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Re: EUA

Enviado: Ter Mar 13, 2018 11:11 pm
por Bolovo
Bourne escreveu:Então existem duas classes de pessoas ou cidadãos. Um que vai ser protegida e julgada. Outra que pode ser torturada e eliminada pela segurança nacional. No entanto, não é possível identificar quem é de cada grupo anteriormente, assim o cidadão de bem pode ser considerado uma besta. Ou, como é bem frequentes em lugares como Turquia e Venezuela, considerar todos que não agradam o governo como traidores.

Essa é a lógica da homogenização para eliminar resistências e opositores dos grupo que estão no poder. Nos EUA significa na discussão atual se faz com estrangeiros porque não faz com americanos? Porque não fariam? É um enorme discussão sobre direitos civis sobre o tema. Não é simples. na Turquia boa parte dos protestos contra o Erdogan seguem esse linha já que ele destituiu promotores, oficiais e membros importações da sociedade e ameça com pena de morte.

Não é uma questão de ser bonzinho ou não. É se a lei e os direitos valem para todos ou não.
Exatamente! Assino embaixo.

Re: EUA

Enviado: Ter Mar 13, 2018 11:21 pm
por Bolovo
E nós aqui vendemos a Embraer praticamente de graça:
Trump’s Message in Blocking Broadcom Deal: U.S. Tech Not for Sale

By David McLaughlin
and Saleha Mohsin
March 13, 2018, 12:24 AM GMT-3 Updated on March 13, 2018, 7:52 AM GMT-3

Imagem
https://www.bloomberg.com/news/articles ... t-for-sale

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 7:08 am
por cabeça de martelo
Nikki Haley’s Compulsion Flouts the Law of Nations
written by michael s. rozeff

Flip Wilson had a comedy routine “The Devil Made Me Do It”. Nikki Haley is far from funny when she uses the same kind of excuse, telling us that the US is prepared to attack Syria again. Why? Compulsion, or the devil made me do it. In her words: “…there are times when states are compelled to take their own action.”

Is the US also compelled to ally with Saudi Arabia in its brutal bombings and embargo/blockade in Yemen? Is the US compelled to aid Israel when it brutally invades Gaza? Was the US compelled to attack and destroy Libya? Was the US compelled to attack and destroy Iraq? Was the US compelled to destroy the Taliban government in Afghanistan?

If the US claims the moral high ground to justify attacks on Syria, is this the same moral ground and compulsion that justified its attacks on Iraq, Afghanistan, Libya and Yemen? But such compulsions are no justifications at all. “The devil made me do it” is no different from “The angel made me do it” or “God made me do it”. All are non-justifications, just empty childish excuses. We human beings cannot blame devils, angels or Gods for what we do. Freedom to choose and act is an essential part of our makeup, and no devil, angel or God can be held responsible for this freedom or its consequences when we use it. If they can be held responsible, not each of us, and we lack such primary freedom that’s beyond any devil or any God, then what? Are we machines ruled by predetermined causes in some sort of choreographed and senseless lives? In that case, the result is nihilism. Our freedom to act may be an illusion, but if it is, it’s an illusion we can be sure of, a very convincing one.

If compulsion is a justification for bombing another nation, why condemn and sanction Russia over Ukraine? Couldn’t the Russians argue that they felt compelled to interfere to save Russian-speaking people from being oppressed by neo-Nazi battalions? Couldn’t environmentalist wackos justify their bombings by their compulsion to act against climate-change deniers? Couldn’t FBI officials justify their coup against Trump by being “compelled to take their own action” against the prospective great disaster of his presidency and its irreparable harm?

Couldn’t Nikki Haley have found a better excuse than compulsion? If compulsion is a ruling principle in international relations, then what nation may not have the excuse to flout international law and interfere with another nation?

There is a body of international law that governs international relations. It is not perfect and its enforcement is a delicate matter, admittedly, but it is better than jungle law or “law” generated by compulsion, strong feelings, red lines and feelings of moral obligation, all of which lead to chaos and mass destruction. In 1758, Emer de Vattel’s“Law of Nations” has a section on p. 265 labeled “§7. But not by force.” It begins
But though a nation be obliged to promote, as far as lies in its power, the perfection of others, it is not entitled forcibly to obtrude these good offices on them. Such an attempt would be a violation of their natural liberty. In order to compel any one to receive a kindness, we must have an authority over him; but nations are absolutely free and independent (Prelim. §4). Those ambitious Europeans who attacked the American nations, and subjected them to their greedy dominion, in order, as they pretended, to civilise them, and cause them to be instructed in the true religion, — those usurpers, I say, grounded themselves on a pretext equally unjust and ridiculous.
Vattel argues for a moral obligation for one nation to help another nation under some circumstances, but it may not do so “forcibly“. Nikki Haley’s compulsion to bomb Syria for the good of Syrian rebels and some Syrians factually speaking will not be “a kindness”. Besides taking many lives and wounding others, wrecking families and economies, destroying order as in Iraq and Libya, and opening the way to extremist bombings, the US destroys whole cities and ruins infrastructure that took decades to construct. Even overlooking all the evils the US does in the name of good, the US has no authority over Syria or Syrians of any stripe and authority is essential if such attacks are not to violate the natural liberty of Syrians, which means their existence as a free and independent nation.

What does Nikki Haley acknowledge or respect of the law of nations? Apparently nothing, or she wouldn’t have said that the US could be “compelled” to bomb Syria. Compulsion is no more than the law of savage beasts, and not even up to that standard; and she shares this lack of regard for the law of nations with Bill Clinton, George W. Bush and Barack Obama, all of whom have smashed international law under false and phony pretenses, in its name, or in the name of an oppressed people, or in the name of enforcing law, or of doing something good like removing a dictator, or of stopping weapons of destruction, or even of defending America, which wasn’t even remotely the case.

Americans acting through the US government have no right to inflict so-called “good”, which is far more frequently evil anyway, on any people or portion of a people of another nation. For the US Ambassador to the U.N. to argue that “states are compelled to take their own [interfering] action” is an insult to international law and relations, and yet it perpetuates the thinking and tragically the very bloody action at the highest levels of the US government that have gone on for far too many years. Is it not time to see and say clearly that no nation is above the law of nations, and that no nation can enforce its perverted version of that law in the name of a compulsion or even a strong feeling of moral obligation?

http://ronpaulinstitute.org/archives/ne ... f-nations/

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 9:26 am
por cabeça de martelo
Gina Haspel: primeira mulher à frente da CIA liderou uma prisão secreta na Tailândia

Veterana da agência, Haspel, de 61 anos, é muito respeitada pelos colegas. Vai substituir Mike Pompeo, nomeado por Donald Trump para substituir Rex Tillerson

Em 2002, Gina Haspel era a responsável pela prisão secreta da CIA na Tailândia conhecida pelo nome de código Cat's Eye. Ali encontravam-se vários suspeitos de terrorismo, detidos pelos EUA depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, entre os quais Abd al-Rahim al-Nashri e Abu Zubaydah. Relatórios do Senado mais tarde divulgados revelam que ambos foram sujeitos a afogamento simulado (waterboarding) e a outras técnicas de interrogatório hoje proibidas e consideradas tortura. Tudo isto sob a supervisão de Haspel, hoje nomeada para substituir Mike Pompeo à frente da CIA, tornando-se a primeira mulher a dirigir a agência secreta americana.

Segundo um perfil publicado pelo New York Times, Haspel, de 61 anos, terá mais tarde dado ordens para apagar os vídeos de torturas praticadas na Tailândia.

O desaparecimento das gravações, em 2013, impediu a promoção de Gina Haspel a diretora das operações clandestinas dos serviços de informações norte-americanos, um cargo que tinha de ser confirmado pelo Senado dos Estados Unidos, e desencadeou uma longa investigação, que terminou sem acusações.

Em fevereiro de 2017, Haspel, que entrou para a agência em 1985, foi nomeada vice-diretora da CIA, dando um sinal de que com a Administração Trump o seu passado ligado ao programa de extraordinary renditions, a captura de suspeitos de terrorismo (os chamados combatentes inimigos) em vários locais do mundo sem passar pelos tribunais, não travou a sua carreira.

Em declaçaões ao The Washington Post, Haspel agradeceu a oportunidade para liderar a CIA. "Após 30 anos como agente da CIA, foi uma honra servir como vice-diretora com Mike Pompeo no último ano.

Com Lusa

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 9:26 am
por cabeça de martelo
Trump examina protótipos do muro entre protestos



Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 10:17 am
por Sterrius
E nós aqui vendemos a Embraer praticamente de graça:
Situação da embraer é complicadíssima do ponto de vista futuro. Sozinha a Embraer não tem cacife pra disputar com as fusões que ocorreram no mundo com suas principais rivais.

O risco de uma descida a insignificância é real e não deve ser subestimado.
Nesta negociação a Embraer está entre a cruz e a espada.

E o Brasil não vai salva-la. Nem por questão de vontade, mas por incapacidade financeira mesmo. Mais fácil o Brasil sabota-la que salva-la como fez para privatiza-la na década de 90.

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 11:27 am
por Túlio
Bourne escreveu:
Então existem duas classes de pessoas ou cidadãos. Um que vai ser protegida e julgada. Outra que pode ser torturada e eliminada pela segurança nacional. No entanto, não é possível identificar quem é de cada grupo anteriormente, assim o cidadão de bem pode ser considerado uma besta. Ou, como é bem frequentes em lugares como Turquia e Venezuela, considerar todos que não agradam o governo como traidores.

Essa é a lógica da homogenização para eliminar resistências e opositores dos grupo que estão no poder. Nos EUA significa na discussão atual se faz com estrangeiros porque não faz com americanos? Porque não fariam? É um enorme discussão sobre direitos civis sobre o tema. Não é simples. na Turquia boa parte dos protestos contra o Erdogan seguem esse linha já que ele destituiu promotores, oficiais e membros importações da sociedade e ameça com pena de morte.

Não é uma questão de ser bonzinho ou não. É se a lei e os direitos valem para todos ou não.

Bourne véio, já faz um tempo que notei uma curiosa mudança no teu padrão de postagem: de um Economista explicando como funciona a coi$a toda e apresentando abundantes exemplos para uma espécie de militante político ou algo do tipo. Pode ser engano meu mas sou acostumado (na verdade obrigado, por ser Moderador) a observar as postagens de todos e, dadas minhas características pessoais, tenho a tendência de montar padrões e traçar uma espécie de perfil informal de cada pessoa com quem interajo com base neles. Daí te pergunto:

- Arrumaste alguma boquinha NA USP??? :lol: :twisted: :mrgreen: [003]

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 14, 2018 11:30 am
por Túlio
Sterrius escreveu:
Situação da embraer é complicadíssima do ponto de vista futuro. Sozinha a Embraer não tem cacife pra disputar com as fusões que ocorreram no mundo com suas principais rivais.

O risco de uma descida a insignificância é real e não deve ser subestimado.
Nesta negociação a Embraer está entre a cruz e a espada.

E o Brasil não vai salva-la. Nem por questão de vontade, mas por incapacidade financeira mesmo. Mais fácil o Brasil sabota-la que salva-la como fez para privatiza-la na década de 90.
Totalmente de acordo. Se eu fosse mudar uma só palavra neste texto, trocaria "financeira" por "gerencial" ou algo assim. De resto, BRILHANTE!!! [009]

Re: EUA

Enviado: Qui Mar 15, 2018 2:51 pm
por Wilton kvalheiro
Óhhh my!!!! Trump ainda é presidente........... onde estariam as viúvas do apocalipse??? Grande abraço.

Re: EUA

Enviado: Qui Mar 15, 2018 11:34 pm
por vargasem
Sterrius escreveu:
E nós aqui vendemos a Embraer praticamente de graça:
Situação da embraer é complicadíssima do ponto de vista futuro. Sozinha a Embraer não tem cacife pra disputar com as fusões que ocorreram no mundo com suas principais rivais.

O risco de uma descida a insignificância é real e não deve ser subestimado.
Nesta negociação a Embraer está entre a cruz e a espada.

E o Brasil não vai salva-la. Nem por questão de vontade, mas por incapacidade financeira mesmo. Mais fácil o Brasil sabota-la que salva-la como fez para privatiza-la na década de 90.
Eu ainda não consegui analizar a situação, mas eu antes de vender a Embraer, seja por qualquer preço, teria tomado a algum tempo alguma medida de incentivo para que empresas como Gol e Tam adquirissem aeronaves da Embraer, ao invés de Boeing ou Airbus. Usaria também o Mercosul para nos posicionar melhor nos demais países da região. Se a 10 ou 15 anos tivessemos feito isso, a Embraer seria uma empresa muito maior, teria desenvolvido aeronaves de maior porte e outras tecnologias. Competência eles já provaram que tem, e não teríamos nem que discutir a sobrevivência da empresa no futuro.
Obviamente, eu seria chamado de protessionista, fascista, taxista ou qualquer outro termo pejorativo. Mas pelo menos não estaríamos nesta situação.

Re: EUA

Enviado: Ter Mar 20, 2018 11:13 pm
por Ilya Ehrenburg
cabeça de martelo escreveu:Trump examina protótipos do muro entre protestos


Que murinho de merd... Pensava em algo grandioso, tipo a Muralha da China...

Re: EUA

Enviado: Qua Mar 21, 2018 8:26 am
por cabeça de martelo
Analista militar sai da Fox alegando que esta é máquina de propaganda


Coronel reformado estava na estação há dez anos, mas agora diz estar envergonhado

Um analista militar da cadeia televisiva norte-americana Fox News revelou na terça-feira a sua saída da estação, porque acredita que esta se tornou numa máquina de propaganda do governo de Donald Trump.

Ralph Peters, um coronel reformado do Exército, afirmou que disse à Fox, no início do mês, que não queria o seu contrato renovado.

"Ao longo da minha década na Fox, estive muito orgulhoso da associação", escreveu Peters, em mensagem de correio eletrónico que foi distribuída internamente na Fox News, e noticiada em primeiro lugar pelo sítio noticioso BuzzFeed News.

"Agora, estou envergonhado", contrapôs.

Em comunicado, a Fox declarou que Peters tinha direito à sua opinião, "apesar do facto de ele ter escolhido usá-la como forma de obter atenção".

Peters justificou a sua decisão por entender que a Fox "degenerou, ao passar de uma muito necessária plataforma de vozes conservadoras para uma máquina de propaganda de um governo destrutivo e eticamente em ruínas".

Peters criticou ainda os apresentadores do horário nobre por "ataques profundamente desonestos" à polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), o Departamento de Justiça, a comunidade das informações e o procurador especial Robert Mueller, que está a dirigir a investigação às relações do governo de Trump com a Federação Russa.


>>>>>>>>> https://www.dn.pt/media/interior/analis ... 02564.html

Re: EUA

Enviado: Qui Mar 22, 2018 7:25 am
por P44
Mark Zuckerberg pediu novamente desculpa em entrevista

22 mar 2018 02:37

O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, falou durante a madrugada desta quinta-feira com a cadeia CNN sobre o uso indevido de dados pessoais de milhões de utilizadores pela empresa britânica Cambridge Analytica. Primeiro, começou a entrevista a pedir desculpa e a anuir quanto à gravidade da situação. Depois, pelo meio, disse estar disponível para se apresentar no Congresso. E, no final, indicou que quer deixar um legado do qual as filhas se orgulhem.

A entrevista surge no meio de um autêntico alvoroço de notícias sobre a Cambridge Analytica, uma empresa de dados alegadamente ligada à campanha do presidente norte-americano Donald Trump, que teve acesso a informações de cerca de 50 milhões de utilizadores do Facebook sem que estes tivessem dado o seu consentimento para tal.

Zuckerberg, aos 33 anos, prefere geralmente expor-se via Facebook, nomeadamente em publicações na sua página oficial. Rara é a vez que concede entrevistas. Mas a situação atual assim o exigia. Afinal, deu-se um silêncio quase ensurdecedor que durou seis dias desde que a história desencadeou um autêntico frenesim após ter sido publicada pelo britânico The Observer. À CNN, nesta madrugada, começou a conversa pedindo desculpa.

"Foi uma grande quebra de confiança e lamento muito que isto tenha acontecido ", disse Zuckerberg a Laurie Segall, uma jornalista que acompanha os feitos do Facebook há 10 anos. "Temos a responsabilidade básica de proteger os dados das pessoas", continuou.

Não é caso para menos. O escândalo levou a uma descida das ações em bolsa e o homem que criou a rede social foi inclusivamente convocado por uma comissão parlamentar britânica e pelo Parlamento Europeu para se explicar.

Todavia, enquanto o mundo ficou turbinado em debates sobre dados, de Zuckerberg não havia qualquer reação. Foi preciso esperar até ao início da noite desta quarta-feira, em que quebrou o silêncio numa publicação na sua página, catalogando o incidente como sendo uma "quebra de confiança" entre a rede social e os seus utilizadores.

"Temos a responsabilidade de proteger os vossos dados pessoais e, se não conseguimos fazê-lo, não merecemos servir-vos. Tenho trabalhado para perceber exatamente o que aconteceu e como garantir que isto não volte a acontecer. A boa notícia é que as ações mais importantes para evitar que esta situação se volte a repetir, já foram tomadas há anos. Mas também cometemos erros, há mais a fazer", escreveu.

A empresa afirmou-se "escandalizada por ter sido enganada" pela utilização feita com os dados dos seus utilizadores e disse que "compreende a gravidade do problema".

Zuckerberg sentiu-se enganado e na entrevista à CNN, fazendo uma retrospeção dos acontecimentos, admite que "existiu um erro claro" em trabalhar com a Cambridge Analytica. E que no Facebook "temos de ter a certeza que não nunca mais cometemos um erro destes".

De seguida, assumiu que vão entrar em contacto com todos aqueles afetados e tentou descansar os mais preocupados sobre futuros deslizes idênticos. "E, doravante, quando identificarmos aplicações que façam esquemas semelhantes, nós vamos garantir que vamos avisar as pessoas também", revelou.

Eleições passadas e futuras

"Se me tivesses dito, em 2004, quando estava a arrancar com o Facebook, que grande parte da minha responsabilidade, atualmente, seria ajudar a proteger a integridade de eleições e interferências de outros governos... Eu, hum, não ia acreditar que isso seria algo que iria ter que lidar 14 anos mais tarde", contou num momento da entrevista.

Este pequeno desabafo de Zuckerberg levou a que a jornalista questionasse se o Facebook desempenhou ou não um bom trabalho na ingerência russa/notícias falsas durante as eleições norte-americanas de 2016. À pergunta, respondeu que se fez um trabalho "bom o suficiente". No entanto, era claro que nesse ano "não estávamos por cima num número de coisas que devíamos estar; fossem as notícias falsas ou a interferência russa".

O que não quer dizer que, na sua opinião, não tivessem sido alcançados progressos desde então. Para isso, para além de fazer referência às eleições francesas, recordou a vitória democrata no Alabama, um dos estados mais conservadores dos Estados Unidos, naquela que foi a eleição mais disputada de 2017 no país.

"Mas, aquilo que vimos uns meses mais tarde, durante as eleições francesas, numa altura em que já dispúnhamos de melhores ferramentas de AI, foi que se conseguiu um trabalho muito melhor em identificar bots russos — basicamente interferência russa — algo que tínhamos antecipado antes do período de eleições e ficámos muito mais satisfeitos com os resultados", disse.

Embora tenha acrescentado que, na realidade, "isto não é nada de transcendente. O que eu quero dizer é que há muito trabalho que precisamos de fazer para garantir que seja difícil a nações como a Rússia interferir e para garantir que os trolls e outros indivíduos não espalhem as notícias falsas".

Portas abertas ao Congresso

Mark Zuckerberg deixou a porta aberta para ir testemunhar perante o Congresso norte-americano, algo que nunca fez. "A resposta rápida é: ficarei feliz em ir, se for a coisa correta a fazer", disse.

Depois, explicou: "Testemunhamos regularmente no Congresso sobre um vasto número de tópicos; uns com perfil mais importante, outros não. E o nosso objetivo é prestar um melhor trabalho trabalho possível, levando a maior informação que se conseguir. Mas só se vê uma pequena parte dessa atividade. O que nós tentamos fazer é enviar a pessoa no Facebook que tem o maior conhecimento sobre aquilo que o Congresso quer saber. Se esse sou eu, então estarei feliz por ir. É que existem pessoas cujo seu único trabalho é focarem-se numa área. Mas se existir um tópico onde sou a única autoridade, então faz sentido que seja eu a ir", disse.

Só que no final daquela declaração pareceu ter um pouco de hesitação. E foi essa pequena hesitação que levou à jornalista interromper e esclarecer que as pessoas tinham interesse em que fosse o próprio e nenhum dos seus representantes a falar sobre o assunto. "É a cara do Facebook. Representa a marca e elas querem é ouvi-lo a si".

Tal se verificando, Zuckerberg deu nova explicação:

"É por isso que estou a fazer esta entrevista. Porque quando vamos testemunhar temos de perceber qual é o objetivo. E isso não é um motivo para existir um momento de media — ou pelo menos não é suposto. Penso que o objetivo é facultar ao Congresso tudo aquilo que este precisa para que faça o seu trabalho que é muito importante. E nós só queremos enviar a melhor pessoa para o fazer. Paralelamente, concordo que de facto existe um elemento de responsabilidade em que considero que eu devia de fazer mais entrevistas — por mais desconfortante que seja para mim fazê-las na televisão. Penso que é uma coisa importante enquanto disciplina para aquilo que estamos a fazer. Eu devia de estar disponível para responder a questões difíceis dos jornalistas", disse.

O legado para as filhas

Zuckerberg falou também do que é ser pai e como isso o afetou. Quer enquanto homem, quer no modo como leva agora o seu dia-a-dia no trabalho.

"Aquilo que eu pensava que era o mais importante, de longe, era ter o maior impacto no mundo que me fosse possível. Agora, apenas me importa construir algo que faça com que as minhas filhas que vão crescer tenham orgulho em mim. É o tipo de filosofia que me guia neste momento a este ponto; quando vou trabalhar em muitas coisas difíceis durante o dia e vou para casa, pergunto-me apenas: será que minhas meninas vão ter orgulho do que fiz hoje?".

O Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

Nos Estados Unidos, os procuradores de Nova Iorque e de Massachusetts e a Comissão Federal do Comércio anunciaram que vão investigar o caso.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/o ... erg-na-cnn

Re: EUA

Enviado: Seg Mar 26, 2018 4:40 pm
por P44

Re: EUA

Enviado: Dom Abr 01, 2018 2:19 pm
por GIL
EUA vão checar mídias sociais de pessoas que pedem visto; entenda

http://www.bbc.com/portuguese/salasocial-43601738
Muito bom isso.