Fórum Defesa Brasil

Ora pois, estes são dois casos, como já discutido aqui anteriormente, em que o padrão da camuflagem atual não atende por completo às necessidades da tropas atuantes nestas mesmas localidades sobre este item da proteção do soldado.

No entanto, com relação a região de caatinga, é lícito crer que se alguma alternativa ao modelo atual esteja sendo estudada a mesma não deva fugir muito do padrão atual, ao menos no que consiste ao tipo de tecido e modo de fabricação, estando outras questões, entendo, abertas a modificações/atualizações, como vimos no uniforme acima.

Continuo pensando que o EB ainda demora no mínimo uma década para decidir-se sobre alterações no perfil de seu camuflado atual, que me parece, aos olhos da tropa, é bem mais uma questão de identidade institucional do que operacional propriamente.

E eu não seria contrário, como já disse várias vezes sobre este assunto, que a aplicação de variantes do camuflado atual, em três ou quatro tipos, de acordo com as regiões de emprego, seria a meu ver, o modo mais objetivo, e talvez até menos custoso, de se obter resultados mais satisfatórios e prospectivos sobre a proteção do soldado em termos de camuflagem.

E se esta tua fonte estiver correta, acredito então que seja provável que vejamos tais mudanças lá pelos início dos anos 2020.

Até lá, esperamos para ver o que acontece. Afinal, já deve estar sendo um grande desafio para a logística do EB avaliar e determinar as alterações necessárias e providentes para tantas propostas de alterações nos uniformes e calçados padrão da tropa. Porque se para alterar cortes, modelos de confecção e tipos de tecidos, nestes itens já é essa demora toda, imagine o que não será ter de alterar a "marca registrada" do EB nos próximos anos.

abs.

Pablo Maica escreveu:

Bolovo escreveu:Coleguinhas...

Os EUA (é, aquele país poderoso do norte, que gasta metade do orçamento global de defesa) invadiu o Iraque (um país localizado no meio do deserto) em 2003 (dois anos depois do pouco "arborizado" Afeganistão) assim:




Demoraram ANOS pra desenvolverem os MARPAT, ACU, Multicam da vida até acharem um desempenho aceitável. O nosso camuflado está ótimo. Resolveram os problemas principais que eram no corte, tecido e essas coisas. Temos nenhum conflito pelos próximos anos em frente, então tá tudo suave.

Mas só a tiutlo de curiosidade...


Esse uniforme woodland da foto é o traje NQB que os militares americanos usavam. Creio que na invasão do iraque praticamente toda a tropa de linha de frente tinha uniforme com camuflagem desert day, na guerra do golfo sim uma parte estava dotada da chocolate chip e uma parte ainda com a woodland. Mas quando da invasão em 2003 grande parte dessas tropas de linha de frente tinham seus coletes, mochilas e capacetes em padrão woodland, o que acabava com a efetividade da camuflagem desértica.



Um abraço e t+

Na verdade não.
Na época, o EUA disponha de poucos trajes NBQR com padrão de camuflagem desert chocolate chip (o Desert tri-color entrou pouco depois da Guerra do Golfo), então, a maioria do USMC e boa parte da US Army teve que ficar com trajes NBQR no padrão woodland. Isso se estender durante toda a guerra do golfo, com a possível ameaça de armas NBQR que seriam usadas por Sadam, sendo que ele nem tinha, tanto que nunca encontraram uma até hoje.
Um abraço.

Pelo que foi me falado (está fonte é de dentro do EB), o estudo do novo padrão semi-árido do EB está junto com o estudo do novo design da farda do EB.
Não me especificou como está, mas me falou que estava andando.

Quartel-General do Exército sedia Workshop de Simulação e Tecnologia Militar
Workshop de Simulação e Tecnologia Militar
Brasília – De 15 a 17 de outubro, o Exército Brasileiro, por meio do Comando de Operações Terrestres (COTER), apoia a realização do III Workshop de Simulação e Tecnologia Militar (WSTM), com o tema “Soldado do futuro: o papel das tecnologias na capacitação do combatente”.
O evento é multidisciplinar e tem como objetivo principal aproximar indústria, acadêmicos e militares, para um contato atual com os produtos e tecnologias de simulação de treinamento.
A cada dia do workshop será apresentado aos participantes um panorama global das atividades de pesquisa, ciência e instrumentalização militar. Além disso, há uma feira de tecnologia com a participação de cerca de 50 empresas, nacionais e estrangeiras, desenvolvedoras de equipamentos e sistemas na área de tecnologia militar e simuladores.
Durante o evento, será realizado um seminário técnico no qual as Forças Armadas brasileiras discutem temas relacionados ao seu âmbito, seu planejamento estratégico e em que pretendem investir nos próximos anos. Nesta edição, será dada grande ênfase ao Projeto COBRA (Combatente Brasileiro) – que visa identificar players internacionais que tenham interesse em produzir materiais militares no Brasil.
A abertura do III Workshop de Simulação e Tecnologia Militar foi realizada pelo Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, e contou com a presença de oficiais-generais do Alto-Comando do Exército, de oficiais-generais, de expositores e de convidados civis e militares.

gabriel219 escreveu:

Pablo Maica escreveu:
Mas só a tiutlo de curiosidade...


Esse uniforme woodland da foto é o traje NQB que os militares americanos usavam. Creio que na invasão do iraque praticamente toda a tropa de linha de frente tinha uniforme com camuflagem desert day, na guerra do golfo sim uma parte estava dotada da chocolate chip e uma parte ainda com a woodland. Mas quando da invasão em 2003 grande parte dessas tropas de linha de frente tinham seus coletes, mochilas e capacetes em padrão woodland, o que acabava com a efetividade da camuflagem desértica.



Um abraço e t+

Na verdade não.
Na época, o EUA disponha de poucos trajes NBQR com padrão de camuflagem desert chocolate chip (o Desert tri-color entrou pouco depois da Guerra do Golfo), então, a maioria do USMC e boa parte da US Army teve que ficar com trajes NBQR no padrão woodland. Isso se estender durante toda a guerra do golfo, com a possível ameaça de armas NBQR que seriam usadas por Sadam, sendo que ele nem tinha, tanto que nunca encontraram uma até hoje.
Um abraço.

Na verdade eu me referia ao uniforme de combate normal Gabriel e não ao NQB, só fiz menção a estes para falar sobre o contexto da foto.



Um abraço e t+

gabriel219 escreveu:Pelo que foi me falado (está fonte é de dentro do EB), o estudo do novo padrão semi-árido do EB está junto com o estudo do novo design da farda do EB.
Não me especificou como está, mas me falou que estava andando.

Gabriel, este proposto novo padrão semi-árido seria direcionado somente para a caatinga ou também para o cerrado? Ou seriam dois padrões diferentes? Porque são regiões regiões de características distintas.

abs.

Pablo Maica escreveu:

gabriel219 escreveu: Na verdade não.
Na época, o EUA disponha de poucos trajes NBQR com padrão de camuflagem desert chocolate chip (o Desert tri-color entrou pouco depois da Guerra do Golfo), então, a maioria do USMC e boa parte da US Army teve que ficar com trajes NBQR no padrão woodland. Isso se estender durante toda a guerra do golfo, com a possível ameaça de armas NBQR que seriam usadas por Sadam, sendo que ele nem tinha, tanto que nunca encontraram uma até hoje.
Um abraço.

Na verdade eu me referia ao uniforme de combate normal Gabriel e não ao NQB, só fiz menção a estes para falar sobre o contexto da foto.



Um abraço e t+

Ah, beleza então rsrs .
Mals.
Um abraço.

FCarvalho escreveu:

gabriel219 escreveu:Pelo que foi me falado (está fonte é de dentro do EB), o estudo do novo padrão semi-árido do EB está junto com o estudo do novo design da farda do EB.
Não me especificou como está, mas me falou que estava andando.

Gabriel, este proposto novo padrão semi-árido seria direcionado somente para a caatinga ou também para o cerrado? Ou seriam dois padrões diferentes? Porque são regiões regiões de características distintas.

abs.

FC, vou perguntar se será um ou 2 padrões para ambos os ambientes.
O Cerrado e a Caatinga não se diferem muito não. Não é aquela coisa "Ah, olha, veja como são iguais", mas também não é muito distinto.
Caatinga:

São áreas muito similares as encontradas no cerrado.
Eu gosto muito da Multicam para a região. Também há a camuflagem da Krytec, que me foge o nome, que poderia ser uma bela opção.
Talvez aquela farda multicam que estava acima da mesa, com a nova Japona, Material da nova Farda, nova farda, farda ACU para comparativos, capacete ACH, que possa a vir ser adotado e os coturnos poderia está sendo testado pelo EB, isso não sei dizer, mas que há um estudo, há sim.
Um abraço.

Alguém sabe se haverá mudança nos coturnos ?

Olá Gabriel,

acho particularmente que poderá haver dois padrões em relação a estas duas regiões. Até porque a região do semi-árido nordestino é bem mais caracterizada a maior parte do ano pelo terreno de vegetação baixa e rala, a base de arbustos e arvores de pequeno tamanho, assim como pela coloração "desbotada" em tons verde-amarelo, tão comum ao relevo da região.

O caso do cerrado já é algo bem diferente pois se trata de uma zona de transição entre o semi-árido nordestino, a mata ciliar pantaneira e a floresta equatorial amazônica. Ela na verdade é um meio termo entre os três ambientes, sendo fácil de observar as variações próprias entre os sistemas, principalmente nas bordas de contato entre as regiões.

Mas penso que seria interessante se avaliar algo que pudesse ser aplicativo aos dois ambientes. O padrão de camuflagem do uniforme alemão para regiões deserto, com algumas modificações penso seria uma opção interessante.



abs.

eagle escreveu:Alguém sabe se haverá mudança nos coturnos ?

Sim haverá.



abs.

FCarvalho escreveu:Olá Gabriel,

acho particularmente que poderá haver dois padrões em relação a estas duas regiões. Até porque a região do semi-árido nordestino é bem mais caracterizada a maior parte do ano pelo terreno de vegetação baixa e rala, a base de arbustos e arvores de pequeno tamanho, assim como pela coloração "desbotada" em tons verde-amarelo, tão comum ao relevo da região.
Aqui, só temos uma unidade de Caatinga, ou seja, o 72º Batalhão de Infantaria Motorizada (futuramente Mecanizada).
Em minha opinião, deveria ter mais 3 Batalhões ou até uma Brigada especialmente para o Cerrado e Caatinga, com apoio de blindado e até carros de combate, além de alguns helicópteros de ataque.
Um batalhão mantendo-se em Petrolina-PE, outro em Feira de Santana, pegando todo o sertão Baiano e outro batalhão em Natal ou Rio Grande do Norte.
3 Batalhões de Infantaria + 2 Regimentos de Cavalaria Blindada + 1 Regimento de Cavalaria Mecanizada já faria toda a proteção da região.
O caso do cerrado já é algo bem diferente pois se trata de uma zona de transição entre o semi-árido nordestino, a mata ciliar pantaneira e a floresta equatorial amazônica. Ela na verdade é um meio termo entre os três ambientes, sendo fácil de observar as variações próprias entre os sistemas, principalmente nas bordas de contato entre as regiões.
Mas a imagens do Cerrado que disponibilizei é do Cerrado Nordestino. Se alguém conseguir passar pela Caatinga e Cerrado com blindados, terão que acessar o Planalto para fazer o avanço, pois desde o Espirito Santo até Alagoas existe quase que uma cordilheira, mas de pequena altitude, o suficiente para não deixar nada passar, só Infantaria e olhe lá. Por isso, teriam que ir por Pernambuco e chegar ao Planalto e ai teriam que enfrentar a fúria do Astros 2020.
Quando vou para São Paulo, sempre faço questão de pedir escala para Brasília e nesta viagem dá para ver muito bem que o litoral Brasileiro é um inferno tático.
Mas penso que seria interessante se avaliar algo que pudesse ser aplicativo aos dois ambientes. O padrão de camuflagem do uniforme alemão para regiões deserto, com algumas modificações penso seria uma opção interessante.


Eu até iria cita-lo.
Uma amiga minha a usa e de vez em quando (quando dá aquela "doideras" minhas), nós vamos. Gosto de 3 camuflagens para estes ambientes, Multicam, Krytec e o Flaktarn (é assim escrito? )
abs.

Um abraço.
EDIT: esqueci de colocar a imagem do Cerrado Nordestino.

Geralmente, no semi-árido nordestino, as cores predominantes são: o verde da vegetação (que varia de acordo com a estação do ano) e o vermelho do solo pedregoso.

A companhia de policiamento ambiental, da PM/RN, utiliza este padrão.

Interessante esta camuflagem. Tinha visto uma vez, mas não achei que se tratava da Polícia.
Teria etá camuflagem no meio do Cerrado?

henriquejr escreveu:Geralmente, no semi-árido nordestino, as cores predominantes são: o verde da vegetação (que varia de acordo com a estação do ano) e o vermelho do solo pedregoso.
A companhia de policiamento ambiental, da PM/RN, utiliza este padrão.

O negócio Henrique, é que ao contrário do que muitas vezes se pensa, do semi-árido nordestino não é exatamente igual em toda a região. Existem diferenças bem vistas entre a vegetação/relevo, por exemplo, no RN e Paraíba, e o que se encontra na Bahia ou no sertão do Ceará e Piaui.

Tanto que na prática todas as PM's do nordeste, em seus grupos táticos utilizam diversas versões de camuflagens que se identificam o mais próximo possível com o relevo de seus respectivos estados.

Agora, talvez, como eu disse ao Gabriel, possa ser que um mesmo padrão possa ser utilizado tanto na caatinga como no cerrado do planalto central. Existem soluções no mercado que podem ser cabíveis. Contudo, penso eu que esta não é uma das prioridades do EB. E se algo for feito, só veremos os seus resultados somente na próxima década.

abs.