Pelo que li se o motor fosse acionado seria um novo "incidente Alcântara". Eu ainda não entendi como a AVIBRAS cometeu aquela sequencia de erros, já que eles são acostumados a lidar com esse tipo de propelente.
Até onde sei, essa tecnologia de propelente sólido não é disruptiva para o nosso estágio. Se fosse líquido eu até entenderia. Mas sólido? Havia bolhas no ar no propelente sólido??? Da AVIBRAS??? Rachaduras do tamanho de um dedo???
É no mínimo é estranho a AVIBRAS cometer os erros que são mencionados no post numa área que deveria ser de expertise deles (foguete de propelente sólido, só que em um escala maior)
Não quero acreditar em sabotagem, mas aqui nós dois concordamos acerca do múltiplo uso que essa plataforma pode ter. Isso certamente coloca o projeto em evidência indesejável.
Cupincha, mesmo o moderníssimo SpaceX ainda usa aço inox no motor, o S50 é de composite e as interações deste tipo de material com o propelente ainda são desconhecidas mas, QED, existem e devem ser solucionadas. Esta é a parte a que me refiro como disruptiva, o motor fica bem mais leve (aumentando o thrust-to-weight ratio) e, com o tempo e acúmulo de expertise, durável.
EDIT - Esqueci de mencionar que o tempo de fabricação de um motor desses com composite leva SEIS VEZES menos tempo que um de aço, o que reduz um bocado o custo final; quando chegar ao ponto de ser feito em impressora 3D nem vai dar mais pra comparar.
Pelo que li se o motor fosse acionado seria um novo "incidente Alcântara". Eu ainda não entendi como a AVIBRAS cometeu aquela sequencia de erros, já que eles são acostumados a lidar com esse tipo de propelente.
Até onde sei, essa tecnologia de propelente sólido não é disruptiva para o nosso estágio. Se fosse líquido eu até entenderia. Mas sólido? Havia bolhas no ar no propelente sólido??? Da AVIBRAS??? Rachaduras do tamanho de um dedo???
É no mínimo é estranho a AVIBRAS cometer os erros que são mencionados no post numa área que deveria ser de expertise deles (foguete de propelente sólido, só que em um escala maior)
Não quero acreditar em sabotagem, mas aqui nós dois concordamos acerca do múltiplo uso que essa plataforma pode ter. Isso certamente coloca o projeto em evidência indesejável.
Cupincha, mesmo o moderníssimo SpaceX ainda usa aço inox no motor, o S50 é de composite e as interações deste tipo de material com o propelente ainda são desconhecidas mas, QED, existem e devem ser solucionadas. Esta é a parte a que me refiro como disruptiva, o motor fica bem mais leve (aumentando o thrust-to-weight ratio) e, com o tempo e acúmulo de expertise, durável.
EDIT - Esqueci de mencionar que o tempo de fabricação de um motor desses com composite leva SEIS VEZES menos tempo que um de aço, o que reduz um bocado o custo final; quando chegar ao ponto de ser feito em impressora 3D nem vai dar mais pra comparar.
Eu estava assistindo o vídeo da operação e lá da pra observar com mais detalhes o motor:
Quanto aos problemas mencionados também estranhei esses erros que dizem que foram cometidos pela Avibrás, justamente pela experiência da companhia.
sds
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Dom Set 27, 2020 4:48 pm
por Túlio
EduClau escreveu: ↑Dom Set 27, 2020 4:25 pm
Eu estava assistindo o vídeo da operação e lá da pra observar com mais detalhes o motor:
Quanto aos problemas mencionados também estranhei esses erros que dizem que foram cometidos pela Avibrás, justamente pela experiência da companhia.
sds
Assisti ao vídeo pelas mesmas razões que tu, ver o bicho assim não tem preço. A descrição que tem abaixo dele é um resumo - que eu já tinha lido em outra fuente - bem razoável e cita textualmente que é feito de composite e não do conhecidíssimo aço; claro que se tem chance de dar josta vai dar mesmo, é assim que se aprende. Notar ainda que não foi só a AVIBRAS nem IAE, tem Alemão junto, todo mundo vai ter que dar duro até acertar a mão.
Na mesma descrição tem até o dado da diferença de tempo de fabricação em relação ao aço...
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Dom Set 27, 2020 6:23 pm
por Marcelo Ponciano
A defesa que faço, acima de qualquer coisa, é da AVIBRAS. Se envolve compostos novos na estrutura de fato temos tecnologia disruptiva e os inerentes obstáculos que podem advir daí. Reconheço que de fato não sabia disso, se li algo a respeito não me lembro.
Fato é que o bicho é grande e pouca gente ficaria feliz em termos ele no nosso domínio tecnológico. Torcer, como sempre torço, pelo sucesso do projeto. Em todos os aspectos, civil e militar, é um avanço muito grande.
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Ter Out 06, 2020 5:51 pm
por EduClau
Segundo o BS parece que o vôo do 14-X, que seria no final deste ano, foi adiado para 2021:
[BS Urgente] Explosão no Centro de Lançamento de Alcântara pode ter sido de um foguete de treinamento
novembro 12, 2020
Olá, Leitor!
Recebemos há cerca de 1h (18:36h, horário de Brasília) um informe que hoje, provavelmente pela tarde, houve uma explosão no Centro de Lançamento de Alcântara - CLA (Alcântara - MA) e que essa explosão estaria ligada a um teste de foguete que estava sendo realizado nas instalações do Centro.
Através da nossa rede de colaboradores, identificamos uma publicação no Portal MA10 (veja aqui), que traz a mesma informação, mas não confirma os detalhes e se houve algum comunicado oficial confirmando o ocorrido.
Estamos buscando mais informações e vamos acompanhar o caso para confirmar ou não o ocorrido, inclusive já enviamos um e-mail para a Assessoria de Imprensa do COMAER.
Caso a notícia seja confirmada, acreditamos que o foguete envolvido seja um FTB (Foguete de Treinamento Básico) ou um FTI (Foguete de Treinamento Intermediário), pois, segundo as informações que ja detínhamos sobre as operações previstas para esse período do ano, não haveria nenhum outro tipo de foguete no CLA capaz de provocar uma explosão.
Em tempo, o BS deseja que todos os membros do CLA estejam bem e que não tenha ocorrido nada demais.
[BS Urgente] Nota informativa sobre incidente com FTI no Centro de Lançamento de Alcântara
novembro 12, 2020
novembro 12, 2020
Olá, Leitor!
Conforme publicamos na notícia anterior "[BS Urgente] Explosão no Centro de Lançamento de Alcântara pode ter sido de um foguete de treinamento" (veja aqui), recebemos informações de que, na data de hoje, teria ocorrido uma explosão no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), explosão essa que estaria vinculada a operação de algum foguete dentro das dependências do referido Centro.
Como as informações originalmente recebidas estavam incompletas, suspeitávamos que o problema poderia ter ocorrido com um Foguete de Treinamento Básico (FTB) ou com um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), mas não havia nenhuma confirmação, nem algum indicativo da gravidade do incidente / acidente.
Assim, antes de fechar a notícia anterior, enviamos (por volta das 20:00h) um e-mail para a Assessoria de Imprensa do COMAER, que nos respondeu prontamente às 20:05h, com as seguintes informações:
Sendo assim, conforme suspeitávamos o incidente ocorreu com um FTI que estava para ser lançado, como parte da Operação Águia. Segundo a nota oficial da Força, não houve a explosão do foguete (somente um princípio de incêndio) e, melhor ainda, ninguém se feriu.
Ficamos felizes em saber que não houve nenhum dano maior e vamos continuar acompanhando o desenrolar das notícias, ao tempo que agradecemos a Assessoria de Imprensa do COMAER pela pronta resposta.
CLA: Incidente com um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI)
Por Guilherme Wiltgen
Tendo em vista as informações que estão sendo divulgadas sobre uma suposta explosão ocorrida no Centro de Lançamento de Alcântara, comparando com o acidente ocorrido com o VLS em 2003, o Defesa Aérea & Naval (DAN) procurou o Comando da Aeronáutica solicitando maiores informações.
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica nos enviou a nota oficial abaixo, explicando o incidente ocorrido ontem (12) e reproduzida na íntegra pelo DAN:
“Um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) teve sua sequência de lançamento interrompida, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), nesta quinta-feira (12/11).
Todos os procedimentos de segurança foram adotados e não houve riscos a nenhum dos profissionais envolvidos. Após a interrupção do lançamento, houve um pequeno incêndio, que foi prontamente controlado pelo pelotão contra incêndio. Uma comissão será designada para apurar as causas da ocorrência.
O lançamento do (FTI) faz parte da Operação Águia, que ocorre desde o dia 09 de novembro, e tem como objetivo o adestramento das equipagens operacionais do CLA, bem como o teste de equipamentos em solo associados às operações de lançamento em Alcântara”.
Abaixo, seguem algumas informações sobre o Foguete de Treinamento Intermediário (FTI):
O FTI é um veículo nacional, fabricado pela Avibras, voltado ao treinamento operacional e ao aprimoramento da capacidade instalada do efetivo do Centro de Lançamento de Alcântara. Possui 5,5 metros de comprimento e meia tonelada de massa, utilizando propelente sólido. É lançado a partir de trilhos, sendo estabilizado aerodinamicamente por quatro empenas retas fixas. O veículo é composto de: motor-foguete, terminação de voo e carga-útil (módulo para experimentos).
AV-FTI: Características
Comprimento total: 5.500 mm
Comprimento motor-foguete: 3.300 mm
Diâmetro do veículo (calibre): 305 mm
Peso reservado para experimento: 30 kgf
Apogeu (82°): superior a 60 km
Tempo total de voo: 203 seg
A AEB precisa considerar seriamente a necessidade de contratar umas pessoas para dar uma benzida e fazer umas rezas nessa base de Alcântara
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Dom Nov 15, 2020 5:18 pm
por Marcelo Ponciano
E por falar em Alcântara:
Agência Espacial Brasileira passa a integrar a Global Spaceport Alliance
Ação é mais um passo rumo à integração do Brasil com outros países que também possuem centros de lançamentos ativos ou em desenvolvimento
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Publicado em 13/11/2020 15h03
A Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), passa a fazer parte da Global Spaceport Alliance (GSA), grupo responsável por discutir questões associadas aos centros de lançamentos espaciais existentes no mundo.
A GSA foi formada em 2015 para atender às necessidades do crescente mercado de comércio espacial global e fornece às partes interessadas dos espaçoportos informações para desenvolver, financiar, construir e operar suas instalações e integrá-las à rede global de portos espaciais em desenvolvimento.
O diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da AEB, Paulo Vasconcellos, representou a AEB no evento Commercial Spaceport Summit, realizado entre os dias 10 e 12 de novembro. O objetivo foi apresentar o Centro Espacial de Alcântara (CEA) e discutir o futuro do mercado de lançamentos espaciais.
O evento acontece anualmente, no mês de novembro, com representantes de mais de 20 espaçoportos internacionais. Além disso, são realizadas também videoconferências com os membros do GSA para que sejam apresentadas atualizações sobre os regulamentos para o setor espacial comercial por parte da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), assim como apresentações de outros participantes convidados.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Auspicioso, mas espero que sirva para alguma coisa a participação do país nesse tal de GSA, nem se for pra facilitar o aluguel da base, porque se for depender de lançadores locais:
É incrível a falta de interesse em relação ao assunto, pensei que o tal do 'astronauta brasileiro' ia servir para melhorar alguma coisa em relação ao nosso "programa ispacial", mas está se mostrando apenas mais um do mesmo...
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Ter Nov 17, 2020 9:07 pm
por gabriel219
O jeito para o PEB é a iniciativa privada, de preferência a SpaceX. Aprender vendo com quem realmente sabe, pois têm havido erros críticos de projetistas, principalmente nos motores, que dinheiro nenhum sana, só novos engenheiros.
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Qui Dez 10, 2020 8:02 pm
por knigh7
Na live de hoje o JB disse que abordou o assunto com o Paulo Guedes esta semana à respeito do satélite SAR " que estava enrolado com a liberação de recursos".
A siatt e mod.co no desenvolvimento do sistema de INS do VLM.
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Seg Dez 28, 2020 5:01 pm
por Energys
Este é um dos consórcios. Há consórcio até entre empresa brasileira e ucraniana com o mesmo objetivo.
Att.
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Sex Jan 01, 2021 2:16 pm
por knigh7
O jornalista quis fazer tempestade em copo d'agua, mas a tem algumas informações importantes na reportagem:
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Sex Jan 01, 2021 2:30 pm
por gabriel219
Militares compram satélite em sigilo.
Militares
Compram
Satélite
Em
SIGILO
Puta que pariu, caraca, que absurdo! Todos os Militares do resto do mundo são totalmente transparentes, sempre relevam seus segredos e capacidades.
Que coisa, não?
O atual jornalismo mundial é uma vergonha e graças a esses idiotas, o povo anda acordando, procurando outros meios de informação. O cara falar que é um absurdo ter segredo militar não tem que ser internado, tem que apanhar até o Lula achar o dedo dele!
Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Enviado: Sex Jan 01, 2021 2:31 pm
por knigh7
A Iceye produz satélites SAR com resolução na banda X de até 35cm². Eu iniciei pesquisas sobre satélites SAR quando se começou a falar na aquisição deles.
Foi dos últimos satélites dela que eu tirei o exemplo de que era possível ver até os degraus de uma escada numa cidade.
O quadro abaixo é do satélite mais antigo e tosco dela (resolução de até 1m²):
Embora não se saiba a resolução do nosso satélite, dada a "pior" resolução que a empresa produz, estaremos muito bem de qq forma.
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