Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: Seg Mai 16, 2022 11:48 pm O catálogo atual da ARES oferece a UT-30 Mk II, também não penetrante e que pode ser tripulada ou não.
Essa nova torre UT-30BR que falas seria a Mk II?
O custo dela provavelmente é maior, mas oferece a vantagem de não requerer modificações extras nos Guarani já equipados com a primeira versão ou simplesmente equipar novas unidades sem maiores problemas.
A ver.

Não faço ideia. A informação que se tem é que a Ares vai pegar a UT-30BR e adaptar conceitos da UT-30MK2 nela, reunindo as reclamações do EB em relação a essa torre após a conclusão da REMAX 4, que é basicamente toda reclamação que o EB tinha em relação a REMAX 3. O que surgiu disso? Uma nova torre e atualização das atuais pro padrão 3A1, que praticamente será uma REMAX 4 com cara de REMAX 3.

O que imagino é que a ARES vai pegar o que aprendeu com o EB em relação a UT-30BR e a TORC, adotar coisas da UT-30MK2 e desenvolver uma nova torre, mas que seja capaz de atualizar as UT-30BR para um padrão próximo. O EB quer uma torre que tenha capacidade de tiro ABM, mesmo que não seja AAe, pois considera isso importante para lutar contra trincheiras e pequenos drones. Antigamente, quando a TORC surgiu, havia apenas a Mk30-2/ABM, canhão absurdo de caro, custa 1/4 do valor total do Puma, que custa EUR 7-8 milhões. Agora tem o XM813, que é basicamente um Mk 44 com sensor ABM, chamado pela Bushmaster de Mk 44S, o que torna a conversão barata.

O EB já tem contato sólido com a ATK, que forneceu o conhecimento pra CBC na produção da munição pro Mk44 e deve vir mais coisa, como APFSDS. Não duvido que seja feita uma parceria para produzir o Mk44S aqui.

gabriel219 escreveu: Seg Mai 16, 2022 11:55 pm

FCarvalho escreveu: Seg Mai 16, 2022 11:48 pm O catálogo atual da ARES oferece a UT-30 Mk II, também não penetrante e que pode ser tripulada ou não.
Essa nova torre UT-30BR que falas seria a Mk II?
O custo dela provavelmente é maior, mas oferece a vantagem de não requerer modificações extras nos Guarani já equipados com a primeira versão ou simplesmente equipar novas unidades sem maiores problemas.
A ver.

Não faço ideia. A informação que se tem é que a Ares vai pegar a UT-30BR e adaptar conceitos da UT-30MK2 nela, reunindo as reclamações do EB em relação a essa torre após a conclusão da REMAX 4, que é basicamente toda reclamação que o EB tinha em relação a REMAX 3. O que surgiu disso? Uma nova torre e atualização das atuais pro padrão 3A1, que praticamente será uma REMAX 4 com cara de REMAX 3.

O que imagino é que a ARES vai pegar o que aprendeu com o EB em relação a UT-30BR e a TORC, adotar coisas da UT-30MK2 e desenvolver uma nova torre, mas que seja capaz de atualizar as UT-30BR para um padrão próximo. O EB quer uma torre que tenha capacidade de tiro ABM, mesmo que não seja AAe, pois considera isso importante para lutar contra trincheiras e pequenos drones. Antigamente, quando a TORC surgiu, havia apenas a Mk30-2/ABM, canhão absurdo de caro, custa 1/4 do valor total do Puma, que custa EUR 7-8 milhões. Agora tem o XM813, que é basicamente um Mk 44 com sensor ABM, chamado pela Bushmaster de Mk 44S, o que torna a conversão barata.

O EB já tem contato sólido com a ATK, que forneceu o conhecimento pra CBC na produção da munição pro Mk44 e deve vir mais coisa, como APFSDS. Não duvido que seja feita uma parceria para produzir o Mk44S aqui.

Para quem já tem, e oferece, a UT30 Mk II para o EB no catálogo, penso que seria bem mais simples e lógico eles usarem esta torre e colocar um BR nela com todos os avanços e correções advindas da UT30 BR exigidos pelo EB, o que não deixa de ser mais barato de fazer, e propor, do que projetar uma nova torre a partir daquela.
Mas vamos ver o que a ARES resolve fazer.

Estava pensando aqui com os meus botões que ano que vem tem LAAD 2023. E isso pode ser uma oportunidade para as empresas\países interessados nos diversos programas e projetos de modernização das forças armadas.
Um deles é a VBC FUZ, que já conta inclusive com RO emitidos e divulgados de público.
Quem sabe alguém se empolga e trás aqui para nós o seu mostruário de produtos a fim de fazer apresentações in loco no território nacional para o EB e CFN.
Ou na falta de interessados, bem que um desses dois poderia fazer o convite para demonstrações sem compromisso.
Tenho aqui comigo que não faltariam interessados. E a custo zero para nós.

Redback Infantry Fighting Vehicle (IFV), desenvolvido pela Hanwha Defense
O Redback também está recebendo forte atenção dos mercados dos EUA e da Europa. O Consórcio de Defesa Oshkosh, incluindo a Hanwha Defense USA, está tentando alavancar a capacidade comprovada do Redback para o esforço de projeto do Veículo de Combate Opcionalmente Tripulado (OMFV) do Exército dos EUA.



https://caiafamaster.com.br/redback-inf ... a-defense/

Esse é outro blindado que junto com o K2 torço para ver por aqui em testes em todo o país, provando suas capacidades e qualidades.
Se trouxerem um de cada vez já fico feliz, mas se trouxerem os dois juntos, aí vai todo mundo n o DB pra galera.
Considerar que o K-9 também possa ser trazido junto com seu veículo municiador, o K10 além das VBE no modelo K1.

FCarvalho escreveu: Sáb Out 01, 2022 2:48 pm

RobsonBCruz escreveu: Sex Set 30, 2022 11:02 am PORTARIA – EME/C Ex Nº 877, DE 26 DE SETEMBRO DE 2022
Aprova a Diretriz para a prospecção inicial das novas Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros (VBC Fuz) e Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VBC CC) e cria o Grupo de Trabalho para avaliar as opções de obtenção, incluindo o desenvolvimento em parceria nacional ou internacional (EB20-D-08.054).

1. FINALIDADE
- Regular as medidas necessárias à execução da prospecção inicial das novas VBC Fuz/VBC CC, e elaborar, complementar, ratificar e/ou retificar os documentos previstos na fase de Formulação Conceitual das Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (EB10-IG-01.018).

5. DADOS TÉCNICOS
a. Planejar a obtenção de até 78 (setenta e oito) VBC Fuz e 65 (sessenta e cinco) VBC CC, considerando
o prazo até 2040, conforme o planejamento do Prg EE F Bld.

c. Premissas
4) Verificar a viabilidade de obtenção das VBC Fuz e VBC CC baseadas na mesma plataforma,
considerando a possibilidade de aquisição ou de desenvolvimento, bem como a busca pela comunalidade
entre os diversos subsistemas.

8. PRAZO PARA O TÉRMINO DOS TRABALHOS
- Os documentos a serem revisados e produzidos pela equipe deverão ser apresentados ao EME até o
dia 30 ABR 23.

Bom, são apenas 78 bldo, que devem ser, pelo ROB da VBC Fuz, ou um VBTP SL ou uma VBCI SL, e que devem ser entregues até 2040. Ou seja, uma decisão em 2023 para definir o processo de obtenção, talvez no mesmo ano lançamento do RFQ, ou no máximo em 2024, e a escolha do veículo em 2024 ou 2025. Tudo correndo juntamente com a escolha da VBC CC. Esta é a novidade. Os dois modelos serão escolhidos praticamente ao mesmo tempo, ou no mesmo processo, quem sabe.

O ROB anterior poderá ser, ou não, retificado mediante os achados do GT, que presumo, não devem ser coisa muito diferente do que está listado nas primeiras páginas deste tópico.

A maior novidade deste processo é o EB querendo verificar a viabilidade de usar a mesma plataforma para ambos os blindados, visando principalmente a comunalidade logística, controle de custos e explorar o máximo possível a capacidade industrial e fabril do EB e da BID.

Novamente se fala em verificar a possibilidade de desenvolvimento nacional, seja de forma independente ou em parceria. Não sei porque eles ainda colocam este tipo de item, já que é sabido de todos que não temos a mínima condição de desenvolver nada aqui de forma autônoma. E pelo histórico do desenvolvimento da família Guarani, vai ser difícil encontrar quem queira se arriscar a fazer parte de um projeto que tem data para começar e nenhuma expectativa de quando termina.
Fora que a completa incapacidade do EB de dar um mínimo de previsibilidade e regularidade ao seu planejamento orçamentário e de investimento.

A ver.

Aqui está melhor.

FCarvalho escreveu: Sáb Out 01, 2022 3:07 pm

Fábio Machado escreveu: Sáb Out 01, 2022 12:18 pm Só para lembrar, a Iveco tem um programa para desenvolver um IFV. Se é do interesse deles participar do desenvolvimento de um novo veículo, taí a solução.
https://caiafamaster.com.br/iveco-e-leo ... -italiano/

Eu lembro deste projeto dos italianos. Mas acho meio difícil o EB se dispor a colocar todos os principais projetos da cavalaria nas mãos de um único fornecedor. Se bem que isto tem muitas vantagens pelo lado industrial, logístico e tecnológico. E se pode dar continuidade e até explorar mais off set e transferências de tecnologia. Vai ser algo a ser analisado com muito cuidado.
As quantidades de VBC Fuz podem chegar facilmente a mais de um milhar se formos realmente equipar todas as OM bldas com tudo o que é necessário, visto o número de VBE da família Guarani aventadas, e que não por acaso, seriam as mesmas propostas para o bldo SL.
Com meia centena a ser encomendada e construídas até 2040, me permito crer improvável que se opte por um projeto que ainda precisa sair do papel, e pior, serão necessários mais de 6 bilhões de euros para chegar em pouco mais de 600 viaturas para o exército italiano.
A tendência é escolher algo já pronto. Mas o EB é, das três forças, a que mais ainda está atrelada à questão do desenvolvimento de uma BID para si. Algo que a FAB já fez há mais de 50 anos a partir da Embraer, e a MB mal e porcamente começou a tentar com a partir da Engepron e seus cluster naval.
Muito trabalho pela frente por fazer.

Quanto aos países\projetos que podem ser verificados até 2023 e que estão disponíveis no mercado, resumidamente, são:

1. Alemanha - KF-41 e\ou Puma
2. Coréia do Sul - AS-21 RedBack
3. Espanha\Suiça - ASCOD
4. Itália - IFV em projeto
5. Polónia - Borsuk
6. Singapura - Hunter
7. Suécia - CV-90
8. Turquia - Tulpar e\ou Kaplan
9. VN-17 - China

Se esqueci algum, podem complementar por favor.

Não faz menor sentido se falar em desenvolvimento nacional (que significa investimentos elevados de recursos que não temos) de blindados, para uma intenção declarada de aquisição de 78 VBC Fuz e 65 VBC CC. Ainda que esse número seja apenas inicial, não vislumbro aquisição de mais de 300 de cada tipo a longo prazo.

RobsonBCruz escreveu: Dom Out 02, 2022 9:15 am Não faz menor sentido se falar em desenvolvimento nacional (que significa investimentos elevados de recursos que não temos) de blindados, para uma intenção declarada de aquisição de 78 VBC Fuz e 65 VBC CC. Ainda que esse número seja apenas inicial, não vislumbro aquisição de mais de 300 de cada tipo a longo prazo.

Não acredito em desenvolvimento nacional a nãos ser que os italianos convençam o EB, ou os políticos de plantão em Brasília, de que a nova VBCI deles é a melhor escolha. E de preferencia botarem dinheiro no projeto.

De outra forma, é mais simples e barato escolher uma que já está pronta, e melhor se adeque aos requisitos emitidos, e isto, penso eu, bem poucos podem, ou estão dispostos, a fazer.

Da lista acima, os que mais devem investir para se aproximar do que é solicitado no ROB da VBC Fuz é o CV-90 da Bae Systems, que tem presença e negócios com o EB, o KF-41 alemão, que podem aproveitar o investimento feito em Santa Maria, e o AS-21 sul coreano, que pode oferecer, em tese, quase tudo que está descrito no documento, dada a presença industrial no país. Os turcos correm por fora, enquanto os demais podem ser considerados zebras.

Acho muito difícil o EB jogar a VVBC Fuz nas mãos dos italianos. Não seria prudente pelo muito que eles já tem em relação ao Guarani, ao LMV e ao Centauro II, preferido de 10 entre 10 cavalarianos para a VBC Cav. E penso aqui com os meus botões, com sérias chances de absorver ainda alguma variante "BR" do Super AV.

Penso que o CV-90 é dos possíveis candidatos o que mais se encaixa nas possibilidades levantadas para o GT da VBC CC e da VBC Fuz.

ADAPTAÇÃO DAS FRAÇÕES DO BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADO COM A ADOÇÃO DE VIATURA BLINDADA DE COMBATE DE FUZILEIROS (VBC FUZ)

ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
Rio de Janeiro
2020

CAP INF GILSON JUK SANTOS

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... %20JUK.pdf

They also mention how it’s based in Italy but have international partners also working on the AICS.VThey also mention how it’s based in Italy but have international partners also working on the AICS.

Agora virou moda todo mundo querer botar um canhão em cima de uma VBCI.
E o Ariete daria um bom caldo para o EB se ele tivesse sido produzido em maior quantidade.
Infelizmente com apenas 200 não dá nem para falar em alugar alguns modernizados só para manter doutrina.
Para quem quer comprar apenas 65 CC, e arrumar uns 50, meia centena de Ariete C1 modernizados dava mais que para o gasto.

Um dado interessante que eu achei por acaso, mas tendo em vista a vitória do Centauro II na VBC Cav, não deixa de ser interessante observar e analisar para efeitos de comparação posterior.

In addition, taking into account local manufacturing, the tank should not exceed the unit price of 1,738,931,000 €.

https://www.meta-defense.fr/en/2022/06/ ... mpetition/

Matéria de setembro de 2022.

Interessa notar que isto é para as condições europeias, o que é obviamente muito diferente das nossas sob quaisquer aspectos. Mas é interessante verificar que o programa eslovaco colocou um limite nos preços a serem aceitos para o bldo vencedor.
A ver se os britânicos e suecos mantém a oferta ou se vão barganhar no contrato.

Para efeito de comparação com o que nos será apresentado quando chegar a hora de escolher a VBC Fuz.

Slovakia announces the CV90 Mk IV as its preferred IFV

https://below-the-turret-ring.com/armor ... erred-ifv/

Este negócio foi feito na Europa, de europeus para europeus. Não creio que financeiramente sejam as mesmas para nós, mas dá uma boa ideia no que deve vir por aí.