Rússia questiona acusação de que Pyongyang afundou navio sul-coreano
Moscou, 8 jun (EFE).- Especialistas russos que investigam o afundamento do navio sul-coreano "Cheonan" questionam alguns argumentos da equipe internacional que responsabilizou a Coreia do Norte pelo fato, informaram hoje fontes do Estado-Maior da Marinha russa.
"Após estudar os materiais apresentados (por Seul) e os danos sofridos pelo casco da embarcação, especialistas russos consideraram como de pouco peso uma série de argumentos da comissão internacional sobre o envolvimento da Coreia do Norte no afundamento da corveta", disse à agência "Interfax" um representante do Estado-Maior.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Nikolai Makarov, declarou que é prematuro tirar conclusões sobre as causas dessa tragédia, que ocorreu em 26 de março perto da fronteira entre as duas Coreias no Mar Amarelo e que custou a vida de 46 marinheiros sul-coreanos.
"É cedo para extrair conclusões definitivas. Nosso grupo de especialistas que trabalhou em Seul atualmente prepara os materiais para seu relatório às autoridades do país", disse o general à "Interfax".
Makarov acrescentou que o Ministério de Assuntos Exteriores russo deve divulgar este relatório depois da entrega do mesmo ao Kremlin.
A pedido de Seul, o presidente russo, Dmitri Medvedev, enviou à Coreia do Norte quatro especialistas navais para que estudassem as conclusões e argumentos da investigação feita por especialistas da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia.
Essa equipe internacional de investigadores concluiu em 20 de maio em Seul que o afundamento do navio sul-coreano foi causado por um torpedo disparado de um submarino norte-coreano, algo que Pyongyang nega.
Na sexta-feira passada, Seul levou o ocorrido ao Conselho de Segurança da ONU para pedir uma resposta internacional contra a Coreia do Norte.
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