmos executivos acreditam que os poucos artistas que nos últimos dias têm mostrado apoio à causa palestina estão "desinformados".
Divisão de opiniões.
Um desses artistas é a cantora pop americana Rihanna, que há poucos dias publicou uma mensagem em sua conta no Twitter com a hashtag #FreePalestine ("Palestina livre", em tradução livre).
Minutos depois, Rihanna apagou a postagem, em meio a uma chuva de críticas. A polêmica levou um de seus representantes a emitir uma declaração na qual afirmou que a cantora não quis tomar partido e "está apenas a favor da paz".
A cantora hispânica Selena Gomez também foi criticada por postar uma mensagem em sua conta no Instagram na qual, entre outras coisas, disse: "É uma questão de humanidade. Rezem por Gaza".
No dia seguinte, Gomez postou nova mensagem, em que esclareceu que não estava apoiando nenhuma das partes envolvidas no conflito e que rezava pela paz "para o mundo inteiro".
Foram poucos os artistas do showbiz americano que nos últimos dias vêm demonstrado abertamente solidariedade com as vítimas civis de Gaza. Entre eles, estão o diretor de cinema Jonathan Demme, a atriz Mia Farrow e os atores Mark Ruffalo, Javier Bardem e John Cusack.
Bardem, por exemplo, publicou uma carta aberta criticando a posição dos Estados Unidos, a União Europeia e Espanha contra o que ele chamou de "guerra de ocupação e de extermínio contra um povo sem meios".
"Hollywood, como indústria, tem uma certa ambivalência ao decidir sobre essas questões. Quando o bom funcionamento do seu negócio depende do sucesso no mercado internacional, é bom não criar polêmicas e Israel é sempre uma questão muito controversa", afirmou a jornalista Danielle Berrin, do jornal The Jewish Journal, de Los Angeles.
"Se você é cineasta e quer que seu filme seja visto na Turquia, não é uma boa ideia aparecer como defensor de Israel. É por isso que em Hollywood normalmente se permanece em silêncio quando se trata de assuntos polêmicos", assinalou Berrin.
A jornalista, autora do blog Hollywood Jew, em que divulga notícias relacionadas à indústria do entretenimento voltadas para a comunidade judaica, diz que "os executivos de grandes estúdios, ao comandar empresas de capital aberto, não acham que devem tomar partido em assuntos tão polêmicos e que dividam o público”.
"No caso das celebridades, tampouco elas ganham alguma coisa ao se posicionarem, uma vez que tudo o que disserem será criticado. Se eles escolherem falar de um determinado assunto, por exemplo, muita gente vai pensar 'quem eles pensam que são para opinar', se não dizem nada, vão criticá-los por não usar a fama para uma boa causa".
Berrin garante que, mesmo não se pronunciando a respeito do conflito, muitos famosos estão preocupados com o que está acontecendo e indica que "Hollywood tem uma longa história de ativismo" a favor da causa judaica.
Paródias criticadas.
Uma das celebridades que mais tem chamado atenção nos últimos dias por suas posições a respeito do conflito em Gaza foi o apresentador do The Daily Show, Jon Stewart, que é judeu.
Stewart foi fortemente criticado por alguns setores da comunidade judaica dos Estados Unidos ao falar sobre as diferenças entre a tecnologia que os israelenses e os palestinos têm para se proteger.
O apresentador brincou que, embora os judeus tenham um aplicativo em seus celulares para alertá-los com antecedência sobre onde um foguete vai cair, os palestinos são avisados por bombas lançadas por Israel.
Após a declaração, o comentarista de rádio conservador Mark Levin disse que Stewart é um "idiota exaltado" e um "judeu que odeia a si mesmo", enquanto jornalista do The Times of Israel David Horovitz o acusou de banalizar o conflito em Gaza com suas paródias.
Poucos dias depois da polêmica, Stewart voltou ao tema, fazendo piada dos ataques que recebe de ambos os lados sempre que fala sobre Israel ou o Hamas, mas deu a entender – como muitos fazem em Hollywood – que o melhor teria sido não se pronunciar sobre o assunto.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Como diz o velho provérbio (adaptado): "Em casa de enforcado (ou de carrasco) não se fala de corda..."Clermont escreveu:Por que Hollywood evita falar sobre Gaza?
Jaime González - Da BBC Mundo em Los Angeles - 26.07.14.
Ao longo das décadas, muitas estrelas de Hollywood não hesitaram em expressar publicamente suas posições políticas ou emprestar sua imagem para apoiar diversas causas humanitárias.
Mas, nos últimos dias, quando o mundo debate a operação militar de Israel na Faixa de Gaza, durante a qual morreram até agora mais de 900 palestinos e 35 israelenses, o silêncio impera no templo das celebridades americanas.
Nesta semana, a revista americana The Hollywood Reporter publicou um artigo em que analisa as razões pelas quais a indústria do entretenimento permanece calada sobre o atual conflito entre Israel e o Hamas.
Na reportagem, intitulada "Regra número um: fale de qualquer assunto político em Hollywood...exceto de Gaza", a jornalista Tina Daunt escreve que "enquanto o número de vítimas continua a aumentar", há, nas altas esferas da indústria cinematográfica, uma relutância "atípica" para falar sobre o que está acontecendo no Oriente Médio.
Daunt lembra que "a afinidade e apoio político" de executivos de Hollywood – muitos dos quais são judeus – a Israel já ocorre há muitas décadas, mas "no momento" a operação militar israelense não vem gerando o esperado debate público.
Ao mesmo tempo, de acordo com a jornalista, esses mesmos executivos acreditam que os poucos artistas que nos últimos dias têm mostrado apoio à causa palestina estão "desinformados".
Divisão de opiniões.
Um desses artistas é a cantora pop americana Rihanna, que há poucos dias publicou uma mensagem em sua conta no Twitter com a hashtag #FreePalestine ("Palestina livre", em tradução livre).
Minutos depois, Rihanna apagou a postagem, em meio a uma chuva de críticas. A polêmica levou um de seus representantes a emitir uma declaração na qual afirmou que a cantora não quis tomar partido e "está apenas a favor da paz".
A cantora hispânica Selena Gomez também foi criticada por postar uma mensagem em sua conta no Instagram na qual, entre outras coisas, disse: "É uma questão de humanidade. Rezem por Gaza".
No dia seguinte, Gomez postou nova mensagem, em que esclareceu que não estava apoiando nenhuma das partes envolvidas no conflito e que rezava pela paz "para o mundo inteiro".
Foram poucos os artistas do showbiz americano que nos últimos dias vêm demonstrado abertamente solidariedade com as vítimas civis de Gaza. Entre eles, estão o diretor de cinema Jonathan Demme, a atriz Mia Farrow e os atores Mark Ruffalo, Javier Bardem e John Cusack.
Bardem, por exemplo, publicou uma carta aberta criticando a posição dos Estados Unidos, a União Europeia e Espanha contra o que ele chamou de "guerra de ocupação e de extermínio contra um povo sem meios".
"Hollywood, como indústria, tem uma certa ambivalência ao decidir sobre essas questões. Quando o bom funcionamento do seu negócio depende do sucesso no mercado internacional, é bom não criar polêmicas e Israel é sempre uma questão muito controversa", afirmou a jornalista Danielle Berrin, do jornal The Jewish Journal, de Los Angeles.
"Se você é cineasta e quer que seu filme seja visto na Turquia, não é uma boa ideia aparecer como defensor de Israel. É por isso que em Hollywood normalmente se permanece em silêncio quando se trata de assuntos polêmicos", assinalou Berrin.
A jornalista, autora do blog Hollywood Jew, em que divulga notícias relacionadas à indústria do entretenimento voltadas para a comunidade judaica, diz que "os executivos de grandes estúdios, ao comandar empresas de capital aberto, não acham que devem tomar partido em assuntos tão polêmicos e que dividam o público”.
"No caso das celebridades, tampouco elas ganham alguma coisa ao se posicionarem, uma vez que tudo o que disserem será criticado. Se eles escolherem falar de um determinado assunto, por exemplo, muita gente vai pensar 'quem eles pensam que são para opinar', se não dizem nada, vão criticá-los por não usar a fama para uma boa causa".
Berrin garante que, mesmo não se pronunciando a respeito do conflito, muitos famosos estão preocupados com o que está acontecendo e indica que "Hollywood tem uma longa história de ativismo" a favor da causa judaica.
Paródias criticadas.
Uma das celebridades que mais tem chamado atenção nos últimos dias por suas posições a respeito do conflito em Gaza foi o apresentador do The Daily Show, Jon Stewart, que é judeu.
Stewart foi fortemente criticado por alguns setores da comunidade judaica dos Estados Unidos ao falar sobre as diferenças entre a tecnologia que os israelenses e os palestinos têm para se proteger.
O apresentador brincou que, embora os judeus tenham um aplicativo em seus celulares para alertá-los com antecedência sobre onde um foguete vai cair, os palestinos são avisados por bombas lançadas por Israel.
Após a declaração, o comentarista de rádio conservador Mark Levin disse que Stewart é um "idiota exaltado" e um "judeu que odeia a si mesmo", enquanto jornalista do The Times of Israel David Horovitz o acusou de banalizar o conflito em Gaza com suas paródias.
Poucos dias depois da polêmica, Stewart voltou ao tema, fazendo piada dos ataques que recebe de ambos os lados sempre que fala sobre Israel ou o Hamas, mas deu a entender – como muitos fazem em Hollywood – que o melhor teria sido não se pronunciar sobre o assunto.

Wingate
P.S.: Há um novo livro no mercado (infelizmente não anotei título e autor, mas é vendido pela Folha de S. Paulo [uol]) que enfoca a atitude de avestruz de Hollywood em relação à Alemanha Nazista antes da guerra, proposital para não ferir susceptibilidades dentro do Reich e assim manter aquele então importante mercado para o cinema americano

Wingate
Editado pela última vez por Wingate em Qua Jul 30, 2014 5:01 pm, em um total de 1 vez.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Veja no artigo abaixo a proporção entre as exportações de drones de Israel para os diversos continentes, e lembre-se que na América Latina outros países como a Colômbia, o Perú, o México e até Bolívia também adquiriram drones, então as importações do Brasil são uma parte praticamente insignificante das exportações de Israel.Adevaldo escreveu:Na verdade se dá o contrário já que Israel não é fornecedor único de nenhuma tecnologia, nem mesmo de vants. Se o Brasil começa a evitar a compra de produtos de Israel, ele irá impor perda maiores aos israelenses do que o que podemos ter com a dor de cabeça de procurarmos substitutos de uma hora para outra.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... m-1.524771
Assim sendo, se o Brasil parasse de comprar os drones deles eles praticamente nem perceberiam. Por outro lado, sem o suporte de Israel nossos drones e todo o investimento que já fizemos neles ficariam no chão. E o mesmo valeria para outros sistemas de armas críticos para nós. Por exemplo, neste momento sem Israel nossa força área ficaria privada de mísseis de médio alcance. E para eliminar o problema teríamos que "pedir a bênção" de mais alguém ou seja, continuaríamos dependentes de qualquer jeito, apenas mudaria o padrinho

O que faria o Brasil deixar de ser um anão diplomático e passar a ser um país respeitado mundialmente seria se pudéssemos fazer o oposto, por exemplo, desenvolver uma indústria de Drones que pudesse ir competir com a de Israel no mundo, tirando mercado deles. Aí sim eles seriam obrigados a nos ver com mais respeito. Afinal, não somos a maior potência industrial da América do Sul, porque então são os drones de Israel os que se vendem por aqui, e não os nossos? Infelizmente, neste ponto também estamos mais distantes de deixar de ser um anão do que países teoricamente bem menores e menos importantes do que nós, como deixa patente a comparação abaixo extraída artigo do link a seguir:
For example, media reports put Peru’s homegrown drones at costing $150,000 USD, while Brazil’s AGX drone system is roughly estimated at $35,000 USD.
http://www.coha.org/latin-america-puts- ... he-region/
Ou seja, o drone indígena peruano é mais caro (o que se justifica pela maior sofisticação, já que adquirimos os componentes nos mesmos lugares) do que o nosso. E perceba a sutileza, ao decidir ilustrar o artigo com um drone latino-americano seu autor escolheu usar uma imagem do drone peruano, e não do nosso (que aliás até onde eu saiba nem está operacional). Assim, se rompermos relações com Israel por causa deste imbróglio diplomático atual estaremos mais perto de comprar drones sofisticados do Perú do que o contrário

Não é questão de se alinhar com as declarações israelenses ou trair a pátria, isso é uma posição infantil. A questão é que de fato o Brasil não tem nenhum argumento palpável para se contrapor à declaração da diplomacia israelense, quando deveríamos ter.O bate boca diplomático demonstrou que o vira-latas é Israel, que demonstrou incômodo. Não se pode levar a sério uma diplomacia que faz alusão a resultados esportivos. Brasileiro que se alinha com as declarações israelenses não entende nada, tem ódio do Brasil, ou é um traidor.
Isto por si só deveria nos motivar a querer melhorar, investir em nós mesmos e desenvolver nossas próprias capacidades, deixando de ser o grandalhão semi-retardado que é basicamente como os demais países do mundo nos percebem. Reconhecer, apontar e cobrar isso é que representa uma posição madura, e não ficar se escondendo atrás de um orgulho infantil. Ficar "bravinho" e tentar fingir para nós mesmos (porque não convencemos a mais ninguém) que temos uma importância maior no mundo do que a que realmente temos é tapar o sol com a peneira, e só vai nos fazer perpetuar esta mesma situação verdadeiramente vexatória em que nos encontramos desde pelo menos o final do regime imperial.
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Dom Jul 27, 2014 6:58 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
A alusão do diplomata(?) israelense demonstra como somos vistos. Note-se que ele logo aludiu (de maneira estúpida, diga-se de passagem) ao futebol, deixando claro que nosso país (na opinião dele) só se preocupa com isso, só serve para isso e mais nada. Somos ainda o país do futebol e carnaval para essa gente, essa é a imagem que ainda o exterior tem de nós.LeandroGCard escreveu:Veja no artigo abaixo a proporção entre as exportações de drones de Israel para os diversos continentes, e lembre-se que na América Latina outros países como a Colômbia, o Perú, o México e até Bolívia também adquiriram drones, então as importações do Brasil são uma parte praticamente insignificante das exportações de Israel.Adevaldo escreveu:Na verdade se dá o contrário já que Israel não é fornecedor único de nenhuma tecnologia, nem mesmo de vants. Se o Brasil começa a evitar a compra de produtos de Israel, ele irá impor perda maiores aos israelenses do que o que podemos ter com a dor de cabeça de procurarmos substitutos de uma hora para outra.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... m-1.524771
Assim sendo, se o Brasil parasse de comprar os drones deles eles praticamente nem perceberiam. Por outro lado, sem o suporte de Israel nossos drones e todo o investimento que já fizemos neles ficariam no chão. E o mesmo valeria para outros sistemas de armas críticos para nós. Por exemplo, neste momento sem Israel nossa força área ficaria privada de mísseis de médio alcance. E para eliminar o problema teríamos que "pedir a bênção" de mais alguém ou seja, continuaríamos dependentes de qualquer jeito, apenas mudaria o padrinho. Que importância diplomática pode ter um país tão vulnerável assim?
O que faria o Brasil deixar de ser um anão diplomático e passar a ser um país respeitado mundialmente seria se pudéssemos fazer o oposto, por exemplo, desenvolver uma indústria de Drones que pudesse ir competir com a de Israel no mundo, tirando mercado deles. Aí sim eles seriam obrigados a nos ver com mais respeito. Afinal, não somos a maior potência industrial da América do Sul, então porque então são os drones de Israel os que se vendem por aqui, e não os nossos? Infelizmente, neste ponto também mais distantes de deixar de ser um anão do que países teoricamente bem menores e menos importantes do que nós, como deixa patente a comparação abaixo extraída artigo do link a seguir:
For example, media reports put Peru’s homegrown drones at costing $150,000 USD, while Brazil’s AGX drone system is roughly estimated at $35,000 USD.
http://www.coha.org/latin-america-puts- ... he-region/
Ou seja, o drone indígena peruano é mais caro (o que se justifica pela maior sofisticação, já que adquirimos os componentes nos mesmos lugares) do que o nosso. E perceba a sutileza, ao decidir ilustrar o artigo com um drone latino-americano seu autor escolheu usar uma imagem do drone peruano, e não do nosso (que aliás até onde eu saiba nem está operacional). Assim, se rompermos relações com Israel por causa deste imbróglio diplomático atual estaremos mais perto de comprar drones sofisticados do Perú do que o contrário. Isso é ou não é coisa de país anão?
Não é questão de se alinhar com as declarações israelenses ou trair a pátria, isso é uma posição infantil. A questão é que de fato o Brasil não tem nenhum argumento palpável para se contrapor à declaração da diplomacia israelense, quando deveríamos ter.O bate boca diplomático demonstrou que o vira-latas é Israel, que demonstrou incômodo. Não se pode levar a sério uma diplomacia que faz alusão a resultados esportivos. Brasileiro que se alinha com as declarações israelenses não entende nada, tem ódio do Brasil, ou é um traidor.
Isto por si só deveria nos motivar a querer melhorar, investir em nós mesmos e desenvolver nossas próprias capacidades, deixando de ser o grandalhão semi-retardado que é basicamente como os demais países do mundo nos percebem. Reconhecer, apontar e cobrar isso é que representa uma posição madura, e não ficar se escondendo atrás de um orgulho infantil. Ficar "bravinho" e tentar fingir para nós mesmos (porque não convencemos a mais ninguém) que temos uma importância maior no mundo do que a que realmente temos é tapar o sol com a peneira, e só vai nos fazer perpetuar esta mesma situação verdadeiramente vexatória em que nos encontramos desde pelo menos o final do regime imperial.
Leandro G. Card
Nada como a raiva ou o álcool ("in vino veritas") para botar as verdades para fora e revelar as pessoas.
Wingate