nesse ritmo de construção, os pescadores chineses vão ter muitos anos de pesca tranquila em nossas águas.
é um navio simples, poderiam encomendar mais navios em outros estaleiros brasileiros, não é pq levaram calote de um estaleiro que vão levar de todos.
Guarda Costeira/Fluvial
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- J.Ricardo
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Re: Guarda Costeira/Fluvial
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Guarda Costeira/Fluvial
O projeto dos Macaé foi baseado na classe francesa Vigilante 400 CL54 com as devidas adaptações, e de certa forma já está ultrapassada, vide o tempo entre contrato assinado até sair do papel, contanto paralisações, judicialização do processo, o resgate dos cascos, construção. Foi um verdadeiro embrulho de gestão e financeiro tudo isso para a MB.
O foco agora é a nova classe NaPa 500BR baseada no aprendizado dos Macaé, e um passo adiante em termos evolutivos. O problema como sempre é saber como tirar o projeto do papel, vide que os recursos no orçamento para os próximos anos não tem qualquer garantia, mesmo estando no tal PAC Defesa. E isto porque são apenas 5 navios, inicialmente, segundo a marinha. A ideia, pelo menos até agora, é construir todos nos AMRJ, que está sendo modernizado, de novo, para isso.
Talvez, se conseguirem ajustar no PLOA a encomenda de 1(um) novo navio de patrulha por ano a partir de 2027 ou 2028, pode ser que recebamos os próximos cinco até a metade da década seguinte. Se não houver novos cortes, paralisações e coisas do gênero, claro. Os 23 navios (dos 46 previstos no PAEMB) que serão supostamente construídos ainda tem um longo caminho para percorrer até que sejam totalmente integrados aos meios distritais. E quando isto acontecer, provavelmente os NaPa 500BR já estarão há muito tempo superados, e outra classe será necessária para complementar e\ou substituir o mesmos.
Bom lembrar que a MB não consegue verba sequer para construir o projeto do novo NaPa 200 projetado no CPN para emprego no 4o DN em Belém, e que serviria, grosso modo, como complemento e\ou substituto dos navios atuais naquele distrito naval, e mesmo no 9o (Manaus) e 6o DN (Ladário). É um navio pequeno e simples, mas nem isso a marinha é capaz de dar conta de si. E todos os meios fluviais hoje praticamente são letra morta enquanto ativos militares.
Mas o cmdo da MB parece se importar pouco ou nada com isso, tendo em vista as prioridades de sempre na modernização da esquadra.
O foco agora é a nova classe NaPa 500BR baseada no aprendizado dos Macaé, e um passo adiante em termos evolutivos. O problema como sempre é saber como tirar o projeto do papel, vide que os recursos no orçamento para os próximos anos não tem qualquer garantia, mesmo estando no tal PAC Defesa. E isto porque são apenas 5 navios, inicialmente, segundo a marinha. A ideia, pelo menos até agora, é construir todos nos AMRJ, que está sendo modernizado, de novo, para isso.
Talvez, se conseguirem ajustar no PLOA a encomenda de 1(um) novo navio de patrulha por ano a partir de 2027 ou 2028, pode ser que recebamos os próximos cinco até a metade da década seguinte. Se não houver novos cortes, paralisações e coisas do gênero, claro. Os 23 navios (dos 46 previstos no PAEMB) que serão supostamente construídos ainda tem um longo caminho para percorrer até que sejam totalmente integrados aos meios distritais. E quando isto acontecer, provavelmente os NaPa 500BR já estarão há muito tempo superados, e outra classe será necessária para complementar e\ou substituir o mesmos.
Bom lembrar que a MB não consegue verba sequer para construir o projeto do novo NaPa 200 projetado no CPN para emprego no 4o DN em Belém, e que serviria, grosso modo, como complemento e\ou substituto dos navios atuais naquele distrito naval, e mesmo no 9o (Manaus) e 6o DN (Ladário). É um navio pequeno e simples, mas nem isso a marinha é capaz de dar conta de si. E todos os meios fluviais hoje praticamente são letra morta enquanto ativos militares.
Mas o cmdo da MB parece se importar pouco ou nada com isso, tendo em vista as prioridades de sempre na modernização da esquadra.
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: Guarda Costeira/Fluvial
Só para lembrar o que estamos perdendo, ou mesmo desperdiçando, em termos de tecnologia, produção e desenvolvimento de PRODES do setor naval, é o caso acima dos NaPa 200.
Apenas para suplantar os meios fluviais nas regiões norte e centro oeste, as quantidades a serem construídas não seriam de todo inviáveis de serem arbitradas dentro do PLOA que se faz a cada ano, contanto com alguma boa vontade e disposição de equilibrar o orçamento de investimento da marinha.
A MB não possui muitos recursos nas regiões norte e centro oeste, em termos de infraestrutura portuária-fluvial e logística, mas consegue operar mesmo com as restrições atuais existentes neste aspecto. E o projeto acima se encaixa bem dentro desta realidade, pelo baixo custo de manutenção e operação previstos.
Em termos de infraestrutura, grosso modo, a MB possui além dos DN nas duas capitais do norte, e Ladário no centro oeste, várias delegacias fluviais que operam no interior dos estados, e que, com alguns poucos ajustes, são capazes de receber e operar os NaPa 200 do CPN. Assim temos, em princípio, temos uma demanda informal para atender as seguintes localidades:
Amazonas: Manaus, Tefé e Tabatinga;
Pará: Belém e Santarém;
Mato Grosso do Sul: Ladário.
Com apenas 6 bases fluviais por atender, inicialmente, seria possível destacar apenas um simples esquadrão de navios com 3 a 4 unidades cada a fim de formar uma flotilha capaz de, pelo menos, oferecer uma capacidade mínima de presença em suas respectivas áreas de operação. Evoluir para uma capacidade efetiva de combate e dissuasão já é um passo além da perna hoje para nós.
Como se pode ver no desenho acima, seria relativamente fácil para a MB hoje junto à BIDS e à indústria naval arrolarem uma lista extensa de meios a serem incluídos no projeto destes navios, e que via de regra, pelo objetivo do mesmo, tendem a ser muito mais baratos do que os empregados em navios mais complexos. Com uma quantidade razoável de navios a encomendar, seria possível obter o equilíbrio financeiro do mesmo, e quiçá ainda lucrar com ele, obviamente, que ninguém faz nada de graça nessa vida.
Enfim, é um projeto já um tanto antigo, e que precisaria talvez de ajustes para estar à altura das novas tecnologias disponíveis e, também, dos recursos disponíveis. Para o futuro, seria importante pensar na evolução desta classe, ou mesmo olhar para os futuros NaPa 500BR e ver se é possível derivar seu emprego em ambiente fluvial, já que a moda agora é fazer destes navios a base de emprego para vários tipos de missão na esquadra, como hora proposto.
Na região norte há estaleiros que podem participar do processo de desenvolvimento dos NaPa 200 sem maiores problemas, desde que os requisitos destes navios não excedam as suas capacidades de projeto\construção. Gerar empregos especializados aqui, além da garantia de mão de obra e demais questões adjacentes à construção de navios é necessária e seria muito bem vinda, e bem vista, pelo coronelismo político local.
Carpe Diem