Merkel quer fazer a Europa forte outra vez
Foto: Michael Kappeler/dpa
Telma MIGUEL
O lema da presidência alemã mostra a crescente hostilidade de Merkel e da Europa contra Trump.
O slogan da presidência alemã do Conselho da União Europeia - que vai de 1 de julho até ao fim de 2020 - não podia traduzir melhor o corrente estado de espírito de Angela Merkel em relação à América de Donald Trump. No site da presidência alemã, que foi esta semana lançado, na versão original as palavras “Gemeinsam. Europa Wieder stark machen” traduzem-se num “Juntos. Vamos tornar a Europa forte outra vez”.
Na versão em inglês e em francês, no entanto, a confrontação com o slogan da campanha presidencial de Donald Trump está escondida num menos ostensivo “Juntos pela recuperação económica”. A ideia de tornar a Europa uma nova potência geopolítica na sequência da retirada de Trump das várias plataformas internacionais não é nova, mas tem crescido nas declarações dos responsáveis da União Europeia e também em Berlim. Na altura, em que a chanceler alemã e o presidente francês Emmanuel Macron propuseram um plano de 500 mill milhões de euros, no passado dia 20, também apostaram numa ideia de aliviar as regras da concorrência na Europa para criar “campeões” industriais que pudessem competir com os grandes colossos internacionais dos EUA, da China, do Japão e da Coreia do Sul.
Uma relação forte, mas não hostil, com a China
Por outro lado, Merkel anunciou uma estratégia que a presidência alemã vai desenvolver de lidar com a China , “mostrando a união” de todos os países contra a tentativa de o capital chinês “comprar” a Europa a baixo custo. A China vai ser uma prioridade da presidência alemã e a cimeira a 14 de setembro entres todos os líderes europeus e o presidente XI Jinping será o culminar dessas negociações. O que põe em evidência uma estratégia oposta à que foi encetada esta semana por Trump, quando anunciou o corte das relações especiais com Hong Kong e o fim das prestações dos EUA à Organização Mundial de Saúde, por alegadamente esta organização ter entrado em conluio com o governo chinês na pandemia da covid-19.
Merkel recusa ir a Washington
Uma prova de que Merkel já nem se preocupa em mostrar boas maneiras para com Trump foi a recusa, na sexta-feira, dia 29, de participar na cimeira presencial dos G7 no final de junho, para a qual Trump estava a convidar os líderes para Washington como evidência de que o mundo estava a voltar à normalidade. O presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou mas Merkel respondeu que dada a situação mundial não podia concordar em estar em pessoa na Casa Branca. Os Estados Unidos detêm este ano a presidência dos G7 e cabe por isso a Trump fazer de mestre de cerimónias, mas não lhe tem corrido bem. Primeiro, pelo escândalo de ter previsto receber os líderes mundiais num seu resort na Florida, e agora por ter em plena pandemia, e com os EUA em estado de emergência também com as manifestações pela morte de George Floyd, ter tentado furar o bloqueio e fazer-se fotografar em Washington com outros líderes mundiais.
Entretanto, este sábado, Trump anunciou que vai adiar para o outono a realização da cimeira. E, cada vez com menos amigos entre os G7, avisou que pretende convidar a Rússia, a Austrália, a Índia e a Coreia do Sul, a juntar-se ao grupo dos países mais ricos , porque entende que a atual formação é “um grupo muito ultrapassado, que já não representa bem o que se passa no mundo”.
O Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo reúne-se anualmente para debater várias questões e inclui a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
https://www.wort.lu/pt/mundo/merkel-que ... 784e35ed32
União Europeia
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Re: União Europeia
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Re: União Europeia
Uma Europa forte como outrora só no dia que os europeus desmamarem das tetas do tio Sam.
abs
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Re: União Europeia
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Re: União Europeia
Eu ia comentar no post do @FCarvalho mas aí ele ia RESPONDER , assim, uso este. De facto, a Europa era poderosíssima antes da chegada dos malvados ianques imperialistas FACHOS*, que se deu nos anos 40 do século passado. Levando-se em conta as diferenças tecnológicas em relação aos dias de hoje, não é difícil admitir que qualquer um dos chamados Países-Centrais (UK, Alemanha e França, e descontando Espanha por estar destroçada pela Guerra Civil) Europeus tinha maior poderio bélico do que a UE inteira atualmente.
E o que faziam com isso tudo? Matavam-se alegremente uns aos outros! O que sobrava usavam no resto do mundo (Ásia, África, América Latina e, por mais de um século, América do Norte também; lembrar que em 1814 os brits sozinhos tiveram a ousadia de tomar Washington e tacar fogo em tudo, Casa Branca incluída). Era PODER em sua expressão máxima, não havia canto do planeta em que se estivesse a salvo se algum Europeu resolvia que a gente merecia umas porretadas, mas gostavam mesmo era de usá-lo entre si.
Então apareceu um ianque particularmente malandro, chamado Franklin Delano Roosevelt (FDR), que se ligou que podia matar dois pássaros com a mesma pedrada: desatolar de vez da tremenda crise em que seu País ainda estava involucrado e se tornar indiscutivelmente mais poderoso e influente do que toda a Europa junta, o que incluía "herdar", na prática, o grosso dos impérios coloniais Europeus. Quando a coisa estava realmente pegando fogo na Europa ele estava DOIDO para entrar na farra mas seu Povo era contra, nada de mandar a garotada ir morrer nas guerras dos outros. E veio o "milagre" de Pearl Harbor, a doidíssima declaração "solidária" de guerra do véio Adolf ele teve carta branca. E usou magistralmente**! Seu sucessor aproveitou para passar os arreios nos Europeus inquietos e brigões, primeiro mantendo tropas poderosíssimas no Continente, recusando-se a removê-las após a 2GM e em seguida criando a OTAN/NATO***.
O que vemos hoje, aqui das colómnias, é a Defesa sendo vista pelos Europeus como uma mera questão de Mercado, não de Soberania: os "gaijos" não conseguem sequer padronizar uma Pst ou Fz, quanto mais um MBT, caça ou belonave. E as "rebeldias" da Frau Merckel podem parecer grande coisa hoje, mas lembrem do que fazia De Gaulle nos anos 60 e se as reconhece pelo que são. O Françuá não apenas tirou a França da OTAN como ainda botou pra correr as tropas que estavam em seu território! E a FrauHitler Merckel acha que incomoda fazendo beicinho por uma reunião do G7...
E notem, é novamente questão de DINHEIRO, não de SOBERANIA****!
NOTAS
* - Nem sei porque escrevi isso, quotei o post de um "gaijo" que progressivamente se torna mais e mais FAXIXTX do que EU PRÓPRIO, POWS!!!
** - Ou seja, não apenas tocou o horror na alemoada (e, por tabela, no resto dos Europeus, ao verem a baita capacidade de destruição dos "mestiços degenerados") mas, e aí não encontro referência história mas gosto da teoria, deve ter tido, pessoalmente e/ou através de seus famosos "emissários informais", umas CONVERSAS CABULOSAS só com o Stalin, este pensando que estavam dividindo o mundo pós-guerra mas na verdade tratava-se de impor um bicho-papão (Bogeyman) que evitaria que voltassem a se matar uns aos outros, o que é ruim para os negócios, e ainda aceitassem aliviados a presença (política, militar e econômica) constante dos malvados ianques. Numa divertida analogia com JOHN WICK, os EUA eram "o cara que a gente chama para matar o Baba Yaga"...
*** - A OTAN/NATO não nasceu do nada, antes dela o Tommy e o Françuá tentaram fazer um clubinho só deles, depois chamaram Bélgica, Holanda e Luxemburgo porque não tinham força suficiente, tentaram com mais alguns e necas então, vendo que estavam no mesmo ponto em que tinham estado antes de a Alemanha lhes dar um couro (e agora o Bogeyman era o mesmo que tinha arrasado a mesma Alemanha) tiveram que aceitar a presença (armada) com prazo indefinido do John Wick entre eles, só assim estariam seguros ante o Baba Yaga . Pelo menos pararam de se matar e passaram a progredir, e não é pouca coisa, pelo menos não para quem passou bem mais de mil anos fazendo isso; mas viciaram em ser defendidos pelos EUA, e é vício dos brabos, pior que cachaça e cigarro JUNTOS!
**** - Li vários posts, especialmente do @cabeça de martelo, sobre quantias fabulosas que irão unificar a Defesa da Europa, só não entendo como se encaixam em um contexto onde os que têm sua própria BID a defendem com unhas e dentes. Alguém aí consegue imaginar o Françuá deixando a Dassault ser engolida pela Airbus (que de Francesa só tem a fama e muitos produtos) ou a Alemanha abrindo mão da KMW e ThyssenKrupp? Vão sonhando. E, com o BREXIT, são os dois Países-Chave restantes da UE!
PS.: comecei este post zoando o FCarvalho pelos textões e fiz PIOR!
E o que faziam com isso tudo? Matavam-se alegremente uns aos outros! O que sobrava usavam no resto do mundo (Ásia, África, América Latina e, por mais de um século, América do Norte também; lembrar que em 1814 os brits sozinhos tiveram a ousadia de tomar Washington e tacar fogo em tudo, Casa Branca incluída). Era PODER em sua expressão máxima, não havia canto do planeta em que se estivesse a salvo se algum Europeu resolvia que a gente merecia umas porretadas, mas gostavam mesmo era de usá-lo entre si.
Então apareceu um ianque particularmente malandro, chamado Franklin Delano Roosevelt (FDR), que se ligou que podia matar dois pássaros com a mesma pedrada: desatolar de vez da tremenda crise em que seu País ainda estava involucrado e se tornar indiscutivelmente mais poderoso e influente do que toda a Europa junta, o que incluía "herdar", na prática, o grosso dos impérios coloniais Europeus. Quando a coisa estava realmente pegando fogo na Europa ele estava DOIDO para entrar na farra mas seu Povo era contra, nada de mandar a garotada ir morrer nas guerras dos outros. E veio o "milagre" de Pearl Harbor, a doidíssima declaração "solidária" de guerra do véio Adolf ele teve carta branca. E usou magistralmente**! Seu sucessor aproveitou para passar os arreios nos Europeus inquietos e brigões, primeiro mantendo tropas poderosíssimas no Continente, recusando-se a removê-las após a 2GM e em seguida criando a OTAN/NATO***.
O que vemos hoje, aqui das colómnias, é a Defesa sendo vista pelos Europeus como uma mera questão de Mercado, não de Soberania: os "gaijos" não conseguem sequer padronizar uma Pst ou Fz, quanto mais um MBT, caça ou belonave. E as "rebeldias" da Frau Merckel podem parecer grande coisa hoje, mas lembrem do que fazia De Gaulle nos anos 60 e se as reconhece pelo que são. O Françuá não apenas tirou a França da OTAN como ainda botou pra correr as tropas que estavam em seu território! E a Frau
E notem, é novamente questão de DINHEIRO, não de SOBERANIA****!
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* - Nem sei porque escrevi isso, quotei o post de um "gaijo" que progressivamente se torna mais e mais FAXIXTX do que EU PRÓPRIO, POWS!!!
** - Ou seja, não apenas tocou o horror na alemoada (e, por tabela, no resto dos Europeus, ao verem a baita capacidade de destruição dos "mestiços degenerados") mas, e aí não encontro referência história mas gosto da teoria, deve ter tido, pessoalmente e/ou através de seus famosos "emissários informais", umas CONVERSAS CABULOSAS só com o Stalin, este pensando que estavam dividindo o mundo pós-guerra mas na verdade tratava-se de impor um bicho-papão (Bogeyman) que evitaria que voltassem a se matar uns aos outros, o que é ruim para os negócios, e ainda aceitassem aliviados a presença (política, militar e econômica) constante dos malvados ianques. Numa divertida analogia com JOHN WICK, os EUA eram "o cara que a gente chama para matar o Baba Yaga"...
*** - A OTAN/NATO não nasceu do nada, antes dela o Tommy e o Françuá tentaram fazer um clubinho só deles, depois chamaram Bélgica, Holanda e Luxemburgo porque não tinham força suficiente, tentaram com mais alguns e necas então, vendo que estavam no mesmo ponto em que tinham estado antes de a Alemanha lhes dar um couro (e agora o Bogeyman era o mesmo que tinha arrasado a mesma Alemanha) tiveram que aceitar a presença (armada) com prazo indefinido do John Wick entre eles, só assim estariam seguros ante o Baba Yaga . Pelo menos pararam de se matar e passaram a progredir, e não é pouca coisa, pelo menos não para quem passou bem mais de mil anos fazendo isso; mas viciaram em ser defendidos pelos EUA, e é vício dos brabos, pior que cachaça e cigarro JUNTOS!
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Re: União Europeia
Só te esqueceste de duas coisinhas insignificantes...A Europa em ruinas e o tio Estaline ás portas sem ser convidado
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Re: União Europeia
Hehehe
https://rr.sapo.pt/2020/07/14/mundo/cos ... medium=rss
Primeiro-ministro considera "centrais" as questões das liberdades, democracia e Estado de direito. No entanto, defende, na discussão relativa ao programa de recuperação financeira da União Europeia "aquilo que importa assegurar é um adequado controlo do uso dos fundos europeus”.
https://rr.sapo.pt/2020/07/14/mundo/cos ... medium=rss
Primeiro-ministro considera "centrais" as questões das liberdades, democracia e Estado de direito. No entanto, defende, na discussão relativa ao programa de recuperação financeira da União Europeia "aquilo que importa assegurar é um adequado controlo do uso dos fundos europeus”.
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Re: União Europeia
Embora o Reino Unido tenha deixado a UE, vou postar a notícia aqui...
Governo britânico decide proibir Huawei em rede 5G do Reino Unido
Os operadores não poderão comprar componentes 5G da empresa a partir do final deste ano
14/07/2020 | 11h32
https://link.estadao.com.br/noticias/em ... 0003363501
Governo britânico decide proibir Huawei em rede 5G do Reino Unido
Os operadores não poderão comprar componentes 5G da empresa a partir do final deste ano
14/07/2020 | 11h32
https://link.estadao.com.br/noticias/em ... 0003363501
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Re: União Europeia
Bruxelas prepara ‘ataque legal’ sem precedentes aos países com vantagens fiscais para multinacionais
Por Sonia Bexiga
A Comissão Europeia está a ultimar uma ofensiva legal para reduzir as vantagens fiscais que Estados como a Irlanda, Malta ou Holanda oferecem às multinacionais, de acordo com o Financial Times.
Com esta medida, a Comissão pretende financiar os gastos de milhões de dólares que muitos países enfrentam após a pandemia do novo coronavírus, sendo que alguns dos países que hoje defendem empréstimos para ajudar as economias mais afetadas pela pandemia, como a Irlanda ou a Holanda, aproveitam as as folgas legais para oferecer condições fiscais atraentes para as grandes multinacionais nos seus territórios.
Na mira da presidente Ursula von der Leyen estão a Irlanda, Holanda, Bélgica e o Luxemburgo.
A décima terceira tentativa do Executivo da Comunidade de pôr fim a essas práticas é com o artigo 116 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que permite identificar práticas tributárias que causam distorções no mercado comum.
O recurso jurídico permite a Bruxelas solicitar aos Estados-Membros que as retifiquem e, se não o fizerem, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu poderão intervir, tomando as iniciativas legislativas necessárias para eliminar a distorção das regras internas de cada país.
Importa destacar que pode mesmo levar os países infratores ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).
A força maior deste artigo é fazer com que a Comissão não precise de unanimidade no Conselho Europeu para que as medidas tributárias prevaleçam sob as práticas abusivas em alguns países. No final do processo, apenas será necessário o apoio de pelo menos 55% dos membros do Conselho (pelo menos quinze e representando os Estados-Membros que reúnem pelo menos 65% da população da União).
Diferentemente da legislação tributária comum na UE, a iniciativa exigiria apenas o apoio de uma maioria qualificada dos 27 estados membros da UE, em vez do apoio unânime de todos os países, o que restringe a capacidade do governo de exercer uma veto. A medida também precisaria da aprovação do Parlamento Europeu.
Na mira da presidente Ursula von der Leyen estão a Irlanda, Holanda, Bélgica e o Luxemburgo.
A partir do terceiro trimestre, a Comissão vai avançar com mais iniciativas nesta matéria, nomeadamente, um plano de ação contra a sonegação fiscal e a simplificação dos regimes tributários, e ainda uma iniciativa não legislativa sobre boa governação tributária na UE e no exterior, e a revisão da diretiva sobre o intercâmbio automático de informações fiscais.
Por Sonia Bexiga
A Comissão Europeia está a ultimar uma ofensiva legal para reduzir as vantagens fiscais que Estados como a Irlanda, Malta ou Holanda oferecem às multinacionais, de acordo com o Financial Times.
Com esta medida, a Comissão pretende financiar os gastos de milhões de dólares que muitos países enfrentam após a pandemia do novo coronavírus, sendo que alguns dos países que hoje defendem empréstimos para ajudar as economias mais afetadas pela pandemia, como a Irlanda ou a Holanda, aproveitam as as folgas legais para oferecer condições fiscais atraentes para as grandes multinacionais nos seus territórios.
Na mira da presidente Ursula von der Leyen estão a Irlanda, Holanda, Bélgica e o Luxemburgo.
A décima terceira tentativa do Executivo da Comunidade de pôr fim a essas práticas é com o artigo 116 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que permite identificar práticas tributárias que causam distorções no mercado comum.
O recurso jurídico permite a Bruxelas solicitar aos Estados-Membros que as retifiquem e, se não o fizerem, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu poderão intervir, tomando as iniciativas legislativas necessárias para eliminar a distorção das regras internas de cada país.
Importa destacar que pode mesmo levar os países infratores ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).
A força maior deste artigo é fazer com que a Comissão não precise de unanimidade no Conselho Europeu para que as medidas tributárias prevaleçam sob as práticas abusivas em alguns países. No final do processo, apenas será necessário o apoio de pelo menos 55% dos membros do Conselho (pelo menos quinze e representando os Estados-Membros que reúnem pelo menos 65% da população da União).
Diferentemente da legislação tributária comum na UE, a iniciativa exigiria apenas o apoio de uma maioria qualificada dos 27 estados membros da UE, em vez do apoio unânime de todos os países, o que restringe a capacidade do governo de exercer uma veto. A medida também precisaria da aprovação do Parlamento Europeu.
Na mira da presidente Ursula von der Leyen estão a Irlanda, Holanda, Bélgica e o Luxemburgo.
A partir do terceiro trimestre, a Comissão vai avançar com mais iniciativas nesta matéria, nomeadamente, um plano de ação contra a sonegação fiscal e a simplificação dos regimes tributários, e ainda uma iniciativa não legislativa sobre boa governação tributária na UE e no exterior, e a revisão da diretiva sobre o intercâmbio automático de informações fiscais.
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Re: União Europeia
^^A notícia do dia é que a Apple economiza 12 bilhões em impostos não pagos para os europeus
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Re: União Europeia
Incrível, não?!manuel.liste escreveu: ↑Qua Jul 15, 2020 11:32 am ^^A notícia do dia é que a Apple economiza 12 bilhões em impostos não pagos para os europeus
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Re: União Europeia
cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Jul 15, 2020 1:18 pmIncrível, não?!manuel.liste escreveu: ↑Qua Jul 15, 2020 11:32 am ^^A notícia do dia é que a Apple economiza 12 bilhões em impostos não pagos para os europeus
E estão usando aparentemente muito bem este guito:
https://www.reuters.com/article/us-foxc ... ce=twitter
https://macmagazine.uol.com.br/post/202 ... -na-india/
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Re: União Europeia
INTERVENÇÃO EMOCIONAL DE MICHEL
Como presidente do Conselho Europeu, Charles Michel tem a tarefa de ser um "corretor honesto" entre os 27 países membros da UE, o que significa servir como árbitro objetivo e, ao mesmo tempo, defender o espaço onde o acordo comum - e o interesse da UE - provavelmente será encontrado e servido.
Durante a discussão do jantar na cúpula de domingo à noite, na qual se disse que vários líderes fizeram declarações emocionais, Michel insistiu vigorosamente em pedir aos líderes que encontrassem consenso sobre um acordo, observando as circunstâncias extraordinárias da pandemia de coronavírus e o choque econômico que os acompanha.
Em suas observações, Michel começou observando o número humano da pandemia e a responsabilidade da UE como potência mundial para enfrentar a crise. E ele enfatizou seus próprios esforços para intermediar um acordo.
"Hoje, no mundo, atravessamos as 600.000 mortes e estamos enfrentando uma crise sem precedentes", afirmou Michel.
"A UE é uma das grandes potências econômicas do mundo", continuou ele. “Vejo na minha posição o quão importante era, construir unidade entre nós, escutar um ao outro. Eu ouvi atentamente cada um de vocês. Foi-me dito muito que as doações são demais. Abaixei o valor pela primeira vez, depois pela segunda vez.
Michel também apontou que, em resposta às demandas dos países frugal, ele trabalhou tanto para reduzir o tamanho geral do plano orçamentário central de sete anos quanto para elaborar uma proposta de governança intermediária para regular o desembolso de fundos de recuperação.
"Também propus reduzir a quantidade do QFP", disse ele. “Também me disseram que, para aceitar as doações, eram necessárias condições muito rígidas de governança por falta de confiança. Nós trabalhamos nesse assunto e temos algo no sentido desejado. ”
Michel observou que havia trabalhado para aumentar o desconto do orçamento para os países frugales e também continuaria pressionando por uma disposição de compromisso sobre o estado de direito que permitiria ao Conselho, por maioria qualificada, interromper o fluxo de fundos da UE para um país que viola sistematicamente os princípios fundamentais da democracia.
Para concluir, Michel exortou os líderes a encontrar um acordo e apresentar uma frente unida aos seus próprios cidadãos e ao mundo.
“Portanto, a questão é a seguinte: os 27 líderes responsáveis pelos povos da Europa são capazes de construir a unidade e a confiança na Europa”, ele perguntou. "Ou, através de uma lágrima, apresentaremos o rosto de uma Europa fraca, minada pela desconfiança?"
"Ao longo das negociações, ouvi todos, demonstrei o maior respeito", disse Michel. “Meu desejo é que cheguemos a um acordo e que os jornais europeus manchem amanhã o fato de a UE ter alcançado uma missão impossível. É isso que tenho no meu coração.
Como presidente do Conselho Europeu, Charles Michel tem a tarefa de ser um "corretor honesto" entre os 27 países membros da UE, o que significa servir como árbitro objetivo e, ao mesmo tempo, defender o espaço onde o acordo comum - e o interesse da UE - provavelmente será encontrado e servido.
Durante a discussão do jantar na cúpula de domingo à noite, na qual se disse que vários líderes fizeram declarações emocionais, Michel insistiu vigorosamente em pedir aos líderes que encontrassem consenso sobre um acordo, observando as circunstâncias extraordinárias da pandemia de coronavírus e o choque econômico que os acompanha.
Em suas observações, Michel começou observando o número humano da pandemia e a responsabilidade da UE como potência mundial para enfrentar a crise. E ele enfatizou seus próprios esforços para intermediar um acordo.
"Hoje, no mundo, atravessamos as 600.000 mortes e estamos enfrentando uma crise sem precedentes", afirmou Michel.
"A UE é uma das grandes potências econômicas do mundo", continuou ele. “Vejo na minha posição o quão importante era, construir unidade entre nós, escutar um ao outro. Eu ouvi atentamente cada um de vocês. Foi-me dito muito que as doações são demais. Abaixei o valor pela primeira vez, depois pela segunda vez.
Michel também apontou que, em resposta às demandas dos países frugal, ele trabalhou tanto para reduzir o tamanho geral do plano orçamentário central de sete anos quanto para elaborar uma proposta de governança intermediária para regular o desembolso de fundos de recuperação.
"Também propus reduzir a quantidade do QFP", disse ele. “Também me disseram que, para aceitar as doações, eram necessárias condições muito rígidas de governança por falta de confiança. Nós trabalhamos nesse assunto e temos algo no sentido desejado. ”
Michel observou que havia trabalhado para aumentar o desconto do orçamento para os países frugales e também continuaria pressionando por uma disposição de compromisso sobre o estado de direito que permitiria ao Conselho, por maioria qualificada, interromper o fluxo de fundos da UE para um país que viola sistematicamente os princípios fundamentais da democracia.
Para concluir, Michel exortou os líderes a encontrar um acordo e apresentar uma frente unida aos seus próprios cidadãos e ao mundo.
“Portanto, a questão é a seguinte: os 27 líderes responsáveis pelos povos da Europa são capazes de construir a unidade e a confiança na Europa”, ele perguntou. "Ou, através de uma lágrima, apresentaremos o rosto de uma Europa fraca, minada pela desconfiança?"
"Ao longo das negociações, ouvi todos, demonstrei o maior respeito", disse Michel. “Meu desejo é que cheguemos a um acordo e que os jornais europeus manchem amanhã o fato de a UE ter alcançado uma missão impossível. É isso que tenho no meu coração.
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Re: União Europeia
O que são "Países frugais"???
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Re: União Europeia
São os que não querem dar dinheiro aos outros
https://eco.sapo.pt/2020/07/20/momentos ... acusacoes/
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Re: União Europeia
Finalmente os 27 países da UE chegam a acordo sobre todos os programas financeiros de 2021-2027!
Chegam a acordo não só em relação ao Fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros (390 mil milhões a Fundo perdido, dos quais 15,3 mil milhões são para Portugal, + 360 mil milhões de empréstimos, nos quais Portugal tem direito a 10,8 mil milhões), mas também chegaram a acordo para o novo Quadro de Financiamento Comunitário, que já se arrastava à meses e que ainda padecia do problema Brexit que afectava a definição final do valor. O Novo Quadro Comunitário vai ter um valor global de 1,074 biliões de euros e vai ter um período de vigência de 2021 a 2027.
Neste novo Quadro Comunitário, é preciso referir que Portugal perde 3 mil milhões de euros, passa de 32,7 mil milhões do quadro comunitário anterior para 29,8 mil milhões para o novo quadro a iniciar em 2021 (a marosca de dizer que os fundos aumentaram 37% em relação ao quadro anterior, que o Costa referiu, deve-se ao facto de somar os 15,3 mil milhões do Fundo de Recuperação ao Covid........ são as estratégias do costume para referir que ele é hábil e conseguiu mais dinheiro).
Resumidamente, Portugal tem direito a:
- Fundo de Recuperação (fundo perdido) = 15,3 mil milhões de euros;
- Empréstimos relacionados com o Fundo de Recuperação = 10,8 mil milhões de euros;
- Novo Quadro Comunitário 2021-2027 = 29,8 mil milhões de euros.
É muito dinheiro que o país pode utilizar (esperar que não haja mais delírios do tipo das nacionalizações de bancos, TAP.........), ao todo são 55,9 mil milhões de euros de 2021 a 2027 destinados a Portugal.
Repartição do Fundo de emergência da UE:
Fontes:
https://observador.pt/2020/07/20/lidere ... e-cimeira/
https://24.sapo.pt/economia/artigos/con ... ao-algarve
(do FD)
Chegam a acordo não só em relação ao Fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros (390 mil milhões a Fundo perdido, dos quais 15,3 mil milhões são para Portugal, + 360 mil milhões de empréstimos, nos quais Portugal tem direito a 10,8 mil milhões), mas também chegaram a acordo para o novo Quadro de Financiamento Comunitário, que já se arrastava à meses e que ainda padecia do problema Brexit que afectava a definição final do valor. O Novo Quadro Comunitário vai ter um valor global de 1,074 biliões de euros e vai ter um período de vigência de 2021 a 2027.
Neste novo Quadro Comunitário, é preciso referir que Portugal perde 3 mil milhões de euros, passa de 32,7 mil milhões do quadro comunitário anterior para 29,8 mil milhões para o novo quadro a iniciar em 2021 (a marosca de dizer que os fundos aumentaram 37% em relação ao quadro anterior, que o Costa referiu, deve-se ao facto de somar os 15,3 mil milhões do Fundo de Recuperação ao Covid........ são as estratégias do costume para referir que ele é hábil e conseguiu mais dinheiro).
Resumidamente, Portugal tem direito a:
- Fundo de Recuperação (fundo perdido) = 15,3 mil milhões de euros;
- Empréstimos relacionados com o Fundo de Recuperação = 10,8 mil milhões de euros;
- Novo Quadro Comunitário 2021-2027 = 29,8 mil milhões de euros.
É muito dinheiro que o país pode utilizar (esperar que não haja mais delírios do tipo das nacionalizações de bancos, TAP.........), ao todo são 55,9 mil milhões de euros de 2021 a 2027 destinados a Portugal.
Repartição do Fundo de emergência da UE:
Fontes:
https://observador.pt/2020/07/20/lidere ... e-cimeira/
https://24.sapo.pt/economia/artigos/con ... ao-algarve
(do FD)
Triste sina ter nascido português