SYRIA
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Re: SYRIA
Síria: A ONU entre cautela e admissão de impotência
Se Paris afirma ter provas do uso de armas químicas na Síria, a ONU (Organização das Nações Unidas) acredita. Mas sem certeza.
Em seu último relatório publicado na terça-feira (4), o quinto em 26 meses de conflito, os investigadores nomeados pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, com sede em Genebra, dizem ter "motivos razoáveis" para pensar que foram usadas armas químicas em "quantidades limitadas", mas admitem que não dispõem de informações o suficiente para "determinar com precisão quais elementos químicos foram utilizados, seu meio de difusão ou quem os utilizou".
No entanto, um grande número de testemunhos compromete as forças sírias. No total, foram quatro ataques químicos identificados, em março e em abril. Os cerca de 20 investigadores independentes, que nunca conseguiram entrar na Síria desde que teve início sua missão em setembro de 2011, conduziram seus trabalhos nos países vizinhos e a partir de Genebra. Suas conclusões se baseiam em 430 entrevistas com vítimas, refugiados que fugiram de determinadas regiões e profissionais médicos, algumas delas através do Skype, uma vez que estavam na Síria.
Atrocidades "repugnantes e aterradoras"
Eles também dispunham de inúmeros elementos de prova relatados no local, sobretudo fotos, vídeos, imagens de satélite e relatórios médicos. Os especialistas contam que muitas vezes tiveram de cruzar as informações sobre o uso de armas químicas e observar os sintomas apresentados pelas vítimas nos vídeos disponíveis no YouTube. Os "crimes de guerra e crimes contra a humanidade se tornaram uma realidade cotidiana na Síria", observa o relatório de 29 páginas, que descreve um grande número de atrocidades consideradas "repugnantes e aterradoras" pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Nada menos que 17 massacres foram contabilizados no período coberto --de meados de janeiro até meados de maio. O uso de armas químicas é citado ali da mesma maneira que os massacres e o uso da tortura, mas esse relatório continua sendo uma admissão de fracasso. A equipe da ONU admite que não consegue tirar nenhuma conclusão definitiva quanto aos ataques químicos. O presidente da comissão de inquérito, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, também diz acreditar ser "da mais alta importância" que a outra equipe de especialistas --nomeada por Ban Ki-moon e presidida pelo sueco Ake Sellström-- obtenha a autorização de ir até a Síria.
Desde março Damasco tem negado a esses 15 investigadores o acesso a diversos pontos de supostos ataques. O regime sírio foi o primeiro a fazer um requerimento oficial à ONU no dia 20 de março para a abertura de uma investigação sobre alegações de uso de armas químicas por parte dos rebeldes, segundo ele. Quando Paris e Londres fizeram um pedido similar, para a investigação de alegações do emprego de armas químicas por parte das forças sírias, Damasco fez ouvidos moucos. "Nossos investigadores estão prontos para irem até a Síria dentro de 24 ou 48 horas", repetem continuamente as autoridades da ONU.
"Síndrome iraquiana"
Segundo uma fonte diplomática, "argumentando que era importante abrir um canal", o secretário-geral, no início, não descartava a ideia de enviar a equipe para a Síria, independentemente das condições impostas por Damasco. Mas, não é mais o caso hoje. "Ban Ki-moon não tem intenção nenhuma de ceder", afirma essa mesma fonte. "Os países-membros, estejam eles 100% certos ou não do uso de armas químicas, precisam ver suas conclusões validadas pela ONU", diz uma fonte ocidental, que lembra o quanto a "síndrome iraquiana" pesa na lembrança das pessoas.
Na terça-feira, em Paris, Ake Sellström encontrou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que lhe repassou os elementos de prova considerados "irrefutáveis". O protocolo da ONU, no entanto, exige que investigadores nomeados pela organização coletem eles mesmos as amostras submetidas a análises.
Segundo uma fonte diplomática em Paris, os especialistas da ONU poderão entregar um relatório "interino" até o final de junho, fortemente "inspirado" nos resultados da análise francesa. A França teria, então, a possibilidade de pedir para submeter o caso ao Conselho de Segurança da ONU, informa o Ministério das Relações Exteriores. Como a prioridade da diplomacia ultimamente é a organização de uma conferência de paz como Genebra 2, uma iniciativa como essa provavelmente seria vista como contraproducente. A menos que ela permita acentuar a pressão sobre Damasco e facilite a obtenção de concessões.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... ao-de.html
Se Paris afirma ter provas do uso de armas químicas na Síria, a ONU (Organização das Nações Unidas) acredita. Mas sem certeza.
Em seu último relatório publicado na terça-feira (4), o quinto em 26 meses de conflito, os investigadores nomeados pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, com sede em Genebra, dizem ter "motivos razoáveis" para pensar que foram usadas armas químicas em "quantidades limitadas", mas admitem que não dispõem de informações o suficiente para "determinar com precisão quais elementos químicos foram utilizados, seu meio de difusão ou quem os utilizou".
No entanto, um grande número de testemunhos compromete as forças sírias. No total, foram quatro ataques químicos identificados, em março e em abril. Os cerca de 20 investigadores independentes, que nunca conseguiram entrar na Síria desde que teve início sua missão em setembro de 2011, conduziram seus trabalhos nos países vizinhos e a partir de Genebra. Suas conclusões se baseiam em 430 entrevistas com vítimas, refugiados que fugiram de determinadas regiões e profissionais médicos, algumas delas através do Skype, uma vez que estavam na Síria.
Atrocidades "repugnantes e aterradoras"
Eles também dispunham de inúmeros elementos de prova relatados no local, sobretudo fotos, vídeos, imagens de satélite e relatórios médicos. Os especialistas contam que muitas vezes tiveram de cruzar as informações sobre o uso de armas químicas e observar os sintomas apresentados pelas vítimas nos vídeos disponíveis no YouTube. Os "crimes de guerra e crimes contra a humanidade se tornaram uma realidade cotidiana na Síria", observa o relatório de 29 páginas, que descreve um grande número de atrocidades consideradas "repugnantes e aterradoras" pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Nada menos que 17 massacres foram contabilizados no período coberto --de meados de janeiro até meados de maio. O uso de armas químicas é citado ali da mesma maneira que os massacres e o uso da tortura, mas esse relatório continua sendo uma admissão de fracasso. A equipe da ONU admite que não consegue tirar nenhuma conclusão definitiva quanto aos ataques químicos. O presidente da comissão de inquérito, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, também diz acreditar ser "da mais alta importância" que a outra equipe de especialistas --nomeada por Ban Ki-moon e presidida pelo sueco Ake Sellström-- obtenha a autorização de ir até a Síria.
Desde março Damasco tem negado a esses 15 investigadores o acesso a diversos pontos de supostos ataques. O regime sírio foi o primeiro a fazer um requerimento oficial à ONU no dia 20 de março para a abertura de uma investigação sobre alegações de uso de armas químicas por parte dos rebeldes, segundo ele. Quando Paris e Londres fizeram um pedido similar, para a investigação de alegações do emprego de armas químicas por parte das forças sírias, Damasco fez ouvidos moucos. "Nossos investigadores estão prontos para irem até a Síria dentro de 24 ou 48 horas", repetem continuamente as autoridades da ONU.
"Síndrome iraquiana"
Segundo uma fonte diplomática, "argumentando que era importante abrir um canal", o secretário-geral, no início, não descartava a ideia de enviar a equipe para a Síria, independentemente das condições impostas por Damasco. Mas, não é mais o caso hoje. "Ban Ki-moon não tem intenção nenhuma de ceder", afirma essa mesma fonte. "Os países-membros, estejam eles 100% certos ou não do uso de armas químicas, precisam ver suas conclusões validadas pela ONU", diz uma fonte ocidental, que lembra o quanto a "síndrome iraquiana" pesa na lembrança das pessoas.
Na terça-feira, em Paris, Ake Sellström encontrou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que lhe repassou os elementos de prova considerados "irrefutáveis". O protocolo da ONU, no entanto, exige que investigadores nomeados pela organização coletem eles mesmos as amostras submetidas a análises.
Segundo uma fonte diplomática em Paris, os especialistas da ONU poderão entregar um relatório "interino" até o final de junho, fortemente "inspirado" nos resultados da análise francesa. A França teria, então, a possibilidade de pedir para submeter o caso ao Conselho de Segurança da ONU, informa o Ministério das Relações Exteriores. Como a prioridade da diplomacia ultimamente é a organização de uma conferência de paz como Genebra 2, uma iniciativa como essa provavelmente seria vista como contraproducente. A menos que ela permita acentuar a pressão sobre Damasco e facilite a obtenção de concessões.
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Re: SYRIA
Tomada de Qusair muda dinâmica de conflito na Síria
Posted by E.M.Pinto
A tomada da cidade síria de Qusair, um dos bastiões dos rebeldes, por forças leais ao presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira revela uma mudança na dinâmica do conflito no país, que já se estende por mais de dois anos.
Na avaliação do correspondente diplomático da BBC, Jonathan Marcus, a vitória dos aliados de Assad na cidade, entre eles, o Hezbollah, terá consequências políticas e diplomáticas para o confronto, que tende cada vez mais a contagiar o Líbano, vizinho da Síria.
Muitos dos principais combates na guerra civil síria vêm ocorrendo em rotas de abastecimento bem como em cidades próximas a essas vias.
O caso de Qusair é exemplar neste sentido. A localização da cidade é crucial para ambas as partes envolvidas no conflito.
Qusair é um entreporto de envio de armas para os rebeldes sírios vindas do Líbano por duas rotas: a primeira através do Vale Bekaa, e a outra mais ao oeste, de Trípoli e de sua costa.
A cidade também fica perto de vias de abastecimento importantes para as forças do governo.
Qusar também constitui um dos acessos até a cidade de Homs e ao nordeste da Síria. A estrada da capital Damasco para Homs é uma das principais artérias do regime sírio.
Homs, por sua vez, é considerada o coração alauíta na costa oeste do país.
Hezbollah
A tomada de Qusair fortalece a percepção de que as forças do governo vêm ganhando terreno nas últimas semanas.
Para os rebeldes, a perda do controle sobre a cidade revela que uma vitória sobre as forças de Assad está cada vez mais distante.
Por ora, o prognóstico para a Síria é pessimista: não se vê o fim do conflito por nenhum dos lados, dizem analistas.
O problema é que, quanto mais o confronto se estender, maior o risco de contágio para outros países do Oriente Médio, acreditam eles.
A batalha de Qusair mostrou ainda a importância dos militantes do movimento xiita libanês Hezbollah, que aderiu ao conflito ao lado do presidente Bashar al-Assad.
Na opinião de Marcus, da BBC, trata-se de uma aposta de alto risco para o grupo, uma vez que reforça sua ligação com o eixo Síria-Irã e alimenta ainda mais a rixa entre xiitas e sunitas no mundo árabe.
No passado, o Hezbollah buscou apresentar-se como um movimento nacional libanês. Agora, está mergulhado no meio de uma guerra civil no mundo árabe.
Por outro lado, a imagem do grupo vem se deteriorando entre os libaneses.
O temor agora é de que a violência na Síria chegue ao Líbano.
Em entrevista à BBC, o comandante militar do Exército Livre da Síria, general Selim Idriss, falou de seu desejo de lutar contra militantes do Hezbollah dentro do Líbano.Conflito na Síria opõe presidente Bashar al-Assad (foto) a rebeldes
Por ora, houve combates esporádicos e lançamentos de foguetes em locais próximos a fronteira entre os dois países. Porém, qualquer tentativa de abrir um front de batalha ‘libanês’ pode conflagrar um risco regional que assusta diplomatas ocidentais.
Com a turbulência no Líbano e o enfraquecimento do Hezbollah, Israel também poderia mergulhar no conflito, com o intuito de acertar contas com o movimento xiita.
Opções
Dadas as preocupações do governo israelense sobre o fornecimento de armamentos sofisticados da Síria ao Hezbollah, analistas consideram ser provável um cenário envolvendo ataques aéreos de Israel em comboios de armas, o que pode dar nova roupagem ao conflito.
Temerosos com uma possível escalada do conflito, diplomatas vêm concentrando esforços em organizar uma conferência de paz em Genebra.
Mas a ofensiva em Qusair acabou por sufocar tais tentativas.
Resta agora saber qual será o próximo passo dado pelas potências ocidentais para solucionar o conflito.
Para analistas, as opções vão desde armar os rebeldes a uma ação militar coordenada na Síria.
http://www.planobrazil.com/tomada-de-qu ... -na-siria/
Posted by E.M.Pinto
A tomada da cidade síria de Qusair, um dos bastiões dos rebeldes, por forças leais ao presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira revela uma mudança na dinâmica do conflito no país, que já se estende por mais de dois anos.
Na avaliação do correspondente diplomático da BBC, Jonathan Marcus, a vitória dos aliados de Assad na cidade, entre eles, o Hezbollah, terá consequências políticas e diplomáticas para o confronto, que tende cada vez mais a contagiar o Líbano, vizinho da Síria.
Muitos dos principais combates na guerra civil síria vêm ocorrendo em rotas de abastecimento bem como em cidades próximas a essas vias.
O caso de Qusair é exemplar neste sentido. A localização da cidade é crucial para ambas as partes envolvidas no conflito.
Qusair é um entreporto de envio de armas para os rebeldes sírios vindas do Líbano por duas rotas: a primeira através do Vale Bekaa, e a outra mais ao oeste, de Trípoli e de sua costa.
A cidade também fica perto de vias de abastecimento importantes para as forças do governo.
Qusar também constitui um dos acessos até a cidade de Homs e ao nordeste da Síria. A estrada da capital Damasco para Homs é uma das principais artérias do regime sírio.
Homs, por sua vez, é considerada o coração alauíta na costa oeste do país.
Hezbollah
A tomada de Qusair fortalece a percepção de que as forças do governo vêm ganhando terreno nas últimas semanas.
Para os rebeldes, a perda do controle sobre a cidade revela que uma vitória sobre as forças de Assad está cada vez mais distante.
Por ora, o prognóstico para a Síria é pessimista: não se vê o fim do conflito por nenhum dos lados, dizem analistas.
O problema é que, quanto mais o confronto se estender, maior o risco de contágio para outros países do Oriente Médio, acreditam eles.
A batalha de Qusair mostrou ainda a importância dos militantes do movimento xiita libanês Hezbollah, que aderiu ao conflito ao lado do presidente Bashar al-Assad.
Na opinião de Marcus, da BBC, trata-se de uma aposta de alto risco para o grupo, uma vez que reforça sua ligação com o eixo Síria-Irã e alimenta ainda mais a rixa entre xiitas e sunitas no mundo árabe.
No passado, o Hezbollah buscou apresentar-se como um movimento nacional libanês. Agora, está mergulhado no meio de uma guerra civil no mundo árabe.
Por outro lado, a imagem do grupo vem se deteriorando entre os libaneses.
O temor agora é de que a violência na Síria chegue ao Líbano.
Em entrevista à BBC, o comandante militar do Exército Livre da Síria, general Selim Idriss, falou de seu desejo de lutar contra militantes do Hezbollah dentro do Líbano.Conflito na Síria opõe presidente Bashar al-Assad (foto) a rebeldes
Por ora, houve combates esporádicos e lançamentos de foguetes em locais próximos a fronteira entre os dois países. Porém, qualquer tentativa de abrir um front de batalha ‘libanês’ pode conflagrar um risco regional que assusta diplomatas ocidentais.
Com a turbulência no Líbano e o enfraquecimento do Hezbollah, Israel também poderia mergulhar no conflito, com o intuito de acertar contas com o movimento xiita.
Opções
Dadas as preocupações do governo israelense sobre o fornecimento de armamentos sofisticados da Síria ao Hezbollah, analistas consideram ser provável um cenário envolvendo ataques aéreos de Israel em comboios de armas, o que pode dar nova roupagem ao conflito.
Temerosos com uma possível escalada do conflito, diplomatas vêm concentrando esforços em organizar uma conferência de paz em Genebra.
Mas a ofensiva em Qusair acabou por sufocar tais tentativas.
Resta agora saber qual será o próximo passo dado pelas potências ocidentais para solucionar o conflito.
Para analistas, as opções vão desde armar os rebeldes a uma ação militar coordenada na Síria.
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Re: SYRIA
06 de Junho de 2013•17h58
Exército sírio recupera passagem de fronteira de Golã
O Exército sírio retomou nesta quinta-feira a única passagem em Golã na linha de cessar-fogo com Israel, em um novo duro golpe para os rebeldes, no dia seguinte a sua derrota na cidade estratégica de Qousseir.
Enquanto os rebeldes recuavam para o sul das Colinas de Golã, as tropas do governo perseguiam os insurgentes que abandonaram Qousseir, bombardeando uma localidade próxima que servia de refúgio para os rebeldes e para centenas de civis feridos.
"O Exército sírio retomou o controle da passagem. Há barulhos de explosões de vez em quando, mas muito menos do que pela manhã", afirmou uma fonte dos serviços de segurança israelenses, algumas horas depois do anúncio de sua tomada pelos rebeldes.
Um correspondente da AFP confirmou que as forças sírias haviam retomado o controle da passagem e informou ter visto tanques do Exército circulando pela região.
A passagem, ocupada por Israel, é utilizada principalmente por habitantes drusos de Golã para estudar, trabalhar e se casar na Síria.
Dois integrantes do corpo de paz da ONU ficaram levemente feridos na zona desmilitarizada das Colinas de Golã, segundo um porta-voz dos capacetes azuis, que não explicou se o ataque estava relacionado com a operação do governo sírio.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), organização com sede em Londres, há "violentos combates entre as forças do governo sírio e os rebeldes na cidade velha de Qouneitra".
Uma fonte israelense lembrou que "a passagem de Qouneitra era, até agora, o único ponto de contato de Israel com a Síria" e que está muito perto do quartel-general da ONU, a Força das Nações Unidas de Observação da Separação (FNUOS), implantado para fazer respeitar o cessar-fogo.
O chefe das operações de paz da ONU, Hervé Ladsous, confirmou os combates na passagem, sem revelar mais detalhes, e destacou que a ONU "redefiniu a posição" de suas tropas para garantir a segurança.
A situação em Golã levou a Áustria a anunciar a retirada de seus 378 soldados presentes na região como integrantes da FNUOS.
Dois sírios feridos foram levados para um hospital de Safed, no norte de Israel, informou um militar israelense.
Israel e Síria estão oficialmente em guerra. Desde 1967, Israel ocupa cerca de 1.200 quilômetros quadrados em Golã, que foram anexados pelo governo israelense, em uma decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Aproximadamente 510 km2 permanecem sob controle sírio.
A vitória militar é mais uma para o regime sírio depois da obtida na quarta-feira com a reconquista de Qousseir (a 10 km da fronteira com o Líbano), apoiado pelas forças do Hezbollah.
A região de Qousseir (centro-oeste) é um cruzamento de rotas de abastecimento importante para forças do governo e rebeldes. Ela está localizada entre Damasco e o litoral, reduto da minoria alauita ao qual pertence o presidente Bashar al-Assad.
Para analistas, a tomada de Qousseir deixa Bashar al-Assad em posição de força para a conferência de paz estimulada por Rússia e Estados Unidos, as primeiras negociações diretas, caso realmente aconteçam, na presença de representantes do governo e da oposição.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, anunciou que o regime sírio será representado na conferência internacional, chamada de "Genebra 2", pelo ministro das Relações Exteriores, Wallid Mouallem. A oposição síria, no entanto, continua tendo dificuldades para determinar quem integrará sua delegação.
A França informou que transmitiu aos Estados Unidos "todas as informações" que tinha sobre o uso de gás sarin na Síria, após um pedido do secretário de Estado americano, John Kerry, ao chanceler francês, Laurent Fabius.
No vizinho Líbano, uma pessoa morreu em violentos combates entre libaneses favoráveis e contrários ao regime sírio no coração de Trípoli. O Exército foi mobilizado e a calma foi restabelecida.
Na vizinha Jordânia, as autoridades ameaçaram declarar o embaixador da Síria 'persona non grata' se este continuar a insultar o reino, em meio a tensões crescentes entre os dois países.
A violência na Síria deixou mais de 94.000 mortos em 26 meses de conflito e provocou a fuga de quase seis milhões de pessoas.
O regime enfrenta uma rebelião heterogênea composta por jihadistas estrangeiros ligados à rede Al-Qaeda, desertores e civis que pegaram em armas.
Cerca de 200 islamitas do Cáucaso russo lutam na Síria "com as bandeiras da Al-Qaeda e de outras estruturas afiliadas", declarou o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexandre Bortnikov, que manifestou sua preocupação.
Ainda nesta quinta, foi divulgada a notícia de que o jornalista italiano Domenico Quirico, que desapareceu em 9 de abril, "está vivo na Síria", anunciou o diretor de seu jornal, o La Stampa. O Ministério das Relações Exteriores italiano confirmou "um contato" entre o jornalista e sua família.
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Exército sírio recupera passagem de fronteira de Golã
O Exército sírio retomou nesta quinta-feira a única passagem em Golã na linha de cessar-fogo com Israel, em um novo duro golpe para os rebeldes, no dia seguinte a sua derrota na cidade estratégica de Qousseir.
Enquanto os rebeldes recuavam para o sul das Colinas de Golã, as tropas do governo perseguiam os insurgentes que abandonaram Qousseir, bombardeando uma localidade próxima que servia de refúgio para os rebeldes e para centenas de civis feridos.
"O Exército sírio retomou o controle da passagem. Há barulhos de explosões de vez em quando, mas muito menos do que pela manhã", afirmou uma fonte dos serviços de segurança israelenses, algumas horas depois do anúncio de sua tomada pelos rebeldes.
Um correspondente da AFP confirmou que as forças sírias haviam retomado o controle da passagem e informou ter visto tanques do Exército circulando pela região.
A passagem, ocupada por Israel, é utilizada principalmente por habitantes drusos de Golã para estudar, trabalhar e se casar na Síria.
Dois integrantes do corpo de paz da ONU ficaram levemente feridos na zona desmilitarizada das Colinas de Golã, segundo um porta-voz dos capacetes azuis, que não explicou se o ataque estava relacionado com a operação do governo sírio.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), organização com sede em Londres, há "violentos combates entre as forças do governo sírio e os rebeldes na cidade velha de Qouneitra".
Uma fonte israelense lembrou que "a passagem de Qouneitra era, até agora, o único ponto de contato de Israel com a Síria" e que está muito perto do quartel-general da ONU, a Força das Nações Unidas de Observação da Separação (FNUOS), implantado para fazer respeitar o cessar-fogo.
O chefe das operações de paz da ONU, Hervé Ladsous, confirmou os combates na passagem, sem revelar mais detalhes, e destacou que a ONU "redefiniu a posição" de suas tropas para garantir a segurança.
A situação em Golã levou a Áustria a anunciar a retirada de seus 378 soldados presentes na região como integrantes da FNUOS.
Dois sírios feridos foram levados para um hospital de Safed, no norte de Israel, informou um militar israelense.
Israel e Síria estão oficialmente em guerra. Desde 1967, Israel ocupa cerca de 1.200 quilômetros quadrados em Golã, que foram anexados pelo governo israelense, em uma decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Aproximadamente 510 km2 permanecem sob controle sírio.
A vitória militar é mais uma para o regime sírio depois da obtida na quarta-feira com a reconquista de Qousseir (a 10 km da fronteira com o Líbano), apoiado pelas forças do Hezbollah.
A região de Qousseir (centro-oeste) é um cruzamento de rotas de abastecimento importante para forças do governo e rebeldes. Ela está localizada entre Damasco e o litoral, reduto da minoria alauita ao qual pertence o presidente Bashar al-Assad.
Para analistas, a tomada de Qousseir deixa Bashar al-Assad em posição de força para a conferência de paz estimulada por Rússia e Estados Unidos, as primeiras negociações diretas, caso realmente aconteçam, na presença de representantes do governo e da oposição.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, anunciou que o regime sírio será representado na conferência internacional, chamada de "Genebra 2", pelo ministro das Relações Exteriores, Wallid Mouallem. A oposição síria, no entanto, continua tendo dificuldades para determinar quem integrará sua delegação.
A França informou que transmitiu aos Estados Unidos "todas as informações" que tinha sobre o uso de gás sarin na Síria, após um pedido do secretário de Estado americano, John Kerry, ao chanceler francês, Laurent Fabius.
No vizinho Líbano, uma pessoa morreu em violentos combates entre libaneses favoráveis e contrários ao regime sírio no coração de Trípoli. O Exército foi mobilizado e a calma foi restabelecida.
Na vizinha Jordânia, as autoridades ameaçaram declarar o embaixador da Síria 'persona non grata' se este continuar a insultar o reino, em meio a tensões crescentes entre os dois países.
A violência na Síria deixou mais de 94.000 mortos em 26 meses de conflito e provocou a fuga de quase seis milhões de pessoas.
O regime enfrenta uma rebelião heterogênea composta por jihadistas estrangeiros ligados à rede Al-Qaeda, desertores e civis que pegaram em armas.
Cerca de 200 islamitas do Cáucaso russo lutam na Síria "com as bandeiras da Al-Qaeda e de outras estruturas afiliadas", declarou o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexandre Bortnikov, que manifestou sua preocupação.
Ainda nesta quinta, foi divulgada a notícia de que o jornalista italiano Domenico Quirico, que desapareceu em 9 de abril, "está vivo na Síria", anunciou o diretor de seu jornal, o La Stampa. O Ministério das Relações Exteriores italiano confirmou "um contato" entre o jornalista e sua família.
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Triste sina ter nascido português
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Re: SYRIA
Sobre a retirada dos soldados austríacos citada no post acima :
......
Russia is prepared to replace peacekeepers from Austria in Golan Heights if the UN agrees and if the regional countries show interest, President Vladimir Putin said on Friday.
Given the complicated situation in Golan Heights we could replace the Austrian contingent leaving this region, on the disengagement line between Israeli troops and the Syrian armed forces.But this will happen, of course, only if the regional powers show interest, and if the UN secretary general asks us to do so," Putin told the newly appointed high-ranking officers.
Voice of Russia, Interfax, Reuters
......
Russia is prepared to replace peacekeepers from Austria in Golan Heights if the UN agrees and if the regional countries show interest, President Vladimir Putin said on Friday.
Given the complicated situation in Golan Heights we could replace the Austrian contingent leaving this region, on the disengagement line between Israeli troops and the Syrian armed forces.But this will happen, of course, only if the regional powers show interest, and if the UN secretary general asks us to do so," Putin told the newly appointed high-ranking officers.
Voice of Russia, Interfax, Reuters
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Re: SYRIA
Insurgentes estão neste momento efetuando uma ofensiva contra a base aérea de Menagh, em Allepo.
A expectativa é que após a vitória em Qusair na fronteira com o Líbano, em Allepo deve ser procedida a próxima contra-ofensiva do exército da Syria contra os insurgentes.
............
Menagh Airbase is again under attack today. A large contingent of Syrian troops are reported to be on the way to help eliminate attackers. The military airport is located about 50km from Aleppo where the Syrian army is expected to begin it's next major counterattack.
A expectativa é que após a vitória em Qusair na fronteira com o Líbano, em Allepo deve ser procedida a próxima contra-ofensiva do exército da Syria contra os insurgentes.
............
Menagh Airbase is again under attack today. A large contingent of Syrian troops are reported to be on the way to help eliminate attackers. The military airport is located about 50km from Aleppo where the Syrian army is expected to begin it's next major counterattack.
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Re: SYRIA
http://english.alarabiya.net/en/News/mi ... Syria.htmlLast Update: Friday, 7 June 2013 KSA 19:19 - GMT 16:19
France: More than 600 EU citizens fighting in Syria
Friday, 7 June 2013
Rebel fighters from the al-Ezz bin Abdul Salam Brigade attend a training session at an undisclosed location near the al-Turkman Mountains, in Syria’s northern Latakia province, on April 24, 2013. (File Photo: AFP)
Al Arabiya
More than 600 European nationals, including 120 from France, are fighting in Syria, French Interior Minister Manuel Valls told Al Arabiya on Friday.
Valls said the “the phenomenon of European fighters in Syria forms a serious and big terrorist and security challenge.”
He said many of those jihadists are fighting alongside groups to al-Qaeda, warning that their return could jeopardize the security of their home countries, such as Tunisia.
European Union states have agreed on Friday to cooperate in making sure that their citizens fighting in Syria do not veer into terrorism after they return to their countries, the Associated Press reported.
EU interior ministers pledged to raise the surveillance of social media, strengthen co-operation with neighboring states such as Turkey and demanded the European Parliament approve a legislation that will enable securities to trace suspicious travels to the Middle East.
http://english.alarabiya.net/en/News/mi ... Syria.htmlLast Update: Sunday, 2 June 2013 KSA 23:28 - GMT 20:28
Top cleric Qaradawi calls for Jihad against Hezbollah, Assad in Syria
Sunday, 2 June 2013
Sheikh Yousef al-Qaradawi, an Egyptian cleric based in Qatar, urged Muslim Sunni youth to go fight Shiite Hezbollah in Syria. (File photo: AFP)
Al Arabiya with AFP
Influential Sunni Muslim cleric Sheikh Youssef al-Qaradawi on Saturday called for jihad in Syria as he lashed out at Shiite group Hezbollah for sending its men to fight the mostly-Sunni insurgents in Syria.
“Every Muslim trained to fight and capable of doing that (must) make himself available” to support the Syrian rebels, the cleric said at a rally in Doha late Friday.
“Iran is pushing forward arms and men (to back the Syrian regime), so why do we stand idle?” he said, branding Lebanese militant group Hezbollah, which means the party of God in Arabic, as the “party of Satan.”
Hezbollah, a close ally of Iran and the Syrian regime, is openly engaged in the fight against the rebels in Syria. It has also fought for years against Israel, arch rival of Iran and Syria.
“The leader of the party of the Satan comes to fight the Sunnis... Now we know what the Iranians want... They want continued massacres to kill Sunnis,” Qaradawi said.
“How could 100 million Shiites (worldwide) defeat 1.7 billion (Sunnis)?” he exclaimed, “only because (Sunni) Muslims are weak”.
The cleric blamed himself for previously backing Hezbollah and its leader Hassan Nasrallah who gained popularity after steadfastly leading his group in the fight against Israel in 2006.
“I defended the so-called Nasrallah and his party, the party of tyranny... in front of clerics in Saudi Arabia,” which is wary of neighboring Shiite Iran and its allies.
“It seems that the clerics of Saudi Arabia were more mature than me,” Qaradawi said.
But the cleric insisted that his call to fight Hezbollah is “not against all Shiites.”
Fighters of Hezbollah are engaged in fierce battles against the rebels to capture the Syrian town of Qusayr near the Lebanese borders.
The militant group has already lost dozens of its men in the battle for Qusayr.
Triste sina ter nascido português
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Re: SYRIA
Bom, está aí a chance que o governo queria de mostrar serviço de verdade e ainda colaborar para a paz na Síria, e de lanbuja conseguir esquentar banco de vez no CS da ONU.FOXTROT escreveu:http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Complementando a notícia postada pelo romeo!
É só mandar um blt de pqst's para as colinas de Golã, outro de fznvs para a fronteira libanesa com Israel e mais outro btl de mth para o Vale do Bekaa, para substituir todas as tropas da ONU na área.
edit: não esquecer de mandar dois btl's da inf lv para a faixa de gaza, também.
Já que eles dizem, e acreditam, piamente(tolinhos... ), que todo mundo lá fora gosta de brasileiro, então com certeza não vai ser um sírio assassino ou um judeu mentiroso ou ainda então um jihadista árabe comedor de quibe com groselha que irá atirar em nós, ou tentar jogar uma bomba e nem mesmo tentar nos sequestrar, pois somos bacanas, bonzinhos e, principalmente, também não gostamos de imperialistas....blá,blá,blá,blá.
Será que vão deixar passar esta oportunidade?
abs.
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Re: SYRIA
Fcarvalho, o Brasil não tem nada para fazer naquela região, aquilo é problema da ONU e dos Europeus, foram eles que encravaram Israel ali, eles que se aguentem agora, já basta termos uma fragata servindo de alvo para os sionistas na costa libanesa!
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http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Os rebeldes estão perplexos com a brutalidade dos combates e apoio iraniano, já sobre o apoio que recebem dos sionistas, europeus e árabes submissos nada declaram!
Parece que o regime não cumpriu com a palavra e passou fogo no rebeldes que abandonaram a região! Guerra é guerra, precisam avisá-los, vide o caso do rebelde canibal!
Saudações
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http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Os rebeldes estão perplexos com a brutalidade dos combates e apoio iraniano, já sobre o apoio que recebem dos sionistas, europeus e árabes submissos nada declaram!
Parece que o regime não cumpriu com a palavra e passou fogo no rebeldes que abandonaram a região! Guerra é guerra, precisam avisá-los, vide o caso do rebelde canibal!
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Re: SYRIA
FOXTROT escreveu: Fcarvalho, o Brasil não tem nada para fazer naquela região, aquilo é problema da ONU e dos Europeus, foram eles que encravaram Israel ali, eles que se aguentem agora, já basta termos uma fragata servindo de alvo para os sionistas na costa libanesa!
Tanto concordo quanto assino em baixo, Foxtrot.
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abs.
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Re: SYRIA
Houve uma pequena participação do Brasil no processo de formação do Estado de Israel, como segue:FCarvalho escreveu:FOXTROT escreveu: Fcarvalho, o Brasil não tem nada para fazer naquela região, aquilo é problema da ONU e dos Europeus, foram eles que encravaram Israel ali, eles que se aguentem agora, já basta termos uma fragata servindo de alvo para os sionistas na costa libanesa!
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Re: SYRIA
Certa vez, os israelenses pediram permissão para atravessarem uma área sob controle de uma tropa do Exército brasileiro, integrante do Batalhão Suez. O comandante, um jovem oficial subalterno, negou.Wingate escreveu:
Houve uma pequena participação do Brasil no processo de formação do Estado de Israel, como segue:
Wingate
De noite, os israelenses atacaram de supresa o acampamento dos brasileiros, capturando-o sem luta. O oficial brasileiro ficou o restante da noite, de cara no chão, com o cano de um fuzil israelense na nuca, enquanto as tropas de Israel faziam sua passgem.
Este oficial tornou-se o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército nos Anos 1980 e, segundo dizem, por causa do episódio, sempre teve prevenção contra os israelenses sendo contrário a compra de material bélico deles. Inclusive, vetando uma proposta israelense de converter antigos tanques Sherman brasileiros em obuseiros autopropulsados 155 mm.
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Re: SYRIA
Esse incidente teria ocorrido na Guerra dos Seis Dias, em 1967? Salvo engano meu, parece que foi nesse ano que cessou a participação brasileira na Força de Paz em Suez.Clermont escreveu:Certa vez, os israelenses pediram permissão para atravessarem uma área sob controle de uma tropa do Exército brasileiro, integrante do Batalhão Suez. O comandante, um jovem oficial subalterno, negou.Wingate escreveu:
Houve uma pequena participação do Brasil no processo de formação do Estado de Israel, como segue:
Wingate
De noite, os israelenses atacaram de supresa o acampamento dos brasileiros, capturando-o sem luta. O oficial brasileiro ficou o restante da noite, de cara no chão, com o cano de um fuzil israelense na nuca, enquanto as tropas de Israel faziam sua passgem.
Este oficial tornou-se o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército nos Anos 1980 e, segundo dizem, por causa do episódio, sempre teve prevenção contra os israelenses sendo contrário a compra de material bélico deles. Inclusive, vetando uma proposta israelense de converter antigos tanques Sherman brasileiros em obuseiros autopropulsados 155 mm.
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Re: SYRIA
Eu não sei nada sobre este episódio, mas sei que ele não serve para caracterizar ou rotular o país e menos ainda suas forças armadas e população. Tenho certeza que fossemos nós no lugar deles, na mesma situação, teríamos tido, no mínimo, uma reação semelhante.
Como as pessoas aqui não tem a mínima noção do que seja viver em um país que praticamente vive em estado de guerra desde que é país, e portanto, cujo Estado tem de lidar com inúmeras ameaças militares e assimétricas todos os dias, fica realmente difícil avaliar procedimentos e/ou negócios que valham apena ou não se fazer com os israelenses, a bem de seu histórico militar. E não estou fazendo aqui proselitismo ou juízo de valores, pró ou contra ninguém.
Aquela região sempre foi complicada desde o séc. XIX quando dos primeiros judeus começarem a retornar para a palestina, depois com a fundação de Israel.
Uma mistura deletéria de religião, política e economia deixam as coisas mais complicadas ainda.
Assim, é sempre bom lembrar que nossas relações diplomáticas com todos os países da região tem sido boas durante os últimos anos, até em função, penso, do não alinhamento do país em relação aos conflitos naquela região, o que de certa forma até nos dá uma relativa autoridade moral para tentar arbitrar possíveis negociações para a paz, desde que as partes queiram se entender claro, fato este que na prática está muito longe de acontecer, visto os interesses que estão em jogo por lá, e que não dizem respeito somente aos países da região. E diga-se de passagem, um jogo pesadíssimo para o qual, julgo, o Brasil nunca esteve e nem está capacitado.
Portanto, antes de sairmos por aí achando que somos a nova referência de mais valia para a diplomacia mundial, que façamos ante o básico do nosso dever de casa, que é saber cuidar bem de nosso próprio quintal. Coisa aliás que nem isso estamos tendo competência para fazer, nos últimos anos, vistos os afagos e amassos recentes que uns e outros vizinhos por aí andam a ter com certas alianças extra-continentais.
E nós, como todo bom corno convencido, nem aí com isso...
abs.
Como as pessoas aqui não tem a mínima noção do que seja viver em um país que praticamente vive em estado de guerra desde que é país, e portanto, cujo Estado tem de lidar com inúmeras ameaças militares e assimétricas todos os dias, fica realmente difícil avaliar procedimentos e/ou negócios que valham apena ou não se fazer com os israelenses, a bem de seu histórico militar. E não estou fazendo aqui proselitismo ou juízo de valores, pró ou contra ninguém.
Aquela região sempre foi complicada desde o séc. XIX quando dos primeiros judeus começarem a retornar para a palestina, depois com a fundação de Israel.
Uma mistura deletéria de religião, política e economia deixam as coisas mais complicadas ainda.
Assim, é sempre bom lembrar que nossas relações diplomáticas com todos os países da região tem sido boas durante os últimos anos, até em função, penso, do não alinhamento do país em relação aos conflitos naquela região, o que de certa forma até nos dá uma relativa autoridade moral para tentar arbitrar possíveis negociações para a paz, desde que as partes queiram se entender claro, fato este que na prática está muito longe de acontecer, visto os interesses que estão em jogo por lá, e que não dizem respeito somente aos países da região. E diga-se de passagem, um jogo pesadíssimo para o qual, julgo, o Brasil nunca esteve e nem está capacitado.
Portanto, antes de sairmos por aí achando que somos a nova referência de mais valia para a diplomacia mundial, que façamos ante o básico do nosso dever de casa, que é saber cuidar bem de nosso próprio quintal. Coisa aliás que nem isso estamos tendo competência para fazer, nos últimos anos, vistos os afagos e amassos recentes que uns e outros vizinhos por aí andam a ter com certas alianças extra-continentais.
E nós, como todo bom corno convencido, nem aí com isso...
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Re: SYRIA
Não sei o ano exato em que o incidente teria ocorrido. E o Batalhão Suez ficou na Faixa de Gaza entre 1957 e 1967.Wingate escreveu:Esse incidente teria ocorrido na Guerra dos Seis Dias, em 1967? Salvo engano meu, parece que foi nesse ano que cessou a participação brasileira na Força de Paz em Suez.