O tipo de integração proposta para UE só funciona se os estados tiverem direitos iguais. Porém, tratados de forma diferente por serem diferentes, buscando homogenizar as condições de cada estado e região, com objetivo de atingir o mesmo grau de desenvolvimento dos países avançados. Não é área de livre comércio. É um coisa muito mais profunda envolvendo integração política e estrutural.
A criação de uma política fiscal centralizada, dívida soberana unificada, políticas de proteção social são pressupostos da união monetária funcionar. Qualquer estrutura teórica coloca como fundamental como evitar distorções e reduzir disparidades. A livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais é outros pressuposto importante para integração européia e monetária funcionar. É preciso de uma política integrado dentro da zona. Isso é básico. Não tem nada a ver com EUA. Projetos políticos de integração entre países soberanos e tão diferentes seguem caminhos novos, ainda não trilhados com grandes conflitos políticos e problemas internos de cada país.
A Europa empacou nos problemas internos na avanço de integração. Os países ricos do norte e, por pressuposto, responsáveis por arcar com a redução das desigualdades e ceder, não o fazem. O exemplo recente é imposição de políticas fiscal austeras para periferia que se transformaram como resgate financeiro do sistema bancário dos países centrais, especialmente Alemanha. Ao mesmo tempo em que aprofunda a desigualdade e não fornece um plano para redução da fragilidade de curto prazo ou um plano agressivo para integração desses países.
O projeto atual não avança ou saí do atoleiro. Precisa de uma reforma profunda que só ocorrerá quando a Alemanha sentir na pele a necessidade de liderar uma reforma. Ela não virá de uma periferia agonizante, pois os líderes não se importam. Mais uma década de estagnação, desemprego e achatamento de salários na periferia é irrelevante para os países centrais. Enquanto não atingir os alemães nada mudará.
O próprio debate sobre o futuro da UE não é evidente entre políticos e burocratas, que parecem ignorar as criticas e debates do mundo acadêmico, trocadas pelas políticas de austeridade. A descrença em relação a política de austeridade é o padrão, pois não resolver os problemas econômicos ou políticos, sem indicar de fato uma reformulação e melhora do projeto. Apenas quem está na estrutura burocrática da UE e países envolvidos defende a solução de austeridade. O que não é solução, mas sim um remendo para preservar os países centrais e fugir das pressões políticas internas de não gastar recursos com os países periféricos.
O Nicolas Sarkozy acima propõe aceitar a UE é um fracasso e o projeto de integração original inviável. Portanto, a reforma é no sentido de regredir, dar maios liberdade aos países membros, eximindo de responsabilidades França e Alemanha. Seia uma forma de retornar aos tempos da CEE. Não sei se é ruim, pois a CEE funcionava relativamente bem. Pelo lança um debate. O problema é que aí terá que alterar a estrutura de funcionamento do banco central europeu, do euro e regras de política fiscal e endividamento de cada membro. Sem isso, logo vem outra crise pior que essa, acentuada pela moeda única, integração do sistema bancário conjugada com ataques especulativos aos países periféricos.
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leituras recomendadas
The European Economy since 1945: Coordinated Capitalism and Beyond (Princeton Economic History of the Western World)
EICHENGREEN, Barry
In 1945, many Europeans still heated with coal, cooled their food with ice, and lacked indoor plumbing. Today, things could hardly be more different. Over the second half of the twentieth century, the average European's buying power tripled, while working hours fell by a third. The European Economy since 1945 is a broad, accessible, forthright account of the extraordinary development of Europe's economy since the end of World War II. Barry Eichengreen argues that the continent's history has been critical to its economic performance, and that it will continue to be so going forward.
Challenging standard views that basic economic forces were behind postwar Europe's success, Eichengreen shows how Western Europe in particular inherited a set of institutions singularly well suited to the economic circumstances that reigned for almost three decades. Economic growth was facilitated by solidarity-centered trade unions, cohesive employers' associations, and growth-minded governments--all legacies of Europe's earlier history. For example, these institutions worked together to mobilize savings, finance investment, and stabilize wages.
However, this inheritance of economic and social institutions that was the solution until around 1973--when Europe had to switch from growth based on brute-force investment and the acquisition of known technologies to growth based on increased efficiency and innovation--then became the problem.
Thus, the key questions for the future are whether Europe and its constituent nations can now adapt their institutions to the needs of a globalized knowledge economy, and whether in doing so, the continent's distinctive history will be an obstacle or an asset.
Series: Princeton Economic History of the Western World
Paperback: 520 pages
Publisher: Princeton University Press (July 21, 2008)
Language: English
Europe's Deadlock: How the Euro Crisis Could Be Solved - And Why It Won't Happen
David Marsh
This short, fiercely argued book explains how five years of continuous crisis management not only have failed to resolve the Eurozone’s problems but have actually made things worse. While austerity-wracked nations descend into misery and resentment, creditor countries fear that they will be forced to subsidize their weaker brethren indefinitely. Constructive dialogue has collapsed as European decisionmaking descends into terrified paralysis, and the potential paths out of the impasse are blocked by indecision and incompetence at the top.
As voters in Greece and Italy rebel against externally imposed hardship, and the sums needed to bail out failed economies reach ever more staggering proportions, the contradictions at the heart of the European project are becoming more and more obvious. Marsh warns that the current succession of complex technical fixes cannot sustain the Eurozone on life support indefinitely. Radical solutions are on offer, but without leaders who are strong and principled enough to push them through, Europe risks a depressing future of permanent decline.
Paperback: 144 pages
Publisher: Yale University Press (August 28, 2013)
Language: English
ISBN-10: 0300201206
ISBN-13: 978-0300201208
Product Dimensions: 7.6 x 6 x 0.5 inches