Leopard 1A5 do EB
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- Moccelin
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Outra coisa que me veio à cabeça agora. Eu escutei uma história de um oficial de cavalaria do Exército que as peças do Urutu e Cascavel começaram a encarecer depois da falência, principalmente porque apenas algumas empresas tinham a tabela de peças, criando uma reserva de mercado que fazia várias unidades ficarem com disponibilidade baixa (ou por falta de dinheiro ou mesmo por falta daquela peça em questão). Aí ele e a equipe de manutenção de uma unidade tiveram a idéia de pegar um Cascavel e desmontar de cabo a rabo, conferindo rolamento por rolamento, bucha por bucha, e sabendo que os Engesa usavam uma quantidade enorme de peças vindas do mercado civil acharam o equivalente (colocando o código da peça, e não o código Engesa), e aí começaram a comprar os sobressalentes com preços extremamente mais baixo fazendo com que aquela unidade tivesse uma disponibilidade exemplar com a mesma verba.
Na indústria é muito comum utilizar peças de um projeto em outro, de forma a diminuir custos com base na quantidade, será que isso não poderia ocorrer também nessas peças MECÂNICAS do Leopard 1Be? As peças de retífica, por exemplo, podem ser idênticas à de um motor menor, usado em quantidades maiores e em máquinas, grupos geradores, etc, e por aí vai, enfim, é um trabalho chato, mas que poderia ser feito, afinal a necessidade é a mãe da invenção. E falo isso porque, ressalvadas as proporções, vejo muito tal situação ocorrer em mecânica de carros antigos como a minha Veraneio.
Já sistemas como o computador de tiro, optrônicos, etc. realmente são mais difíceis de se encontrar, e aí entra a idéia da minha mensagem anterior: colocar gente e uma quantidade razoável de dinheiro, mas que não seja impossível pro EB bancar, pra procurar soluções, analisar a viabilidade de se colocar um equipamento novo, colocar Engenheiros e QCOs pra programar softwares que possam rodar em computadores robustecidos pra substituir os computadores balísticos militares que já não funcionam, enfim, colocar dinheiro financiando idéia que podem parecer malucas no começo, mas podem solucionar ou pelo menos ajudar a solucionar o problema, e não só esse, mas diversos outros problemas do EB.
Na indústria é muito comum utilizar peças de um projeto em outro, de forma a diminuir custos com base na quantidade, será que isso não poderia ocorrer também nessas peças MECÂNICAS do Leopard 1Be? As peças de retífica, por exemplo, podem ser idênticas à de um motor menor, usado em quantidades maiores e em máquinas, grupos geradores, etc, e por aí vai, enfim, é um trabalho chato, mas que poderia ser feito, afinal a necessidade é a mãe da invenção. E falo isso porque, ressalvadas as proporções, vejo muito tal situação ocorrer em mecânica de carros antigos como a minha Veraneio.
Já sistemas como o computador de tiro, optrônicos, etc. realmente são mais difíceis de se encontrar, e aí entra a idéia da minha mensagem anterior: colocar gente e uma quantidade razoável de dinheiro, mas que não seja impossível pro EB bancar, pra procurar soluções, analisar a viabilidade de se colocar um equipamento novo, colocar Engenheiros e QCOs pra programar softwares que possam rodar em computadores robustecidos pra substituir os computadores balísticos militares que já não funcionam, enfim, colocar dinheiro financiando idéia que podem parecer malucas no começo, mas podem solucionar ou pelo menos ajudar a solucionar o problema, e não só esse, mas diversos outros problemas do EB.
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- Luiz Bastos
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Achei sua proposta excelente e ainda iria mais longe. Passaria também algumas unidades para faculdades de engenharia solicitando estudo de melhorias do conjunto. Garanto que iriam aparecer ideias sensacionais desta rapaziada. Com relação aos motores (Fabricação de pecas por aqui) Acho perfeitamente aceitável. Temos profissionais no País que dão nó e pingoMoccelin escreveu:Sem viajar muito na maionese, não seria uma boa hora pra experimentar??? Pega uns 2 Leo 1Be e alguma empresa que esteja interessada, ou faz uma cata de Matbelianos, Engenheiros Militares e alguns Cavalarianos e jogam num parque com uma verba e uma idéia: colocar esses Leopards 1 pra funcionar!
Fizeram isso com os M-41 láaaa atrás, os resultados foram, em primeiro lugar, um CC leve que se não era o estado da arte funcionava (tanto que mecanicamente funcionam até hoje) e com o tempo até algumas idéias interessantes, como o Tamoyo III.
Eu sei que o M-41C tinha (tem) um monte de defeitos, como o desequilíbrio causado pelo motor mais pesado e mais traseiro, mas dada a situação do EB e dos Leo 1Be uma solução dessas pode resultar em aquisição de know how pra desenvolvermos um blindado nacional futuramente.
Não seria uma idéia exequível??? Pegar alguns 1Be, arranjar algumas soluções mecânicas e eletrônicas que os deixem capazes de cumprir sua missão mas, principalmente, criem um núcleo de desenvolvimento dentro do EB como havia na década de 70???
d'água. Se bobear o motor sai melhor que o original.
Fui

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Você ainda perde tempo com isso? Esse choro a FAB faz como ninguém, gostamos de comprar equipamento usado, as chamadas compras de ocasião, e depois achar que os fabricantes e os antigos donos tenham obrigações de nos fornecer peças, treinamento e assistência técnica.Moccelin escreveu:Outra coisa que me veio à cabeça agora. Eu escutei uma história de um oficial de cavalaria do Exército que as peças do Urutu e Cascavel começaram a encarecer depois da falência, principalmente porque apenas algumas empresas tinham a tabela de peças, criando uma reserva de mercado que fazia várias unidades ficarem com disponibilidade baixa (ou por falta de dinheiro ou mesmo por falta daquela peça em questão). Aí ele e a equipe de manutenção de uma unidade tiveram a idéia de pegar um Cascavel e desmontar de cabo a rabo, conferindo rolamento por rolamento, bucha por bucha, e sabendo que os Engesa usavam uma quantidade enorme de peças vindas do mercado civil acharam o equivalente (colocando o código da peça, e não o código Engesa), e aí começaram a comprar os sobressalentes com preços extremamente mais baixo fazendo com que aquela unidade tivesse uma disponibilidade exemplar com a mesma verba.
Na indústria é muito comum utilizar peças de um projeto em outro, de forma a diminuir custos com base na quantidade, será que isso não poderia ocorrer também nessas peças MECÂNICAS do Leopard 1Be? As peças de retífica, por exemplo, podem ser idênticas à de um motor menor, usado em quantidades maiores e em máquinas, grupos geradores, etc, e por aí vai, enfim, é um trabalho chato, mas que poderia ser feito, afinal a necessidade é a mãe da invenção. E falo isso porque, ressalvadas as proporções, vejo muito tal situação ocorrer em mecânica de carros antigos como a minha Veraneio.
Já sistemas como o computador de tiro, optrônicos, etc. realmente são mais difíceis de se encontrar, e aí entra a idéia da minha mensagem anterior: colocar gente e uma quantidade razoável de dinheiro, mas que não seja impossível pro EB bancar, pra procurar soluções, analisar a viabilidade de se colocar um equipamento novo, colocar Engenheiros e QCOs pra programar softwares que possam rodar em computadores robustecidos pra substituir os computadores balísticos militares que já não funcionam, enfim, colocar dinheiro financiando idéia que podem parecer malucas no começo, mas podem solucionar ou pelo menos ajudar a solucionar o problema, e não só esse, mas diversos outros problemas do EB.
Vivem requerendo e pedindo coisas que não estão nos contratos e nem podem ser fornecidas, queremos que os outros tenham estoques, quando nós não temos. Enfim, é uma mistura de preguiça com má vontade e depois ainda tem o descaramento de ficarem culpado os outros!!!
Quer operar coisa velha e usada, tem que criar uma estrutura de apoio!! E não ficar chorando favores e esmolas de terceiros. Lamentável esse comportamento de subordinado, dependente, aprendam a trabalhar, sejam profissionais. É pedir demais isso?
O EB deve ou deveria ter é um centro onde tivesse controle de todo o material usado por ele, ainda mais quando for antigo e não mais fabricado.
Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins.
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Prick escreveu
"Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins."
Não Prick,não é piada de mau gosto, é a realidade, os europeus são muito mais economicos em compras e produção. Somente sucessos de vendas que tiveram uma produção elevada fazem maior quantidade de sobressalentes.
Mesmo assim temos os Mirage III, um dos maiores sucessos de exportação da história, não tem mais peças no mercado, obrigando a desativar todos. Enquanto isso o contemporaneo F-5.....continua voando até na Suiça. O MIII coitado é só na Argentina,Paquistão e Libano( que belos exemplos!!!)
Os EUA pela encomenda maciça que fazem para as proprias FA garantem a existencia de sobressalentes. Os demonios americanos fazem equipamentos muito mais longevos que os europeus. Guardadas as exceções que sempre existem, é um fato.
Abraços
Hélio
"Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins."
Não Prick,não é piada de mau gosto, é a realidade, os europeus são muito mais economicos em compras e produção. Somente sucessos de vendas que tiveram uma produção elevada fazem maior quantidade de sobressalentes.
Mesmo assim temos os Mirage III, um dos maiores sucessos de exportação da história, não tem mais peças no mercado, obrigando a desativar todos. Enquanto isso o contemporaneo F-5.....continua voando até na Suiça. O MIII coitado é só na Argentina,Paquistão e Libano( que belos exemplos!!!)
Os EUA pela encomenda maciça que fazem para as proprias FA garantem a existencia de sobressalentes. Os demonios americanos fazem equipamentos muito mais longevos que os europeus. Guardadas as exceções que sempre existem, é um fato.
Abraços
Hélio
Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Prick, acho que você não entendeu o espírito da coisa.
Ninguém tá malhando AMX-30 ou LeClerk, calma.
Isso que eles estão falando é viável sim,e qualquer peça mecânica de qualquer carro pode ser feita aqui sim.
Nós não estamos no século XVIII.
Custa caro? Depende da relação custo X benefício X independência.
Meu pai recuperou equipamentos do EB que foram descarregados como sucata pela engenharia de material bélico, tudo porque ninguém queria "perder tempo".
Ninguém tá malhando AMX-30 ou LeClerk, calma.
Isso que eles estão falando é viável sim,e qualquer peça mecânica de qualquer carro pode ser feita aqui sim.
Nós não estamos no século XVIII.
Custa caro? Depende da relação custo X benefício X independência.
Meu pai recuperou equipamentos do EB que foram descarregados como sucata pela engenharia de material bélico, tudo porque ninguém queria "perder tempo".
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Como já escrevi, é evidente que o ideal seria a produção de um blindado nacional, e a não adquisição de material usado.
Mas até que isto se defina e concretize levaremos no minimo 15 anos. A sugestão que fiz está longe de ser a ideal( compra de sobressalentes do M60 ) mas é aquela mais viável no momento.
Agora se for pensar somente no ideal e desejável teremos margens para um milhão de punhetas!!!!(desculpem o meu palavreado)
Abraços
Hélio
Mas até que isto se defina e concretize levaremos no minimo 15 anos. A sugestão que fiz está longe de ser a ideal( compra de sobressalentes do M60 ) mas é aquela mais viável no momento.
Agora se for pensar somente no ideal e desejável teremos margens para um milhão de punhetas!!!!(desculpem o meu palavreado)
Abraços
Hélio
- henriquejr
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Um exemplo típico do que voce ta falando é o caso do F-16 e do Mirage2000!!! Ainda existem F-16 dos primeiros modelos (F-16A Block 15) voando até em países que sofre de algum embargo americano, como os venezuelanos e, no restante do mundo os F-16 continuam a ser operados com excelentes índices de disponibilidade e ainda são muito cobiçados (vide os F-16 holandeses e portugueses). Já os Mirage2000, vemos o exemplo de Taiwan, que opera tanto F-16 quanto este último e resolveu desativa-lo devido o alto custo de manutenção, menos sendo aviões praticamente novos e modernos (Mirage2000-5). Os EAU é outro exemplo, estão querendo se livrar de seus modernissimos Mirage2000-9 mas devem continuar utilizando os seus F-16E/F por muitos anos ainda!!!helio escreveu:Prick escreveu
"Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins."
Não Prick,não é piada de mau gosto, é a realidade, os europeus são muito mais economicos em compras e produção. Somente sucessos de vendas que tiveram uma produção elevada fazem maior quantidade de sobressalentes.
Mesmo assim temos os Mirage III, um dos maiores sucessos de exportação da história, não tem mais peças no mercado, obrigando a desativar todos. Enquanto isso o contemporaneo F-5.....continua voando até na Suiça. O MIII coitado é só na Argentina,Paquistão e Libano( que belos exemplos!!!)
Os EUA pela encomenda maciça que fazem para as proprias FA garantem a existencia de sobressalentes. Os demonios americanos fazem equipamentos muito mais longevos que os europeus. Guardadas as exceções que sempre existem, é um fato.
Abraços
Hélio
Antes que o Prick queira me jogar na fogueira, não estou querendo dizer que o Mirage2000 seja um avião ruim mas acho que ninguém tem dúvidas que a cada ano sua operação tem se tornado mais onerosa, ao contrário do F-16, que ainda tem dispertado interesse de clientes por ser hoje a opção que talvez seja o melhor custo/benefício do mercado de PRATILEIRA!
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- Moccelin
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Por isso que eu falei de colocar gente pra estudar esses carros. Os atuais (Abrams e Leo 2) sairam dalí (M60 e Leo 1) somadas às necessidades americanas e alemãs modernas.
Grupos como o que criaram o M41C e o Tamoyo III poderiam re-fazer os passos do pessoal da década de 70, primeiro colocar os Leopards 1Be pra funcionar, melhorar aqui e alí com tecnologia nacional e peças importadas, pra, posteriormente, dar um outro passo e criar algo do zero, com tecnologia atual, dentro das expectativas do EB (talvez carros mais leves e ageis que os americanos e europeus).
O Tamoyo III, por exemplo, era um carro bem mais paupável pro EB da década de 80 que o Osório. Obviamente o Osório era muito mais MBT que o Tamoyo, mas também muito mais caro e dependente de peças estrangeiras, mas com pequenos passos se vai ao longe, aprendendo, errando, enfim, evoluindo.
Da mesma forma que recuperamos os M41 poderíamos trabalhar o chassis, câmbio, suspensão, canhão e outras peças que seja possível manter a manutenção dos Leo 1Be modernizando o que der com o jeitinho brasileiro, colocando as mentes que se interessam pelo assunto pra trabalhar, e, claro, valorizando esse pessoal: engenheiros militares e matbelianos com espírito de desenvolvimento e não de "tá bom do jeito que tá" como encontramos na maioria dos militares.
Grupos como o que criaram o M41C e o Tamoyo III poderiam re-fazer os passos do pessoal da década de 70, primeiro colocar os Leopards 1Be pra funcionar, melhorar aqui e alí com tecnologia nacional e peças importadas, pra, posteriormente, dar um outro passo e criar algo do zero, com tecnologia atual, dentro das expectativas do EB (talvez carros mais leves e ageis que os americanos e europeus).
O Tamoyo III, por exemplo, era um carro bem mais paupável pro EB da década de 80 que o Osório. Obviamente o Osório era muito mais MBT que o Tamoyo, mas também muito mais caro e dependente de peças estrangeiras, mas com pequenos passos se vai ao longe, aprendendo, errando, enfim, evoluindo.
Da mesma forma que recuperamos os M41 poderíamos trabalhar o chassis, câmbio, suspensão, canhão e outras peças que seja possível manter a manutenção dos Leo 1Be modernizando o que der com o jeitinho brasileiro, colocando as mentes que se interessam pelo assunto pra trabalhar, e, claro, valorizando esse pessoal: engenheiros militares e matbelianos com espírito de desenvolvimento e não de "tá bom do jeito que tá" como encontramos na maioria dos militares.
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- eligioep
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Moccelin,Moccelin escreveu: ....................................
Aí ele e a equipe de manutenção de uma unidade tiveram a idéia de pegar um Cascavel e desmontar de cabo a rabo, conferindo rolamento por rolamento, bucha por bucha, e sabendo que os Engesa usavam uma quantidade enorme de peças vindas do mercado civil acharam o equivalente (colocando o código da peça, e não o código Engesa), e aí começaram a comprar os sobressalentes com preços extremamente mais baixo fazendo com que aquela unidade tivesse uma disponibilidade exemplar com a mesma verba.
....................................
Já sistemas como o computador de tiro, optrônicos, etc. realmente são mais difíceis de se encontrar, e aí entra a idéia da minha mensagem anterior: colocar gente e uma quantidade razoável de dinheiro, mas que não seja impossível pro EB bancar, pra procurar soluções, analisar a viabilidade de se colocar um equipamento novo, colocar Engenheiros e QCOs pra programar softwares que possam rodar em computadores robustecidos pra substituir os computadores balísticos militares que já não funcionam, enfim, colocar dinheiro financiando idéia que podem parecer malucas no começo, mas podem solucionar ou pelo menos ajudar a solucionar o problema, e não só esse, mas diversos outros problemas do EB.
permita-me discordar em parte da sua colocação.
No caso dos EE9 e EE11, o que eu fiz, mesmo quando a Engesa produzia, pegava a peça danificada e ia no balcão da loja de peças de caminhão, e pedia uma idêntica. Quando era caso de rolamentos, retentores e algumas peças genéricas, ia à uma loja especializada neste tipo de peças. E garanto que comprava coisa boa, pois a Engesa fornecia peças com sua embalagem, porém o conteúdo era produzido por um terceiro, óbvio com o teste de qualidade garantida. Óbvio também que eu escolhia as marcas boas, fugindo das "xing ling".
Não foi preciso desmontar a VBR/VBTP para ter as peças..... E consegui preços beeeeem inferiores aos da EE. Assim ainda hoje fazemos com os diversos veículos em uso. Só que para os Leo, não existe nada similar.
Quanto aos sistemas eletro-opticos, são os de mais fácil solução, pois eles internamente possuem componenetes eletrônicos, antiquados ainda por cima, e é só retirar o componente ou identificá-lo e adquirir um igual. Qualquer loja de componentes eletrônicos tem.... Estes tem de monte, e temos pessoal preparado para realizar este tipo de serviço. Só no nosso BLog, temos 7 sargentos nesta função e serviço de menos.
O que impede de fazer isso? Autorização para desmontar e os RCC solicitar tal serviço...
Mas de fato, os RCC não tem vontade de disponibilizar os 1BE, talvez agora com os RCB mude a coisa...
- eligioep
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Obrigação que o DCT deveria estar fazendo, mas não está. Só se interessa por equipamentos novos. Blindados velhos não interessam....Luiz Bastos escreveu:
Achei sua proposta excelente e ainda iria mais longe. Passaria também algumas unidades para faculdades de engenharia solicitando estudo de melhorias do conjunto. Garanto que iriam aparecer ideias sensacionais desta rapaziada.
Editado pela última vez por eligioep em Sex Jul 29, 2011 11:47 am, em um total de 1 vez.
- joao fernando
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Nem vou longe. Conheço paises que brigam por F5...henriquejr escreveu:Um exemplo típico do que voce ta falando é o caso do F-16 e do Mirage2000!!! Ainda existem F-16 dos primeiros modelos (F-16A Block 15) voando até em países que sofre de algum embargo americano, como os venezuelanos e, no restante do mundo os F-16 continuam a ser operados com excelentes índices de disponibilidade e ainda são muito cobiçados (vide os F-16 holandeses e portugueses). Já os Mirage2000, vemos o exemplo de Taiwan, que opera tanto F-16 quanto este último e resolveu desativa-lo devido o alto custo de manutenção, menos sendo aviões praticamente novos e modernos (Mirage2000-5). Os EAU é outro exemplo, estão querendo se livrar de seus modernissimos Mirage2000-9 mas devem continuar utilizando os seus F-16E/F por muitos anos ainda!!!helio escreveu:Prick escreveu
"Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins."
Não Prick,não é piada de mau gosto, é a realidade, os europeus são muito mais economicos em compras e produção. Somente sucessos de vendas que tiveram uma produção elevada fazem maior quantidade de sobressalentes.
Mesmo assim temos os Mirage III, um dos maiores sucessos de exportação da história, não tem mais peças no mercado, obrigando a desativar todos. Enquanto isso o contemporaneo F-5.....continua voando até na Suiça. O MIII coitado é só na Argentina,Paquistão e Libano( que belos exemplos!!!)
Os EUA pela encomenda maciça que fazem para as proprias FA garantem a existencia de sobressalentes. Os demonios americanos fazem equipamentos muito mais longevos que os europeus. Guardadas as exceções que sempre existem, é um fato.
Abraços
Hélio
Antes que o Prick queira me jogar na fogueira, não estou querendo dizer que o Mirage2000 seja um avião ruim mas acho que ninguém tem dúvidas que a cada ano sua operação tem se tornado mais onerosa, ao contrário do F-16, que ainda tem dispertado interesse de clientes por ser hoje a opção que talvez seja o melhor custo/benefício do mercado de PRATILEIRA!
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- brasil70
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Estava lendo no Wikipedia sobre a Engesa, eu procurava informações sobre a nova empresa que foi recriada ou reativada com o mesmo nome e acabei encontrado isso:
(Recentemente, um grupo europeu se encontrou com o governo federal e "ressuscitou" a Engesa. Ainda não há previsão para a volta concreta, mas pode ser que o primeiro projeto seja atualizar o EE-T1 Osório e começar a fabricá-lo em série.)
link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engesa
Os amigos sabem dizer se é verdade isso?
(Recentemente, um grupo europeu se encontrou com o governo federal e "ressuscitou" a Engesa. Ainda não há previsão para a volta concreta, mas pode ser que o primeiro projeto seja atualizar o EE-T1 Osório e começar a fabricá-lo em série.)
link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engesa
Os amigos sabem dizer se é verdade isso?
"O que tem que ser feito, tem que ser bem feito, tem que ser perfeito.
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Outra duvida sobre a Engesa. No wiki diz que foi a Embraer foi quem comprou a principal instalação da empresa, sendo assim, a Embraer ficou com os projetos da Engesa ou estou enganado?
(A falência da empresa foi decretada em outubro de 1993. Os problemas da empresa começaram com o calote de US$ 200 milhões do Iraque e no fracasso de vendas dos tanques pesados Osório, onde a Engesa investiu todas as suas reservas. A principal instalação industrial da empresa em São José dos Campos foi vendida em 2001 para a Embraer.)
fonte: wiki*
(A falência da empresa foi decretada em outubro de 1993. Os problemas da empresa começaram com o calote de US$ 200 milhões do Iraque e no fracasso de vendas dos tanques pesados Osório, onde a Engesa investiu todas as suas reservas. A principal instalação industrial da empresa em São José dos Campos foi vendida em 2001 para a Embraer.)
fonte: wiki*
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- Bolovo
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Não. A Embraer comprou o prédio da Engesa, as instalações, só isso. Falam que os antigos projetos etc estão com a Imbel.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Caramba!! Helio se os europeus não querem fazer estoques ou fazem pouco o problema é deles. O nosso problema é querer cobrar dos Europeus, o que NÓS deveríamos estar fazendo. Oras o que um brasileiro tem direito de cobrar que alguém faça estoques, para que nós depois podermos comprar peças baratas? É isso que está subentendedido em seu pensamento!!! Ou você não percebeu? Nenhuma europeu tem qualquer obrigação de fazer estoque de coisa nenhuma, eles não estão reclamando disso. Se nós compramos material sucateado, sem garantia, é problema nosso, e não do vendedor!!helio escreveu:Prick escreveu
"Já vi gente aqui lamentando que os europeus não fazem grandes estoques, isso é piada de mau gosto. E depois vem falar de M-60, já falei, vivem do passado revivendo experiências e tradições ruins."
Não Prick,não é piada de mau gosto, é a realidade, os europeus são muito mais economicos em compras e produção. Somente sucessos de vendas que tiveram uma produção elevada fazem maior quantidade de sobressalentes.
Mesmo assim temos os Mirage III, um dos maiores sucessos de exportação da história, não tem mais peças no mercado, obrigando a desativar todos. Enquanto isso o contemporaneo F-5.....continua voando até na Suiça. O MIII coitado é só na Argentina,Paquistão e Libano( que belos exemplos!!!)
Os EUA pela encomenda maciça que fazem para as proprias FA garantem a existencia de sobressalentes. Os demonios americanos fazem equipamentos muito mais longevos que os europeus. Guardadas as exceções que sempre existem, é um fato.
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