ascensão das tensões na Europa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: ascensão das tensões na Europa

#346 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Mar 29, 2014 10:43 am

cabeça de martelo escreveu:"Nós [alemães e austríacos] somos os únicos que cumprem horários. Somos os únicos que começam a trabalhar às nove em vez de às onze", disse ainda Mölzer, argumentando que a Europa vai a caminho de se tornar "o caos total".
Ué?

Aqui no Brasil começamos a trabalhar às 08:00h, e tem muita gente que entra até mais cedo. Bando de vagabundos estes alemães e austríacos :twisted: :twisted: :twisted: :roll: !


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Re: ascensão das tensões na Europa

#347 Mensagem por Bourne » Sáb Mar 29, 2014 11:50 am

cabeça de martelo escreveu:Essa é a questão, então e a livre circulação de pessoas e bens na UE?! Isto não viola tudo o que está acordado e assinado? :evil: :roll: [006]
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[005]

Oras pois, por que achas que a livre circulação de bens, serviços e pessoas não prosperou na UE? Os países do norte não querem arcar com os custos de receber ondas de imigração, esperado devido a assimetria entre os países da UE.

A solução passa pela redução da assimetria e desenvolvimento dos periféricos, mas ainda sem medidas profundas para tal. Por exemplo, centralizar o endividamento público europeu em um título comum, emitido por uma entidade comum com menores juros, maior prazo e controle. A medida seria suficiente para tirar a pressão especulativa e de recessão de curto prazo dos países mais frágeis, mas não será aprovada tão cedo devido aos do norte não quererem se envolver. Outra medida interessante de longo prazo seria a centralização e padronização dos benefícios da rede de proteção social e condições de trabalho, mas possível apenas se as assimetrias forem reduzidas com a criação de uma sistema complementar. O que também não avança como deveria.

Depois de tudo isso pode se pensar na livre circulação de bens, serviços e pessoas. A imigração estaria baseada em opções pessoais de carreira e não fuga da pobreza. Diferente dos dias atuais em que a liberdade é do sistema financeiro em permitir a livre especulação. Normalmente, os capitais vindo dos países centrais para faturar nos periféricos, aproveitando a maior taxa de juros e consumidores simpáticos em se endividar até as ceroulas, sem ter condições de pagar.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#348 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mar 29, 2014 12:07 pm

LeandroGCard escreveu:
cabeça de martelo escreveu:"Nós [alemães e austríacos] somos os únicos que cumprem horários. Somos os únicos que começam a trabalhar às nove em vez de às onze", disse ainda Mölzer, argumentando que a Europa vai a caminho de se tornar "o caos total".
Ué?

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Ah, antes que esqueça-me, o tempo é controlado por uma máquina que para picares tens que colocar o teu dedo de forma a que a dita máquina identifique a tua impressão digital. Depois os dados são enviados para a central onde fica guardado toda essa informação. No final do mês tens que confirmar no PC se faltaste algum dia, se chegaste atrasado, etc. Em caso de não conformidade... estás lixado!




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Re: ascensão das tensões na Europa

#349 Mensagem por P44 » Sáb Mar 29, 2014 1:09 pm

cabeça de martelo escreveu:Portugueses trabalham pouco, diz eurodeputado austríaco


passos coelho gosta disto.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#350 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 29, 2014 10:12 pm

cabeça de martelo escreveu:
LeandroGCard escreveu:Ué?
Aqui no Brasil começamos a trabalhar às 08:00h, e tem muita gente que entra até mais cedo. Bando de vagabundos estes alemães e austríacos :twisted: :twisted: :twisted: :roll: !
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Já cheguei a trabalhar das 05.30h às 23h30, directo! Agora trabalho das 10h00 às 19h00, ganho um pouco melhor. :roll:
Ah, antes que esqueça-me, o tempo é controlado por uma máquina que para picares tens que colocar o teu dedo de forma a que a dita máquina identifique a tua impressão digital. Depois os dados são enviados para a central onde fica guardado toda essa informação. No final do mês tens que confirmar no PC se faltaste algum dia, se chegaste atrasado, etc. Em caso de não conformidade... estás lixado!
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Re: ascensão das tensões na Europa

#351 Mensagem por demis » Qua Abr 02, 2014 8:02 am

cabeça de martelo escreveu:Essa é a questão, então e a livre circulação de pessoas e bens na UE?! Isto não viola tudo o que está acordado e assinado? :evil: :roll: [006]
Amigo,está a confundir as coisas. Livre circulação nada tem a ver com instalar-se noutro país para mamar subsidios à conta de quem trabalha.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#352 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 02, 2014 8:58 am

Tretas!

De qualquer maneira o Português vai para a Alemanha para receber subsidios? Se os recebe é porque descontou um período minimo tal como em Portugal. E os períodos em que as pessoas recebem os subsidios de desemprego são cada vez mais curtos.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#353 Mensagem por pt » Qua Abr 02, 2014 11:53 am

bourne escreveu:Oras pois, por que achas que a livre circulação de bens, serviços e pessoas não prosperou na UE? Os países do norte não querem arcar com os custos de receber ondas de imigração, esperado devido a assimetria entre os países da UE.
Mas não prosperou como ?
Quais são os dados que você tem para afirmar isso?

O que não aconteceu, foi a transformação da Europa nos Estados Unidos da Europa, com uma circulação de pessoas bens e serviços como acontece nos Estados Unidos.
Visto desse ponto de vista a UE não são os EUA e isso é evidente.

Agora afirmar que não funciona, não me parece lógico.
Ainda ontem vi uma notícia engraçada. Numa pequena cidade do Algarve em Portugal, nos últimos meses são os ingleses e os franceses que estão na frente da compra de casas.
Na Espanha, os ingleses compram casas para passar o verão. Nas ilhas baleares são os alemães que controlam.
Os cidadãos europeus têm facilidade de movimentação de tal forma que Portugal vende «golden visas» aos chineses, que eles compram em grandes quantidades porque além de poderem comprar casa em Portugal eles podem viajar livremente para toda a UE.

Isto tudo para não falar na questão da moeda. Quem sai dos países de Chengen ou trabalha em empresas de importação ou exportação, sabe o que isso significa. Todos os negócios de exportação e importação ficaram muito mais simples.
Neste caso os ingleses aparecem um pouco de fora, porque são como um país estrangeiro, onde não existe Euro.

A moeda única tem muitos críticos porque impôs regras que são inspiradas nas alemãs, mas tem vantagens de que ninguém fala e só falaria no dia em que acabase o Euro.


Uma coisa é não ter atingido em menos de 20 anos o objetivo de criar os Estados Unidos da Europa. Outra coisa muito diferente é dizer que o sistema não prosperou ...




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Re: ascensão das tensões na Europa

#354 Mensagem por hades767676 » Dom Mai 25, 2014 11:07 am

Nicolas Sarkozy propõe fim da igualdade dos Estados na União Europeia
Ex-Presidente francês entra na campanha eleitoral para as europeias e defende a suspensão dos acordos de Schengen e o fim do "mito" da igualdade entre todos os Estados membros da UE.

A hipótese de uma vitória em França dos nacionalistas da Frente Nacional (FN, de Marine le Pen) nas eleições europeias do próximo domingo anima a fase final da campanha eleitoral naquele país.

Num artigo publicado esta quinta-feira em França e na Alemanha, respetivamente no semanário "Le Point" e no diário "Die Welt", o antigo Presidente Nicolas Sarkozy aborda o problema da imigração na Europa, defendendo a "suspensão imediata" dos acordos de Schengen sobre a livre circulação de pessoas na União Europeia.

Referência máxima do partido UMP (direita francesa), Sarkozy defende a negociação de "um Schengen II" que, segundo ele, apenas deverá integrar os países que "previamente adotem uma mesma política de imigração". A crítica às políticas de imigração na UE é um dos temas dominantes da campanha eleitoral da FN em França.

Quanto ao funcionamento da União, Nicolas Sarkozy propõe, na prática, a institucionalização de um diretório franco-alemão para a governar. "Temos de deixar de acreditar no mito da igualdade dos direitos e das responsabilidades entre todos os Estados membros", escreve. No artigo, cita designadamente os exemplos de Malta, Chipre e Luxemburgo, para dizer que eles, economicamente, "não têm as mesmas responsabilidades que a França, a Alemanha e a Itália".

Propondo também uma forte redução das competências da Comissão de Bruxelas, afirma: "É à Alemanha e à França que cabe assumir a maior parte da responsabilidade na condução do governo económico da zona euro".

Para as eleições do próximo domingo, as últimas sondagens apontam, em França para a vitória da Frente Nacional, seguida da UMP e do PS, atualmente no poder em Paris.

http://expresso.sapo.pt/nicolas-sarkozy ... z32ji6Lj31




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Re: ascensão das tensões na Europa

#355 Mensagem por Boss » Dom Mai 25, 2014 11:32 am

Pelos comentários, não só nessa notícia, mas em outras sobre o tema, aparentemente alguns portugueses já jogaram sua nacionalidade no lixo para serem só "europeus".




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Re: ascensão das tensões na Europa

#356 Mensagem por Bourne » Dom Mai 25, 2014 12:51 pm

O tipo de integração proposta para UE só funciona se os estados tiverem direitos iguais. Porém, tratados de forma diferente por serem diferentes, buscando homogenizar as condições de cada estado e região, com objetivo de atingir o mesmo grau de desenvolvimento dos países avançados. Não é área de livre comércio. É um coisa muito mais profunda envolvendo integração política e estrutural.

A criação de uma política fiscal centralizada, dívida soberana unificada, políticas de proteção social são pressupostos da união monetária funcionar. Qualquer estrutura teórica coloca como fundamental como evitar distorções e reduzir disparidades. A livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais é outros pressuposto importante para integração européia e monetária funcionar. É preciso de uma política integrado dentro da zona. Isso é básico. Não tem nada a ver com EUA. Projetos políticos de integração entre países soberanos e tão diferentes seguem caminhos novos, ainda não trilhados com grandes conflitos políticos e problemas internos de cada país.

A Europa empacou nos problemas internos na avanço de integração. Os países ricos do norte e, por pressuposto, responsáveis por arcar com a redução das desigualdades e ceder, não o fazem. O exemplo recente é imposição de políticas fiscal austeras para periferia que se transformaram como resgate financeiro do sistema bancário dos países centrais, especialmente Alemanha. Ao mesmo tempo em que aprofunda a desigualdade e não fornece um plano para redução da fragilidade de curto prazo ou um plano agressivo para integração desses países.

O projeto atual não avança ou saí do atoleiro. Precisa de uma reforma profunda que só ocorrerá quando a Alemanha sentir na pele a necessidade de liderar uma reforma. Ela não virá de uma periferia agonizante, pois os líderes não se importam. Mais uma década de estagnação, desemprego e achatamento de salários na periferia é irrelevante para os países centrais. Enquanto não atingir os alemães nada mudará.

O próprio debate sobre o futuro da UE não é evidente entre políticos e burocratas, que parecem ignorar as criticas e debates do mundo acadêmico, trocadas pelas políticas de austeridade. A descrença em relação a política de austeridade é o padrão, pois não resolver os problemas econômicos ou políticos, sem indicar de fato uma reformulação e melhora do projeto. Apenas quem está na estrutura burocrática da UE e países envolvidos defende a solução de austeridade. O que não é solução, mas sim um remendo para preservar os países centrais e fugir das pressões políticas internas de não gastar recursos com os países periféricos.

O Nicolas Sarkozy acima propõe aceitar a UE é um fracasso e o projeto de integração original inviável. Portanto, a reforma é no sentido de regredir, dar maios liberdade aos países membros, eximindo de responsabilidades França e Alemanha. Seia uma forma de retornar aos tempos da CEE. Não sei se é ruim, pois a CEE funcionava relativamente bem. Pelo lança um debate. O problema é que aí terá que alterar a estrutura de funcionamento do banco central europeu, do euro e regras de política fiscal e endividamento de cada membro. Sem isso, logo vem outra crise pior que essa, acentuada pela moeda única, integração do sistema bancário conjugada com ataques especulativos aos países periféricos.

------------

leituras recomendadas
The European Economy since 1945: Coordinated Capitalism and Beyond (Princeton Economic History of the Western World)
EICHENGREEN, Barry

In 1945, many Europeans still heated with coal, cooled their food with ice, and lacked indoor plumbing. Today, things could hardly be more different. Over the second half of the twentieth century, the average European's buying power tripled, while working hours fell by a third. The European Economy since 1945 is a broad, accessible, forthright account of the extraordinary development of Europe's economy since the end of World War II. Barry Eichengreen argues that the continent's history has been critical to its economic performance, and that it will continue to be so going forward.

Challenging standard views that basic economic forces were behind postwar Europe's success, Eichengreen shows how Western Europe in particular inherited a set of institutions singularly well suited to the economic circumstances that reigned for almost three decades. Economic growth was facilitated by solidarity-centered trade unions, cohesive employers' associations, and growth-minded governments--all legacies of Europe's earlier history. For example, these institutions worked together to mobilize savings, finance investment, and stabilize wages.

However, this inheritance of economic and social institutions that was the solution until around 1973--when Europe had to switch from growth based on brute-force investment and the acquisition of known technologies to growth based on increased efficiency and innovation--then became the problem.

Thus, the key questions for the future are whether Europe and its constituent nations can now adapt their institutions to the needs of a globalized knowledge economy, and whether in doing so, the continent's distinctive history will be an obstacle or an asset.

Series: Princeton Economic History of the Western World
Paperback: 520 pages
Publisher: Princeton University Press (July 21, 2008)
Language: English

Europe's Deadlock: How the Euro Crisis Could Be Solved - And Why It Won't Happen

David Marsh

This short, fiercely argued book explains how five years of continuous crisis management not only have failed to resolve the Eurozone’s problems but have actually made things worse. While austerity-wracked nations descend into misery and resentment, creditor countries fear that they will be forced to subsidize their weaker brethren indefinitely. Constructive dialogue has collapsed as European decisionmaking descends into terrified paralysis, and the potential paths out of the impasse are blocked by indecision and incompetence at the top.

As voters in Greece and Italy rebel against externally imposed hardship, and the sums needed to bail out failed economies reach ever more staggering proportions, the contradictions at the heart of the European project are becoming more and more obvious. Marsh warns that the current succession of complex technical fixes cannot sustain the Eurozone on life support indefinitely. Radical solutions are on offer, but without leaders who are strong and principled enough to push them through, Europe risks a depressing future of permanent decline.

Paperback: 144 pages
Publisher: Yale University Press (August 28, 2013)
Language: English
ISBN-10: 0300201206
ISBN-13: 978-0300201208
Product Dimensions: 7.6 x 6 x 0.5 inches




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Re: ascensão das tensões na Europa

#357 Mensagem por Bourne » Sex Mai 30, 2014 6:26 am

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Re: ascensão das tensões na Europa

#358 Mensagem por zela » Sex Mai 30, 2014 10:53 am

Sobre a extrema direita...
Mulher não deveria ter direito a voto”, diz polonês eleito para a UE
Por Leandro Colon
30/05/14 05:13


Com sua tradicional gravata borboleta, o polonês Janusz Korwin-Mikke, 72, novo membro do Parlamento Europeu, defendeu todo seu conservadorismo e um discurso anti-União Europeia. Disse, por exemplo, ser contra o voto feminino e propagou a educação à base de chicotes.

Na quinta (29), fui recebido por ele em Varsóvia na sede do seu partido, o KNP, que obteve 500 mil votos e levou quatro cadeiras – pela primeira vez terá vaga na UE, se somando à onda extremista que abalou a eleição do Parlamento.

Reportagem publicada na edição impressa da Folha desta sexta (30) conta essa história. Antes da eleição, era apenas um conservador falando o que queria. Agora, ganhou voz na condição de deputado.

Abaixo, segue a íntegra da entrevista:

O sr. é xenófobo?
Absolutamente, não. Sou um conservador libertário. Só que os imigrantes vêm para a Europa porque querem benefícios sociais, qualquer um quer isso. É esse o problema. Não podemos dar benefícios sociais, sou contra isso.

Num país como o Brasil, benefícios sociais são importantes.
Lógico que não. Todo mundo que dá dinheiro para desempregado deveria ter as mãos cortadas. É muito melhor colocar dinheiro para contratar, o capitalismo é quem cria empregos e não o governo. O governo taxa o capitalismo e não cria empregos.

Li uma declaração do sr. afirmando que hospitais, por exemplo, jamais devem ser públicos.
Sim, claro que não devem ser. É muito mais barato você não pagar impostos, mas pagar por médicos e enfermeiras.

E como a população mais pobre pagaria os médicos?
Eles são pobres porque precisam pagar impostos para isso, não têm dinheiro porque pagam médicos. Aí, pagam pelo médico e pelas burocracias do Estado. Veja na educação. Um garoto de família rica quase sempre tem uma alta educação. Mas os de famílias pobres não vão para as universidades, são inteligentes, têm habilidades e vão pagar impostos para os ricos estudarem.

Por que o senhor acha que mulheres não poderiam votar?
Uma vez a Margareth Thatcher me disse: ‘só fui eleita primeira-ministra do Reino Unido porque tive apoio dos homens’. As mulheres votam em homens. Mulheres não podem votar porque preferem não votar em mulheres. Acho que elas teriam mais chances de governar se não votasssem. Na Polônia, eu fui candidato a presidente. Havia uma mulher entre os candidatos. Ela gastou muito mais do que eu. Eu consegui duas vezes mais votos do que ela. Se mulheres preferissem mulheres, ela teria mais.

No Brasil, a presidente é uma mulher…
Provavelmente, por causa dos votos e apoio dos homens, pode checar. Num time de mulheres de basquetebol, voleibol, quem é o treinador? Um homem. As mulheres não querem ser comandadas por mulheres.

O senhor tem certeza disso?
Sim, isso está provado. Não é por que estão preparadas ou não para votar, mas porque a maioria vota em homens. É mais apropriado então não votar porque teriam mais chance de serem eleitas.

O senhor disse mesmo que Hitler não sabia do Holocausto?
Sim, eu disse. Não há prova de que ele tenha tido conhecimento disso. É estranho dizer isso, mas é verdade. Não nego que o Holocausto existiu, mas não há prova de que ele soubesse.

Outra coisa que li é que o senhor defende castigo à base de chicotes a jovens infratores em vez de detenção.
Claro, claro! Se você coloca um jovem na prisão, ele perde um, dois anos de sua vida.

O sr. educou seus filhos dessa maneira?
Sim.

Com chicote?
Sim, às vezes.

Nós temos uma lei no Brasil chamada “lei da palmada”, contra educação com violência.
Isso é coisa de país fascista, que diz o que tenho que fazer com meus filhos. Nos países livres, os filhos não são do Estado. Tenho seis filhos. O Estado não tem direito de dizer como devo educá-los.

O que o sr. pretende fazer no Parlamento Europeu?
Parlamento significa falar, falar. Minha prioridade será falar e convencer as pessoas do que penso sobre a União Europeia. O Brasil desenvolveu porque não faz parte da UE, não foi ocupado por ela. Se você se inscreve na UE, você não desenvolve mais. Mais de 70% de nosso desenvolvimento é antes de fazer parte da UE. É um estado burocrático, que paralisa todo o desenvolvimento.

Como o senhor vê o desempenho de partidos anti-UE na eleição do Parlamento em outros países?
A população quer ser livre da ocupação da UE, dessa burocracia, dos capitães.

E como avalia o seu partido ter obtido quatro cadeiras?
Não achei bom, esperava sete, mas sofremos muitos ataques.
FONTE: http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.b ... para-a-ue/




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Re: ascensão das tensões na Europa

#359 Mensagem por P44 » Sex Mai 30, 2014 3:29 pm

Quando os eurodeputados eleitos no último domingo tomarem posse, estará formado o Parlamento Europeu mais eurocético, mais anti-imigração e mais de extrema direita de sempre.

Frente Nacional (França)

Jean Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, presidido atualmente pela sua filha, Marine, fez manchetes a semana passada ao sugerir que o Ébola poderia resolver o problema da imigração na Europa "em três meses". Noutra ocasião, Le Pen classificou as câmaras de gás do holocausto como "um pequeno pormenor".

Partido Nacional Democrático (Alemanha)

O neo-nazi PND faz campanha baseado na ideia de travar a imigração, com slogans como "o barco está cheio" e insistindo que a Europa "é um continente de brancos".

Aurora Dourada (Grécia)

O partido ultra-nacionalista grego, cujo líder tem uma cruz suástica tatuada, conquistou os seus primeiros lugares no Parlamento Europeu. Tem vários dos seus membros na prisão por fazerem parte de uma organização criminosa. O partido insiste que não é nem criminoso nem neo-nazi e agora o terceiro mais votado na Grécia.

Partido dos Finlandeses (Finlândia)

Eurocético, antes conhecido como o Partido dos Verdadeiros Finlandeses, tem surgido em várias polémicas. Em 2011, um elemento foi multado por comentários que fez no seu blogue contra os muçulmanos, enquanto outro recusou um convite para as celebrações do Dia da Independência porque não queria ver casais do mesmo sexo.

Partido do Povo Dinamarquês (Dinamarca)

Conquistou quase 27% dos votos e duplicou o número de eurodeputados, com o fundador do partido a defender que a Dinamarca não é um país onde a imigração é natural ou bemvinda.

Partido da Liberdade (Holanda)

A extrema-direita holandesa é conhecida pelo seu criticismo feroz ao Islão. O líder, Geert Wilders, é conhecido por dizer "Eu não odeio os muçulmanos, eu odeio o Islão" e luta pelo repatriamento de todos os muçulmanos atualmente no país. Mantém quatro lugares no PE.

Movimento por uma Hungria Melhor (Hungria)

Um dos mais óbvios partidos neo-nazis no Parlamento Europeu, manteve o resultado e os seus três assentos. Defende que os residentes judeus assinem um registo especial, classificando-os como um "risco para a segurança nacional".

Partido da Liberdade da Áustria (Áustria)

O partido de extrema-direita duplicou, para quatro, o número de representantes, com a bandeira da anti-imigração, em particular a muçulmana. O líder, Heinz-Christian Strache, no entanto, diz que não é racista porque "come kebabs".

Liga Norte (Itália)

"A África não tem produzido grandes génios, como se pode ver na enciclopédia do Rato Mickey", é a visão de um dos antigos eurodeputados do partido, que cresceu 6% nos votos.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/os-9-partidos-de-e ... z32qOf4cKz

(falta na lista acima o UKIP, UK Independence Party, que defende a saida do UK da UE e quotas para a emigração)




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Re: ascensão das tensões na Europa

#360 Mensagem por pt » Sáb Mai 31, 2014 6:17 am

Sou um conservador libertário.
Libertário ou Liberal, é a designação que os partidos fascistas modernos dão a sim mesmos.

Já não à fascistas, são todos liberais-democratas.
Entre os partidos fascistas mais representados tempos por exemplo o Partido Liberal Democrático da Russia.

Este senhor polaco, vem na linha do Zhirinovski.
O engraçado, é que a esmagadora maioria deles, têm a Russia como referência, o que deveria levar a mais análises sobre as razões que levam os extremistas comunistas a estar de mão dada com os estremistas fascistas na defesa do que eles dizem ser a defesa da civilização.

Mulher deve ir para casa fazer a comida e cuidar das criãças.
Mulher não pode votar, e mulher grávida nem deve ter emprego.
Homosexual deve ser morto e o cadaver exposto em praça pública.
A liberdade deve ser controlada.
A Internet deve ser alvo de vigilância e cada país deve ter a sua


E depois temos os paladinos destes criminosos, a defende-los, caindo na velha armadilha de dizer que as democracias são iguais e fazem a mesma coisa.

Assim coloca-se toda a gente no mesmo buraco, SÃO TODOS IGUAIS, e se a ditadura é igual à democracia, então é melhor viver em ditadura, porque pelo menos assim não sabemos o que se passa porque a censura mata os jornalistas.


É o mundo em que vivemos.



PS
JÁ ALGUÉM SE DEU AO TRABALHO DE VER A PERCENTAGEM QUE A EXTREMA DIREITA TEVE NA UCRÂNIA ?
DE REPENTE, HÁ CAMARADAS QUE FICARAM AMNÉSICOS E ESQUECERAM TODAS AS BARBARIDADES QUE PRODUZIRAM




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