Re: NOTÍCIAS
Enviado: Sáb Mar 13, 2010 9:40 pm
parece ser bomba de exercicio
Parece ser mesmo, mas a cor delas também é azul, será que alguém pintou a distinta??marcus vinicius escreveu:parece ser bomba de exercicio
Quero ver esse Marruá inundando as Forças Armadas. E as dos vizinhos amigos tb. Aliás fica a dica para o Nelson Jobim para fazer uma oferta aos indianos..., aqueles mahindra willis que eles ainda usam( e parece que produzem) são piada de mal-gosto que nem uma VW COMBI brasileira...prp escreveu:Pessoal, este é um texto de 2003, para quem não conhece é bem esclarecedor sobre os marruas, nota-se que o texto é anterior a agrale.
Jipe Marruá Militar 4x4
Texto de José Roitberg
Com nome de touro bravo, este jipe parece com um Engesa, mas não é. A semelhança se deve ao fato dos engenheiros terem trabalhado na falida Engesa. O novo jipe não tem previsões para o mercado civil se não houver contrato militar. A decisão do Exército Brasileiro, que está respeitando seus contratos de pequenas quantidades de unidades Land Rover, vai ser disputado por também pela Troller e Crosslander, e quem sabe pela Fabral. Com o governo atual é muito provável que o fato da empresa ser totalmente brasileira pese na decisão.
A escolha da plataforma "engesa" aposta numa decisão que o exército já havia tomado e que foi interrompida pela falência da empresa devido ao calote iraquiano. Sem dúvida alguma essa plataforma é a que possui a melhor área para os ocupantes entre qualquer jipe jamais construído no mundo e o maior curso de suspensão.
No Marruá criado em parceria pela Ceppe Equipamentos e Columubus Internacional, ambas de São Paulo, não há peças Engesa. O projeto é todo novo chegando-se ao requinte de construção própria dos eixos dianteiro e traseiro, por onde começam as grandes diferenças em relação ao antigo Engesa, que segundo o pessoal da Ceppe, teve apenas uma 3.500 unidades produzidas, das quais mais de 1.000 vendidas fora do Brasil.
Ambos os eixos usam "recheio" da Dana. O dianteiro é rígido, mas suas ponteiras usam homocinéticas - um grande avanço mecânico - e o traseiro, convencional recebeu um diferencial Dana com auto-blocante Trac-Loc de última geração.
O pessoal da engenharia também construiu a caixa de transferência part-time, sem reduzida, usando um câmbio Eaton nacional como o das picapes Matra, com primeira super reduzida. Ao contrário do antigo Engesa que usava primeira curta e mais 3 marchas, Marruá usa primeira muito curta e mais 4 marchas, sendo a quarta, 1:1. Nesse esquema, o Marruá pode andar devagar em terrenos acidentados e em declives acentuados com uma relação final em primeira marcha de 26:1 equivalente a segunda reduzida de um Land Rover moderno que é de 25:1, oferecendo uma velocidade mínimo de 4 km/h, podendo acompanhar tropas a pé em passo lento. Quem tem que decidir o que é fundamental para o emprego militar, se uma marcha reduzida ou cinco, são os engenheiros do exército.
Em termos off-road, todos conhecemos a plataforma “engesa”. Seus ângulos de ataque com 64 graus e de saída, com 52 graus são praticamente imbatíveis. Com o novo desenho dos eixos, a altura livre foi para 270 mm com pneus militares tipo “Candango” 7,50 x 16 pol. Com o uso do motor MWM Sprint turbo diesel na preparação de 135 cv, o Marruá pode atravessar 600 mm de água sem preparação.
Todos os veículos que estão disputando o contrato de jipes têm características completamente diferentes. Entre eles, o Marruá é o único que apresenta as características corretas sem recorrer a adaptações. Podemos destacar a colocação em paralelo das duas baterias para o sistema de 24 volts dentro do capô do motor, coisa que os outros não conseguiram. A Troller não encontrou espaço e removeu a assento do passageiro traseiro do lado direito para a caixa com a bateria e outros componentes de sistema de 24 volts. A Land Rover, teve que fazer a mesma coisa com o espaço entre os bancos dianteiros, inviabilizando o local para as pernas de um eventual passageiro central no banco traseiro das plataformas 110 e 130.
No Marruá, sem haver perda de espaço para motorista e passageiro, a área central entre os bancos é realmente militar, podendo receber equipamento de rádio para viatura de comando e torre para sustentação de armas, como: metralhadoras .50 e 7,62 mm, canhão de 40 mm de tiro rápido, lança mísseis e até mesmo um canhão de 106 mm sem recuo, coisa que os outros concorrentes militarizados não conseguem oferecer. Em compensação, não tem fábrica montada.
Se não houver contrato militar, o projeto pode ir por água abaixo. Já estão na prancheta, modelos com chassi longo, que a Engesa nunca conseguiu desenvolver, nas configurações picape para carga e tropas, ambulância – os outros concorrentes não oferecem - e quem sabe, um quatro-portas com capota de lona. Com o pouco contato que tivemos com o Marruá fica a certeza de que há um item, que se modificado poderá melhorar muito o jipe: a adoção de um volante de menor diâmetro, em conjunto com a nova caixa de direção hidráulica já colocada. Volante pequeno foi uma das grandes armas para aumentar o espaço do motorista nos JPX, conceito que deveria ser seguido.
Marruá 4x4 - Ficha técnica preliminar
Motor MWM Sprint 2.5 litros turbo-diesel
Potência 135 cv @ 3600
Torque 35 kgfm @ 1800
Embreagem Luk, 300 mm auxílio hidráulico
Direção TRW TAS20 relação 24:1 4,5 voltas
Suspensão Barras oscilantes longitudinais e transversais, molas helicoidais, amortecedores de dupla ação, curso de 250 mm
Freios Disco/tambor
Câmbio Eaton de 5 marchas
Primeira 6,364:1
Segunda 3,322:1
Terceira 2,135:1
Quarta 1,407:1
Quinta 1:1
Ré 5,540:1
Diferenciais 4,10:1
Comprimento 3.800 mm
Largura 1.920 mm
Altura 1.950 mm
Altura 1.400 mm sem capota
Entre-eixos 2.300 mm (91 pol)
Peso 1.960 kg em ordem de marcha
Carga 500 kg
Reboque 500 kg sem freio
Velocidade 120 km/h máxima
Rampa máxima 27 graus (subestimada pelo fabricante)
Inclinação lateral 13,5 graus (subestimada pelo fabricante)
Tanque 100 litros de diesel
Autonomia 1.000 km em estrada
Esse valor não está exagerado?Marino escreveu:General reafirma construção de 6 pelotões
ANDREZZA TRAJANO
O general de Exército Luis Carlos Gomes de Mattos, titular do Comando Militar da Amazônia (CMA), está em Roraima para nova visita às unidades militares. Ele também anunciou investimentos e reafirmou a construção de novos Pelotões Especiais de Fronteiras (PEFs).
Até 2025, seis pelotões devem ser construídos. Serão três na terra indígena Raposa Serra do Sol, dois na reserva Yanomami e um fora das reservas. Ele não precisou quando os PEFs serão construídos no Estado, uma vez que o custo da obras é elevado. Sem contar com a construção de pistas e residências, um pelotão custa aproximadamente R$ 60 milhões.
Na Raposa Serra do Sol, os PEFs devem ser construídos no Contão, na Serra do Sol e outro em Jacamin. Na reserva Yanomami, um em Ericó e outro em Uaicás. E fora das terras indígenas, mas ainda dentro da faixa de fronteira, será construído um pelotão na região de Entre Rios.
Para este ano, o projeto Calha Norte destinou R$ 15 milhões para o Exército na Amazônia. Deste montante, R$ 2 milhões serão aplicados em Roraima. Ontem, Mattos visitou as instalações do PEF de Surucucu, a noroeste do Estado, que deve receber em breve um ponto de reabastecimento de aeronaves. Hoje ele visita o pelotão de Bonfim, o único do Estado que não conhece.
Sobre os últimos incidentes envolvendo a instituição, em que um militar morreu no pelotão de fronteira em Auaris e outro foi baleado enquanto trabalhava na guarda da casa do comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, o general informou que todos os incidentes militares são investigados profundamente e que os responsáveis são penalizados.
“É a investigação que diz se foi acidente ou crime”, frisou, sem entrar no mérito das ocorrências.
RECEPÇÃO - Esta é a segunda vez que o general Luis Carlos Gomes de Mattos vem ao Estado à frente do Exército Brasileiro na Amazônia. Hoje, antes de seguir para Bonfim, ele preside a formatura de Apronto Operacional, para verificar a organização da “Força-Tarefa Lobo D’Almada”.
A força-tarefa é constituída por integrantes das organizações militares sediadas em Boa Vista e conta com 2 mil homens.