Marinha da República Popular da China (PLAN)

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#376 Mensagem por FoxTroop » Ter Jun 28, 2011 7:56 am

Caro Pepê, o Ocidente?!!!! Qual Ocidente?!! Então uma nação invade outra, sai a correr e ganhou o conflito?!!! Que eu saiba quem ganha fica no terreno ou obtém vantagens de algum tipo, negociadas em base de vencedor. Na sua óptica devo então deduzir que a URSS teve uma estrondosa vitória no Afeganistão, ou que os USA venceram sem pingo de dúvida no Vietname, para não falar agora no Afeganistão.

Os chineses podem pular, rebolar, gritar, latir ou fingir de morto que no fim o que interessa são os resultados e esses dizem que a China perdeu por mais voltas que se tente dar ao texto. Textos esses que aliás, no tal "Ocidente", até foram simpáticos para a China.

Unidades de segunda linha, principalmente milícias, pois o grosso do efectivo e as melhores unidades estavam noutro local, como o Sr. muito bem sabe ou não fosse essa uma das razões desta guerra.
P44 escreveu:Há gente aqui que ADORA viajar na maionese.
Lê-se com cada delirio digno de videojogos que é impressionante.

Os EUA dependem economicamente da China, precisam dela como de PÃO PARA A BOCA.
Tal como na Europa, graças á "UE", a Alemanha conseguiu sem disparar um tiro aquilo que o Kaiser e o tio Adolfo não conseguiram com 2 guerras mundiais, o mesmo vai a China conseguir.
Sem disparar UM TIRO.

A China vai dominar o mundo. Habituem-se!
Pzito, estão ambos agarrados um ao outro. Agarrados pelos respectivos e bem agarrados. E quando os USA se virem na queda vão fazer o que qualquer Império fez até à data. Cair lutando.




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#377 Mensagem por Pepê Rezende » Ter Jun 28, 2011 10:04 am

FoxTroop escreveu:Caro Pepê, o Ocidente?!!!! Qual Ocidente?!! Então uma nação invade outra, sai a correr e ganhou o conflito?!!! Que eu saiba quem ganha fica no terreno ou obtém vantagens de algum tipo, negociadas em base de vencedor. Na sua óptica devo então deduzir que a URSS teve uma estrondosa vitória no Afeganistão, ou que os USA venceram sem pingo de dúvida no Vietname, para não falar agora no Afeganistão.

Os chineses podem pular, rebolar, gritar, latir ou fingir de morto que no fim o que interessa são os resultados e esses dizem que a China perdeu por mais voltas que se tente dar ao texto. Textos esses que aliás, no tal "Ocidente", até foram simpáticos para a China.

Unidades de segunda linha, principalmente milícias, pois o grosso do efectivo e as melhores unidades estavam noutro local, como o Sr. muito bem sabe ou não fosse essa uma das razões desta guerra.
Os chineses estabeleceram seus propósitos desde o início e o comunicaram a Jimmy Carter. O objetivo era invadir três capitais provinciais, destruir as instalações militares na região e se retirar, como vcs faziam nas colônias espanholas na América Latina e contra as tribos angolanos e do Reino do Congo. Em nenhum momento Deng Xiaoping pensou em OCUPAR PERMANENTEMENTE a área. Quanto ao fato de não haver forças de primeira linha na região, como explica a grande quantidade de artilharia pesada por parte do Exército Vietnamita? A área é uma clássica rota de invasão à Hanoi e sempre foi pesadamente guardada.
P44 escreveu:Há gente aqui que ADORA viajar na maionese.
Lê-se com cada delirio digno de videojogos que é impressionante.

Os EUA dependem economicamente da China, precisam dela como de PÃO PARA A BOCA.
Tal como na Europa, graças á "UE", a Alemanha conseguiu sem disparar um tiro aquilo que o Kaiser e o tio Adolfo não conseguiram com 2 guerras mundiais, o mesmo vai a China conseguir.
Sem disparar UM TIRO.

A China vai dominar o mundo. Habituem-se!
FoxTroop escreveu:Pzito, estão ambos agarrados um ao outro. Agarrados pelos respectivos e bem agarrados. E quando os USA se virem na queda vão fazer o que qualquer Império fez até à data. Cair lutando.
O Império Britânico caiu de podre. Os EUA se reinventarão como centro de desenvolvimento de novas tecnologias, desviando os recursos imensos sifonados pelo aparato militar-industrial. Os tempos são outros. Há algum tempo li a série "Fundação e Império", de Asimov. O modelo será similar.

Abraços

Pepê




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#378 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jun 28, 2011 10:14 am

Eu particularmente prefiro os EUA como potência dominante do a China, só verei a China com melhor "olhos" quando este país adotar a democracia de fato.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#379 Mensagem por FoxTroop » Ter Jun 28, 2011 10:43 am

O meu caro faz essa leitura dos acontecimentos. Está no seu direito, tal como eu frisei antes, há quem diga, com a maior fé deste mundo, que os USA ganharam no Vietname e a URSS também venceu no Afeganistão, pois cada um acredita no que quer.

Tirando a lição que cargas de infantaria em saturação de pontos, só servia para encher sacos de corpos, que mais a China ganhou ali?




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#380 Mensagem por Pepê Rezende » Ter Jun 28, 2011 10:53 am

J.Ricardo escreveu:Eu particularmente prefiro os EUA como potência dominante do a China, só verei a China com melhor "olhos" quando este país adotar a democracia de fato.

Tradicionalmente, a China nunca foi intervencionista ou invasiva. Democracia? O que é isso? nunca houve por lá. O importante, para eles, é ter uma velhice tranquila e comer cinco vezes ao dia, o que conseguem, graças às reformas de Deng Xiaoping. É importante ressaltar que ele, quando esteve no comando da economia entre 1950 e 1956, desenvolveu um modelo similar ao que implantou em sua volta, na década de 1970. Se tivesse se mantido no controle, hoje a China seria um país de Perimeiro Mundo com um volume econômico maior que o dos Estados Unidos, mas, infelizmente, Mao Zedong implementou o Grande Salto à Frente...

Abraços

Pepê




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#381 Mensagem por Andre Correa » Ter Jun 28, 2011 12:17 pm

P44 escreveu:Os EUA dependem economicamente da China, precisam dela como de PÃO PARA A BOCA.
Assim como a China depende, e muito, dos EUA, até mesmo pro PÃO PARA A BOCA, pois sem a economia americana a consumir, acredita que o resto do mundo mantém as fabricas da Nike, e etc, lá?

Mudando de assunto, a China pode ter muitas aeronaves, mas não se esqueçam, que estavamos a falar da China agredir aos EUA, e não ao contrário, portanto, num caso desses, teriam 100% da sua força para atacar a China. Sim, em último caso, eles tem nukes, mas quem garante que são os mais modernos? Quem garante que chegariam com tal facilidade nos EUA? Os EUA tem capacidade para lançar nukes a partir de SSBN, coisa que a China não tem, além do que, num possível ataque, todas bases chinesas próximas a costa seriam apagadas do mapa, enquanto os EUA move sua frota de F-16, F-15 e F-22 para um local mais próximo. A vantagem chinesa de seu grande contingente do exército estaria acabada antes do primeiro tiro ser dado...
A USN, em poucos dias, estaria lá com no mínimo 6 TF, o garantiria pelo menos 300 SH, e queiram ou não, isso faz estrago, sem contar nas escoltas, no mínimo 24 DDG e 12 CG, com centenas de BGM-109, além de movimentarem, ao menos, 50 SSN, para caçar até sardinha lá se for preciso, e seus poderosos SSBN, que estariam muito bem armados...
Numa Guerra como Iraque, Afeganistão, onde se combatem contra ratos, e não contra soldados, é bem diferente, mas numa guerra declarada entre 2 potências, o estrago seria enorme, pra ambos, além do que, a China estaria a combater em casa, enquanto que nos EUA a produção bélica aceleraria rapidamente, mantendo a logística para tal tentativa.

A Força Aérea Chinesa dispõe de:

H-5 250
H-6 120
J-6 4
J-7 390
J-8 96
J-10 200
J-11 (Su-27/30) 273
JH-7 19
Q-5 500

Ao passo que a sua Marinha:

H-5 150
H-6 30
J-7 30
JH-7 35
J-8 124
Q-5 100
Su-30/33 23

Já a USAF tem:

A-10A/C/OA-10 356
AC-130H/U 25
B-1B 65
B-2A 20
B-52H 77
F-15A/C 243
F-15E 222
F-16C 883
F-22 160

USMC:

AV-8B/+ 126
F/A-18A/C/D 196

e a USN:

F/A-18A/C 268
F/A-18E/F 327

Desculpem, mas não dá pra comparar. Depois eu posto mais, pois tenho que sair agora.

Cumps!




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#382 Mensagem por FOXTROT » Ter Jun 28, 2011 12:45 pm

Quando vejo essas comparações que apontam um lado com ampla vantagem, sempre me pergunto, por que não vão lá e atacam?

Os ganhos pela eliminação do inimigo e a consequente despojo não seria vantajoso para bancar a "aventura"? Vale para o Irã, CN e outros teatros.

Saudações




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
PRick

Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#383 Mensagem por PRick » Ter Jun 28, 2011 1:21 pm

alcluiz escreveu:
P44 escreveu:Os EUA dependem economicamente da China, precisam dela como de PÃO PARA A BOCA.
Assim como a China depende, e muito, dos EUA, até mesmo pro PÃO PARA A BOCA, pois sem a economia americana a consumir, acredita que o resto do mundo mantém as fabricas da Nike, e etc, lá?

Mudando de assunto, a China pode ter muitas aeronaves, mas não se esqueçam, que estavamos a falar da China agredir aos EUA, e não ao contrário, portanto, num caso desses, teriam 100% da sua força para atacar a China. Sim, em último caso, eles tem nukes, mas quem garante que são os mais modernos? Quem garante que chegariam com tal facilidade nos EUA? Os EUA tem capacidade para lançar nukes a partir de SSBN, coisa que a China não tem, além do que, num possível ataque, todas bases chinesas próximas a costa seriam apagadas do mapa, enquanto os EUA move sua frota de F-16, F-15 e F-22 para um local mais próximo. A vantagem chinesa de seu grande contingente do exército estaria acabada antes do primeiro tiro ser dado...
A USN, em poucos dias, estaria lá com no mínimo 6 TF, o garantiria pelo menos 300 SH, e queiram ou não, isso faz estrago, sem contar nas escoltas, no mínimo 24 DDG e 12 CG, com centenas de BGM-109, além de movimentarem, ao menos, 50 SSN, para caçar até sardinha lá se for preciso, e seus poderosos SSBN, que estariam muito bem armados...
Numa Guerra como Iraque, Afeganistão, onde se combatem contra ratos, e não contra soldados, é bem diferente, mas numa guerra declarada entre 2 potências, o estrago seria enorme, pra ambos, além do que, a China estaria a combater em casa, enquanto que nos EUA a produção bélica aceleraria rapidamente, mantendo a logística para tal tentativa.

A Força Aérea Chinesa dispõe de:

H-5 250
H-6 120
J-6 4
J-7 390
J-8 96
J-10 200
J-11 (Su-27/30) 273
JH-7 19
Q-5 500

Ao passo que a sua Marinha:

H-5 150
H-6 30
J-7 30
JH-7 35
J-8 124
Q-5 100
Su-30/33 23

Já a USAF tem:

A-10A/C/OA-10 356
AC-130H/U 25
B-1B 65
B-2A 20
B-52H 77
F-15A/C 243
F-15E 222
F-16C 883
F-22 160

USMC:

AV-8B/+ 126
F/A-18A/C/D 196

e a USN:

F/A-18A/C 268
F/A-18E/F 327

Desculpem, mas não dá pra comparar. Depois eu posto mais, pois tenho que sair agora.

Cumps!

Essa sua análise é bem o retrato do que você acha que está vendo no mundo. Porém, a realidade é que hoje a economia dos EUA não segura nem a intervenção no Afeganistão, para combater mendigos.

O que vemos na história militar recente é que a Guerra do Vietnã foi início da crise hegemonica e econômica dos EUA. A economia dos EUA não suportou sequer manter 500 mil soldados e seu aparato bélico tão longe de casa, enfrentando um inimigo que em sua globalidade, não dava 05% da economia dos EUA.

Hoje você está falando de uma economia falida, mendigando ao congresso o aumento do teto da rolagem da dívida que hoje já está beirando 100% do PIB. E de outra sem dívidas e com reservas acima de 2 trilhões em dólares, ainda, mais a China tem 4,5 vezes mais população que os EUA, e tem um território maior.

Se os EUA tem capacidade de aumentar sua produção, a China hoje tem condições muito maiores. Por sinal, a China pode colocar em armas o equivalente a população dos EUA, e ainda ter uma grande reserva de mão de obra.

Fico pensando se você consegue dimensionar um país com 1 BILHÃO e 300 milhões de habitantes. Eu vendo o Brasil, imagino o que seja isso, é uma enormidade.

Então os EUA não poderão colocar mais do que 50% de seu efetivo bélico da região, porque não terá logística nem reservas. Se hoje já não conseguem equilibrar suas contas imaginem se tiver que colocar uns 10 milhões de homens em armas do outro lado do mundo...

E depois teremos a última chave da equação, os Russos, que por 3 trilhões de motivos, vão fornecer tudo que os chineses quiserem, já fez a conta aí de quanto isso compra em armas? :twisted: :twisted:

Os EUA já perderam a guerra pela hegemonia mundial, começaram a perder quando se meteram do Vietnã, e acabaram o seu suicidio no Iraque. Agora, temos F-22 parados, no chão. Um frota envelhecida de F-15 e F-16. O F-35 se arrastando em atrasos.

A US NAVY tem os cansados F-18C, e o tijolão voador, melhor, alvos para SU-30, J-10, porque é um caça inferior, ruim, fajuto. :twisted: :twisted:

Resta tomarroques, mais os chineses tem uns 1000 mísseis para cada 100 tomarroques. E capacidade para fabricar qualquer coisa muito mais rápido que os EUA hoje. Não seria nenhum disparate, colocar a posição dos EUA hoje parecida com a do Japão antes da Segunda Guerra e a China ocupando o lugar dos EUA, no que tange a capacidade de produção industrial e na pontecialidade de seu crescimento.

O retrado hoje no mundo é a construção da nova ponte da São Franciso Bay, todo o aço e sua montagem está sendo feita na China, e o Governo da Califórnia diz o seguinte; se fossem produzidos nos EUA, demoraria mais tempo e custaria muito mais. E como o estado mais rico dos EUA está falido também... :roll: :roll:

O mundo que você pensa que está vivendo, já morreu, a velocidade dos acontecimentos é sem dúvida alarmante. E se hoje uma Guerra dessas já é inviável para os EUA, daqui 10 anos, a coisas vão ficar bem mais pretas para os EUA.

[]´s




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#384 Mensagem por FoxTroop » Ter Jun 28, 2011 2:16 pm

Com o devido respeito, caro Prick, mas que grande viagem, mas que grande viagem mesmo....




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#385 Mensagem por Andre Correa » Ter Jun 28, 2011 2:27 pm

FoxTroop escreveu:Com o devido respeito, caro Prick, mas que grande viagem, mas que grande viagem mesmo....
[x2]

Nem vou perder tempo a responder...
Eu deixei bem claro que os EUA somente estariam em Guerra com a China para defender-se, pois como foi dito, ambos dependem um do outro, economicamente, e estariam ambos a passar por graves problemas nacionais, no caso de um ataque, portanto, mesmo sendo muito SUPERIOR militarmente, vivemos num mundo marginalmente civilizado, e tal absurdo só acontece quando há interesses, e nesse caso, não há.

Se para cada 100 BGM-109 a China tem 1000, está na hora dos EUA começar a voltar pro seu quintal, pois parece que temos uma nova super-potência, vinda da imaginação do colega PRick, mas que pelos vistos tem quase o mesmo estoque de armamentos como tem de pessoas... [003]

Quando houver argumentos mais válidos, e menos sentimentais, eu até respondo... [005]




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#386 Mensagem por Bolovo » Ter Jun 28, 2011 3:08 pm

E contra uma FT do CdG com Rafales? Em quanto tempo a China sucumbiria?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#387 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jun 28, 2011 3:39 pm

Her... isso tá parecendo o Forum Disney Brasil... :mrgreen:




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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#388 Mensagem por PRick » Ter Jun 28, 2011 3:49 pm

FoxTroop escreveu:Com o devido respeito, caro Prick, mas que grande viagem, mas que grande viagem mesmo....
É a grande viagem que todos os pensadores sérios falam, leia a respeito, não só atual, mas história da humanidade. Os EUA são episódio passageiro de hegemonia mundial, se formos ver os grandes impérios da humanidade. Quanto ao resto é a realidade dos números e das notícias, os F-22 estão parados e os EUA não tem condições de produzir mais e nem de mantê-los, estão saindo correndo do Iraque e do Afeganistão porque não tem mais recursos. Enfim, a despeito de nossas ideologias, as pessoas tem que ler e se informar o que ocorre hoje no mundo, e para onde o futuro está indo.
Segundo Wallerstein, “o êxito dos EUA como potência hegemônica no período do pós- guerra criou as condições para o colapso hegemônico do país”. Esse processo é demonstrado por uma série de fatos: a Guerra do Vietnã, as revoltas de 1968, a queda do Muro de Berlim em 1989 e os atentados de 11 de setembro de 2001. Isso culminou na situação em que os EUA se encontravam na administração George W. Bush: uma superpotência contestada, que sofre pela carência de poder de fato, um líder mundial que poucos seguem e respeitam e um país que caminha no caos global que não pode controlar (a crise financeira de 2008 poderá no futuro reforçar a idéia?).

E a Guerra do Vietnã? Segundo o ex-secretário de Defesa dos EUA foi a reação do povo vietnamita contra o domínio estrangeiro e estabelecer o seu próprio Estado. Os vietnamitas combateram os franceses, russos, os japoneses e os americanos e no final os vietnamitas venceram. Para Wallerstein, do ponto de vista geopolítico, contudo, a guerra representou a rejeição ao status quo de Ialta por populações então rotuladas como Terceiro Mundo. O Vietnã tornou-se um símbolo interessante, porque Washington foi suficientemente pouco inteligente para investir todo o seu poderio militar naquela luta e, mesmo assim, os EUA saíram sem a vitória pretendida. É verdade que os EUA não utilizaram armas nucleares, mas a sua utilização

teria destruído os acordos de Ialta e poderia ter produzido um holocausto nuclear, resultado que
os EUA simplesmente não poderiam arriscar.

No entanto, o Vietnã não foi uma derrota simbólica militar ou uma “maldição para o prestígio americano”. A guerra desferiu um golpe contra a capacidade de os EUA continuarem a ser a potência econômica dominante no mundo (exagero de Wallerstein?). O conflito foi dispendioso e praticamente esgotou as reservas de ouro dos EUA.

Do mesmo modo, os EUA acumularam essas despesas exatamente quando a competição européia e japonesa tornou-se capaz de fazer frente à amplitude econômica dos EUA. Esse cenário tornou dificultoso o domínio americano na economia mundial. Na década de 1960 os membros dessa tríade (Japão, Europa e EUA – com uma folga para o lado americano) têm sido próximos em termos econômicos, cada um a desempenhar-se melhor durante certos períodos, mas sem que se distancie demasiado dos outros.

Quando os movimentos revoltosos de 1968 irromperam em vários países, o exemplo dos vietnamitas9 tornou-se um importante componente retórico. Mas a geração de 68 não condenava apenas o estilo americano de viver e liderar. Também condenava aconivência soviética com os EUA, condenava Ialta e usou ou adaptou a linguagem da Revolução Cultural chinesa, que dividia o mundo em dois campos: as duas superpotências e o resto do mundo. A denúncia daconivência soviética levou à denúncia das forças nacionais aliadas à URSS, o que na maioria dos casos significava os partidos comunistas tradicionais. Mas os revoltosos de 1968 também atacaram outros componentes da “Velha Esquerda” -- os movimentos de libertação nacional no Terceiro Mundo, os movimentos social-democratas na Europa e os democratas do New Deal nos EUA, acusando-os também decumplicidade com aquilo que os revolucionários chamavam de "imperialismo americano". O ataque àconi vência soviética com Washington, mais o ataque contra a “Velha Esquerda”, enfraqueceu ainda mais a legitimidade dos ajustes de Ialta sobre os quais os EUA haviam influenciado aquela ordem mundial. Ele também minava a posição do liberalismo como o único pensamento de escala mundial. As conseqüências políticas direta das revoltas mundiais de 68 são incalculáveis, mas as repercussões geopolíticas e intelectuais foram significativas. O liberalismo de centro declinou de sua posição privilegiada que desde as revoluções européias de 1848 lhe permitira abarcar uma gama do espectro político europeu. “Tais ideologias retornaram e mais uma vez representaram um verdadeiro leque de opções”. De acordo com Wallerstein, “os conservadores tornar-se-iam novamente conservadores, e os radicais, radicais”. Os liberais de centro foram reduzidos em suas representações. A posição ideológica oficial dos EUA -- antifascista, anticomunista, anticolonialista -- parecia frágil e a defesa de seus interesses inconveniente para muitos países.
Existe quase um unanimidade sobre o inicio da decadência dos EUA, todos convergem para a Guerra do Vietnã, não apenas do ponto de vista econômico, mas ideológico, é o fim do liberalismo e do sonho americano. O que A. Gramsci define como a perda do poder hegemônico, ou seja, o início do processo da perda da hegemonia, que teve seu marco final a chamada Guerra ao Terror. Os EUA hoje são ainda o maior economia, a maior potência bélica, estão deixando de ser o centro do sistema financeiro, e não tem mais o poder hegemônico.

Agora, todos os estudo apontam também na mesma direção, não estamos mais falando em perda da hegemonia, mas perda da preponderância economia e perda da capacidade de ser o centro financeiro do mundo. Isso está se dando de modo mais acelerado do que o previsto, a economia dos EUA perdeu completamente sua vitalidade e sofre com problema de produtividade, eficiência e perda de competitividade desde os anos 1970.

Antes era o perigo nipônico, na década de 1980, na verdade, vários países começaram a desafiar a economia dos EUA na área da eficiência, se tornando muito mais competitivos. A economia dos EUA que já havia representado mais de 50% do PIB mundial, hoje mal se aguenta na casa dos 20%. Esses são os números frios, não adianta brigar com eles.

Em seu livro Giovanni Arrigni, Adam Smith em Pequin, faz uma longa análise dos problemas e o declínio do Império Americano, na última análise, ele fala que as potências em decadência se apegam ao seu último bastião, o uso indiscriminado do poder militar, e como isso apenas acentua sua decadência.

Do mesmo modo que os EUA eram a potência mais prudente no périodo antes da Primeira Guerra, a China hoje usa e abusa da mesma prudência, eu diria é a prudência concedida pela visão do paraíso logo adiante.

Assim, vemos os EUA tentando voltar ao seu papel de hegemonia usando o que a Arrighi chama de "o golpe da proteção", ou a tentativa de bancar a polícia do mundo. Como se o mundo tivesse os mesmos interesses dos EUA. Hoje o Brasil tem mais interesse que a economia chinesa continue crescendo rápido, que qualquer coisa que ocorra na economia dos EUA.

O que vemos aqui, é mais um capítulo da tentativa de os EUA se arvorarem o direito de bancarem a polícia do mundo, ou conseguirem a legitimidade e a dominância que não conseguem mais através da economia e da ideologia, através da força militar.

Arrigui vai mais longe, compara a ascenção dos EUA frente ao Império Britânico, e diz que os EUA não precisaram confrontar militarmente a Inglaterra, que de muito bom grado os Britânicos perceberam que tinha muito mais a ganhar sendo um apêndice dos EUA, que tentar peitar eles, como a Crise do Canal de Suez deixou bem claro.

O mesmo ocorre agora, se a classe dominante nos EUA reconhecerem que não podem mais ser o centro do mundo, que uma série de nações vão dividir esse poder, tendo a China como a mais importante, e a palavra aqui é BRIC´S. A transição será feita da melhor maneira. Se porém, os EUA se mostrarem radicais, o mundo correrá mais risco que toda a Guerra-Fria. Porque teremos uma possibilidade de guerra global sem que exista muito claramente, uma definição de quem serão os amigos e seus inimigos.

A escolha chinesa até agora é clara. Arrighi descreve ela como "ascenção pacífica". Quer dizer, a China não está tentando uma corrida armamentista, nem voltando seu aparato bélico para a projeção de poder.

Por isso, a tão controversa compra e reforma do NAe Variagy. E sem dúvida um passo pequeno na direção da projeção de poder para a força militar chinesa. Mas longe de demonstrar uma atitude de confrontação, essa NAe tem o papel de contentar os falções internos da China.

Os EUA não vão conseguir recuperar o que perderam através das armas, a tal operação de "choque e terror" que deveria ter sido demonstrada no Iraque, o tal poder avassalador da tecnologia bélica dos EUA, foi um fiasco final da crise hegemônica, e espero que as pessoas dominantes nos EUA tenham entendido isso, caso contrário, o fim poderá ser muito mais desastroso.

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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#389 Mensagem por lynx » Ter Jun 28, 2011 3:51 pm

Pepê Rezende escreveu: A atual fronteira entre as duas Coreias fica cerca de 100 quilômetros AO SUL da original. Isso mostra que Peng Dehuai conseguiu colocar os aliados exatamente onde a China queria. A Rússia, em 1950, tinha capacidade de retaliar e foi clara com Trumman. E continuo reafirmando o que digo. A descrição de um argentino cabe como luva em MacArthur. A vitória no Pacífico deve-se muito mais a Spruance e Nimitz que ao general incompetente que causou uma das derrotas mais vergonhosas das forças armadas norte-americanas... Aliás, general norte-americano competente na Segunda Guerra Mundial apenas um: Patton. Doido de pedra, mas genial. Bradley era inteligente, mas não no grau de George.

A propósito, 70% do material do Lend Lease chegou depois de 1943. Quando os alemães transformaram-se num bando de corredores de maratona que queriam cair o mais rápido possível no colo da mãe pátria...

Abraços

Pepê
Pepê
Não entendo praticamente nada da história militar chinesa e muito pouco da Guerra da Coréia. Estou aprendendo um pouco aqui.
Entretanto, sobre a II GM e em particular o Teatro do Pacífico, eu sei alguma coisa. Douglas MacArthur foi um general de uma vaidade insuportável e de competência tática para lá de duvidosa. Entretanto, sua visão estratégica foi, inquestionavelmente, primordial para a vitória aliada no Pacífico. Em que pese a discutida necessidade de se retomar as Filipinas, eu concordo com quem diz que era sim necessário. Mas isso é um longo papo.
O grande mentor da estratégia de defesa e posteriormente do contra-ataque no Pacífico foi o Alte Ernest King. Sua estratégia foi desenhada ainda em 1940, quando recebeu essa incumbência por parte do Secretário de Defesa. Entre outras medidas, recomendou acaelerar a construção de uma rede de bases aéreas que ligavam o Hawai às Filipinas, via Austrália. Esse plano foi inicialmente proposto pelo ex-chefe de EM de Macarthur, Dwight Eisenhower, conhecido de todos.
Macarthur advogou junto a Marshal, Arnold e o primeiro-ministro australiano a implementação do plano da USN. O pouco que deu tempo de ser executado já foi o suficiente para atrasar o avanço japonês na Indonésia e Nova Guiné. O atraso, por conta da presença de milícias do exército australiano em defesa das bases em construção, permitiu com que forças australianas de primeira linha fossem trazidas do Egito e aviões americanos e da RAAF se concentrassem em defesa da NG. O resultado foi a primeira derrota japonesa em terra, nas montanhas da NG (Kokoda e Milne Bay). Por curiosidade, foram os veteranos de Tobruk que venceram em Milne Bay.
Macarthur atuou de forma decisiva na inversão prática da estratégia de "A Alemanha Primeiro". Por conta de sua atuação, as primeiras forças americanas enviadas ao exterior na guerra, o foram para o Pacífico. O que causou protestos de Churchil. Também formou a primeira Força Aéra no exterior, a quinta na Austrália. Pouco se fala, mas a operação de Guadalcanal dependeu totalmente do apoio das forças de Macarthur, que reforçou a pressão sobre os japoneses em vários momentos, para aliviar os contra-ataques japoneses em Guadalcanal. A Indonésia e as Salomão eram guarnecidas pelas mesmas forças japonesas, o 17 Exército e a 8 Frota. A cada canhoneio da marinha japonesa em Guadalcanal, havia um raid de B-17 da 5 FA sobre Rabaul (base japonesa). Aliás, a presença desses aviões no Pacífico foi quase uma insubordinação de Macarthur, escorado por King, já que Arnold queria vê-los todos na Europa.
Macarthur estava longe de ser um gênio, mas foi fundamental no Pacífico.
Quanto ao Lend and Lease, citar números brutos é insuficiente. Ontem a noite mesmo eu estava lendo um artigo sobre os P-39 Airacobra na URSS. Os russos, ao contrário dos americanos, gostaram desse avião e seu canhão de 37mm. A URSS recebeu 4700 P-39. Se 30% foram enviados em 1943, teriam sido aproximadamente 1500 aviões! E só falo de P-39. Mas, a produção do P-39 se encerrou em 1944. Logo, devem ter sido uns 3000 só em 1943. Para quem estava se arrastando como os russos isso não fez diferença? Novamente, falei só de P-39.
Um abraço




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J.Ricardo
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Re: Marinha da República Popular da China (PLAN)

#390 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jun 28, 2011 4:33 pm

Lynx, na verdade os russo receberam 4.773 dos 9.588 P-39 produzidos! No mais excelente relato do teatro do Pacífico.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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