Fórum Defesa Brasil

thelmo rodrigues escreveu:

gaitero escreveu: 2 dias aós o fim dos testes, o MD e o MEAE, já sabiam quem era o caça que melhor atenderia a nova Estratégia Nacional de Defesa...

Apenas 2 dias depois....

Será que agora o pessoal se conforma???

A FAB não apresentou um relatório conclusivo, mas preparou uma planilha onde os pontos altos e baixos de cada avião era representado por cores (azul, amarelo e vermelho). O Alto Comando da Aeronáutica não endossou um cheque em branco para a COPAC. Os quatro-estrelas colocaram um bocado de azul na linha do F/A-18E/F

Em função desse ponto, Jobim devolveu o documento, pedindo que fosse refeito dentro dos parâmetros da Estratégia Nacional de Defesa, que privilegia o repotenciamento da indústria nacional.

Os valores limpos para as células são de US$ 50 milhões para o caça da SAAB, US$ 55 milhões para o Super Hornet e € 54 milhões para o avião francês. Com manutenção os valores sobem para US$ 70 milhões, US$ 80 milhões e € 74 milhões, respectivamente.

Santiago escreveu:

Jobim fará relatório próprio sobre caças para levar a Lula
Ministro da Defesa poderá rever critérios que levaram FAB a escolher avião sueco

Jobim deve dar mais peso a pontos de interesse do Planalto, que prefere o caça francês, para alterar documento da Aeronáutica

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu próprio relatório sobre a renovação da frota da Força Aérea Brasileira, podendo rever o critério de pontuação dos seis itens avaliados tecnicamente para cada avião e que, confrontados, deram o primeiro lugar ao sueco Gripen NG, fabricado pela empresa Saab. "É importante ver se a pontuação [do relatório da FAB] bate com a posição da gente, que é baseada na Estratégia Nacional de Defesa e dá prioridade à transferência de tecnologia", disse Jobim à Folha.

A Aeronáutica manteve o ranking antecipado pela Folha na última terça-feira para a compra dos 36 caças por até R$ 10 bilhões: o Gripen NG em primeiro lugar, o F-18 da Boeing norte-americana, em segundo, e o Rafale, da Dassault francesa, em terceiro. O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu "parceiro estratégico", com o qual assinou grande acordo militar em 2009.

Jobim, porém, irá analisar todas as informações e a confrontação de dados e poderá fazer a reavaliação do sistema de pesos e notas para cada critério antes de levar uma posição da Defesa a Lula, a quem cabe a decisão final da compra. Como hipótese: a Aeronáutica pontua mais a questão operacional (20%) e menos a contrapartida comercial (15%), e Jobim não descarta, em tese, inverter esse peso.

No limite, uma mexida assim pode até mesmo resultar numa mudança no ranking. Ninguém no governo admite abertamente a possibilidade, apesar da preferência pelos Rafale. A Aeronáutica formalizou entre anteontem e ontem a entrega do seu relatório final a Jobim -que, entretanto, já o conhecia desde o final do ano passado, quando foi ratificado pelo comando da Força Aérea.

O trabalho foi dividido em três partes: uma peça "master" com 390 páginas, um "sumário" com 117 (incluindo sete com a definição de abreviaturas) e uma apresentação em Power Point com as explicações sobre a metodologia e comparando as vantagens e desvantagens dos finalistas.

Todo o material foi enviado em um pen drive para Jobim, que está em férias, passou por Brasília nesta semana e só retorna à Defesa na próxima segunda-feira, mesmo dia em que Lula voltará a dar expediente.

Jobim pretende estudar o conteúdo do relatório, preparar uma coluna de dúvidas (pontos que não entender) e outra com questionamentos (sobre dados com os quais não concorda) e depois se reunir com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

"Vou analisar tudo, tirar dúvidas, avaliar o sistema de cálculos e levar as minhas conclusões para o presidente Lula. A decisão depende dele, e vou levar o máximo de análise que possa ajudá-lo nessa decisão", disse o ministro.

Ao contrário da Aeronáutica, que quer decidir a questão o mais rapidamente possível para evitar a contaminação do ano eleitoral, Jobim disse que não tem pressa. Ele acha que a reunião com Lula pode acontecer na semana que vem, mas alerta que, antes de qualquer anúncio oficial, ainda será necessário ouvir o Conselho de Defesa Nacional para ratificar a decisão do presidente.

O conselho é apenas consultivo. Mas participam dele os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney, e há o temor em setores do governo de que um deles, senão ambos, possa insistir em pedir vista do processo, o que seria difícil de negar politicamente. Além disso, seria uma forma de levar o assunto para debate no Congresso, o que poderia acabar arrastando o desfecho da compra durante meses.

O relatório da FAB foi feito pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), presidida pelo brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, um oficial aviador com MBA em projeto pela Fundação Getulio Vargas. Reuniu cerca de 30 mil páginas, em quase um ano de trabalho, com viagens internacionais, consultas e confronto de dados.

São seis os critérios analisados pela Aeronáutica: técnica (garantias e adequação à necessidade brasileira); operacional (logística, armamento e capacidade de carregamento de armas); transferência de tecnologia (em que níveis); "offset" (contrapartida da empresa vencedora em investimentos tecnológicos); comercial (preços e condições de pagamento) e gerenciamento do programa (pelos próximos 30 anos).

Foi do confronto desses critérios, com um peso decisivo dado ao fator preço, que o Gripen NG acabou escolhido. O avião, que tem um protótipo demonstrador voando há mais de um ano, é um desenvolvimento de duas gerações anteriores do mesmo caça. Assim, o pacote ficou mais atrativo para a Aeronáutica por compartilhar métodos de produção. Além disso, mais leve e monomotor, tem custo de operação mais baixo.

Emilio Carlos escreveu:Kirk

Você fica falando em preço o tempo todo e julgando que a direção do país não tem mais competência que o seu Manoel da Padaria...
Preço é o menor problema do Rafale amigo.
A "direção do país" entende de aviões tanto quanto o Sr. Manoel da Padaria. (Absolutamente NADA)
A única fonte de informações e respaldo do GF, a FAB e Copac, foram sumariamente IGNORADOS.

Veja um post citando o Luis Nassif umas 15 páginas atrás e pode ser que sua cabeça se abra um pouco e vc perceba que a complexidade do jogo é muito grande para ficar nessa lenga lenga de preço e de que a FAB tá de mau com o GF e esperneia contra a hierarquia usando os meios escusos de um vazamento de informação.
A FAB não é composta de idiotas que deixariam um relatório verdadeiro vazar para uma jornalista e com isso quebrar a hierarquia militar afrontando o chefe. No seu devido tempo a verdade será restaurada e o "vazamento" desmentido, pois eu acho que foi uma jogada de mestre para baixar o preço do caça dos sonhos da FAB.
Como já disse, a FAB não é composta de idiotas, a parceria estratégica com a França é a única maneira de preservar escala de produção para o único fornecedor independente de armamentos avançados em todo o mundo atualmente. É estratégico para o Brasil se associar à França para produzir sob licença o que precisa hoje e participar no financiamento, no desenvolvimento e na escala de produção dos armamentos futuros, que cada vez mais caros, não permitem mais que um país sozinho os produza de forma vertical.
EXCELENTE, proponho a instauração de nosso GF em Paris. Belissima independência, Fabicar caças "sob-licença" da Dassault ! ÓTIMO muito bom para o país.

A França nunca se acertou nesse campo com a Inglaterra e Alemanha e tem optado por caminhos independentes em armamentos e espaço há muitos anos. Muitos paises europeus preferiram comprar Starfighter e F-16 a comprar da França desde os anos 50, por rivalidades regionais e o Eurofighter é só exemplo mais recente.
A parceria com a França foi operacionalizada com orgãos estatais franceses como o DCNS a custos razoáveis, mas a Dassault não sendo estatal, tentou aproveitar para "valorizar o passe", exigindo todo esse teatro de mídia gerado pelo governo.
Sim a França é um poço de independência, não tem soldados no Afeganistão lutando lado a lado com americanos, não ocupa a presidência temporária do OTAN, é praticamente um adversário dos gringos.

Ou alguém acredita de fato que o GF falou de bobeira em Setembro de sua preferência pelos franceses? A reação foi de desespero da SAAB e em menor grau da Boeing, baixando preços uma e prometendo tudo e mais um pouco a outra.
Criou uma situação de fato onde o preço do Rafale ficou muito caro e foi pra mídia, a pressão não foi suficiente e o "vazamento do relatório" completou o serviço, pois corria o risco de melar a parceria caso o GF desistisse de pagar o custo político de em ano de eleição, comprar muito caro um produto que "é só pra milico ficar brincando" como imagina boa parte da imprensa. Acredito que a Dassault e o governo francês perceberam que corria o risco de não sair nada, pois o Lula tem o hábito de não decidir nada se a pressão é muito forte, é conciliador por natureza. Fecharam em um preço adequado e deu o que era esperado desde o início.
Vc pensou tudo isso sozinho ou tem alguma fonte de informações?


Acho que os caças da short-list já tinham seus papéis definidos desde o começo:
Concordo!

Rafale era o preferido mas precisava baixar o preço, fazia parte da parceria estratégica e podia ser extendido para a Marinha, já tendo voado no São Paulo quando era Foch, perfeito.
Super Hornet era um avião incrível, perfeito do ponto de vista do piloto, mas politicamente não tinha chance, os americanos são simplesmente sacanas demais para serem levados a sério, só a suprema arrogância deles é que os fêz achar que tinham chance e que nós ainda compramos contas de vidro e espelhinhos do homem branco.
Gripen NG é o reconhecimento de um erro estratégico da SAAB quando fez o JAS-39 Gripen para as configurações de uso da Fligvapnet, esqueceram que precisavam de escala de produção e não poderiam fazer o sucessor do Gripen sem ganhar dinheiro com exportação, simplesmente é caro demais fazer um caça de quinta geração sozinhos, a fundo perdido do estado pra depois exportar se der... Tentaram então fazer um caça-tampão para exportar e precisam desesperadamente do Brasil pra ser o primeiro e viabilizar esse caça-níqueis, aí prometem tudo e mais um pouco, a função dele na short-list era ser o mais barato e puxar o preço médio pra baixo, cumpriu su missão com louvor, mas jamais teve chance por ser tão comprometido com os americanos como o SH e nem sequer ser um projeto real.
Se minhas opiniões e avaliações acima estiverem certas, teremos Rafale ao mesmo preço da Armé de l'Air e uma parceria fortalecida com a França. A Saab não vai falir por isso, mas só vai fazer um novo caça se procurar parceiros e esse caça não será o NG, esse morreu!!!!!!!!!
Quam sabe se Brasil, França e Suécia não se unem para fazer um sucessor do Rafale ou um Improved Rafale de quinta geração? Dividem custos, escala de produção e conhecimentos, aí fica viável exportar e seria o complemento ideal para os Rafales franceses e brasileiros.
O GPF-X2 deveria contratá-lo, estão perdendo uma GRANDE AUTORIDADE no assunto.

Portanto caro kirk, os borgs franceses já chegaram e assimilaram a frota estelar, não adianta resistir!!!!rsrsrs

P44 escreveu:oh kirk, e se para variar colocasses uma fonte credivel, ao invés da cantanhede?

é que já cansa, sempre a mm conversa

e essa da "á revelia" , a FAB só tem de aceitar decisão SUPERIOR governamental e presidencial.

Não gostam? Demitam-se!
Pensava que o Brasil já não era governado pelos adorados milicos...

Hader escreveu:So me diz uma coisa Kirk (olha eu saindo da varanda... ): qual a razão que faz o texto da FSP mais crível que o texto da Pêpe?

Skyway escreveu:Então tá kirk...vão me chamar de louco mas...me diga porque o Rafale está sendo imposto?

A FAB não apresentou um relatório conclusivo, mas preparou uma planilha onde os pontos altos e baixos de cada avião era representado por cores (azul, amarelo e vermelho). O Alto Comando da Aeronáutica não endossou um cheque em branco para a COPAC. Os quatro-estrelas colocaram um bocado de azul na linha do F/A-18E/F

Em função desse ponto, Jobim devolveu o documento, pedindo que fosse refeito dentro dos parâmetros da Estratégia Nacional de Defesa, que privilegia o repotenciamento da indústria nacional.

Os valores limpos para as células são de US$ 50 milhões para o caça da SAAB, US$ 55 milhões para o Super Hornet e € 54 milhões para o avião francês. Com manutenção os valores sobem para US$ 70 milhões, US$ 80 milhões e € 74 milhões, respectivamente.

cb_lima escreveu:

Skyway escreveu:Então tá kirk...vão me chamar de louco mas...me diga porque o Rafale está sendo imposto?

O pior é que não é nada mal como aeronave 'imposta'...

Vendo a situação da FA Argentina por exemplo, e ver nos 'imporem' Rafales chega a ser triste...

Desculpe... a risada foi "involuntária"

[]s
CB_Lima

Rafale, a saga

Os franceses oram a Joana D’Arc pelo Brasil: Kuwait e Grécia desistiram de comprar caças de combate Rafale, a Líbia cozinha o contrato, e o Marrocos preferiu os F-16s americanos.

Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

Wolfgang escreveu:O resultado não sai essa semana. O NJ está indo para os EUA hoje.

Skyway escreveu:

Wolfgang escreveu:O resultado não sai essa semana. O NJ está indo para os EUA hoje.

E quando volta?