Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Enviado: Seg Jan 12, 2009 2:23 pm
Edu Lopes escreveu:Cadê??? Meto-lhe a torá!Guilherme escreveu: Parece que Israel se apoderou da transmissão. Agora o streaming é do canal 10 de Israel. Bela judia apresentando o programa de notícias neste momento.
Calma Túlio, isto é democraciaTúlio escreveu:Baita votação, muito representativa: dos 'contras', tirando os BRICs, que parecem ainda não se dar conta de que o são e continuam insistindo em 'terceiro-mundices', só dá paiseco mulambento, queria saber o que deu no Chile e na África do Sul para entrarem nessa fria, ambos sabem o que devem a Israel...
Meus respeitos ao solitário mas digno CANADÁ: tem que escrever seu nome em maiúsculas mesmo, talvez desperte uma certa potência emergente que insiste em agir como republiqueta das bananas...
Se essa criança é terrorista, é um pésimo terrorista porque ela se borrou toda antes de morrerTúlio escreveu: Meus respeitos ao solitário mas digno CANADÁ: tem que escrever seu nome em maiúsculas mesmo, talvez desperte uma certa potência emergente que insiste em agir como republiqueta das bananas...
Guerra da opinião
A ministra das relações exteriores de Israel, Tzipi Livni, é líder do partido do governo, e candidata a premier. Uma bomba matou um líder do Hamas e suas quatro mulheres. Com qual lado o Ocidente tem mais chance de se identificar? Naturalmente, com o israelense. Mas o que a imprensa mundial tem trazido diariamente são reportagens em tom cada vez mais forte de condenação a Israel.
Uma atitude contemporânea em relação à mulher é apenas um dos vários trunfos de Israel na guerra da comunicação. A distância entre o respeito conquistado há anos pelas mulheres israelenses e uma cultura que ainda permite a poligamia é gigantesca. Livni não é um caso isolado num país que já teve Golda Meir no comando do governo nos anos 70, tem mulheres nas Forças Armadas e em qualquer espaço da vida política e econômica do país. As quatro mulheres do líder morto também não são um caso isolado do lado árabe, cujas leis ainda aceitam esse sistema medieval. A poligamia é uma forma radical de submissão da mulher, completamente fora do tempo, seja qual for a religião ou a cultura onde ocorra.
Israel vem dilapidando o patrimônio dos valores comuns. Tem explodido dia após dia todos os seus trunfos na guerra pela opinião pública: quando cerceia a imprensa, quando faz uma exibição arrogante e desproporcional de poder bélico, quando encurrala os palestinos, quando usa armas proibidas pela Convenção de Genebra, quando mata integrantes de um comboio humanitário, quando bombardeia escolas da ONU.
O ataque de Israel ocorre em momento estratégico: o governo Bush está no fim, o presidente eleito Barack Obama está de mãos atadas e Israel está às vésperas das eleições. Obama já assume diante do fato consumado e tendo que fazer melindrosos movimentos para tentar se diferenciar do governo anterior, sem revogar o que há de permanente na diplomacia americana. Assumirá numa saia justa: prometeu mudanças; que mudanças poderá fazer?
Já Israel vive mais uma antecipação das eleições, que deveriam ser só em 2010. E a disputa de novo é entre a direita do Likud, de Benjamin Netanyahu, e o Kadima, de centro. A guerra ajudaria o Kadima a superar denúncias de corrupção e ainda convencer eleitores atraídos pelo radicalismo do Likud. Mas quem tem crescido é o Partido Trabalhista, de Ehud Barack, ministro da Defesa, que dobrou o número de cadeiras que pode conquistar, reforçando seu papel de pivô em qualquer coalizão.
Seja pelo xadrez político israelense, seja pelo vácuo de poder nos Estados Unidos, o momento é estratégico para Israel, mas na economia é péssima hora. O país cresceu, durante cinco anos, a uma taxa de 5% ao ano. Estava num bom momento em 2006, no conflito com o Hezbollah, no Líbano. Agora, o Banco Central reduziu os juros e as previsões de crescimento de 2009 caíram de 4% para 1%, mas há previsões de recessão no país. O desemprego aumentou e pode aumentar ainda mais, porque fábricas, perto da fronteira, de produtos químicos, máquinas agrícolas e informática tiveram que obedecer às ordens governamentais de suspender o funcionamento. O déficit público é de 5% do PIB, a dívida pública de 64% do PIB e o governo gasta de US$ 25 milhões a US$ 50 milhões diariamente com a guerra. A crise financeira mundial pode minguar as remessas da comunidade judaica para o país, porque as empresas estão descapitalizadas, e os ganhos de capital, reduzidos.
O conflito Israel-Árabes é uma tragédia tão velha que se banalizou. Só atrai mais atenção quando há eventos extremos. No Oriente Médio ocorre o que as ciências sociais chamam de “conflito intratável”, uma polarização radicalizada, na qual há setores extremistas não dispostos à negociação, e quem se beneficie com o impasse, nos dois campos em conflito. Por isso o mundo vê, há décadas, acordos de paz desrespeitados, ondas de intensificação das hostilidades, vítimas inocentes de lado a lado, e a pulverização de grupos rivais entre os árabes. Parece óbvio que tanto Israel quanto um estado palestino têm o direito de existir, e ambos têm que se limitar às suas fronteiras. Mas a lógica e a sensatez não parecem frequentar aquela região do planeta.
O jogo diplomático é desequilibrado pelo peso do apoio incondicional dos EUA a Israel. Nada é aprovado no Conselho de Segurança da ONU que contrarie os interesses israelenses. Sem equilíbrio, não há uma força neutra capaz de constranger os dois lados.
Esse ataque teve o poder de capturar a atenção mundial pelas cenas diárias de barbárie que vão deixando Israel isolado. Mesmo a imprensa americana, que sempre foi pró-Israel, mostra irritação com a limitação do trabalho dos jornalistas e indignação diante de fatos como o quadro flagrado pela Cruz Vermelha: crianças definhando junto aos corpos de suas mães e soldados israelenses, a 100 metros, negando socorro a elas.
Israel tem inegável poder de fogo, mas está correndo muitos riscos. A crise econômica global pode piorar a conjuntura interna; a violência do ataque pode costurar alianças entre grupos árabes; as cenas diárias das crianças palestinas mortas são dolorosas demais e vão erodindo o apoio que Israel sempre teve.
O que eu acho????Adriano Mt escreveu:Brasil vota por investigação em Gaza
DO SITE DO CONSELHO , LINK AQUI > http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas concluiu na manhã de hoje a nona sessão especial sobre as graves violações de direitos humanos nos Territórios Ocupados da Palestina, incluindo a recente agressão contra a Faixa de Gaza ocupada, e adotou uma resolução na qual condenou duramente a atual operação militar israelense que resultou em violações maciças dos direitos humanos do povo palestino, e pediu ao poder de ocupação, Israel, que retire imediatamente suas forças de Gaza. O Conselho também decidiu despachar uma missão internacional independente para investigar todas as violações de direitos humanos e leis humanitárias internacionais cometidas pelo poder de ocupação contra o povo palestino nos Territórios Ocupados da Palestina.
Na resolução, adotada por 33 votos a favor, um contra e 13 abstenções, o conselho pediu a cessação imediata dos ataques militares de Israel aos Territórios Palestinos Ocupados e pediu ao poder de ocupação que encerre sua ocupação de todas as terras palestinas que vem de 1967, e que respeite seu compromisso com o processo de paz que visa ao estabelecimento de um estado palestino independente e soberano com Jerusalem leste como capital.
O Conselho também pediu ao poder de ocupação que pare de alvejar civis e instalações e pessoal médico e suspenda a destruição sistemática da herança cultural [palestina]. Pediu também que o poder de ocupação levante o cerco e abra as fronteiras de Gaza. Também pediu ao secretário-geral das Nações Unidas que investigue os ataques às instalações da Agência das Nações Unidas de serviços humanitários (UNRWA) em Gaza, inclusive escolas, que resultaram na morte de dezenas de civis palestinos, inclusive mulheres e crianças.
Resultado da votação:
A FAVOR (33): Angola, Argentina, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Bolívia, Brasil, Burkina Faso, Chile, China, Cuba, Djibouti, Egito, Gabão, Gana, Índia, Indonesia, Jordânia, Madagascar, Malásia, ilhas Maurício, México, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Qatar, Rússia, Arábia Saudita, Senegal, África do Sul, Uruguai e Zâmbia.
CONTRA (1):Canadá.
ABSTENÇÕES (13): Bosnia e Herzegovina, Camarões, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Coréia do Sul, Eslováquia, Eslovênia, Suiça, Ucrânia e Grã Bretanha.
E ai pessoal o que acham ?
Túlio escreveu:Baita votação, muito representativa: dos 'contras', tirando os BRICs, que parecem ainda não se dar conta de que o são e continuam insistindo em 'terceiro-mundices', só dá paiseco mulambento, queria saber o que deu no Chile e na África do Sul para entrarem nessa fria, ambos sabem o que devem a Israel...
Meus respeitos ao solitário mas digno CANADÁ: tem que escrever seu nome em maiúsculas mesmo, talvez desperte uma certa potência emergente que insiste em agir como republiqueta das bananas...