Re: Mundial 2018
Enviado: Sex Jun 14, 2019 6:34 am
Eu agora sou de Fulamengo desde pequenino, mal posso esperar pelas conferências de imprensa do grande JJ!!!!!
O Sampaoli faz milagres com elenco atual do Santos. No papel seria um time para brigar no top-10 ou libertadores, mas na real briga pelo título. Contra o Corinthians, bateu o tempo inteiro para para fazer o gol.
Le Parisien revela bastidores do "provável divórcio" entre Neymar e o PSG
O jornal Le Parisien revela nesta quarta-feira (19) bastidores do "divórcio" entre Neymar e o PSG. A provável saída do atacante é considerada "mais uma fratura", que desta vez "corre o risco de doer ainda mais" para o brasileiro. Após 58 jogos disputados pelo clube e 51 gols marcados, Neymar e o PSG se preparam para uma separação "sem consentimento mútuo" e com diversas questões em aberto.
A direção do PSG deixou claro esta semana que se cansou do "individualismo incontrolável" de Neymar, explica o diário francês, "apesar do desempenho fantástico e luminoso do atacante em seus momentos de graça". "A história é complexa, repleta de nuances e cada uma das partes tenta jogar a responsabilidade pelo fracasso que se anuncia nas costas do outro", indica a reportagem.
Le Parisien diz que o comentário glacial feito pelo presidente do clube, Nasser Al-Khelaifi, à revista France Football, afirmando que "ninguém obrigou Neymar a assinar um contrato com o PSG", surpreendeu a família e assessores do jogador. A declaração mostrou o tamanho do desgaste na relação entre o clube e o atleta.
Segundo o Le Parisien, o PSG não vai deixar Neymar ir embora levando prejuízo, depois de pagar € 222 milhões pela transferência do jogador do Barcelona. Mas o problema, de acordo com Le Parisien, é que apesar dos amigos de Neymar dizerem que o craque não vai ficar sem clube, há poucos times com capacidade para cobrir o salário líquido de € 30 milhões que ele ganha por ano. "Desde que o PSG enviou sinais de estar aberto a propostas, a direção não recebeu nenhuma oferta", escreve o Le Parisien.
Caro demais
Apenas três clubes estariam no páreo: um retorno ao Barcelona, hipótese "mais quente", mas que para se concretizar exigiria que Neymar e a direção do Barça encerrassem a batalha judicial que protagonizam. A equação financeira também parece complicada, se for confirmada a contratação do francês Antoine Griezmann por € 120 milhões.
A segunda hipótese seria o Real Madrid, mas o clube já gastou € 300 milhões com as últimas aquisições (Jovic, Militão, Rodrygo, Hazard, Mendy) e o técnico Zinedine Zidane faria questão absoluta de contar com Pogba no elenco. O próximo alvo do Real Madrid seria inclusive Mbappé e não Neymar, acredita Le Parisien, operação que estaria programada para o ano que vem.
O terceiro concorrente seria o Manchester United, que corteja o atacante há muito tempo. Embora o clube britânico tivesse a intenção de reforçar sua defesa e o meio de campo, a saída de Pogba poderia gerar muito dinheiro em caixa. A dificuldade, nesse caso, seria novamente a questão do salário.
Diante de tanta incerteza, pode ser que Neymar continue no PSG. Mas, nesse caso, o clube vai impor novas regras.
http://br.rfi.fr/esportes/20190619-le-p ... mIQfFeSSSE
Tostão: “Neymar vive da fama, seu comportamento é irresponsável”
Campeão do mundo em 1970 diz que Messi é mais completo que Maradona, mas Pelé foi "mais forte"
Vou falar em português, despacito”, esclarece Eduardo Gonçalves de Andrade (Belo Horizonte, 1947), o Tostão, ao repórter espanhol. Foi um dos símbolos do Brasil campeão mundial de 1970, um jogador que marcou época, e que a torcida brasileira bem gostaria de ter desfrutado por mais tempo. Um problema no olho esquerdo fechou as portas do futebol para ele aos 26 anos.
Pergunta. Quantas vezes você se perguntou como teria sido sua carreira se não se aposentasse aos 26 anos?
Resposta. Poderia ter jogado por muito mais tempo. Lamentei muitíssimo quando me disseram que não poderia voltar a jogar, mas no dia seguinte já estava na porta da escola para voltar a estudar. Era uma nova oportunidade para a minha vida. Eu gostava de ler, eu gostava de estudar e tinha outras inquietações. Joguei futebol por 10 anos como profissional. Atuei como médico por mais de 20 anos. Fui professor. E de alguma maneira voltei para o futebol, eu o escrevo. Não posso me queixar.
P. Foi melhor como médico ou como jogador?
R. É diferente… Fui um bom médico. Fui um bom jogador. Estive na seleção brasileira, estive ao lado do Pelé, o melhor jogador de todos os tempos. E joguei naquela que possivelmente foi a melhor seleção da história. Como médico e professor, fiz uma carreira com muita seriedade e respeito.
P. O que acha do Neymar?
R. Acho que tem tido um comportamento desnecessário e irresponsável. Vive da fama. Ficou muito convencido, parece um pop star… E tudo isso foi ruim para a sua carreira. Mas são as escolhas dos jovens de hoje em dia. São muito diferentes dos do passado. E não é o único. Messi é uma exceção. A maioria leva uma vida irresponsável, cheia de problemas.
P. O que ele precisa fazer?
R. Seria bom que mudasse, que tivesse um comportamento mais correto fora de campo. Ele treina muito, prepara-se muito bem para cada jogo. Se não fizesse isto, a situação seria muito pior. Ouço as pessoas dizerem que o Neymar fracassou…
P. E fracassou?
R. Como assim fracassou? Eu vi quase todos os seus jogos no Santos, no Barcelona e no PSG. Quase todos. E em quase todos jogou muito bem e foi o destaque. Cada vez que vejo um jogo dele, inclusive pela seleção, é assim. Como se pode dizer que ele fracassou? Demonstra todo o seu talento, mas não tem a regularidade do Messi, do Cristiano Ronaldo ou de outros jogadores, porque teve lesões graves. Nos últimos anos, nos momentos mais importantes para ele, estava contundido.
P. Isso não é culpa dele?
R. Contusão são contusões. Não dependem muito dele. É um jogador espetacular, espetacular, espetacular. Digo três vezes porque é assim. Espero que volte para o Barcelona. Se voltar, terá as condições, dentro e fora do campo, de voltar a jogar como já jogou antes, num nível altíssimo.
P. Fale-me de Messi.
R. O melhor jogador do mundo é claramente Messi. É muito completo. É um magistral passador, um magistral artilheiro, um magistral driblador… muito completo. O Cristiano Ronaldo, por sua vez, é um magistral finalizador. O Cristiano é mais completo como finalizador, e o Messi como jogador. Só que, na seleção, o Messi não teve a oportunidade de ganhar nada importante. Ele é tão bom que acredito que haja uma parte da torcida brasileira que quer que ele ganhe a Copa. Gosta mais do Messi que da seleção brasileira.
P. Messi precisa ganhar para superar Maradona?
R. Se só os analisarmos tecnicamente, Messi é melhor que Maradona. É mais regular, joga há mais de 10 anos num muito alto nível, fez mais gols, deu mais passes… É muito mais completo. Diego era mais artístico, era um Ronaldinho melhorado. Mas como Maradona ganhou a Copa, foi o melhor jogador no México [em 1986] e fez o gol mais bonito da história, é normal que para muitos argentinos Diego seja superior a Messi. Por mais que Leo não ganhe nada com sua seleção, para mim será o melhor da história depois do Pelé.
P. O que tinha Pelé?
R. Pelé tinha algo que Messi não tem, a força física. Era um touro. Quando precisava, empurrava aos zagueiros, se chocava com eles. Tinha muita técnica, habilidade e criatividade, como Messi tem, mas era mais forte. E quando as coisas não saíam bem, Pelé ficava uma fera. Messi é mais tranquilo nesse sentido.
P. Na Argentina, dizem que falta liderança a Messi.
R. Pelé não era um líder. Mas tinha muita força psicológica. Quanto mais difícil ficava o jogo, mais agressivo ele ficava. Acho que isso é uma vantagem sobre Messi.
P. Onde assistiu ao 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil em 2014?
R. Na minha casa. Estava paralisado. Foi a maior catástrofe futebolística de todos os tempos. Meu filho estava no estádio e me ligou chorando. Eu achava que podia ser a gota d’água para que o Brasil se transformasse, dentro e fora do campo. Para criar uma organização mais eficiente, para que haja dirigentes mais honestos, mas isso não aconteceu. O Brasil continua administrado pela mesma gente. E, dentro de campo, tampouco houve uma grande mudança. A maioria dos técnicos brasileiros não entendeu que o futebol precisa evoluir. Trataram [o 7 x 1] como um acidente, e não como um fato sintomático. Foi o carimbo de uma época que precisa ser transformada. É preciso parar de pensar no que fomos e pensar no hoje. O positivo é que estão vindo jogadores com muita qualidade individual. O Brasil continua sendo uma fábrica de craques.
P. O que falta ao Brasil?
R. Uma das grandes deficiências foi deixar de formar pensadores, organizadores, passadores de bola, como Falcão, Toninho Cerezo, Gerson, Rivelino… Criou-se uma maneira de jogar em que o futebol se dividiu entre os que marcam e jogam de zagueiros e os que atacam e são centroavantes. Acabaram-se os meio-campistas.
P. E Arthur?
R. É uma esperança. É um renascimento desse futebol que tinha sido abandonado. Nós carecíamos de um Xavi, de um Iniesta, de um Kroos.
P. Tampouco a Argentina e o Uruguai formaram grandes meio-campistas nos últimos anos.
R. É um problema sul-americano. Abandonar o meio-campo é abandonar a criação do futebol. O grande exemplo do que significava jogar com meias foi o Barcelona de Guardiola.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... JNobkPsCA0