P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
A Embraer tem hoje debaixo da EDS várias empresas que foram incorporadas ao longo do tempo. Um dos resultados é o trabalho realizado no desenvolvimento dos radares com tecnologia AESA. Além deles, a empresa já detém tecnologia em diversos outros segmentos em sistemas C4ISR.
Se houvesse demanda constante e regular no país, seria possível fazer muita coisa aqui. Mas estaríamos cometendo o mesmo erro do Japão com o P-1.
Assim, a empresa vai buscar no mercado, como já foi indicado, parcerias para compor o que é até o momento apenas uma ideia. Os fornecedores dos E2 serão os primeiros da lista. Sobra conseguir gente para oferecer soluções em sistemas específicos que não se encontra em qualquer lugar. Mas a solução usada no KC-390 de utilizar o máximo possível de itens "de prateleira" e sem restrições, com certeza será usada também neste projeto. O que já é um grande diferencial para a concorrência.
A ver
Se houvesse demanda constante e regular no país, seria possível fazer muita coisa aqui. Mas estaríamos cometendo o mesmo erro do Japão com o P-1.
Assim, a empresa vai buscar no mercado, como já foi indicado, parcerias para compor o que é até o momento apenas uma ideia. Os fornecedores dos E2 serão os primeiros da lista. Sobra conseguir gente para oferecer soluções em sistemas específicos que não se encontra em qualquer lugar. Mas a solução usada no KC-390 de utilizar o máximo possível de itens "de prateleira" e sem restrições, com certeza será usada também neste projeto. O que já é um grande diferencial para a concorrência.
A ver
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
FIDAE 2024 – FAB e Boeing mantém diálogos para o P-8 Poseidon
https://tecnodefesa.com.br/fidae-2024-f ... ment-47552
Os mascates da Boeing não vão deixar por menos essa história da Embraer dispor não apenas um concorrente, mas um concorrente de peso para o seu P-8 Poseidon.
E matar o projeto da empresa brasileira na raiz é o melhor jeito de fazer isso.
Já levaram os engenheiros. Levar o principal a meu ver hoje é muito mais fácil.
https://tecnodefesa.com.br/fidae-2024-f ... ment-47552
Os mascates da Boeing não vão deixar por menos essa história da Embraer dispor não apenas um concorrente, mas um concorrente de peso para o seu P-8 Poseidon.
E matar o projeto da empresa brasileira na raiz é o melhor jeito de fazer isso.
Já levaram os engenheiros. Levar o principal a meu ver hoje é muito mais fácil.
Carpe Diem
- Pablo Maica
- Sênior
- Mensagens: 8990
- Registrado em: Seg Dez 01, 2003 4:55 pm
- Localização: Santa Maria Rio Grande Do Sul
- Agradeceu: 308 vezes
- Agradeceram: 551 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Modernizamos 8 aeronaves para em cerca de 10 anos termos a frota reduzida a 25% de operacionalidade, e fazendo um esforço hercúleo com mais gasto de dinheiro para talvez chegar nos 50% (se o 7202 e o 7207 não apresentarem problemas nos próximos anos).
Voou o P-3AM Orion da FAB com as novas asas revitalizadas pela AKAER
Um abraço e t+
Voou o P-3AM Orion da FAB com as novas asas revitalizadas pela AKAER
Fonte: https://forcaaerea.com.br/voou-o-p-3am- ... ela-akaer/A aeronave FAB, matrícula FAB 7205, realizou com sucesso o voo de experiências realizado no dia 02 de maio, a partir da base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.
Foram substituídos diversos elementos primários de conjuntos de asas, tais como revestimentos superiores, longarinas, painéis superiores e inferiores das caixas centrais, entre outros. Esse projeto evita a fadiga estrutural das asas, o que limitaria o tempo de uso das aeronaves.
A parceria entre a Akaer e a FAB iniciou-se no final de 2018, quando equipes da empresa brasileira participaram de treinamentos em uma empresa americana parceira do programa de revitalização das asas dos P-3AM Orion, que estenderá a vida útil destas aeronaves.
A partir de 2011 a FAB recebeu nove P-3AM Orion (matrículas 7200 à 7208), compradas de segunda mão da Marinha dos Estados Unidos e modernizadas na Espanha. Atualmente a frota operacional está composta por apenas duas aeronaves (7202 e 7207). Estima-se que a revitalização das asas trará outras duas aeronaves de volta a frota operacional, sendo uma delas o 7205 e a outra, possivelmente, o 7204.
Um abraço e t+
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Teríamos menos problemas se a FAB tivesse conseguido comprar as 5 unidades das 8 previstas adicionais dos SC-105, e que na prática já vem com quase tudo para patrulha e esclarecimento marítimo, além do SAR, só faltando o sistema que hoje está sendo empregado nos P-3.
Era só tirar esses sistemas e colocar nos CASA\Airbus e menos um problema no longo prazo para resolver.
A casca dos P-3 poderíamos doar ou vender para os argentinos, colombianos ou chilenos. E deixar eles fazer o que quisesse.
Era só tirar esses sistemas e colocar nos CASA\Airbus e menos um problema no longo prazo para resolver.
A casca dos P-3 poderíamos doar ou vender para os argentinos, colombianos ou chilenos. E deixar eles fazer o que quisesse.
Carpe Diem
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18766
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1973 vezes
- Agradeceram: 2501 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Segundo a DefenseNews a substituição dos P-3AM é só a partir de 2031. Então se por acaso alguma mídia especializada em Defesa levantar o assunto é mesma coisa de falar de helicóptero puro de ataque para a AvEx. É pra próxima década e tem tempo para definir qual será.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
A FAB precisa necessariamente pagar a maioria dos boletos do KC-390, e do Gripen E\F, dentre vários outros projetos estratégicos que mantém, e via de regra estão atrasados, antes de fazer qualquer investimento na substituição dos P-3AM, que por hora, salvo melhor juízo, apenas 3 operam na íntegra com a reforma das asas feitas pela Akaer.
Existe a proposta da Embraer para a mencionada versão de patrulha do KC-390 e\ou E-190 E2, e qualquer um deles na minha opinião faz o serviço mais do que bem feito. O problema, como sempre, é que a conta de tal adaptação seria bem salgada, e a FAB já não paga as contas em dias faz muito tempo.
Além disto, qual governo se daria o trabalho de botar recursos, que vive reclamando que não tem, por causa de um reles selo "made in Brazil" em não mais que meia dúzia de aviões nacionais de patrulha?
Já cortaram o KC-390 por falta de pagamento. Vão desenvolver e comprar uma versão dele que custaria, pelo menos, o dobro do preço básico da versão de carga? Duvido. Idem o E-190 E2, que mesmo sendo um vetor mais barato, ainda assim tudo o que a versão de patrulha leva de sistemas eletrônicos no interior praticamente paga dois aviões inteiros.
Quem sabe até lá MB e FAB se entendem de uma vez por todas, já que a vida do VF-1 parece estar cada vez mais em risco.
Existe a proposta da Embraer para a mencionada versão de patrulha do KC-390 e\ou E-190 E2, e qualquer um deles na minha opinião faz o serviço mais do que bem feito. O problema, como sempre, é que a conta de tal adaptação seria bem salgada, e a FAB já não paga as contas em dias faz muito tempo.
Além disto, qual governo se daria o trabalho de botar recursos, que vive reclamando que não tem, por causa de um reles selo "made in Brazil" em não mais que meia dúzia de aviões nacionais de patrulha?
Já cortaram o KC-390 por falta de pagamento. Vão desenvolver e comprar uma versão dele que custaria, pelo menos, o dobro do preço básico da versão de carga? Duvido. Idem o E-190 E2, que mesmo sendo um vetor mais barato, ainda assim tudo o que a versão de patrulha leva de sistemas eletrônicos no interior praticamente paga dois aviões inteiros.
Quem sabe até lá MB e FAB se entendem de uma vez por todas, já que a vida do VF-1 parece estar cada vez mais em risco.
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Segundo diversas mídias citando a matéria do Defense News, seriam apenas 6 unidades a contratar pela FAB na substituição dos P-3AM.
Agora eu pergunto: que porra de patrulha marítima se consegue fazer com apenas 6 aviões?
Se este número se mantiver até a próxima década, no mínimo, a Embraer deixa passar, e muito boa sorte para quem quiser se arriscar a oferecer alguma coisa para a FAB, ou MB, sei lá.
Até 2031, no mercado só vai haver o P-8, candidatíssimo, o P-1 japonês, já com projetos de substituição em andamento para a próxima década, e o P-295M, que seria a solução mais razoável, e acessível, para a miserabilidade orçamentária em que se vive e, previsível para o futuro.
No caso, se é para ficar com apenas 6 aviões de patrulha, a melhor solução é pegar os três SC-105 SAR, adicionar o sistema espanhol TATICOS que são empregados nos P-3AM modernizados, e comprar apenas mais 3 SC-105 e fazer o mesmo, já que nove P-3AM foram modernizados ao todo. Dá e sobra para resolver o problema por um valor muito menos do que isso de gastar bilhões com avião da Embraer aos olhos da cara, ou enriquecer o bolso da Boeing ou de outras empresas lá fora.
Lembrar que a FAB pretendia originalmente comprar 8 SC-105 SAR, mas por conta do de sempre, ficamos apenas em 3. Se der bobeira, é possível mesmo pegar 3 C-105 e transformar nestas versões como aludi acima, e resolver o problema pela metade do preço. Ainda sobrariam 9 C-105 para dividir entre os esquadrões Arara e Onça e vida que segue.
Ou a FAB simplesmente vai esperar o tempo passar, e comprar o que sempre quis, claro, o P-8 da Boeing. Com o preço básico que ele tem hoje, não me admira determinarem apenas 6 unidades a comprar.
Agora eu pergunto: que porra de patrulha marítima se consegue fazer com apenas 6 aviões?
Se este número se mantiver até a próxima década, no mínimo, a Embraer deixa passar, e muito boa sorte para quem quiser se arriscar a oferecer alguma coisa para a FAB, ou MB, sei lá.
Até 2031, no mercado só vai haver o P-8, candidatíssimo, o P-1 japonês, já com projetos de substituição em andamento para a próxima década, e o P-295M, que seria a solução mais razoável, e acessível, para a miserabilidade orçamentária em que se vive e, previsível para o futuro.
No caso, se é para ficar com apenas 6 aviões de patrulha, a melhor solução é pegar os três SC-105 SAR, adicionar o sistema espanhol TATICOS que são empregados nos P-3AM modernizados, e comprar apenas mais 3 SC-105 e fazer o mesmo, já que nove P-3AM foram modernizados ao todo. Dá e sobra para resolver o problema por um valor muito menos do que isso de gastar bilhões com avião da Embraer aos olhos da cara, ou enriquecer o bolso da Boeing ou de outras empresas lá fora.
Lembrar que a FAB pretendia originalmente comprar 8 SC-105 SAR, mas por conta do de sempre, ficamos apenas em 3. Se der bobeira, é possível mesmo pegar 3 C-105 e transformar nestas versões como aludi acima, e resolver o problema pela metade do preço. Ainda sobrariam 9 C-105 para dividir entre os esquadrões Arara e Onça e vida que segue.
Ou a FAB simplesmente vai esperar o tempo passar, e comprar o que sempre quis, claro, o P-8 da Boeing. Com o preço básico que ele tem hoje, não me admira determinarem apenas 6 unidades a comprar.
Carpe Diem
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18766
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1973 vezes
- Agradeceram: 2501 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Atividades de patrulha marítima devem ser feitas por aeronaves remotamente pilotadas na próxima década. Um MQ-9B SeaGuardian, um Heron, são capazes de fazer o que um Bandeirulha faz, com a vantagem de uma autonomia muito maior e a um custo mais barato. E com a autonomia maior poderiam dar conta das nossas ZEE que se extendem (juntamente com os navios-patrulha). O que precisamos é levar adiante o PESE com seus satélites de comunicação para as operações deles além da linha de visada (a partir de uns 240km de distância).
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
O que bagunça a coisa toda a meu ver é o fato da FAB nunca ter dado prioridade nenhuma à aviação de patrulha, não tem maiores intenções em relação à ela para o futuro, e pouco se importa se o setor está naufragando dentro dos diversos programas que tenta manter. Pior, não abre mão, não larga o osso, e nem nem repassa para a marinha dar o jeito dela.
Aí arrumam um programa meia boca desse para só 6 aviões, por uma reles e misera questão de autoafirmação birrenta com a marinha.
Enfim, a MB tem o SISGAZ que não consegue sair do papel e deve usar tanto aviões como UAV para a patrulha marítima. A FAB possui UAV faz tempo, mas é uma força tão pífia e irrisória que não se pode sequer dizer efetiva.
Quanto ao PESE, só um milagre salva esse programa do arrocho geral em que está desde sempre. Aliás, todos os três grandes programas C4ISTAR das ffaa's possuem necessidades em termos de uso do espaço como meio e recurso para emprego na vigilância e consciência situacional, mas nem isso o MD consegue integrar e fazer todos andarem na mesma direção. Continua a mesma esculhambação de sempre, com cada um no seu quadrado e o resto que se dane.
Aí arrumam um programa meia boca desse para só 6 aviões, por uma reles e misera questão de autoafirmação birrenta com a marinha.
Enfim, a MB tem o SISGAZ que não consegue sair do papel e deve usar tanto aviões como UAV para a patrulha marítima. A FAB possui UAV faz tempo, mas é uma força tão pífia e irrisória que não se pode sequer dizer efetiva.
Quanto ao PESE, só um milagre salva esse programa do arrocho geral em que está desde sempre. Aliás, todos os três grandes programas C4ISTAR das ffaa's possuem necessidades em termos de uso do espaço como meio e recurso para emprego na vigilância e consciência situacional, mas nem isso o MD consegue integrar e fazer todos andarem na mesma direção. Continua a mesma esculhambação de sempre, com cada um no seu quadrado e o resto que se dane.
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Só chamar a atenção para um fato.
Drones, sejam UAV ou UCAV, por melhores que sejam em relação a determinadas missões na patrulha naval, principalmente nas funções C4ISTAR, não substituem completamente os vetores tripulados, e estes sempre serão necessários de qualquer forma.
Assim, é necessário vislumbrar diante do tamanho das necessidades que temos, o melhor equilíbrio entre ambos vetores.
Algo que com certeza não será atingido com apenas 6 aviões.
Drones, sejam UAV ou UCAV, por melhores que sejam em relação a determinadas missões na patrulha naval, principalmente nas funções C4ISTAR, não substituem completamente os vetores tripulados, e estes sempre serão necessários de qualquer forma.
Assim, é necessário vislumbrar diante do tamanho das necessidades que temos, o melhor equilíbrio entre ambos vetores.
Algo que com certeza não será atingido com apenas 6 aviões.
Carpe Diem
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18766
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1973 vezes
- Agradeceram: 2501 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Mesmo com a diagonal de disponibilidade, com 6 vamos ter no mínimo, no mínimo mesmo, 1 aeronave voando e outra com a possibilidade de enviar a um local necessário. Com os drones fazendo o papel de patrulha, vamos precisar de mais de 6 para quêFCarvalho escreveu: ↑Sex Set 27, 2024 11:12 am Só chamar a atenção para um fato.
Drones, sejam UAV ou UCAV, por melhores que sejam em relação a determinadas missões na patrulha naval, principalmente nas funções C4ISTAR, não substituem completamente os vetores tripulados, e estes sempre serão necessários de qualquer forma.
Assim, é necessário vislumbrar diante do tamanho das necessidades que temos, o melhor equilíbrio entre ambos vetores.
Algo que com certeza não será atingido com apenas 6 aviões.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
O Brasil tem 7.500 km de litoral, e uma ZEE\plataforma continental com 5,2 milhões km2, e vias de comércio marítimo no Atlântico Sul com 22 milhões km2 em que precisamos, no mínimo, ter alguma capacidade de interveniência quando, e se, necessário. Ou não aprendemos nada com as últimas guerras do século XX e XXI.knigh7 escreveu: ↑Sex Set 27, 2024 2:44 pmMesmo com a diagonal de disponibilidade, com 6 vamos ter no mínimo, no mínimo mesmo, 1 aeronave voando e outra com a possibilidade de enviar a um local necessário. Com os drones fazendo o papel de patrulha, vamos precisar de mais de 6 para quêFCarvalho escreveu: ↑Sex Set 27, 2024 11:12 am Só chamar a atenção para um fato.
Drones, sejam UAV ou UCAV, por melhores que sejam em relação a determinadas missões na patrulha naval, principalmente nas funções C4ISTAR, não substituem completamente os vetores tripulados, e estes sempre serão necessários de qualquer forma.
Assim, é necessário vislumbrar diante do tamanho das necessidades que temos, o melhor equilíbrio entre ambos vetores.
Algo que com certeza não será atingido com apenas 6 aviões.
Exemplo prático? Com 6 aviões baseados no RJ, com 1 sempre patrulhando a zona do pré sal entre Vitória e Florianópolis, outro pronto para ser destacado em prontidão 24\7, e 4 em condições operacionais diversas, mas todos estacionados no RJ: o que acontece se precisarmos de um avião no través de Macapá a 300 mn da costa para identificar um alvo marítimo não colaborativo, ou ainda realizar uma missão ISR entre a ilha do Sal e Ascenção, ou ainda enviar um avião para fazer SAR perto das ilhas Santa Helena, ou realizar missão SINGIT\ELINT a leste de Fernando de Noronha ou do Arroio do Chuí de forma a descobrir e identificar a presença suspeita de elementos navais suspeitos no limite da ZEE?
Vamos fazer tudo isso com apenas 6 aviões e um punhado de drones? Acho que não.
Há, mas isso não vai acontecer tudo ao mesmo tempo. Pode até ser. As chances realmente são mínimas. Mas, quem nos garante que jamais irá acontecer? E se acontecer, qual a nossa real capacidade de lidar com a realidade dos fatos?
Vamos apostar na sorte e esperar sempre pelo melhor? Não funciona assim no mundo real onde defesa é um assunto sério. Claro, não é, e nunca foi o nosso caso, onde qualquer quebra galho para disfarçar supostas capacidades, ou apenas "manter doutrina" sempre foi o ideal de preparo militar que o país, e suas forças militares, se propõe.
A FAB já teve 4 esquadrões de patrulha naval com Bandeirulhas dando conta do recado em missões basicamente de esclarecimento marítimo e reconhecimento\policiamento naval. Nada mais. Para o século XXI, com o advento dos drones, e a manutenção dos aviões de patrulha marítima com capacidades C4ISTAR e armamento imensamente superiores, e o Atlântico Sul bem a nossa frente, mesmo parecendo que nada nunca acontece por aqui, qual o verdadeiro referencial para o nosso preparo nesta área?
Vai ser "pagar para ver", como sempre? Até quando acreditaremos que isto basta?
Até alguém vir aqui mais uma vez na nossa cara e nos fazer passar vergonha, de novo, e mostrar que a realidade não é, e nunca foi, ou será, como nós a pintamos em nossa irresponsabilidade e falta de consciência, que aliás, nunca tivemos?
Não estou dizendo para comprar 300 aviões de patrulha e 1500 drones para dar conta da nossas AJB, mas, deixar tudo isso na mão de meia dúzia de aviões, e um punhado de drones, também já é demais.
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Só por questão de opinião própria, que ninguém dá a mínima mesmo.
Como já disse várias vezes aqui neste tópico, no da aviação naval e da patrulha naval na MB, no meu entendimento é necessário que a MB disponha da aviação de patrulha e estabeleça como critério mínimo operacional para esta força a existência e manutenção de 6 esquadrões ao longo da costa, com 1 OM para cada distrito naval ao longo do litoral. De norte a sul do país.
Com apenas 6 unidades por esquadrão, totalizando 36 aviões, é possível pagar o desenvolvimento\adaptação do E-190 E2 para a versão de patrulha marítima, ou fazer o mesmo com o KC-390, e ainda lucrar com possíveis exportações. O preço de lista de um E-190E2 está cotado em torno de US$ 64,4 milhões de dólares. A versão de patrulha naval, supostamente, não sairia por menos que o dobro desse valor.
Ou seja, se o Estado brasileiro estivesse de fato interessado em salvaguadar seus direitos no mar que tem à sua frente, seria caso de realizar investimentos de, no mínimo, US$ 4,6 bilhões de dólares, apenas em aviões especializados. Fora drones, logística, mão de obra, CLS, infraestrutura, etc.
É de fato um preço caro demais para um país mal acostumado, e fadado, a não investir em questões que realmente façam sentido aos interesses do Estado, da administração pública e da sociedade.
Como já disse várias vezes aqui neste tópico, no da aviação naval e da patrulha naval na MB, no meu entendimento é necessário que a MB disponha da aviação de patrulha e estabeleça como critério mínimo operacional para esta força a existência e manutenção de 6 esquadrões ao longo da costa, com 1 OM para cada distrito naval ao longo do litoral. De norte a sul do país.
Com apenas 6 unidades por esquadrão, totalizando 36 aviões, é possível pagar o desenvolvimento\adaptação do E-190 E2 para a versão de patrulha marítima, ou fazer o mesmo com o KC-390, e ainda lucrar com possíveis exportações. O preço de lista de um E-190E2 está cotado em torno de US$ 64,4 milhões de dólares. A versão de patrulha naval, supostamente, não sairia por menos que o dobro desse valor.
Ou seja, se o Estado brasileiro estivesse de fato interessado em salvaguadar seus direitos no mar que tem à sua frente, seria caso de realizar investimentos de, no mínimo, US$ 4,6 bilhões de dólares, apenas em aviões especializados. Fora drones, logística, mão de obra, CLS, infraestrutura, etc.
É de fato um preço caro demais para um país mal acostumado, e fadado, a não investir em questões que realmente façam sentido aos interesses do Estado, da administração pública e da sociedade.
Carpe Diem
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18766
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1973 vezes
- Agradeceram: 2501 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
A FAB não concentra numa única base aeronaves para fazer missão de patrulha marítima e nunca li que ela fosse deixar. Vc está criando pelo em ovo. Com 6 aeronaves em 2 bases, uma no litoral Norte e outra no Sul-Sudeste, tendo 4 disponíveis num ambiente com drones que permanecem entre 24 e 40 horas em voo, na minha opinião é o suficiente.
E nós temos outros programas para cuidar e o orçamento de investimento e custeio é curto. E sempre vai ser porque eu conheço como é o Brasil e os políticos daqui, demagogos de bico doce, que é a maioria mas infelizmente parte da população não percebe, inclusive entusiastas de assuntos militares. Aliás, a MB não percebe.
E nós temos outros programas para cuidar e o orçamento de investimento e custeio é curto. E sempre vai ser porque eu conheço como é o Brasil e os políticos daqui, demagogos de bico doce, que é a maioria mas infelizmente parte da população não percebe, inclusive entusiastas de assuntos militares. Aliás, a MB não percebe.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38049
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5756 vezes
- Agradeceram: 3278 vezes
Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...
Colocar 6 aviões divididos entre duas ou mais bases é no mínimo imprudente e gastar mal o erário público, além de desperdiçar o orçamento, que já é pouco. Esse tipo de aeronaves são caras demais, e serão poucas demais, para serem mantidas em lugares separados.knigh7 escreveu: ↑Sáb Set 28, 2024 4:00 pm A FAB não concentra numa única base aeronaves para fazer missão de patrulha marítima e nunca li que ela fosse deixar. Vc está criando pelo em ovo. Com 6 aeronaves em 2 bases, uma no litoral Norte e outra no Sul-Sudeste, tendo 4 disponíveis num ambiente com drones que permanecem entre 24 e 40 horas em voo, na minha opinião é o suficiente.
E nós temos outros programas para cuidar e o orçamento de investimento e custeio é curto. E sempre vai ser porque eu conheço como é o Brasil e os políticos daqui, inclusive os demagogos de bico doce, que é a maioria.
O exemplo dos P-3AM com apenas 8 aviões modernizados - e menos de 5 operacionais - está aí e não me deixa mentir. Todos em Salvador, e depois todos para Santa Cruz. Se a FAB nunca teve ou tem recursos para operar uns poucos P-3 em duas bases, vai fazer isso com P-8, KC-390 MPA ou E-190E2? Com certeza não rola.
E não apostaria em drone nenhum voando no ritmo que achas que eles podem fazê-lo. Não na FAB real. Talvez na ideal. É só olhar o ritmo de emprego do único esquadrão existente, a quantidade de meios disponíveis e as horas voadas por ano. Os militares até tem algum interesse em UAV\UCAV, mas não passa disso, interesse, e acadêmico-doutrinário. O uso real e prático ainda estamos muito longe, mas muito longe mesmo, de fazer algo de forma massiva e ordinária.
Idem em termos de realidade para a MB, que não consegue receber sequer recursos para pagar o combustível da esquadra. Imagina o resto. Aliás, até por isso, também, o SISGAAZ nunca saiu do papel. E nem sairá.
O mundo lá fora é completamente diferente do que rola nas cabeças delirantes dos comandos das forças militares no Brasil. Aqui, qualquer pouco ainda é muito, se for para usar em Defesa. E mesmo assim, só depois de muito "convencimento político".
Carpe Diem