Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sex Set 19, 2008 4:13 am
por P44
este túlio tá ficando mais papista que o papa....
Prócês, bando de reacionários
Obama volta a liderar as pesquisas de opinião
Há 13 horas
WASHINGTON (AFP) — Distanciado por seu adversário John McCain desde o fim da convenção republicana, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, voltou a liderar as pesquisas de opinião, de acordo com várias pesquisas publicadas nesta quinta-feira, num momento em que os Estados Unidos são abalados por uma grave crise financeira.
Segundo uma pesquisa New York Times/CBS News, Obama tem cinco pontos de vantagem sobre McCain (48% contra 43%). Já um estudo realizado pela Universidade Quinnipiac aponta uma vantagem de quatro pontos para o senador de Illinois.
Nos dois casos, a diferença, que continua pequena, é superior à margem de erro.
Obama também reassumiu a liderança da pesquisa diária do Instituto Gallup (47% contra 45% para McCain).
Outra sondagem publicada nesta quinta-feira pelo Indianapolis Star coloca Obama na liderança (47% contra 44% para McCain) no estado-chave de Indiana (norte dos EUA). Nenhum democrata ganhou este estado desde 1964.
Os partidários de Obama estão tentando incentivar as pessoas a se inscreverem nas listas eleitorais em vários estados considerados cruciais. Segundo Todd Rokita, secretário de Estado de Indiana, mais de 500.000 novos eleitores se inscreveram nas listas deste estado de menos de seis milhões de habitantes desde o início deste ano. Em Nevada (oeste dos EUA), outro estado-chave, há 400.000 novos eleitores em relação a 2004.
As pesquisas publicadas nesta quinta-feira levantam dúvidas sobre os benefícios reais do chamado "efeito Palin".
De acordo com o estudo NYT/CBS News, este efeito não é sentido fora da base republicana. Ao contrário, McCain teria até perdido apoio entre as mulheres brancas.
Antes das convenções, o senador de Arizona tinha 44% das intenções de voto entre as mulheres brancas, contra 37% para seu adversário. Agora, segundo esta pesquisa, Obama tem dois pontos de vantagem sobre McCain entre as mulheres brancas (47% contra 45%).
De um modo geral, Obama tem uma ampla vantagem sobre McCain no eleitorado feminino (54% contra 38%).
As competências da candidata à vice de McCain, Sarah Palin, são seriamente questionadas. Apenas 17% das pessoas entrevistadas por NYT/CBS News consideram a governadora do Alasca qualificada para o cargo, e 75% pensam que McCain a escolheu com fins meramente eleitoreiros, para "ajudá-lo a ganhar".
A crise financeira também parece ter empurrado os eleitores americanos para o candidato democrata.
Segundo a pesquisa Quinnipiac, 51% dos eleitores consideram que as reduções de impostos sugeridas pelo senador de Arizona beneficiarão somente aos mais ricos, enquanto 9% acreditam que elas ajudarão a classe média e apenas 1% dizem que elas favorecerão os mais pobres.
Ao contrário, somente 9% dos americanos entrevistados acreditam que o programa fiscal de Obama ajudará os ricos, 33% afirmam que ele favorecerá a classe média e 22% consideram que ele será benéfico para os pobres.
A pesquisa Quinnipiac foi realizada de 11 a 16 de setembro, e o estudo NYT/CBS News de 12 a 16 de setembro, no início da crise bancária.
Entretanto, nem tudo é positivo para Obama. McCain, veterano da guerra do Vietnã, ainda é considerado pela maioria dos americanos um comandante-em-chefe mais confiável que seu adversário.
Além disso, os apelos à unidade lançados durante a convenção democrata ainda não foram ouvidos por todos os eleitores. De acordo com a pesquisa da Universidade Quinnipiac, 25% da pessoas que votaram em Hillary Clinton durante as primárias democratas continuam querendo votar em John McCain na eleição presidencial de 4 de novembro.
YES WE CAN!
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sex Set 19, 2008 5:44 am
por P44
McCainisms....
McCain 'confused' over Spain PM
By Lourdes Heredia
BBC News, Washington
In April, Mr McCain called for improved relations with Spain
US Republican presidential candidate John McCain has raised suspicions in Spain that he thinks the country's prime minister is Latin American.
Asked by a Miami radio station if he would meet PM Jose Luis Rodriguez Zapatero, Mr McCain spoke of his record with leaders in "the hemisphere".
His answer led some to suggest he thought Mr Zapatero was Latin American.
Mr McCain's campaign team denied any gaffe, but did say the candidate had refused to commit to a meeting.
Spanish media have suggested that stance could be a sign Mr McCain has not forgiven Mr Zapatero for pulling Spanish troops out of Iraq when he became prime minister in 2004.
Misunderstanding?
Before asking Mr McCain about Mr Zapatero, the Spanish interviewer repeatedly questioned Mr McCain about Latin American leaders, including Venezuela's Hugo Chavez and Bolivia's Evo Morales, with whom the US has a fraught relationship.
But the interviewer then changed the subject by saying: "Let's talk about Spain.
"If you are elected president, would you be willing to invite Prime Minister Jose Luis Rodriguez Zapatero to the White House to meet with you?"
"I would be willing to meet with those leaders who are our friends and who want to work with us in co-operative fashion," Mr McCain answered, before moving on to talk about US relations with Mexico.
In an effort to draw an answer, the Caracol Miami reporter posed the same question three more times.
Mr McCain gave more or less the same response, saying at one stage: "All I can tell you is that I have a clear record of working with leaders in the hemisphere that are friends with us and standing up to those who are not.
"And that's judged on the basis of the importance of our relationship with Latin America and the entire region."
But Mr McCain's answer has itself posed more questions.
Did Mr McCain forget which country Mr Zapatero leads? Did he misunderstand or mishear the question? Or was he intentionally signalling a cooling in the relationship between Spain and the US?
Mr McCain's foreign policy adviser, Randy Sheunemann, said that there was no doubt about the senator's answers.
"The questioner asked several times about Senator McCain's willingness to meet Zapatero, and identified him in the question, so there is no doubt Senator McCain knew exactly to whom the question referred," he wrote in an email to the Washington Post.
"Senator McCain refused to commit to a White House meeting with President Zapatero in this interview," he confirmed.
'No mention'
In Spain, opinion was divided on the ambiguous answer.
One interpretation is that Mr McCain has not forgiven Mr Zapatero for deciding to pull Spanish troops out of Iraq upon taking office in April 2004.
"McCain was asked four times and four times he avoided committing to a meeting with Zapatero," wrote the Spanish newspaper El Pais.
That would be a big change from April, the newspaper said, when the candidate told a reporter "it is the moment to leave behind discrepancies with Spain".
Other newspapers were more critical.
"He did not even mention Zapatero's name" wrote El Semanal Digital, an online newspaper.
Mr Zapatero, himself did not give much credence to this episode, telling Spanish media that his government would work with Washington "whoever wins the elections" in the US.
http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/7624143.stm
...............................
Senador republicano critica escolha de Sarah Palin ...
Chuck Hagel, destacado membro do Partido Republicano, criticou publicamente a escolha de Sarah Palin para número 2 de John McCain na corrida à Casa Branca. «
Parem com este absurdo», apelou.
Hagel, que foi um dos principais apoiantes de McCain em 2000, recusa-se agora a declarar o seu apoio ao republicano, e fez esta quinta-feira duras críticas à escolha da governadora do Alasca para a vice-presidência.
«Acho que é um perfeito exagero dizer que ela tem experiência para ser Presidente dos Estados Unidos», afirmou o senador ao jornal
Ohama World-Herald.
«Quer dizer, ela tirou o passaporte pela primeira vez na vida no ano passado? Nem sei o que dizer. Não digo nada», declarou, antes de prosseguir um feroz ataque à forma como a campanha de McCain tem apresentado Sarah Palin como uma candidata com experiência diplomática devido ao facto do Alasca ficar perto da Rússia.
«Eles deviam ser honestos e parar com este absurdo do "
Consigo ver a Rússia da minha janela, por isso sei imenso sobre a Rússia"», disse Hagel.
«
Este tipo de coisa é um verdadeiro insulto ao povo norte-americano», afirmou.
Chuck Hagel faltou à Convenção Nacional Republicana e participou este Verão numa viagem do democrata Barack Obama a Israel e ao Iraque, mas fonte próxima do republicano garante que o senador não vai apoiar o candidato rival de McCain.
SOL
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sex Set 19, 2008 6:28 pm
por XBASIC
Republicano McCain confunde Zapatero com líder da América Latina
Publicada em 19/09/2008 às 12h09m
O Globo OnlineAgências internacionais
O presidente do Governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero / EFE
RIO - O candidato republicano à Presidência dos EUA, John McCain , confundiu o chefe do Governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, com um líder da América Latina, conforme destacam as imprensas americana e espanhola. A confusão se deu durante entrevista à rádio Caracol, em Miami. Assessores de McCain negaram que o senador tenha se confundido, afirmando que o republicano sabe exatamente de quem se trata Zapatero.
Na entrevista, o repórter perguntou várias vezes se McCain receberia Zapatero na Casa Branca, caso fosse eleito. O candidato disse que só receberia em Washignton "aqueles amigos que querem cooperar conosco".
Logo depois, ainda respondendo à pergunta sobre Zapatero, McCain afirmou: "Aliás, o presidente do México, Felipe Calderón, está travando um combate muito difícil contra os cartéis de droga. Planejo fazer progressos nessas relações e convidar quantos desses líderes eu puder à Casa Branca".
Quando o jornalista insistiu se o republicano estenderia o convite a Zapatero, McCain se referiu aos "líderes do hemisfério", termo que o governo americano usa para se referir à América Latina.
"Tenho um amplo histórico de trabalhar no hemisfério com líderes que são nossos amigos e de me distanciar dos que não são. E isso se dá em função da importância das nossas relações com a América Latina", disse McCain, sem pronunciar o nome de Zapatero.
De acordo com o jornal "Washington Post", McCain "pareceu colocar no mesmo saco José Luis Rodríguez Zapatero e outros líder de oposição aos EUA como os de Venezuela, Bolívia e Cuba".
A revista "Time" explica que as respostas vagas que McCain deu na entrevista fazem parecer que "tal como concluiu a imprensa espanhola, McCain confundiu a Espanha - um membro da Otan e um aliado na luta contra o terrorismo - com um desses Estados problemáticos". Segundo a imprensa espanhola, McCain não soube situar geograficamente a Espanha ou ideologicamente o seu líder.
http://oglobo.globo.com/mundo/eleicoesa ... 290872.asp
Inté!! =)
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 20, 2008 6:26 am
por P44
amazon resolve...
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Qui Set 25, 2008 4:39 pm
por rodrigo
McCain se recupera e empata com Obama, indica Gallup
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, recuperou-se nas intenções de voto do eleitorado norte-americano nos últimos dois dias e agora está em empate técnico com o candidato democrata Barack Obama, indica a pesquisa diária do Gallup, publicada hoje na página do instituto na internet. Segundo o levantamento, Obama e McCain estão agora empatados com 46% das intenções de voto cada um, enquanto 4% dos eleitores estão indecisos e outros 4% dizem que não votarão em nenhum dos dois candidatos.
Na última pesquisa, publicada ontem, Obama liderava com 47% das intenções de voto e McCain tinha 44%. A sondagem publicada hoje mostra um cenário diferente dos outros dias desta semana inteira, quando Obama liderou, aparentemente capitalizando a raiva e a frustração do público com a crise financeira nos EUA. Na pesquisa publicada no domingo, ele liderava com 49% das intenções de voto enquanto McCain tinha 45%.
"Esta pesquisa inclui a noite do dia em que McCain anunciou que havia suspenso sua campanha eleitoral para ir a Washington e buscar uma solução bipartidária para a crise financeira. Uma análise das pesquisas feitas nas últimas noites, no entanto, não indica que McCain teve uma melhora dramática apenas na quarta-feira; os dados mostram que nos últimos três dias ele conseguiu retirar alguns pontos do rival", avalia o Gallup.
Segundo o instituto, os três debates entre os candidatos a presidente e o debate entre os vices poderão alterar o cenário novamente nos próximos dias. Porém, de acordo com o Gallup, "esta é a primeira pesquisa desde 13 de setembro na qual Obama não tem pelo menos um ponto porcentual de vantagem". Foram entrevistados 2,731 eleitores registrados entre 22 e 24 de setembro e a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
http://www.estadao.com.br/internacional ... 7995,0.htm
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Qui Set 25, 2008 4:46 pm
por rodrigo
” O ideal é que os dois candidatos [Obama e MacCain]pudessem assinar uma carta ao povo americano, como a que eu assinei ao povo brasileiro em 2002, assumindo um compromisso para dar tranqüilidade ao povo americano e tranqüilidade para o mundo como um todo.”
Lula, ensinando os americanos a fazerem política
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Qui Set 25, 2008 6:03 pm
por pafuncio
Follow the leader ...
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 3:56 am
por Bolovo
Assistiram o debate na CNN? Não sei, mas nesse o McCain me saiu bem melhor que o Obama...
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 6:46 am
por P44
bolovo, quando é que para ti o McCain não foi melhor?
Desculpem lá,um gajo que inverte as suas atitudes 180º, que se VENDE aos fundamentalistas, que deita pelo esgoto tudo aquilo que denfeida para ganhar um "tacho"...para mim é um fdp sem moral, um vendido, um mentiroso, um escroque! um POLITICO IGUAL a todos os outros, sem convicções, sem espINHA DORSAL...
um gajo que 90% das vezes votou ao lado das politicas de Bush, agora vai trazer a MUDANÇA!
Ah! quem acredita nisso ou é ingénuo ou é parvo
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 7:36 am
por Clermont
Eu não assisti, mas acabei de ouvir que uns 40 % dos americanos indecisos deram a vitória ao Obama, e só 20 % acham que McCain foi o melhor.
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 8:07 am
por Quiron
Obama levou uma surra. Alguém viu se o McCain mencionou o irmão de Obama que vive numa favela na áfrica?
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 12:41 pm
por Sterrius
Obama levou uma surra. Alguém viu se o McCain mencionou o irmão de Obama que vive numa favela na áfrica?
Não foi o que disseram as pesquisas. (E é isso que importa.. ja que nem morar la moramos
)
Eu notei 2 coisas na "linguagem corporal" de Mc Cain
1-> Piscava sem parar.... não conseguia dizer nada sem ficar piscando o tempo todo. (tique nervoso?
).
2-> Evitou encarar Obama mesmo quando seu nome foi citado diretamente. Logo ele tinha medo do jogo de cameras etc
Com certeza Obama ganhou pontos ao forçar McCain evitar o confronto direto.
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 1:00 pm
por Clermont
OBAMA GANHA EM POLÍTICA EXTERNA – ele resistiu à McCain, e tem uma visão mais realista do mundo.
Por Fred Kaplan – 27 de setembro de 2008.
O senador John McCain, basicamente, afirmou quatro pontos nas seções de política externa do primeiro debate presidencial: 1) Ele apoiou o “reforço” (que, “foi bem-sucedido), enquanto o senador Barack Obama se opôs a ele; 2) ele tem experiência, enquanto Obama, não; 3) Ele quer formar uma Liga da Democracia para impor sanções ao Irã; 4) a Geórgia e a Ucrânia devem ser admitidas na OTAN.
Obama lidou com estes pontos – em alguns casos, não tão firmemente como podia, mas, provavelmente, bem o suficiente – e afirmou vários dos seus: a necessidade de melhorar nossa posição no mundo, de aniquilar a al-Qaida no Afeganistão, de focar em diplomacia criativa e não, apenas, em posições arrogantes, e para divisar uma sólida política energética, de modo, a não menos, para enfraquecer a recuperação da Rússia.
McCain fez pouco para rechaçar tais proposições, exceto ao dizer que ele sabe como fazer tais coisas, e que o pensamento de Obama é ingênuo e perigoso.
Escorando-se nos pontos dos debatedores, a disputa foi próxima. Julgando em questões mais substantivas, especialmente, qual candidato tem uma visão mais realista do mundo, Obama ganha a vantagem.
Foi esquisito que McCain tenha colocado tanta ênfase sobre o Iraque. Sim, ele apoiou o reforço, que desempenhou um grande – mas, muito longe de ter sido o único – papel na redução da violência no Iraque. Mas, Obama poderia se vangloriar de que foi contra a ida para o Iraque, em primeiro lugar – o que fala mais sobre o julgamento do próximo presidente em ficar enredado em futuros conflitos. E Obama estava correto em que o reforço foi, sempre, em seus próprios termos, um meio para um fim – um meio para reduzir a violência, de forma que os líderes iraquianos pudessem formar um governo unificado. Foi neste sentido que Obama considera o reforço como tática, enquanto que o objetivo político é estratégia. McCain exagerou quando continuou a dizer que o reforço “foi um sucesso”, que as tropas irão voltar para casa com a “vitória” – uma palavra que o semi-deus de McCain, general David Petraeus, muitas vezes, tem declinado de utilizar, por boas razões.
Obama, também, se saiu bem, ao contrapor-se à proposta de uma Liga da Democracia – um grupo de nações democráticas que iria confrontar o Irã, quando o Conselho de Segurança da ONU não o fizesse, por causa do poder de veto da Rússia e da China. O problema com esta idéia, como observou Obama, é que sanções não iriam ser muito eficazes, sem a cooperação da Rússia ou da China. A questão em jogo – impedir o Irã de construir a bomba nuclear – nada tem a ver com democracia, e tudo a ver com interesses comuns de segurança. A Rússia não pode ser paparicada nesta matéria, mas isolá-la, por meio de uma nova Guerra Fria é uma idéia contra-produtiva. Além disso, as outras democracias – principalmente, a Alemanha, França e Grã-Bretanha – não gostam da idéia, portanto, ela é um beco sem saída. Não passa de uma fantasia, em todos os níveis.
Os dois candidatos não estão muito afastados sobre a questão de permitir a entrada na OTAN, da Geórgia e da Ucrânia, mas suas diferenças, embora sutis, são instrutivas. McCain quer permitir ambos os países na OTAN, imediatamente (o que iria significar a guerra contra a Rússia, se o tratado for levado à sério). Obama diz que elas devem ter permissão para dar início ao processo de admissão e devem ser integradas, “se satisfizerem as exigências”. O truque é que a Geórgia não pode satisfazer as exigências, uma das quais é que um membro precisa ter fronteiras consolidadas. As fronteiras da Geórgia, há muito, estão em disputa. Isto não é, apenas, um furo; uma aliança não pode concordar em defender as fronteiras de um membro, se tais fronteiras estão em disputa, desde o começo. De novo, isto é um beco sem saída: a Geórgia não irá ser admitida dentro da OTAN sob as atuais circunstâncias, não importa o que diga McCain.
Os mais ferozes pontos da retórica de McCain, foram aqueles que, penso eu, Obama não respondeu com a firmeza necessária. O primeiro foi de que, se determinarmos prazos para a retirada de tropas do Iraque, como o senador Obama propõe, a guerra estaria perdida. Obama poderia ter observado duas coisas. Primeiro, ele não está falando sobre uma retirada total. Segundo, e mais ao ponto, a pessoa que está insistindo num prazo de retirada, como condição para qualquer presença de tropas americanas, além do final deste ano, não é Obama – é Nouri al-Maliki, o primeiro-ministro do Iraque. Até mesmo a administração Bush reconhece este ponto. Pretenderá McCain manter as tropas no Iraque, por cima da objeção do governo iraquiano?
O segundo ponto de McCain, foi de que ele tem experiência. Várias vezes (ao menos, quatro), ele observou que esteve “envolvido” em cada decisão de segurança nacional nos últimos vinte anos. Ele também agarrou cada oportunidade para dizer, “Eu estive no Afeganistão, eu conheço as necessidades de segurança. ... Eu sei como curar as feridas da guerra,” etc, etc e tal. Em certo momento, ele disse, Há algumas vantagens na experiência e julgamento,” então, acrescentou, “Eu não creio que o senador Obama tenha tal conhecimento e experiência.”
Obama não respondeu estas acusações, diretamente – mas, talvez, ele não tenha precisado. Eu não posso avaliar como “o povo americano” vê tal tipo de coisa, mas, McCain não estaria insistindo demais? Minha intuição (e é, apenas, uma intuição) é de que, ao se expressar de modo sensível e coerente, sobre as questões da guerra e da paz, argumentando com McCain, no próprio nível dele, ou mais alto – simplesmente por manter sua própria posição – Obama pode ter, eficazmente, rechaçado a acusação, e deixado a condescendência de McCain ter parecido irritante. Alguém poderia perguntar: se McCain tem toda essa experiência, como ele se enrolou nesta invasão do Iraque, em primeiro lugar? Se Obama é tão ingênuo (o rótulo que McCain tentou colar nele, diversas vezes), como ele não se enrolou na mesma coisa?
E, será mesmo que McCain quer botar um prêmio tão grande, na carta da experiência, logo agora? Semana que vêm, afinal de contas, Sarah Palin vai debater com Joe Biden.
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Enviado: Sáb Set 27, 2008 1:02 pm
por Clermont
Sterrius escreveu:1-> Piscava sem parar.... não conseguia dizer nada sem ficar piscando o tempo todo. (tique nervoso?
).
Provavelmente, é uma conseqüência dos graves ferimentos de guerra dele.