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Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Qui Fev 18, 2016 11:15 pm
por JL
Acredito que somente marinhas de grandes potências militares iriam se aventurar nestas águas em alguma situação de crise ou conflito, desta forma ao meu ver somente submarinos tem alguma validade militar como armas de defesa, depois podemos considerar a aviação em terra desde que o eventual inimigo não tenha aviação embarcada, por último a artilharia de costa desde que também o eventual adversário não domine totalmente o ar.
Sendo assim para as outras hipóteses um pequeno núcleo de fragatas serve muito bem. O resto é tarefa de patrulhamento para corvetas simples ou OPV's. Desta forma não vejo problema nenhum o Brasil abdicar deste modelo e se tornar uma grande guarda costeira, com uma pequena esquadra, desde que preserve a arma submarina.
Estaríamos pelo menos fazendo duas coisas direito guardar o nosso mar e ter alguma capacidade de dissuasão. Ou seja para desespero dos almirantes eu sou o cara que defende uma grande guarda costeira com aviação naval, uma pequena força oceânica de superfície e uma boa arma submarina. Sem Nae, sem muitos meios anfíbios, sem fragatas de 1 bilhão de dólares.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Qui Fev 18, 2016 11:22 pm
por FABIO
O problema é que o prosub esta exaurindo as verbas da MB,mas o submarino é a melhor arma para dissuasão.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sex Fev 19, 2016 12:30 pm
por LeandroGCard
JL escreveu:Ou seja para desespero dos almirantes eu sou o cara que defende uma grande guarda costeira com aviação naval, uma pequena força oceânica de superfície e uma boa arma submarina. Sem Nae, sem muitos meios anfíbios, sem fragatas de 1 bilhão de dólares.
Acho que não entendi.

Como se pode ter "uma pequena força oceânica de superfície" sem ter pelo menos algumas "fragatas de 1 bilhão de dólares"? Mesmo as fragatas mais "simplesinhas" hoje não vão ficar muito mais baratas do que isso. Ou você se refere a ter as CV-3 (ou algo equivalente) como os maiores navios de combate de superfície da MB?


Leandro G. Card

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sex Fev 19, 2016 1:37 pm
por FCarvalho
Se conseguirmos fazer com que a CV-3 deslanche enquanto conceito e projeto, entendo como factível o desenvolvimento a posterior de navios derivados maiores do que elas, na faixa das 3500-4000 mil tons.

Creio que navios da classe das Type 22 seriam o ápice do seu desenvolvimento, e também, o máximo que poderíamos dispor em termos de melhor relação custo x benefício para financiamento, produção e manutenção.

Diz-se que a CV-3 01 terá/teria entre 3 mil e 3100 mil tons de deslocamento máximo e uns 110 mts. Estes foram os últimos números aventados para o modelo uns anos atrás. A MB na última T&D em banca afirma que ela será semelhante a Barroso, mas não igual.

Para mim, isto significa que podemos ter duas classes de navios no longo prazo até 2030, se eventualmente tudo der certo neste projeto. 5/6 CV-3 e mais 5/6 navios derivados. 12 navios para fazer o papel de águas azuis tão decantado, sustentado por um bom número de patrulhas, das 200 as 2 mil tons, e uma força de submarinos equilibrada e eficiente, como a proposta no Prosub. Seriam mais que suficiente para dar conta de nossa pequena visão - e pretensões - sobre o mar, mas não dos nossos interesses e necessidades. Conseguiríamos ter e operar a contento o que podemos.

Qualquer outra opção fora disso, se torna algo fora da realidade. E o almirantado sabe disso. Só não quer aceitar, como nunca aceitaram, o fato de que não teremos de novo outra batalha do Atlântico para lutar. Os tempos mudaram. Falta apenas nos conformarmos a eles.

abs.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sáb Fev 20, 2016 11:32 am
por JL
LeandroGCard escreveu:
JL escreveu:Ou seja para desespero dos almirantes eu sou o cara que defende uma grande guarda costeira com aviação naval, uma pequena força oceânica de superfície e uma boa arma submarina. Sem Nae, sem muitos meios anfíbios, sem fragatas de 1 bilhão de dólares.
Acho que não entendi.

Como se pode ter "uma pequena força oceânica de superfície" sem ter pelo menos algumas "fragatas de 1 bilhão de dólares"? Mesmo as fragatas mais "simplesinhas" hoje não vão ficar muito mais baratas do que isso. Ou você se refere a ter as CV-3 (ou algo equivalente) como os maiores navios de combate de superfície da MB?


Leandro G. Card
Vou tentar explicar, não é tarefa fácil, porque tenho que traduzir os pensamentos em palavras.

Primeiramente a minha concepção rompe com o pensamento naval tradicional, muito vigente na nossa Marinha, esta doutrina é formada pela experiência histórica do emprego das forças navais nos últimos conflitos, desta forma fico desvinculado de conceber a marinha em qualquer molde tradicional.
Segundo ponto: A minha visão é totalmente defensiva, ou seja, a preocupação principal é com a Zona de Exploração Econômica, em duas vertentes:
A primeira a vigilância e segurança deste território marítimo ou seja uma grande guarda costeira que o pessoal costuma a ter repugnância, claro que com concepções mais modernas como um grande sistema integrado de vigilância e sensoriamento integrado, incluindo tecnologias como os Veículos Aéreos Não Tripulados os quais creio se adaptariam muito bem a vigiar o mar territorial.
A segunda vertente a visa a dissuasão e neste ponto, considero que somente grandes esquadras podem vir até aqui, então aposto primeiro na arma submarina a qual costumo a dividir em duas a formada por submarinos de porte oceânico como os que estão em foco no momento nas principais concorrências, ou seja navios como o Type 214 – 216, Scorpene, Barracuda etc. E como estes barcos são caríssimos e o mar é muito grande, com extensão enorme, gosto muito da ideia de ter submarinos menores de menor custo e em maior número como uma espécie de peão no tabuleiro naval. Unidades como os antigos Type 206 alemão ou o Toti italiano ou até menor como os submarinos norte coreanos. Penso que estes barcos poderiam ser construídos com projeto nacional, usando a tecnologia agregada com a construção das unidades maiores e certamente pela sua dispersão no nosso litoral seriam uma dor de cabeça para qualquer frota que se aventura-se por aqui. Atuariam próximo ao litoral nas águas rasas, como elementos de tocaia.
Completo a capacidade de dissuasão com aeronaves de ataque com algum sistema de armas no estado da arte e com a artilharia de costa como goleiro do sistema. Não esquecendo da guerra de minas, que já foi provado pela experiência norte americana no Golfo Pérsico, que é uma das melhores armas na relação custo benefício contra uma marinha invasora.

Agora indo para o núcleo oceânico

Mas existem outras hipóteses de conflito e de emprego, em que o esquema acima exposto não poderia atender, são missões em tempo de paz como Haiti, Líbano etc. São escoltas de navios de carga pelo Atlântico Sul ou a rara possibilidade de confronto naval entre países sul americanos. Então é necessário ter algumas fragatas e para que elas sejam oceânicas precisam do apoio de um navio de reabastecimento, o qual também deveria prover apoios de reabastecer com sólidos, como víveres e munições e também rebocadores oceânicos.
Claro que o número seria mínimo, considerando a premissa de três navios para se ter um sempre em operação, tendo em vista manutenção etc. Assim nesta lógica para se ter sempre três fragatas necessitamos de 09 navios. Sendo este o número básico.
Realmente, levando em conta a verba sempre escassa, ter fragatas de 1 bilhão de dólares, seria algo difícil, pois os navios prioridade nesta marinha imaginada seriam os submarinos oceânicos e não as fragatas, pois o seu emprego é secundário nesta concepção, que repito é defensiva e visa a segurança e dissuasão do mar territorial.
Então o patamar de modernidade deste núcleo oceânico fica fixado pelos meios existentes nesta região do oceano Atlântico, assim os melhores meios aqui são as fragatas sul africanas Classe Valour, então diria que elas seriam o top neste contexto, os outro navio é a classe Almirante Padilla, também de origem alemã e muito menor que equipa a Colômbia, temos também as Meko 360 e as corvetas Meko 140 da Argentina. Ou seja, hoje precisáriamos que estas 09 fragatas estivessem com um poder de combate semelhante. Assim são navios com menor custo que as FREMM por exemplo.



Concluindo

Por último, fazendo um acréscimo que antes de ter fragatas mais custosas gostaria de mobiliar o núcleo oceânico com um navio de multi emprego, com melhores capacidades de emprego de aeronaves, leia-se helicópteros. Talvez uma versão menor do Juan Carlos I ou do Mistral. Um navio que permitira múltiplas missões incluindo resgate humanitário, apoio a ações da ONU etc. O qual poderia ser provido com sistemas de defesa, cito o exemplo de uma versão do italiano San Giorgio encomendado pela Argélia o qual terá o sistema ASTER. Assim o sistema que falta nas fragatas poderiam ser acrescidos neste navio de maior porte ou seja helicópteros anti submarino pesados e sistema antiaéreo de defesa de área, ficando as fragatas apenas com a defesa de ponto. Este navio aproveitando os meios de observação aérea também poderia receber um míssil anti navio de maiores prestações como o Brahmos. Seria um aproveitamento ao máximo do casco maior. Uma
espécie de cruzador, o qual seria a nau-capitânia.

Repito este navio seria um acréscimo se os outros patamares fossem atingidos e ele não substitui de maneira nenhuma um Nae, apenas é a tentativa de conciliar em um só meio as funções de servir de base para helicópteros pesados e de ter uma plataforma de armas como mísseis de longo alcance, a fim de complementar as fragatas que tem menor poder de fogo.

Claro que nada impede, que alcançado a missão primordial da segurança e defesa da zona exclusiva e havendo verba, não possamos ter fragatas mais poderosas no núcleo oceânico.

Bem é apenas uma concepção pessoal, como tudo tem vantagens e desvantagens, como pode ver não existe menção a caças embarcados ou a meios anfíbios e forças de fuzileiros navais.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sáb Fev 20, 2016 2:28 pm
por LeandroGCard
Olá JL.

Pelo que percebo então você imagina uma força oceânica composta por 4-6 CV-3 (que estão exatamente entre as classes Padilla e Meko 360) e mais 2-4 navios na categoria de uma Niterói modernizada. E as capacidades maiores em termos de aeronaves AEW e defesa AAe de área seriam instaladas em 1-2 NMP´s "anabolizados".

Não deixa de ser uma ideia. O projeto destes NPM´s provavelmente teria que ser feito do zero para permitir uma velocidade algo maior (nivelando pelo menos com a velocidade das CV-3) e a instalação dos radares de grande alcance que seriam necessários para operar os mísseis AAe de área, além de uma quantidade mais razoável de silos de lançamento destes mísseis que os habilitasse como escoltas de longo curso. Eles provavelmente ficariam com uma "cara" mais parecida com a do já aposentado Jeanne D´arc francês, das classes Shirane/Haruna japonesas, da Andrea Dória italiana ou uma versão menor do Moskva. Me agrada também a ideia destes "cruzadores" de alta versatilidade, que podem substituir vários modelos de navios de uma só vez. Claro que eles em si seriam ainda mais caros do que uma FREM, mas talvez ficassem mais em conta do que o binômio FREMM + Mistral que a MB imagina.


Com relação aos SUB´s, também acho que a existência de pelo menos duas classe seria o ideal, uma costeira e outra de longo alcance 9esta poderia ser nuclear ou complementada por algumas unidades nucleares). Só acho as classes 206 e Toti pequenas demais, mesmo seus países de origem não repetiram a dose e lançaram navios muito maiores na sua sequência. Mas navios na faixa das 1200-1500 ton na classe costeira e 2500-3000 ton na oceânica me parecem algo razoável.

E para patrulha de superfície e AS de nossa ZEE eu também consideraria seriamente o uso de dirigíveis além dos Vant´s.


Leandro G. Card

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sáb Fev 20, 2016 2:46 pm
por Penguin
Um projeto interessante e versátil seria a classe Absolon dinamarquesa: https://en.m.wikipedia.org/wiki/Absalon ... pport_ship

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sáb Fev 20, 2016 8:19 pm
por JL
LeandroGCard escreveu:Olá JL.

Pelo que percebo então você imagina uma força oceânica composta por 4-6 CV-3 (que estão exatamente entre as classes Padilla e Meko 360) e mais 2-4 navios na categoria de uma Niterói modernizada. E as capacidades maiores em termos de aeronaves AEW e defesa AAe de área seriam instaladas em 1-2 NMP´s "anabolizados".

Não deixa de ser uma ideia. O projeto destes NPM´s provavelmente teria que ser feito do zero para permitir uma velocidade algo maior (nivelando pelo menos com a velocidade das CV-3) e a instalação dos radares de grande alcance que seriam necessários para operar os mísseis AAe de área, além de uma quantidade mais razoável de silos de lançamento destes mísseis que os habilitasse como escoltas de longo curso. Eles provavelmente ficariam com uma "cara" mais parecida com a do já aposentado Jeanne D´arc francês, das classes Shirane/Haruna japonesas, da Andrea Dória italiana ou uma versão menor do Moskva. Me agrada também a ideia destes "cruzadores" de alta versatilidade, que podem substituir vários modelos de navios de uma só vez. Claro que eles em si seriam ainda mais caros do que uma FREM, mas talvez ficassem mais em conta do que o binômio FREMM + Mistral que a MB imagina.


Com relação aos SUB´s, também acho que a existência de pelo menos duas classe seria o ideal, uma costeira e outra de longo alcance 9esta poderia ser nuclear ou complementada por algumas unidades nucleares). Só acho as classes 206 e Toti pequenas demais, mesmo seus países de origem não repetiram a dose e lançaram navios muito maiores na sua sequência. Mas navios na faixa das 1200-1500 ton na classe costeira e 2500-3000 ton na oceânica me parecem algo razoável.

E para patrulha de superfície e AS de nossa ZEE eu também consideraria seriamente o uso de dirigíveis além dos Vant´s.


Leandro G. Card
A ideia é essa. Comentando alguns pontos.

Esta minha concepção de "cruzador" porta helicópteros, lança mísseis é uma tentativa de conciliar várias necessidades em um único casco. Realmente o navio seria mais caro que uma fragata de 6000 toneladas, mas também teria mais versatilidade principalmente por causa do casco bem maior.
No mesmo navio os helicópteros até 06 unidades de um helicóptero como o Sea Hawk com paiol para torpedos e mísseis, além de hangar. Armas como as que já citei. Acomodações e sistemas de comunicação apto para um Estado Maior.
Com relação a velocidade, bem não priorizo muito um navio veloz e mais sim a sua autonomia, que idealmente seria global. Creio pode ser pensado o sistema de propulsão azimutal.
Ele seria o FLAG SHIP do núcleo oceânico e devido ao seu custo alto, talvez somente poderia haver duas unidades. Para os críticos gostaria de lembrar que na prática real de alguns exercícios navais a nossa marinha tem usado navios de desembarque anfíbio para abrigar o seu Estado Maior e um helicóptero de porte, sem hangar, sem paiol de armas etc.

Submarinos pequenos:

Quanto aos submarinos uma vez comentei com um oficial submarinista destes pequenos submarinos anões, os midget como o Ghadir iraniano ele achou meio "suicida". Não deixa de ter razão. Já até comentei aqui no Fórum e chegamos a conclusão que ele é apenas um pouco melhor de que um campo minado com minas modernas.
Lembrando que minas modernas são temidas pela US NAVY, por exemplo e assim creio que existe lugar para estes pequenos submarinos, pois em águas rasas de 25 a 50 metros de profundidade os grandes tem dificuldade de operar e os torpedos dos pequenos são os mesmos ou seja eles podem ser perigosos atiradores de tocaia no litoral.
Imagine então se houvesse diversas bases dispersas pelos nossos portos e várias dezenas de pequenos subs, eles seriam uma ameaça e tanto. E as suas tripulações são reduzidas então mesmo 20 barcos, e teremos somente uns 200 tripulantes o mesmo de uma escolta. Não precisam nem de doca seca para manutenção, um guindaste de grande porte os tira da água por exemplo.
Do mais um midget em situação de guerra real com um inimigo que tenha absoluta superioridade aérea um mine sub nem precisaria emergir para ser reabastecido ele pode pousar em uma plataforma submersa, pré instalada algumas quilômetros de algum ponto do litoral e receber energia vinda de terra por cabo, do mesmo modo renovar o ar, receber combustível e víveres ou trocar a tripulação por meio de trajes de mergulho.
São uma arma de guerra assimétrica.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Dom Fev 21, 2016 9:51 am
por LeandroGCard
JL escreveu:Do mais um midget em situação de guerra real com um inimigo que tenha absoluta superioridade aérea um mine sub nem precisaria emergir para ser reabastecido ele pode pousar em uma plataforma submersa, pré instalada algumas quilômetros de algum ponto do litoral e receber energia vinda de terra por cabo, do mesmo modo renovar o ar, receber combustível e víveres ou trocar a tripulação por meio de trajes de mergulho.
São uma arma de guerra assimétrica.
O problema dos submarinos muito pequenos é que eles não tem espaço para sensores modernos, sejam ativos ou passivos. É preciso que o inimigo passe a poucos km deles para que possam saber em que direção disparar. E praticamente não tem condições de enfrentar outros submarinos, que são por si bastante silenciosos.

Em águas fechadas onde os navios passarão necessariamente em estreitos ou pontos muito próximos do litoral eles podem ser úteis, mas na nossa costa, ampla e aberta, eles ficariam perdidos no meio do mar e não serviriam para quase nada. Um navio ou um submarino hostil poderia navegar a 100 Km da costa e ainda assim teria que dar muito azar para topar com um destes pequenos sub´s, a menos que a quantidade deles fosse muito maior (ou se usasse todos para proteger um único ponto). Veja que a Coréia do Norte, para proteger um litoral muito menor que o nosso, emprega uns 40 minisub´s, fora os de dimensões maiores. E a principal preocupação deles é mesmo algum desembarque anfíbio (ou seja, o inimigo viria realmente até a costa), pois já passaram por isso antes. Aqui isso seria um risco muito remoto.

No nosso caso ao invés de minisub´s eu apostaria em aviões, vant´s e dirigíveis para fazer a patrulha próxima ao litoral. Do alto pelo menos a área coberta por cada unidade poderia ser muito maior. E se necessário eles poderiam ir atuar muito mais longe, o que é mais provável. Com os mísseis de hoje dificilmente algum inimigo se aproximaria a menos de 500 ou 1000 km de nossa costa para atacar. Já submarinos de 1200-1500 ton bem equipados seriam bastante úteis nestas distâncias e mesmo além. E os maiores poderiam ir a qualquer lugar do Atlântico Sul (se fossem nucleares, a qualquer lugar do mundo).


Leandro G. Card

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Dom Fev 21, 2016 8:07 pm
por JL
LeandroGCard escreveu:
JL escreveu:Do mais um midget em situação de guerra real com um inimigo que tenha absoluta superioridade aérea um mine sub nem precisaria emergir para ser reabastecido ele pode pousar em uma plataforma submersa, pré instalada algumas quilômetros de algum ponto do litoral e receber energia vinda de terra por cabo, do mesmo modo renovar o ar, receber combustível e víveres ou trocar a tripulação por meio de trajes de mergulho.
São uma arma de guerra assimétrica.
O problema dos submarinos muito pequenos é que eles não tem espaço para sensores modernos, sejam ativos ou passivos. É preciso que o inimigo passe a poucos km deles para que possam saber em que direção disparar. E praticamente não tem condições de enfrentar outros submarinos, que são por si bastante silenciosos.

Em águas fechadas onde os navios passarão necessariamente em estreitos ou pontos muito próximos do litoral eles podem ser úteis, mas na nossa costa, ampla e aberta, eles ficariam perdidos no meio do mar e não serviriam para quase nada. Um navio ou um submarino hostil poderia navegar a 100 Km da costa e ainda assim teria que dar muito azar para topar com um destes pequenos sub´s, a menos que a quantidade deles fosse muito maior (ou se usasse todos para proteger um único ponto). Veja que a Coréia do Norte, para proteger um litoral muito menor que o nosso, emprega uns 40 minisub´s, fora os de dimensões maiores. E a principal preocupação deles é mesmo algum desembarque anfíbio (ou seja, o inimigo viria realmente até a costa), pois já passaram por isso antes. Aqui isso seria um risco muito remoto.

No nosso caso ao invés de minisub´s eu apostaria em aviões, vant´s e dirigíveis para fazer a patrulha próxima ao litoral. Do alto pelo menos a área coberta por cada unidade poderia ser muito maior. E se necessário eles poderiam ir atuar muito mais longe, o que é mais provável. Com os mísseis de hoje dificilmente algum inimigo se aproximaria a menos de 500 ou 1000 km de nossa costa para atacar. Já submarinos de 1200-1500 ton bem equipados seriam bastante úteis nestas distâncias e mesmo além. E os maiores poderiam ir a qualquer lugar do Atlântico Sul (se fossem nucleares, a qualquer lugar do mundo).


Leandro G. Card
A ideia dos pequenos submarinos Leandro é análoga a do sistema de defesa aérea em camadas, enquanto o sub. oceânico atua no meio do Atlântico o submarino costeiro do porte de um Type 206 iria ficar nas águas mais rasas e o anão, por causa da escassa autonomia e campo de sensoriamento teria que ficar em um ponto estratégico.
Assim o sub oceânico equivale a um sistema de longo alcance de SAM, o costeiro equivale a um míssil de médio alcance e o tipo anão, esta tal qual para os MANPADS, limitado, mas que precisa ser respeitado.

Outro ponto nossa costa é imensa, mas ela tem polos de concentração de alvos de interesse, pontos estes para onde iriam converger os navios hóstis. Por exemplo na Região Sudeste, a baía de Guanabara, Angra dos Reis, São Sebastião e Santos. Aí é que sistemas de menor alcance como os submarinos anões ou a artilharia de costa móvel e camuflada com orientação externa poderiam entrar em ação.

Outro ponto não se pode esperar que um meio limitado em velocidade e autonomia, bem como meio cego ou melhor meio surdo ache o seu alvo, ele teria que receber a informação, como por link, com os dados vindo de uma estação em terra a qual poderia enxergar digamos usando UAV.

Os anões seriam praticamente um último recurso, é como aquela Derringer que o cowboy escondeu no cano da bota, vai usar depois de perder a Winchest e o Colt. Os anões somente seriam úteis contra um inimigo avassalador que já venceu tudo, já destruiu os sub oceânicos, já liquidou a esquadra, conquistou total superioridade aérea etc. Aí ele geraria uma preocupação, pois poderiam ser sempre uma ameaça. De resto não se pode esperar mais deste meio.

Também ele é apenas uma ideia secundária, a prioridade é os submarinos de maior porte no caso os verdadeiramente oceânico depois podemos pensar em usando a capacidade industrial adquirida para menores, como o Type 206, Toti e lembrei dos antigos iuguslavos classe Heroj e Sava. E depois quando estes quadros estiverem completos aí os anões. De toda forma o sonho seria ter 10 oceânicos, uns 20 costeiros e uns 40 anões. Seria ou não respeitável.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Qui Fev 25, 2016 7:46 am
por talharim
DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL

AVISO DE SUSPENSÃO
CONTRATO Nº 45000/2010-008/00
Fica suspensa, temporariamente, nos termos do art. 57, §1º,
inciso III, 1ª parte e art. 78, inciso XIV, observado o art. 8°, parágrafo
único e o art. 26 da Lei nº 8.666/1993, a execução do contrato nº
45000/2010-008/00, entre a Diretoria de Engenharia Naval e a EMGEPRON.
Objeto: Obras de conversão da embarcação "Ludovico
Celani", hoje denominado NAsH "Soares de Meirelles", para operar
como navio de Assistência Hospitalar na Região Amazônica, com
dotações iniciais, equipamentos, material permanente e unidade móvel
de saúde. Prazo: 180 dias a partir de 23/02/2016.
CARLOS FREDERICO PADILHA DE SOUZA
5° Gerente de Obtenção de Meios Distritais e da DHN

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Qui Fev 25, 2016 11:56 am
por FCarvalho
É... até a menina dos olhos do assistencialismo estatal está fazendo água por aqui. :roll:

abs.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sex Fev 26, 2016 9:33 am
por talharim
COMANDO-EM-CHEFE DA ESQUADRA

COMANDO DA FORÇA AERONAVAL

CENTRO DE INTENDÊNCIA DA MARINHA
EM SÃO PEDRO DA ALDEIA

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE
DE LICITAÇÃO N° 3/2016
Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação n° 03/2016;
Contratante: Comando da Força Aeronaval; Contratada: Empresa
AGUSTAWESTLAND LTD, com sede localizada no endereço, Lysander
Road, Yeovil, BA20 2YB, Reino Unido. Objeto: Prestação de
serviço de inspeção, revisão, reparo, o que inclui o fornecimento das
peças de substituição mandatória ou que estejam defeituosas, e incorporação
de modificações técnicas em uma unidade do componente
aeronáutico - "TAIL GEARBOX AND PITCH BEAM ASSEMBLY",
PN: WK3068-0010-50551, SN: AEW1123 pertencente ao helicóptero
Super Lynx Mk 21A da Marinha do Brasil. Custo: O valor total para
a contratação é de GBP 103.072,47 (cento e três mil setenta e duas
libras esterlinas e quarenta e sete centavos).
Recurso Orçamentário:
X.25.21C.00.152 do PA-2015. Enquadramento: Art. 25, caput da Lei
n.º 8.666/1993; e Art. 26 parágrafo único, inciso II da Lei nº
8.666/1993. Aprovo, conforme o previsto no Art. 26 da Lei nº
8.666/1993; São Pedro da Aldeia, RJ., em 22 de fevereiro de 2016;
Capitão de Mar e Guerra AUGUSTO JOSÉ DA SILVA FONSECA
JUNIOR - Ordenador de Despesas. Ratifico, conforme previsto no
Art. 26 da Lei nº 8.666/1993; São Pedro da Aldeia, RJ., em 23 de
fevereiro de 2016;Contra-Almirante SÉRGIO NATHAN MARINHO
GOLDSTEIN - Comandante da Força Aeronaval.


COORDENADORIA-GERAL DO PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO DE SUBMARINO COM
PROPULSÃO NUCLEAR

GERÊNCIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA

EXTRATOS DE TERMOS ADITIVOS
EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 40000/2009-011/10. DATA
DA CELEBRAção: 11 de janeiro de 2016.
Contratada: DCNS, Societé Anonyme; Contratante: Diretoria-Geral
do Material da Marinha; Espécie: Termo Aditivo nº 40000/2009-
011/10; Objeto: Alterar disposições do Contrato nº 40000/2009-
011/00 de transferência de tecnologia, celebrado em 03/09/2009, para
prover uma extensão de doze meses no prazo de prestação de assistência
técnica para o corpo técnico de projeto do submarino de
propulsão nuclear, visando a conclusão de forma adequada da fase B
do processo de projeto do submarino de propulsão nuclear (third
general design study - phase B) e, ainda, prover outros ajustes necessários
na redação contratual;
Art. 54 da Lei nº 8666/1993 e Art.
422 do Código Civil.

Extrato de Termo Aditivo Nº 40000/2009-012/02. Data da Celebração:
26 de junho de 2015.
Contratada: DCNS, Societé Anonyme; Contratante: Diretoria-Geral
do Material da Marinha; Espécie: Termo Aditivo nº 40000/2009-
012/02; Objeto: Alterar o Contrato nº 40000/2009-012/00 (Contrato
8), visando modificar os anexos "F" e "G", tendo em vista os impactos
nesses documentos, em decorrência de alterações promovidas
no Contrato 40000/2009-005/00 (Contrato 1A), para adequar o planejamento
original às circunstâncias que exigem a adaptação das
operações de compensação às modificações a serem introduzidas nas
atividades de treinamento do sistema de combate dos S-BR;
Art. 54
da Lei nº 8666/1993 e Art. 422 do Código Civil.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sex Fev 26, 2016 10:49 am
por FCarvalho
Bom, parece que o Prosub vai atrasar mais ainda. E os S-BR junto com ele.

Acima, ou é apenas a MB tentando concertar/manutenir um Super Linx fora de operação, ou então, é a primeira unde a ser modernizada para o novo padrão AW-159. Acho que está mais para a primeira opção.

abs.

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

Enviado: Sex Fev 26, 2016 11:47 am
por J.Ricardo
Também acho que nossa maior garantia de defesa seria uma boa frota de submarinos, e nada de mini, submarinos de águas azuis de preferência nucleares e com capacidade de lançar mísseis.