Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Enviado: Dom Jun 04, 2017 9:09 pm
Como se diz aqui no Brasil, Honda é Honda.
Digo mais, vem uma McLaren-Mercedes aí. Eu sinto e existem evidências de algo nesse sentido. Talvez que implica na Mclaren voltar a ser a parceira oficial da Mercedes.Alonso “vai para a galera” depois de abandono no Canadá
Depois de enfrentar problemas mecânicos mais uma vez, espanhol sobe às arquibancadas e lamenta: “É um período difícil para a equipe”
Fernando Alonso esperava quebrar o jejum e enfim marcar seus primeiros pontos no ano no GP do Canadá. No entanto, a prova terminou com mais uma frustração, e o espanhol literalmente terminou “na galera”.
A quatro voltas para o fim, Alonso ocupava o décimo lugar em Montreal, o que daria à McLaren seu primeiro ponto no ano. Contudo, o equipamento mais uma vez não fez sua parte: o bicampeão sofreu uma falha mecânica e teve de abandonar.
Foi quando o espanhol foi às arquibancadas do circuito, dividindo o espaço com os fãs. Depois do momento, Alonso explicou o que se passou em sua cabeça.
“Pensei em descer do carro e jogar minhas luvas, mas vi que era longe demais. Então, pensei em me aproximar, e, quando fui lá, pensei que ficaria a tarde inteira, porque seria difícil de sair. Mas foi legal – tenho muito suporte da torcida sempre por aqui, então quis retribuir”, comentou Alonso, em entrevista à emissora de TV inglesa Sky Sports.
No entanto, Alonso não deixou de expressar sua insatisfação com a má fase. “É um problema da equipe. Os pilotos tentam andar o mais rápido possível, eu e Stoffel [Vandoorne] tentamos fazer nosso melhor, então é um problema da equipe. Jenson [Button] largou em último em Mônaco [após uma punição por problemas no motor], eu perdi os pontos aqui e provavelmente vamos largar em último em Baku. Então, é um período difícil”, completou.
Com o resultado, a McLaren permanece como a única equipe que ainda não pontuou em 2017.
https://br.motorsport.com/f1/news/alons ... da-917534/
http://www.espn.co.uk/f1/story/_/id/196 ... ood-enoughTensions between McLaren and Honda continue to grow after racing director Eric Boullier labelled the Japanese manufacturer's engine failure in Canada as "simply, and absolutely, not good enough".
McLaren was within three laps of its first point of 2017 when Fernando Alonso experienced the familiar feeling of his Honda engine losing oil pressure behind him and retired from tenth position. For the third year running, McLaren has been plagued by Honda reliability issues, but this is the first time it has gone seven races without scoring a point.
The failure came off the back of a weekend of speculation about the future of the partnership, with McLaren's executive director warning that a split could be on the cards in 2018.
And in the team's post-race press release, Boullier made no attempt to sugar-coat the situation.
"For the first time this season, running in 10th place within spitting distance of the flag, we dared to hope," Boullier said.
"OK, what we were daring to hope for were hardly rich pickings: a solitary world championship point for Fernando, who had driven superbly all afternoon, as he's driven superbly every race-day afternoon for the past two-and-a-half years. But, after so much toil and heartache, even that single point would have felt like a victory.
"And then came yet another gut-wrenching failure.
"It's difficult to find the right words to express our disappointment, our frustration and, yes, our sadness. So I'll say only this: it's simply, and absolutely, not good enough."
The loss of oil pressure was caused by a mechanical failure, but Honda said it could not pinpoint a specific reason until it returns the power unit to Japan.
"Today was especially disappointing as Fernando was on course to score our first point of the 2017 season. Of course, it is not our aim to score the occasional point, but it would have at least been a step forward and a reward for all of the team's hard work these past few races.
"Unfortunately, with just a couple of laps remaining, Fernando's PU lost oil pressure due to a mechanical issue. We won't know the exact cause until we get the power unit back to Sakura for a full investigation.
"There is still a gap between us and our competitors, and we must continue to improve our reliability. We cannot stay in our current position and we will maintain our tireless development in order to close the gap."
Cansada, McLaren deve romper com Honda e fechar com Mercedes, diz jornal
McLaren/Honda compete desde 2015, mas resultados são decepcionantes
Do UOL, em São Paulo
13/06/2017 07h47
A McLaren está próxima de romper acordo com a fornecedora de motores Honda. Segundo o jornal "Daily Mail", a escuderia está em negociação avançada com a Mercedes para firmar parceria na próxima temporada.
A Mercedes fornece motores para outras equipes da Fórmula 1. Além do time próprio, a escuderia alemã cede seus motores para a Williams e Force India.
McLaren e Honda voltaram a competir juntos em 2015. A expectativa era reviver a parceria de sucesso dos anos 80. No entanto, os resultados da McLaren/Honda de 2015 para cá foram decepcionantes.
O acordo entre a escuderia inglesa com a fornecedora de motores japonesa tem validade até 2024. Para largar a Honda durante o contrato, a McLaren terá de pagar indenização de 78 milhões de libras (R$ 327 milhões na cotação atual).
O rompimento também traria algumas indefinições. A Honda contribui anualmente com 80 milhões de libras (R$ 335 milhões) para ajuda no pagamento do salário de Alonso e pagamento de pesquisas de desenvolvimento do carro da McLaren.
Estrela da escuderia, Fernando Alonso já adiantou que buscará um novo time caso a McLaren não apresente uma proposta séria de evolução. Desiludido com o time já no começo da atual temporada, Alonso abriu mão de disputar o GP de Mônaco para competir as 500 Milhas de Indianápolis.
segunda-feira, 12 de junho de 2017 - 20h10
McLaren deve deixar Honda e utilizar motores Mercedes em 2018
A McLaren está avançada nas negociações com a equipe Mercedes para fornecer seus motores na próxima temporada. Com essa nova parceria a McLaren espera manter Fernando Alonso em seu esquadrão para a temporada de 2018 da F1.
A informação do britânico “Daily Mail” diz que a McLaren irá deixar seu atual fornecedor de motor, a Honda, depois de perder a paciência com a japonesa que não conseguiu entregar um motor competitivo para esta temporada. A “separação” custará aproximadamente 78 milhões de Euros para a McLaren.
O antigo acionista da McLaren, Mansour Ojjeh, falou longamente no paddock, em Montreal, antes do GP do Canadá do domingo, com o presidente da Mercedes, Niki Lauda, e o chefe da equipe, Toto Wolff, sobre o novo acordo.
Os envolvidos no esperado acordo dizem que ainda existem obstáculos à serem superados, mas que estes questionamentos estão longe de serem insuperáveis.
Eric Boullier, diretor da McLaren, disse ao ‘Sportsmail’ que ele não acreditava que o acordo fosse concluído. Mas a McLaren acredita em particular que as negociações serão positivas.
A notícia oficial do acordo é esperada para antes das férias de agosto, embora os motores fossem fornecidos apenas para a temporada do ano que vem.
A frustração da McLaren com a Honda chegou ao limite com a falha do motor de Alonso enquanto ele estava em uma boa posição durante a corrida em Montreal.
A equipe é a última no Campeonato de Construtores com “zero” pontos. Dez motores já “se foram” durante esta temporada. Boullier falou sobre a última quebra de Alonso: “É difícil encontrar as palavras certas para expressar nossa decepção, nossa frustração e, sim, nossa tristeza. Então vou dizer apenas isso: não está sendo bom o suficiente.”
A necessidade de encontrar uma solução rápida se dá porque o contrato de Alonso vencerá no final desta temporada. O espanhol já disse que anunciará seus planos para o futuro após as férias de agosto, e a perspectiva de um carro competitivo é o fator-chave em sua decisão. A Mercedes ofereceria isso. No entanto, a saída da Honda desfalcaria a McLaren em quase 80 milhões de Euros.
Com Alonso atualmente recebendo 25 milhões de Euros por ano, deixaria um enorme buraco financeiro na equipe. Ele poderia aceitar menos dinheiro ou Ojjeh pode financiar as demandas do bi-campeão do mundo de seu próprio bolso. O custo de locação dos motores seria cerca de 10,6 milhões de libras esterlinas.
Ojjeh voltou a comandar a McLaren depois de Ron Dennis deixou o cargo de diretor executivo no ano passado. Ele quer recuperar o brio da equipe detentora de oito Campeonato de Construtores e 12 títulos por piloto.
Dennis argumentou que a McLaren precisava de seus próprios fornecedores de motor para serem campeões mundiais novamente, em vez de ser apenas uma equipe de trabalho. Zak Brown, novo diretor executivo, disse na semana passada que não concorda com os mecanismos de locação e que isso traria uma desvantagem competitiva levando em consideração as equipes que já recebem o motor Mercedes, Williams e Force India que sempre recebem suas atualizações depois da equipe de fábrica da Mercedes.
A Mercedes não quis comentar qualquer envolvimento futuro com a McLaren.
F1 – As mazelas do motor Honda
A pedidos, vamos procurar elencar as razões da situação bizarra que a unidade de potência da Honda se encontra no momento – sem previsão imediata de soluções.
Ninguém sabe todos os problemas que afligem a unidade de potência da Honda na Formula 1, nem a própria Honda… O que se sabe é que o motor a combustão gera pouca potência e muita vibração, que aliás é típica de motores V6, mas não na intensidade desse motor. A vibração é tanta que atinge componentes elétricos do carro que simplesmente se rompem ou param de funcionar de uma hora para outra.
Um motor de combustão interna na configuração 6 cilindros em linha – como os da BMW – gera pouquíssima vibração, é mais fácil extrair potência e mais barato em termos de fabricação e manutenção. Mas a F1 escolheu o V6 e não o 6 em linha.
O V6 Honda F1 é um motor que gasta muito mais combustível que os da concorrência, o MGU-H só dura 2 corridas e então quebra, enquanto o ES consegue armazenar pouca energia vinda do MGU-K e MGU-H, por isso em retas longas a energia acumulada acaba antes da reta. O turbocompressor também é extremamente frágil e quebra toda hora. Alonso e Vandoorne já estão no quinto turbo e no quinto MGU-H.
A unidade de potência de um Formula 1 tem 6 componentes que precisam trabalhar no limite e em harmonia para que a potência e a confiabilidade sejam boas. E é essa harmonia entre os 6 componentes que parece ser o segredo da complexidade desse motor único no mundo, que a Honda ainda não encontrou e parece ainda estar longe de encontrar. Nem os testes de bancada que a Honda faz conseguem ser replicados em pista, o que prova como os japoneses estão perdidos.
Os seis componentes são o motor de combustão interna (ICE), o motor gerador de energia cinética (MGU-K), a unidade geradora de calor (MGU-H), o acumulador de energia (ES), o turbocompressor (TC) e o controle eletrônico (CE).
Quando comparado a uma unidade de potência dos F1 atuais, um carro de rua comum só tem 1 componente, que é o motor de combustão interna. Um carro mais avançado atualmente tem o turbocompressor também, o que o deixa com 2 componentes. Um carro de rua mais avançado ainda tem também uma espécie de MGU-K, que é um gerador de energia cinética, que geralmente trabalha acumulando a energia cinética gerada pelas freadas, que vai para uma ou mais baterias e ajuda o motor de combustão interna ficar mais econômico e/ou mais potente, dependendo do caso. Esse tipo de carro também precisa de uma central eletrônica mais sofisticada, para saber quando “soltar” a energia cinética acumulada.
Quando a Honda começou sua parceria com a McLaren em 2015 os japoneses tentaram criar o conceito de tamanho zero. Em teoria parecia uma boa estratégia, pois criava espaço para o fabricante do chassi fazer ganhos aerodinâmicos sobre os concorrentes. Chegou até a ser considerada uma estratégia de desenho revolucionária.
No entanto, isso trouxe várias desvantagens. O motor de combustão interna e o turbo menor do “tamanho zero” não eram capazes de criar os níveis de aumento necessários para queimar eficientemente a gasolina usada, portanto, o MGU-H ligado ao turbo não conseguia criar energia suficiente sequer para girar a turbina em baixas rotações e acabar com o turbo-lag (atraso na entrada do turbo). E como existia o sistema de tokens (fichas) a Honda ficou presa nesse conceito furado até 2016.
Mas em 2017 com a abolição do sistema de tokens, a Honda parece ter desistido da idéia de que podia vencer a Mercedes e a Ferrari com base nos diferentes princípios de desenho do motor, abandonou o “tamanho zero” e basicamente executa a mesma configuração do motor que seus concorrentes.
O problema é que o tal conceito de “tamanho zero” atrasou demais a Honda. Enquanto Mercedes, Ferrari e Renault vem melhorando seus motores desde 2014 – a Renault inclusive com a ajuda da Ilmor depois de forte insistência da Red Bull -, a Honda praticamente começou de novo em 2017. Os V6 atuais estão desenvolvendo mais potência do que os V8 antigos e ainda usando bem menos combustível, o que é uma conquista extraordinária. A eficiência térmica está avançando a um ritmo constante, mas a Honda está atrasada em tudo.
Para se ter uma ideia, hoje fala-se que o MGU-H da Honda quebra por excesso de calor do turbo, que por sua vez quebra devido a superaquecimento!
O regulamento diz que cada piloto pode usar apenas quatro dos seis componentes da unidade de potência durante uma temporada. Mas Alonso já usou 3 motores de combustão interna, 5 turbos, 5 MGU-H, 3 MGU-K, 3 ES e 3 CE. Vandoorne já usou 2 motores de combustão interna, 5 turbos, 5 MGU-H, 3 MGU-K, 5 ES e 5 CE.
http://www.autoracing.com.br/f1-as-maze ... tor-honda/