limpinhos limpinhos não, com um contador geiger seria fácil detectar radiação em níveis acima do recomendável. Na verdade logo após o ataque ocorreria uma precipitação radioativa razoável, elevando o níve de radiação no solo a valores bastante elevados.Túlio escreveu:Será que é mesmo essa barbada toda, Leandro véio? Só explode, destrói e o ar, a terra e a água ficam limpinhos? Sei não...
Porque isso me levaria a pensar que bastaria desenvolvermos armas químicas e vetores para elas e estaríamos muito mais seguros do que com nukes...
A questão é: O que se considera valores bastante elevados? Os níveis considerados seguros são aqueles que NÃO TRAZEM NENHUMA SEQUELA A NINGUÉM, independentemente do tempo de exposição, e estes níveis com certeza seriam ultrapassados em muito. Mas isso não quer dizer que todo mundo teria doença da radiação, perderia os cabelos e morreria de hemorragias internas em poucos dias ou de leucemia em menos de 1 ano. O nível de radiação em um ataque clássico, com bombas modernas de poder médio (digamos 150 Kilotons) e explodindo no ar, seria tal que algumas pessoas poderiam passar mal, mas só os muito frágeis como velhos e doentes é que iriam de fato morrer. Os índices de câncer iriam certamente subir algumas vezes, passando talvez de 1 caso para cada 1000 pessoas (antes dos 50 anos) para 3 ou 5 casos a cada 1000. E o número de bebês nascidos com má formações talvez subisse na mesma proporção.
Isso tudo é bem ruim, mas não é o fim do mundo, duvido que as cidades atacadas fossem abandonadas por conta disso. E aconteceria apenas nos locais atacados, e não em Israel. Os efeitos da radiação em Israel seriam de 1/5 a 1/10 disso. Você abandonaria a chance de evitar que seu país fosse derrotado em uma guerra (e no caso de Israel você sabe o que isso significaria) por medo destes efeitos colaterais?
Os efeitos bem mais graves que se previam na época da Guerra Fria seriam decorrentes de outro tipo de ataque, com múltiplas bombas de potência na faixa de megatons explodindo no solo na tentativa de destruir silos de mísseis inimigos. Aí a situação seria mesmo bem outra. Mas não se vislumbra isso ocorrendo no OM, pelo menos não enquanto outro país além de Israel não tiver também seu arsenal de mísseis nucleares colocados em silos.
Leandro G. Card