Boss escreveu:
Não digo que devemos deixar a defesa como está. Mas critico aqueles que nos comparam com China, Índia e Rússia, só por serem do 'BRIC'.
Você tem toda a razão, eu acho que fiz um interpretação equivocada do seu post.
Boss escreveu:
BRIC é uma sigla tão desigual quanto NAFTA. Em um, a China tem PIB maior que os demais membros somados, em outro, os EUA. Não dá para ficar babando o J-20 chinês e pedindo isso para o Brasil, são realidades distintas, cujas diferenças ultrapassam a sigla "BRIC".
O Brasil teve a oportunidade de participar de um projeto de 5º, e deixou passar.
Boss escreveu:
Educação - quantos engenheiros, técnicos, empresários, etc ... não perdemos deixando milhões sem uma educação decente ? Isso faria parte, em base, de uma estratégia de defesa. Quanto mais pessoas bem informadas (isso teria apoio também na expansão da internet banda larga a preços acessíveis pelo país) tivermos, mais pessoas capacitadas para servirem aos nossos projetos existirão. Sejam como empresários, como políticos, como pesquisadores, cientistas, engenheiros, etc...
Saúde & Saneamento Básico - a Defesa prima por defender os interesses do Brasil. Qual é o maior interesse do país, além do seu povo ? E do que adianta gastar o que muitos acham que deveria ser gasto em defesa, enquanto o próprio povo morre em corredores de hospitais, de tão medíocre que é nosso sistema ? O mesmo para o saneamento básico, com nossos números medíocres. Não podemos esperar mais para melhorar isso.
Infraestrutura - Se não tivermos estradas, ferrovias, hidrovias, aeroportos e portos decentes, a economia do país no mínimo para de crescer. E se ela parar de crescer, como vamos investir em defesa ?
Estas são questões importantes, um programa de defesa não deve se resumir a apenas comprar armas. Mas também investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de aplicação DUAL, e até mesmo para diminuir a nossa dependência militar de outras potenciais. Mas como eu disse isso é um trabalho de décadas, não é algo que sera alcançado amanhã a tarde.
O fortalecimento do sistemas de ensino também é fundamental como você disse. Porque também precisamos de
celebros musculosos
Boss escreveu:
Não defendo o NÃO INVESTIMENTO em Defesa, só critico aqueles que acham que devemos começar uma "Guerra Fria" com os outros BRICs, que vivem realidades distintas da nossa. Nós não temos inimigos próximos para investir HORRORES. Entenda por "HORRORES" como além do necessário, aquilo que seria como não ter o que comer e comprar um carro de luxo para fazer graça, mesmo morando em uma cidade de 230 habitantes com estrada de terra.
Concordo. Eu apenas critico a absoluta omissão dos nossos lideres. Tem que existir equilibro sim. Uma coisa que ao meu ver não ouve. O Brasil passou decadas sem comprar uma agulhja que seja para as forças armadas. No governo FHC, a indústria de defesa quase desapareceu.
Felizmente, a partir do governo LULA as coisas melhoraram (tem que melhorar mais), mais muitos projetos que estavam parados como o SUBNUC começaram a ser tratados com a devida importância que merecem. E Hoje nos temos a perspectiva de ter um Submarino Nuclear.
Alem de termos um planejamento a longo prazo da segurança nacional, coisa que antigamente não tinhamos.
Boss escreveu:
E o P&D entra na educação. Quanto mais educados nossos habitantes forem, mais material humano e intelectual teremos, e isso já é um investimento em P&D. Não conseguiremos cérebros por ToT. Claro que temos que ter políticas melhores na questão do "D" do "P&D", pois só pesquisar e não desenvolver não adianta em nada. Acho até que seria interessante, se já não existir, uma linha do BNDES própria ao P&D, mas com foco no "D" mesmo. Pesquisar, pesquisar e não sair nada não vale nada.
Concordo totalmente. Nada a acrescentar.
Boss escreveu:
Mas querem que viremos a China sendo o Brasil. Parece que enfiaram na cabeça de muitos que o BRIC é um grupo homogêneo, de países iguais. Não é. Temos dois países com população bilionária, sendo um a 2ª maior economia do mundo e maior em termos econômicos que todos os demais do grupo junto, outro - que está em vias de ser a 3ª ou 2ª economia global (atrás de China e EUA ou apenas da China), com brigas fortes com um rival nuclear e com a própria China, e um terceiro, herdeiro do potencial tecnológico da 2ª superpotência do mundo, protagonista da Guerra Fria com os EUA.
Achar que o BRIC é um grupo homogêneo são aqueles que desconhecem o básico de relações internacionais. Os BRIC (agora BRICS) não passam de um grupinho imaginário criado por um economista em seu brilhante "artigo". De vez em quando eles realizam uma cúpula para realizarem uma aproximação maior entre si ou quando eles tem algum interesse que eles querem negociar em conjunto (Coisa que raramente acontece). Os BRICS de fato é um grupo que existe só no mundo da ficção ou na cabeça de alguns,
os BRICS tem mais divergências entre si do que convergências. Alguns dos principais membros dos BRICS possuem até tensões territoriais irreconciliáveis, so para sitar um exemplo.
O Brasil tem o próprio caminho a seguir, o nosso programa de defesa deve ter como meta satisfazer a nossa realidade estratégica. Para atingirmos os nossos objetivos estratégicos de defesa e projeção internacional. E não ter como meta apenas alcançar militarmentes paises de um grupo que efetivamente não existe.
Boss escreveu:
Eu considero nosso orçamento de Defesa até que médio-ruim, poderia ser melhor. Mas nada que fosse o suficiente para agradar aos exaltados, que nos querem competido com os EUA amanhã a tarde (que seria um gasto monstruoso).
Nenhum país pode competir com o orçamento militar dos EUA, isso é um fato. Nem a china tem poderio para isso, quando mais o Brasil. Até a Rússia esta fazendo parcerias internacionais, porque programas de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, custão muito dinheiro, custos que eles sozinhos não podem bancar.
Deveríamos regulamentar o setor de defesa no Brasil, para evitar que empresas estrangeiras comprem empresas Brasileiras do setor de defesa que venham a se destacar. A verbas para área de defesa ao meu ver não deveriam estar tão sujeitas a contingenciamentos, que muitas vezes atrapalham projetos importantes.
Eu apenas advogo que questões de defesa devem ser encaradas com a mesma seriedade que a política econômica, eu nunca disse que o Brasil deveria ser igual aos EUA, ou que deveria ser igual a Russa ou china
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