Francisco Daniel escreveu:Marino escreveu:O incrível é que são brasileiros os que mais atacam o SP, chamam-no de elefante branco, alvo, etc.
Esquecem-se de que ele até pouco tempo era o PA da França, quando ninguém dizia que era obsoleto, etc.
Dizem que não presta pq a AA composta de mísseis mistral é uma M..., mas eu posso postar aqui, neste instante, uma foto do navio de Projeção Estratégica Mistral francês, com o mesmo míssil, que serve para uma potência européia, mas é uma porcaria para nós.
Reclamavam da ala aérea, e a MB anuncia que vai modernizar os A-4, compra SH-70, anuncia os S-2 AEW/COD, e a coisa não muda.
A MB anuncia que vai colocar o Siconta MK-4, evolução dos usados nas Fragatas modernizadas, gerando tecnologia, conhecimento, empregos no Brasil, mas o que falam é que o navio vai parar por isso.
As catapultas são reforçadas/modernizadas, e dizem que é jogar dinheiro fora.
Um maluco escreve que o navio está bichado pq está previsto uma manutenção de catapulta em 2009, sem saber que a MB prevê a manutenção de uma por ano, com cada uma sendo revisada, então, a cada dois anos, sem que a operação do navio seja interrompida por isso.
As caldeiras são retubuladas, as redes são trocadas, o eixo é substituído, é instalado eqpto de GE de última geração, e o navio não presta.
Parecem estrangeiros forçando a baixa de nosso único PA, navio imprecindível para a defesa nacional, já escrevi aqui dezenas de vezes, e não me acreditam.
Paciência.
Faço meu trabalho de formiga, e se consigo mostrar a realidade para pelo menos um forista, já me dou por satisfeito.
Dois pontos principais são motivos de questionamento por pessoas contrárias a um PA na MB:
1º) Fator orçamentário.
Como se sabe, a Marinha não dispõe de muitos recursos em sua dotação orçamentária para custeio e investimento. Anualmente o cinto aperta, e áreas essenciais sofrem restrição operativa.
Mas não é só, ao termos um PA, até o presente momento abdicarmos de meios considerados imprescindiveis em qualquer marinha moderna, até mesmo para a defesa do próprio navio-aerodromo, como o submarino nuclear e escoltas AAW.
A MB é a única marinha que quer ser grande que a não possuir navios com dotação de armas AAW. Quanto ao submarino nuclear se sabe de sua importância, ou até mesmo podemos considerar um maior número de subs convencionais.
Atualmente, operando o SP, a verba que poderia ser destinada a esses meios (além de outros) é "queimada" operando ou gastando em sua manunteção.
Demais disso, possuímos vários meios com necessidade urgente de substituição como o NT Marajó, Sea Kings, Navios de transporte de tropas, varredores, NDD e etc.
2º) SP grande elefante branco
Marino, Padilha e outros.
Futuramente, o SP pode até ser um meio apto para o combate moderno. Mas desde o ano 2000 (data de sua aquisição), não passou de um grande alvo, operando aviões quase inúteis e jogando nosso dinheiro no ralo.
Ainda que pese da importância da manunteção da capacidade operativa (treinamento de pessoal), o navio possuí capacidade de combate bastante diminuta para ser considerado como operacional. Vejamos:
Os A4 possuem pouca autonomia, não são equipados com radar, não lançam mísseis de qualquer tipo (Favor não considerar o modelo H como tal, estamos no século 21), e mais, sequer lançam bombas burras.
Além de todos os problemas citados (falta de aviação de combate e escoltas AAW), o navio passou a grande parte do tempo em manutenção, enfrentando problemas após problemas...
Interessante apontar que até a data de sua aquisição era operado pela França, como o Marino fez questão de apontar... Faro verídico, o Comandante só esqueceu de mencionar que lá operava os SUE, que ainda sujeitos a críticas, lançavam bombas a laser e AM-39, possuindo ainda eletrônica embarcada modernizada no início da década de 90... E ainda, o ponto principal. Foi substituído por um PA novo em folha (nuclear) e vai opera aviões no Estado-de-arte.
O auge da operação do A12 foi a operação ARAEX, onde foi operado os SUE argentinos... Ou seja, nosso principal meio de defesa somente é operativo aviões dos outros...
Conforme já anunciado, a Marinha está modernizando o PA e os A4, que precisam antes que seus motores sejam "retificados" em Israel por uma pequena bagatelha...
Certamente as coisas vão mudar para melhor... Talvez valha a pena possuir um PA até mesmo para manutenção da capacidade de operação... mas dai dizer que os A4 serão o supra-sumo da defesa aérea é querer demais...
3º) Opinão pessoal
Antes de terminar, se me perguntarem o que devemos fazer com A12 eu digo: Usem como alvo para as FREDA, o sub nuclear e os helicopteros operados no navio de desembarque anfíbio... E quem sabe em 2020 voltemos ao assunto de possuir um PA, para ficar pronto até 2030...
Podemos ainda considerar que um PA não é necessário ao país, porque não há necessidade atual de projeção de poder... Fato que discordo... Acho um PA necessário, mas no momento, inviável por questões financeiras...
Bem, é a minha opnião, que peço que seja respeitada como respeito a da maioria. (Estou me sentindo como o Min. Marco Aurélio, sempre voto vencido).
Não vou responder eventuais respostas por absoluta falta de tempo até pelos menos segunda-feira...