ARMAS ANTICARRO
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13909
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 769 vezes
- Agradeceram: 2397 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Flávio, pra ser sincero, creio que nem temos doutrina de mísseis anticarro.
Você citou 3 tipos de mísseis, que seriam Leve, Médio e um Pesado. Ainda posso citar um NLOS, que não serve somente como arma anticarro mas é quase uma peça de artilharia, já que possui o alcance entre 25-30 km, com ogivas que podem ser anti-estrutura e se fragmentação (além da anticarro, capaz de criar um rombo de 1500 mm de RHAe após a ERA).
Na doutrina de meu pensamento, levando-se com conta somente a força terrestre como tropas leves (aeromóvel, pqdt, FE's e selva), tropas médias (infantaria e cavalaria mecanizada) e tropas pesadas (infantaria e cavalaria blindada):
Tropas Leves: Spike SR em nível de pelotão no primeiro assalto, após o estabelecimento de uma cabeça-de-ponte, aeronaves poderiam transportar Spike NLOS sob viaturas 4x4 e mísseis SACLOS para defender o local até o "link-up" com tropas médias/pesadas.
Já Selva, ALAC já basta, exceto regiões como o sul do Acre (míssil SACLOS em PEF's e Btl Inf Sl) e RR necessitando de Spike LR2 (Marder CCV e Guarani) e NLOS (M113).
PEF's somente com mísseis SACLOS, semi-fixo ou sobre Marruá.
Forças especiais com Spike SR e LR2.
Resumindo: demanda de Spike SR, LR2, NLOS e míssil SACLOS, em maiores quantidades deste último.
Tropas Médias: seria necessário Spike LR2 em nível de Pelotão de Fz Mec (transportado por infantaria igual a um Javelin e nas UT-30). Spike ER e o míssil SACLOS podendo ser disparados de uma torre do Guarani Anticarro em Cia Anti-Carro.
Míssil SACLOS mas mesmas Cia's, para serem usados na defesa de pontos ou sobre Marruás ou VBMP, em Pel Expl, junto com Spike ER.
Não vejo tanta necessidade de Spike NLOS. Se em caso de aerotransporte, pega emprestado com as tropas leves seus 4x4 com Spike NLOS.
Resumindo: demanda de Spike LR2, ER e Míssil SACLOS.
Tropas pesadas: seria necessário Spike LR2 em nível de Pel Fz Blind (Infantaria transportando no Grupo Anticarro e em todos os Marder CCV). Spike NLOS em M113 para apoiar com fogo em longas distâncias.
Se caso nossa doutrina fosse alterada, semelhante ao Panzergranadiertruppe, com um elemento a mais, talvez fosse interessente o Spike SR para os Grupos de Combate, fazendo papel semelhante ao Panzerfaust 3T, porém com maior poder e maior alcance que o mesmo, sendo mais leve (13 kg vs 9,6 kg do SR).
Míssil SACLOS para Pel Expl e backup em Cia Anticarro para defender posições.
Resumindo: Spike LR2, Spike NLOS e míssil SACLOS, com possibilidade do SR..
Baseado na minha opinião, há um enorme mercado interno para a família Spike e um míssil SACLOS (Kornet ou Ingwe).
Isso apenas falando da demanda para força terrestre, se evoluirmos isso para aviação, Spike ER e NLOS equipariam A-29, helicópteros de ataque e Vants, sendo esse último podendo equipar até Navios de Patrulha (Israel utilizou em seus navios para atacar alvos em Gaza).
Você citou 3 tipos de mísseis, que seriam Leve, Médio e um Pesado. Ainda posso citar um NLOS, que não serve somente como arma anticarro mas é quase uma peça de artilharia, já que possui o alcance entre 25-30 km, com ogivas que podem ser anti-estrutura e se fragmentação (além da anticarro, capaz de criar um rombo de 1500 mm de RHAe após a ERA).
Na doutrina de meu pensamento, levando-se com conta somente a força terrestre como tropas leves (aeromóvel, pqdt, FE's e selva), tropas médias (infantaria e cavalaria mecanizada) e tropas pesadas (infantaria e cavalaria blindada):
Tropas Leves: Spike SR em nível de pelotão no primeiro assalto, após o estabelecimento de uma cabeça-de-ponte, aeronaves poderiam transportar Spike NLOS sob viaturas 4x4 e mísseis SACLOS para defender o local até o "link-up" com tropas médias/pesadas.
Já Selva, ALAC já basta, exceto regiões como o sul do Acre (míssil SACLOS em PEF's e Btl Inf Sl) e RR necessitando de Spike LR2 (Marder CCV e Guarani) e NLOS (M113).
PEF's somente com mísseis SACLOS, semi-fixo ou sobre Marruá.
Forças especiais com Spike SR e LR2.
Resumindo: demanda de Spike SR, LR2, NLOS e míssil SACLOS, em maiores quantidades deste último.
Tropas Médias: seria necessário Spike LR2 em nível de Pelotão de Fz Mec (transportado por infantaria igual a um Javelin e nas UT-30). Spike ER e o míssil SACLOS podendo ser disparados de uma torre do Guarani Anticarro em Cia Anti-Carro.
Míssil SACLOS mas mesmas Cia's, para serem usados na defesa de pontos ou sobre Marruás ou VBMP, em Pel Expl, junto com Spike ER.
Não vejo tanta necessidade de Spike NLOS. Se em caso de aerotransporte, pega emprestado com as tropas leves seus 4x4 com Spike NLOS.
Resumindo: demanda de Spike LR2, ER e Míssil SACLOS.
Tropas pesadas: seria necessário Spike LR2 em nível de Pel Fz Blind (Infantaria transportando no Grupo Anticarro e em todos os Marder CCV). Spike NLOS em M113 para apoiar com fogo em longas distâncias.
Se caso nossa doutrina fosse alterada, semelhante ao Panzergranadiertruppe, com um elemento a mais, talvez fosse interessente o Spike SR para os Grupos de Combate, fazendo papel semelhante ao Panzerfaust 3T, porém com maior poder e maior alcance que o mesmo, sendo mais leve (13 kg vs 9,6 kg do SR).
Míssil SACLOS para Pel Expl e backup em Cia Anticarro para defender posições.
Resumindo: Spike LR2, Spike NLOS e míssil SACLOS, com possibilidade do SR..
Baseado na minha opinião, há um enorme mercado interno para a família Spike e um míssil SACLOS (Kornet ou Ingwe).
Isso apenas falando da demanda para força terrestre, se evoluirmos isso para aviação, Spike ER e NLOS equipariam A-29, helicópteros de ataque e Vants, sendo esse último podendo equipar até Navios de Patrulha (Israel utilizou em seus navios para atacar alvos em Gaza).
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39642
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1147 vezes
- Agradeceram: 2873 vezes
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61585
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6346 vezes
- Agradeceram: 6692 vezes
- Contato:
Re: ARMAS ANTICARRO
Na verdade, @gabriel219, um esclarecimento "de manual" sobre o que é demanda e como este conceito se aplica às FFAA e BID:
"Quando falamos em demandas falamos de um desejo ou uma necessidade que o consumidor possui. Já demandas de mercado são as quantidades que os consumidores desejam adquirir de um produto ou serviços que os consumidores desejam contratar. Para que exista demanda de mercado é fundamental que haja poder de compra do consumidor."
https://www.ibccoaching.com.br/portal/c ... u-publico/
Tu pareces confundir desejos e necessidades teus com os das FFAA. Se estou em erro, minhas desculpas, e já aproveito para informar que deixarei imediatamente o debate se começares a me punir por discordar (Crimideia).
Notes, se as FFAA sequer têm uma Doutrina específica (falo de moderna, atual) para emprego de Msl AT, como irão identificar aquilo tudo que mencionaste? Aliás, ALAC (que, ao que me consta, sequer está mais em produção, sendo uma cópia da versão mais antiga e já obsoleta do AT-4) na selva? Para atirar no quê? Casamata e qualquer outro tipo de defesa estática já era, nem precisa de impacto direto de RPG, é flanquear e matar todo mundo com fuzis e granadas de mão ou mesmo usar um lança-granadas (M-79, GL-6), se possível com Mun com espoleta VT (como aquela "contagiros" que os ianques desenvolveram na década passada) e detonar bem em cima da cabeça dos caras. P ex, um M-79 carregado pesa menos de metade de um ALAC e é menor; imagines a quantidade de munições extras que se poderia levar com o mesmo peso, além de outras poderem ser distribuídas entre mais integrantes do GC. Outra: o EB sequer imagina uma versão do Guarani - ou qualquer outro Bldo, tirando aquela sonhadora e pescoçuda maquete de Cascavel (Girafel? ) com uns canos de PVC simulando Msls - que se equivalha ao Stryker M-1134, não achas meio estranho saírem escolhendo o Msl que irá usar?
Por fim, e voltando ao parágrafo que te mostrei: onde está o poder de compra e a identificação da necessidade?
Porque não adianta sair desenvolvendo e/ou comprando arma e munição se não se tem ideia de em quem ou contra o que usar...
"Quando falamos em demandas falamos de um desejo ou uma necessidade que o consumidor possui. Já demandas de mercado são as quantidades que os consumidores desejam adquirir de um produto ou serviços que os consumidores desejam contratar. Para que exista demanda de mercado é fundamental que haja poder de compra do consumidor."
https://www.ibccoaching.com.br/portal/c ... u-publico/
Tu pareces confundir desejos e necessidades teus com os das FFAA. Se estou em erro, minhas desculpas, e já aproveito para informar que deixarei imediatamente o debate se começares a me punir por discordar (Crimideia).
Notes, se as FFAA sequer têm uma Doutrina específica (falo de moderna, atual) para emprego de Msl AT, como irão identificar aquilo tudo que mencionaste? Aliás, ALAC (que, ao que me consta, sequer está mais em produção, sendo uma cópia da versão mais antiga e já obsoleta do AT-4) na selva? Para atirar no quê? Casamata e qualquer outro tipo de defesa estática já era, nem precisa de impacto direto de RPG, é flanquear e matar todo mundo com fuzis e granadas de mão ou mesmo usar um lança-granadas (M-79, GL-6), se possível com Mun com espoleta VT (como aquela "contagiros" que os ianques desenvolveram na década passada) e detonar bem em cima da cabeça dos caras. P ex, um M-79 carregado pesa menos de metade de um ALAC e é menor; imagines a quantidade de munições extras que se poderia levar com o mesmo peso, além de outras poderem ser distribuídas entre mais integrantes do GC. Outra: o EB sequer imagina uma versão do Guarani - ou qualquer outro Bldo, tirando aquela sonhadora e pescoçuda maquete de Cascavel (Girafel? ) com uns canos de PVC simulando Msls - que se equivalha ao Stryker M-1134, não achas meio estranho saírem escolhendo o Msl que irá usar?
Por fim, e voltando ao parágrafo que te mostrei: onde está o poder de compra e a identificação da necessidade?
Porque não adianta sair desenvolvendo e/ou comprando arma e munição se não se tem ideia de em quem ou contra o que usar...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13909
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 769 vezes
- Agradeceram: 2397 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
MAS O QUÊ? QUE ABSURDO, FICA DISTORCENDO O QUE EU DISSE...
Zueira
Mas é exatamente isso, é uma demanda baseado na minha opinião mesmo onde poderíamos ter tais mísseis.
Eu psrticularmente gosto da ideia de mísseis IR + SACLOS (laser ou fibra-óptica), pois te dá uma opção de algo efetivo e mais rápido (mobilidade) , porém caro, como também algo também efetivo e mais barato, porém "lento".
Hoje, falando no pensamento do Exército, só há demanda para substituir os já existentes e para aquela modernização dos Esquilo.
Eu creio que o MSS 1.2 já fez o primeiro caso, apesar de eu NUNCA ter visto se quer uma única foto ou mesmo vídeo de treinamento do mesmo. Alguém já?
Em um mundo ideal, em que os Generais deixem o orgulho de lado e façam até mesmo pesquisas na internet - ou mandem alguém fazer por eles - a demanda seria mais ou menos aquela, seria o suficiente para produzir ambos os tipos e manter a industria aqui, mas...
O ALAC que deu digo seriam equipando tropas no Sul do Acre ou em RR. Contra quem, bom, basta qualquer um comprar ERA no mercado e fica imune a qualquer míssil anticarro que temos, exceto o Ataka.
É vergonhoso ter desenvolvido, no século XXI, o único míssil no mundo tamanho de um Minuteman III com ogiva simples que tem o mesmo poder de penetração que um AT-4 da primeira versão... qualquer um hoje consegue desenvolver ogiva em tandem ou mesmo colocar uma "haste", com uma carga pequena, pra detonar blindagem ERA. Não sei como ainda compraram essa josta, queria muito saber qual o custo dessa merda.
Zueira
Mas é exatamente isso, é uma demanda baseado na minha opinião mesmo onde poderíamos ter tais mísseis.
Eu psrticularmente gosto da ideia de mísseis IR + SACLOS (laser ou fibra-óptica), pois te dá uma opção de algo efetivo e mais rápido (mobilidade) , porém caro, como também algo também efetivo e mais barato, porém "lento".
Hoje, falando no pensamento do Exército, só há demanda para substituir os já existentes e para aquela modernização dos Esquilo.
Eu creio que o MSS 1.2 já fez o primeiro caso, apesar de eu NUNCA ter visto se quer uma única foto ou mesmo vídeo de treinamento do mesmo. Alguém já?
Em um mundo ideal, em que os Generais deixem o orgulho de lado e façam até mesmo pesquisas na internet - ou mandem alguém fazer por eles - a demanda seria mais ou menos aquela, seria o suficiente para produzir ambos os tipos e manter a industria aqui, mas...
O ALAC que deu digo seriam equipando tropas no Sul do Acre ou em RR. Contra quem, bom, basta qualquer um comprar ERA no mercado e fica imune a qualquer míssil anticarro que temos, exceto o Ataka.
É vergonhoso ter desenvolvido, no século XXI, o único míssil no mundo tamanho de um Minuteman III com ogiva simples que tem o mesmo poder de penetração que um AT-4 da primeira versão... qualquer um hoje consegue desenvolver ogiva em tandem ou mesmo colocar uma "haste", com uma carga pequena, pra detonar blindagem ERA. Não sei como ainda compraram essa josta, queria muito saber qual o custo dessa merda.
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13909
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 769 vezes
- Agradeceram: 2397 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Olha, possa ser que eu esteja errado, mas esses lançadores não são caseiros não...cabeça de martelo escreveu: ↑Sáb Mai 05, 2018 8:40 am http://www.thefirearmblog.com/blog/2018 ... -launcher/
Estão industrializados demais para insurgentes.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Embarcações fluviais? Ou, então, pontos-fortes em vilarejos que precisem ser tomados?
Como já ensinou o inesquecível Sgt Guerra, o GC de selva transporta, como padrão teórico, um só AT4. Todos os outros modelos de GC transportam dois.(...) imagines a quantidade de munições extras que se poderia levar com o mesmo peso, além de outras poderem ser distribuídas entre mais integrantes do GC.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61585
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6346 vezes
- Agradeceram: 6692 vezes
- Contato:
Re: ARMAS ANTICARRO
@Clermont véio, grande cupincha, tentes multiplicar mais de 80 Btls por seus GCs: vai ter ALAC/AT-4 para todos? Aliás, atacar embarcação (alvo móvel) com RPG? PUTZ...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13909
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 769 vezes
- Agradeceram: 2397 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Eu estou com o Clermont.
Quase todas as operações que a Infantaria de Selva fará será a tomada de vilareijos ou até apoiar outras unidades em cidades, por exemplo.
Vejo um cenário bem diferente do que foi o Vietnam.
Atacando vilarejos ou pequenas cidades, como Villa-Bittencout ou Cucui, talvez não só um ALAC fosse interessante, mas como também essa versão aqui do RPG:
O GS-777 pesa 3.5 kg e dispara todas as munições que o RPG comum dispara.
Bem mais leve que um ALAC e mais útil. Dispara HEAT comum, tandem, termobárica e fragmentação. Seria muito útil pra esse tipo de Infantaria.
Quase todas as operações que a Infantaria de Selva fará será a tomada de vilareijos ou até apoiar outras unidades em cidades, por exemplo.
Vejo um cenário bem diferente do que foi o Vietnam.
Atacando vilarejos ou pequenas cidades, como Villa-Bittencout ou Cucui, talvez não só um ALAC fosse interessante, mas como também essa versão aqui do RPG:
O GS-777 pesa 3.5 kg e dispara todas as munições que o RPG comum dispara.
Bem mais leve que um ALAC e mais útil. Dispara HEAT comum, tandem, termobárica e fragmentação. Seria muito útil pra esse tipo de Infantaria.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38082
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5768 vezes
- Agradeceram: 3283 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Olá Gabriel.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Mai 05, 2018 5:33 amFlávio, pra ser sincero, creio que nem temos doutrina de mísseis anticarro. Baseado na minha opinião, há um enorme mercado interno para a família Spike e um míssil SACLOS (Kornet ou Ingwe).
Isso apenas falando da demanda para força terrestre, se evoluirmos isso para aviação, Spike ER e NLOS equipariam A-29, helicópteros de ataque e Vants, sendo esse último podendo equipar até Navios de Patrulha (Israel utilizou em seus navios para atacar alvos em Gaza).
E particularmente desconheço qualquer documento do EB específico sobre armamento ou doutrina anti-tanque. E se existir - creio que há sim - seu embasamento deve estar muito aquém de qualquer atualidade.
Conquanto, olhando apenas a nossa inf e o MSS 1.2, entendo que tirando os btl inf slv, sobram mais de 60 undes a serem equipadas com, pelo menos, uma seç deles. Só isso nos daria uma demanda muito grande.
Se considerarmos todos os avanços da sua mecanização e da atualização doutrinária e material da cav, creio que o que descrevestes é bem ilustrativo do que precisamos e/ou viremos a precisar.
Mas como disse o Túlio, creio que primeiro precisamos definir/identificar o mercado/demanda interno, e principalmente nossa doutrina, para aí sim indicar claramente qual/quais tipos de sistema precisamos.
Mas eu não creio que esta seja por agora uma prioridade do EB. Tanto que o MSS 1.2 continua sendo levado nas coxas e sem qualquer perspectiva crível de que um dia venha a ser utilizado. Na verdade, eu tenho quase certeza que ter e/ou operar um míssil AC, qualquer que seja, nunca foi exatamente uma preocupação do comdo do EB. Não até que a realidade venha nos pegar novamente com as calças nas mãos. O que viria depois disso é o de praxe que já sabemos.
abs.
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38082
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5768 vezes
- Agradeceram: 3283 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Olá Túlio,
Se tem uma coisa que nos falta aqui para a inf slv é poder de fogo. E dentro deste aspecto, o uso de lança-granadas, mtr (5,56/7,62), morteiros(60) e lança-rojão como os AT-4 são ativos mais que necessários e, principalmente aos GC de slv. E eu não descartaria de todo também o uso de mísseis AC leve em nível pel.
O uso de cada uma destas armas é cabível dentro da nossa realidade, e a meu ver, o GC de slv tem de ser modernizado com as versões mais recentes de todos eles. Para teres uma ideia, hoje se muito, o nosso GC ainda é equipado basicamente com AT-4 antigos, Para-Fal e lança granadas do tempo do Vietnã. É medíocre, para dizer o mínimo. Até o pessoal das FARC é melhor equipado do que isso.
E sim, o AT-4 pode ser usado contra embarcações, pois por aqui se tem vários tipos contra as quais ele seria bem efetivo. Principalmente as médias e grandes, via de regra lentas demais para fugir. Mesmo as pequenas, dependendo do que seja, ele também pode atuar. Claro, ninguém vai ser nécio de querer atirar em uma voadeira e/ou lanchas, que teriam condições de 'desviar' da munição. Até por isso, mísseis AC leves seriam uma alternativa a ser pensada seriamente para tanto.
Quanto ao mais, tudo por aqui tem de ser modernizado. Só rádio e fuzil para uns poucos não é suficiente para dar conta dos problemas que se tem para enfrentar.
abs.
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38082
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5768 vezes
- Agradeceram: 3283 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
abs.gabriel219 escreveu: ↑Dom Mai 06, 2018 4:09 amEu estou com o Clermont.
Quase todas as operações que a Infantaria de Selva fará será a tomada de vilareijos ou até apoiar outras unidades em cidades, por exemplo. Vejo um cenário bem diferente do que foi o Vietnam.
Gabriel, estamos longe de repetir aqui algo como o Vietnam, mas também não vamos repetir um cenário de guerra urbana em miniatura em pleno ambiente de slv. Na verdade, a doutrina básica de guerra na slv do EB, dependendo do inimigo, prescinde de atuar em áreas urbanas, sejam elas de que tamanho for, em pró da atuação em campo, onde temos a vantagem da svl. Por conseguinte, qualquer embate por aqui, se chegar a qualquer cidade, significa que fracassamos no campo. Daí a coisa toda vira "correr pro mato e um abraço". Neste sentido, o reequipamento com armas como o AT-4/Carl Gustav ou outros da mesma categoria, seria condicional para atuarmos com alguma eficiência. Para não falar de um míssil AC leve como citei ao Túlio.
Atacando vilarejos ou pequenas cidades, como Villa-Bittencout ou Cucui, talvez não só um ALAC fosse interessante, mas como também essa versão aqui do RPG:
O GS-777 pesa 3.5 kg e dispara todas as munições que o RPG comum dispara. Bem mais leve que um ALAC e mais útil. Dispara HEAT comum, tandem, termobárica e fragmentação. Seria muito útil pra esse tipo de Infantaria.
Se não fosse "soviético" seria muito bom testar por aqui. Mas infelizmente essa é uma sorte que não teremos.
Carpe Diem
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Acho difícil acreditar que o Exército planeje entregar, sem luta, Tabatinga, Tefé, Manaus, Boa Vista, etc.
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18769
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1974 vezes
- Agradeceram: 2502 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
sobre munições:
PORTARIA Nº 429-EME, DE 4 DE OUTUBRO DE 2017.
Aprova a Diretriz de Iniciação do Programa
Estratégico do Exército Inovação de Munições
(EB20-D-08.003) e define responsabilidades pela
constituição da equipe que confeccionará o Estudo
de Viabilidade do Programa.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe
conferem os incisos I e VIII, do art. 5º, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (R-173), aprovado
pela Portaria do Comandante do Exército nº 514, de 29 de junho de 2010, e de acordo com o que
estabelece o inciso VIII, do art. 12 e o art. 44 das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do
Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de
dezembro de 2011, combinado com o inciso II, do art. 30, das Normas para Elaboração, Gerenciamento e
Acompanhamento do Portfólio e dos Programas Estratégicos do Exército Brasileiro (EB10-N-01.004), 1ª
Edição, aprovadas pela Portaria nº 054, de 30 de janeiro de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Diretriz de Iniciação do Programa Estratégico do Exército Inovação de
Munições (EB20-D-08.003), que com esta baixa.
Art. 2º Constituir a equipe que confeccionará o Estudo de Viabilidade do Programa:
I - constituição da equipe: a cargo do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), sob a
supervisão do EME; e
II - o Órgão de Direção Geral (ODG), quando necessário e/ou acionado pelo DCT,
solicitará aos órgãos de direção setorial (ODS), Órgão de Direção Operacional (ODOP), órgãos de
assessoramento direto e imediato (OADI) e comandos militares de area (C Mil A) a indicação de pessoal
para participar dos trabalhos.
Art. 3º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
DIRETRIZ DE INICIAÇÃO DO PROGRAMA ESTRATÉGICO DO EXÉRCITO INOVAÇÃO DE
MUNIÇÕES (EB20-D-08.003)
1. FINALIDADE
- Regular as medidas necessárias à elaboração do Estudo de Viabilidade (EV) do Programa Estratégico
do Exército Inovação de Munições (Prg EE PROMUN).
2. OBJETIVOS DO PROGRAMA
a. Obter maior entendimento sobre os avanços e as tendências nos cenários nacional e internacional no
tocante a munições, propelentes e explosivos.
b. Analisar o mercado de munições, descrever sua segmentação, identificar oportunidades,
participantes, características dos consumidores, fornecedores, riscos para o desenvolvimento de novos
produtos, escala mínima de fabricação e nichos de atuação que indiquem a sustentabilidade de novas
linhas de produção.
c. Gerenciar, de maneira coordenada, projetos e pesquisas correlatas e simultâneas para desenvolver
e/ou adquirir tecnologias de modo a obter produtos e processos produtivos adequados às necessidades dos
EB.
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18769
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1974 vezes
- Agradeceram: 2502 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Vale ressaltar que eu acho que o EB só optará por um material já bastante testado e em amplo uso nas Forças Armadas americanas, europeias ou de Israel. E preferencialmente compatível com lançadores e sistemas de armas já existentes, como é o caso da SAAB Bofors que na última década introduziu novas munições.
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13909
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 769 vezes
- Agradeceram: 2397 vezes
Re: ARMAS ANTICARRO
Mas ninguém levará tropa a centenas de KM via mata fechada até um ponto estratégico, que são cidades e vilarejos ribeirinhos, onde seria vital para passagem de tropas ou mesmo na utilização de rios para transportar mais tropas.
Dito isso, os cenários de combate para Inf Slv serão esses, tomadas ou defesa de vilarejos e cidades ribeirinhas. Raramente haverá combate no meio da mata há km de qualquer cidade, como no Vietnam. Não faria muito sentido um invasor fazer isso, até porque não há qualquer ganho estratégico.
Sobre o GS-777 é fabricado pela Airtronic, a munição é compatível com qualquer uma. Existem várias versões da granada PG-7, inclusive fabricadas na Europa. Não creio que seria qualquer problema de adotar em tropas de selva nacionalmente.
Seria uma excelente arma anti-pessoal, anti-estrutura e anti-carro. Melhor do que uma M79, pesando quase o mesmo.
Dito isso, os cenários de combate para Inf Slv serão esses, tomadas ou defesa de vilarejos e cidades ribeirinhas. Raramente haverá combate no meio da mata há km de qualquer cidade, como no Vietnam. Não faria muito sentido um invasor fazer isso, até porque não há qualquer ganho estratégico.
Sobre o GS-777 é fabricado pela Airtronic, a munição é compatível com qualquer uma. Existem várias versões da granada PG-7, inclusive fabricadas na Europa. Não creio que seria qualquer problema de adotar em tropas de selva nacionalmente.
Seria uma excelente arma anti-pessoal, anti-estrutura e anti-carro. Melhor do que uma M79, pesando quase o mesmo.