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O que sobrar da Avibras, tanto no que diz respeito a parte industrial e pessoal, pode\poderá ser reaproveitado pelo governo mais adiante, leia-se Exército\MD, no caso da empresa ter decretado sua falência pela justiça, uma vez que todos os bens da empresa serão penhorados e vendidos para pagamento das dívidas, em primeiro lugar dos funcionários, em seguida da fazenda nacional, e depois todo mundo que tem a algo receber.

Neste aspecto, de nada adianta repassar o espólio da empresa - como o próprio ASTROS - à outras iniciativas privadas, seja lá quem for, se estas não tiverem minimamente a garantia de que terão uma linha de produção com razoável longevidade e suporte de encomendas do Estado. Ninguém vai pegar projeto da Avibras ou do EB pelos lindos olhos da defesa nacional. Isso não existe. E sem grana para bancar os investimentos necessários, não tem negócio. Qual o real interesse do EB - governo(s) - em fazer isso para tentar manter seus produtos\projetos com a Avibras em sua pós-morte?

No próprio EB não faltam mazelas e lacunas, ou projetos de modernização, onde o ASTROS 2020 e todos os domínios tecnológicos da empresa poderiam ser aproveitados, mas, fato é que não existe a menor chance de termos a continuidade deste sistema sem que haja vontade política no sentido de dispor os recursos necessários à sua continuidade, e\ou expansão de emprego. E a realidade econômica hoje do país nos diz que no curto a médio prazo, salvo um milagre, ou uma ou mais desgraças aconteçam, a Avibras, o ASTROS, foguetes, AV-MTC e tudo o mais estão desde já condenados ao ostracismo e ao esquecimento.

Já vimos esse filme antes. E ele não termina bem.

FCarvalho escreveu: Sex Mar 28, 2025 4:05 pm O que sobrar da Avibras, tanto no que diz respeito a parte industrial e pessoal, pode\poderá ser reaproveitado pelo governo mais adiante, leia-se Exército\MD, no caso da empresa ter decretado sua falência pela justiça, uma vez que todos os bens da empresa serão penhorados e vendidos para pagamento das dívidas, em primeiro lugar dos funcionários, em seguida da fazenda nacional, e depois todo mundo que tem a algo receber.

Neste aspecto, de nada adianta repassar o espólio da empresa - como o próprio ASTROS - à outras iniciativas privadas, seja lá quem for, se estas não tiverem minimamente a garantia de que terão uma linha de produção com razoável longevidade e suporte de encomendas do Estado. Ninguém vai pegar projeto da Avibras ou do EB pelos lindos olhos da defesa nacional. Isso não existe. E sem grana para bancar os investimentos necessários, não tem negócio. Qual o real interesse do EB - governo(s) - em fazer isso para tentar manter seus produtos\projetos com a Avibras em sua pós-morte?

No próprio EB não faltam mazelas e lacunas, ou projetos de modernização, onde o ASTROS 2020 e todos os domínios tecnológicos da empresa poderiam ser aproveitados, mas, fato é que não existe a menor chance de termos a continuidade deste sistema sem que haja vontade política no sentido de dispor os recursos necessários à sua continuidade, e\ou expansão de emprego. E a realidade econômica hoje do país nos diz que no curto a médio prazo, salvo um milagre, ou uma ou mais desgraças aconteçam, a Avibras, o ASTROS, foguetes, AV-MTC e tudo o mais estão desde já condenados ao ostracismo e ao esquecimento.

Já vimos esse filme antes. E ele não termina bem.

Esse foi exatamente o ponto que os investidores pularam fora do barco. Investir para pagar 600 milhões em dividas sem ter garantia de que terão uma linha de produção com razoável longevidade e suporte de encomendas do Estado.

Strike91 escreveu: Qui Mar 27, 2025 8:26 pm É pessoal, a Avibras uma empresa estratégica que produz o "vetor" de maior dissuasão do EB está tendo uma morte lenta, omissa e dolorosa...

Uma sugestão simples se tivéssemos grana e bonsenso, montar um segundo batalhão de Astro no nordeste para defesa costeira com umas 4 baterias de Astro 3 completa, atualiza as baterias existente para o padrão Astro 3, adquirir o MTC-300, foguetes e as novas munições guiadas para repor o estoque de manejo operacional e estratégico atual e futuro da força, ajudei a salvar a Avibras!

Só para lembrar, como disse no post acima, o EB tem mazelas e lacunas mais que suficientes para sanar seus problemas através do emprego dos ASTROS 2020 e\ou ASTROS III, sem precisar reinventar a roda para isso. É só seguir o que ele mesmo anda planejando em termos de mudanças organizacionais para sua artilharia de campanha.

Como exemplo simples, se poderia impor o emprego\integração dos veículos base, sistemas e subsistemas de C2 do ASTROS na VBCOAP SR dentro dos GAC AP em que forem utilizadas. Só nisso, a longo prazo, teríamos a demanda para equipar até 8 OM a nível brigada, se falar nos GAC AD, já que ainda existe uma indefinição sobre quantas e quais GAC receberiam tais obuseiros. O mesmo poderia ser feito em relação ao futuro sistema AAe de médio e longo altura\alcance, e até mesmo reviver a artilharia de costa, com OM designadas para tal missão.

A nível divisional, a atual organização da AD, como já disse aqui muitas vezes, dispõe no papel de uma bateria ASTROS a si, junto com os seus GAC. Se formos falar em dotar tais unidades dos meios necessários, só aí teríamos espaço para 3 Bia nas AD operacionais hoje. Com as mudanças que o EB está propondo ao dispor de, pelo menos, uma DE por comando militar de área, e a AD correspondente, por doutrina, então bota aí 8 a 9 Bia LMF nas respectivas AD.

Enfim, não é preciso dizer que olhando apenas a doutrina do EB, e o que ela dispõe sobre suas capacidades materiais, o futuro do ASTROS estaria garantido. Mas ele não está. Nunca esteve.

Como eu havia dito a muito tempo, o João Brasil está ainda tentando passar a perna, mesmo após acordo firmado com sauditas e mais investidores, com crivo em partes pelo BNDES. Vamos ver no que dá, mas esse cara tinha que ser preso!

Tem que pedir a falência da empresa e mandar o cara embora.
Depois processa o sujeito na forma da lei por gestão fraudulenta, má versação do patrImônio da empresa, incapacidade e improbidade administrativa, falsa propaganda, desvio de função, falsidade ideológica, engodo, e o que mais puder.
A Avibras como empresa morreu, e não tem jeito.
Sobra pegar o que ainda puder ser aproveitado e tentar manter o pouco que se tem no domínio intelectual do exército.
E torcer por um milagre acontecer, desses que só acontecem quando a desgraça bate a nossa porta sem avisar.
De repente o dinheiro aparece para tudo.

Componentes\Tecnologias Avibras que podem ser aproveitados após a decretação de falência da empresa: veículos, ISR, C2, Comunicação, Sistemas Computacionais, Metalurgia, Engenharia Mecânica, Produção e de Sistemas, Engenharia de Projetos, Logística de Apoio, Eletro Ópticos, Eletroeletrônicos, Observação, Ligação e Comando, Integração de Sistemas, EW, ELINT, SINGINT, COMINT.

Projetos Estratégicos Exército Brasileiro

1. Projeto Veículo Blindado Combate Artilharia Auto Propulsada sobre Rodas - VBCOAP SR

2. Projeto AAe Média e Grande Altura\Alcance

3. Projeto Bateria Busca de Alvos

4. Projeto Modernização Artilharia de Campanha Obuseiros AR 105\155mm

5. Projetos ASTROS 2020 - Míssil Cruzeiro \ Foguetes

6. Projeto Radar M-200 Vigilante \ M-200 Multimissão

7. Projeto Radar Contra Bateria \ Vigilância Terrestre \ Multiemprego

Embora não seja um projeto estratégico, é viável pensar o emprego de produtos\soluções tecnológicas da Avibras em operações de defesa de costa, as quais, a meu ver, tem necessidade de OM e doutrinas próprias a partir do emprego de sistemas ASTROS.

Em termos quantitativos, o que temos é o que segue;

1. Projeto Veículo Blindado Combate Artilharia Auto Propulsada sobre Rodas - VBCOAP SR
a. 36 unidades a contratar;
b. 3 Bia a serem equipadas;
c. 144 unidades para equipar 8 GAC mecanizados em 4 Bda infantaria e 4 Bda Cavalaria;
d. indefinição sobre o emprego em GAC AD;

2. Projeto AAe Média e Grande Altura\Alcance
a. Bia AAe Msl Média Altura\Alcance sem quantidade definida a contratar;
b. Bia AAee Msl Grande Altura\Alcance sem quantidade definida a contratar;
c. 7 GAAe a equipar com pelo menos 1 Bia AAe Msl;
d. indefinição sobre o emprego em DAAe Nível Bda, DE e AD;

3. Projeto Bateria Busca de Alvos
a. quantidade indefinida a contratar;
b. todos os GAC demandam Bia Bus Alv conforme manual;
c. 1 Bia por GAC conforme manual;
d. aquisição de VANT e Veículos de Observação Avançada;
e. aquisição de sistemas ISR e C2;
f. EB possui cerca de 30 GAC hoje, com GU ainda sem GAC orgânicos.

4. Projeto Modernização Artilharia de Campanha Obuseiros AR 105\155mm
a. 34 GAC a equipar;
b. 18 peças por GAC padrão;
c. 25 Bdas a equipar.

5. Projetos ASTROS 2020 - Míssil Cruzeiro \ Foguetes
a. 3 GMF em operação;
b. 9 Bia LMF para as AD no longo prazo;
c. 18 AV-LMF por Grupo;
d. indefinição sobre o emprego do ASTROS nas Bia LMF orgânicas da AD;

6. Projeto Radar M-200 Vigilante \ M-200 Multimissão
a. 1 unidade do M-2000V comprada;
b. 7 GAAe a serem equipados;
c. M-200 Multi Missão ainda em desenvolvimento;
d. indefinição sobre o emprego orgânico a nível AD, conforme manual do exército;
e. indefinição sobre emprego orgânico a nível Brigada conforme manual do exército.
f. indefinição sobre emprego orgânico a nível DE, conforme manual do exército.
g. indefinição sobre emprego orgânico a nível Comando de Área\Região Militar, conforme manual do exército.
h. 1 radar M-200V e 1 radar M-200MM por GAAe, padrão.

7. Projeto Radar Contra Bateria \ Vigilância Terrestre \ Multiemprego
a. 34 GAC a equipar;
b. 1 radar cada tipo por GAC, padrão;
c. 3 radares por OM, mínimo;
d. 25 Bdas a equipar;
e. 3 AD a equipar;
f. projeção a longo prazo de 8 a 9 AD a equipar, conforme planejamento estratégico do EB.

Se o planejamento que visa criar novas DE nos Comandos Militares de Área chegar a termo, a criação de novas AD por tabela pode trazer a oportunidade de utilizar tais OM, também, na defesa de costa, uma vez que, doutrinariamente tais GU devem possuir uma Bia LMF orgânica a si.

Como o exército não deve ressuscitar a sua artilharia de costa enquanto tal, é de se analisar com cuidado a hipótese de tais baterias virem a ser equipadas, também, com esta capacidade, de forma que se disporia no longo prazo de SU capazes de realizar esta missão ao longo de todo o litoral, sem a necessidade de empregar subterfúgios e soluções de oportunidade em relação aos dois únicos GMF disponíveis hoje ao exército no planalto central, distante cerca de mil quilômetros de qualquer praia brasileira.

Nota sobre a assembléia agendada para 10/04.


AVIBRAS – Nota 10 Abril 2025

Informamos que a Assembleia Geral de Credores (AGC), no âmbito do processo de Recuperação Judicial da Avibras, agendada para esta quinta-feira, dia 10/04, foi suspensa e será retomada no dia 13/05, às 12h. Na nova data, poderá ser apresentado um plano de recuperação alternativo por credores interessados, conforme deliberação da própria assembleia.

Reforçamos que o processo de entrada do investidor na companhia segue em andamento. Embora reconheçamos que a condução do processo não esteja ocorrendo na velocidade esperada, todos os envolvidos permanecem empenhados em sua conclusão.

Fonte: Defesanet https://www.defesanet.com.br/astros/inf ... -13-05-as/

Principal credor da Avibras detalha tentativa de compra da indústria bélica e pagamento de dívidas
A Brasil Crédito, principal credora da indústria bélica de Jacareí, se reuniu com o Sindicato dos Metalúrgicos para negociar as dívidas da empresa com os trabalhadores.

Pela proposta da Brasil Crédito, os funcionários terão a opção de um acerto parcelado em até 48 vezes com reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 1% de juro ao ano. Outros créditos poderão ser acordados com pagamento integral.

"Nós queremos discutir, junto com os trabalhadores, um posicionamento mais claro e, a partir disso, solicitar uma agenda de negociação. Não é uma situação que se resolve em uma, duas ou três reuniões. Tem outras coisas. Existe a situação do plano de saúde dos trabalhadores que está cortado, existe a situação da Avibras que não faz o depósito do Fundo de Garantia e não faz o depósito do INSS. Não é apenas o salário", explica Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

O plano prevê a venda dos ativos da Avibras e, consequentemente, a transferência das atividades para uma nova sociedade, chamada de 'Nova ABV'

Essa nova sociedade seria totalmente independente do atual presidente da Avibras, João Brasil de Carvalho Leite, contaria com um corpo diretivo especializado no setor, bem como com a participação da união em determinadas decisões estratégicas.

Fonte:https://www.google.com/amp/s/g1.globo.c ... idas.ghtml

A União, querendo ou não, irá ter participação em qualquer solução, visto que o BNDES é um dos maiores credores da Avibras.
Já começa por aí.
No mais, o único produto efetivo que a Avibras possui em operação no mundo é de propriedade do Exército. Na hora que eles quiserem levar embora para outro fornecedor, é só apertar o botão do f...se e questão encerrada.
O problema é: levar para quem?

Com essa bagunça toda, esqueci até de mencionar. Apareceu um novo consórcio de algumas empresas para comprar a Avibrás por algumas centenas de milhões de dólares. Não sei se são Brasileiros ou não, mas as operações seriam mantidas 100% nacionalmente.

Eu fico pensando aqui o que leva empresário(s) a se interessarem por uma empresa praticamente falida, totalmente endividada, sem nenhuma capacidade de produção e\ou venda, e sem produtos viáveis do ponto de vista comercial, e pior, o único cliente que possui vive em estado de letargia financeira permanente.

Pode ter certeza, esse é um mercado que atrai aves de rapina bem poderosas, existem grupos que são especializados em comprar essas empresas, recuperar e depois vender pelo dobro.

J.Ricardo escreveu: Sex Mai 09, 2025 5:16 pm Pode ter certeza, esse é um mercado que atrai aves de rapina bem poderosas, existem grupos que são especializados em comprar essas empresas, recuperar e depois vender pelo dobro.

Não duvido que seja o que vai acabar acontecendo com a Avibras. Se bom ou ruim para o erário público, ainda vamos saber.

A empresa tinha um cabedal tecnológico gigantesco, e que infelizmente foi quase todo desperdiçado. Se tivéssemos um mínimo de responsabilidade, tudo isso poderia ser aproveitado agora, caso tenhamos quem se disponha a fazê-lo. Para dizer a verdade, eu tenho certa desconfiança de que haja na BIDS quem realmente se interesse pelo espólio da Avibras, já que CFN e EB não tem pretensões de fazer novas compras do ASTROS, ou de qualquer outro produto um dia ofertado pela empresa. E sem clientes e\ou vendas no curto e médio prazo, a capitalização da Avibras pode ser simplesmente dinheiro jogado fora.

O mais lamentável de tudo isso é saber que temos demanda para mais ASTROS e diversos outros sistemas e produtos da Avibras que poderiam ser utilizados em vários projetos do EB, e demais forças - como já demonstrei aqui várias vezes - mas, como por aqui Defesa não dá voto e nem vez para ninguém no planalto central, vamos amargar mais esta perda absurda, indiferentes às suas consequências para o país e à defesa nacional.