US$ 2,5 bilhões!! Imagina a tensão dos engenheiros, ficar 9 meses na expectativa cuidando pro negócio chegar inteiro, ele pousa e... não funciona!?Skyway escreveu:Cara, é um feito de cair o queixo!!! Por mim, a sonda nem precisa funcionar depois de executar um pouso fantástico desse.
Notícias Espaciais (mundo afora)
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Lógico que para os engenheiros seria um desastre, se sentiriam um pouco pior que os engenheiros do Hubble quando esse enviou a primeira imagem pra terra. Mas pra mim, só o pouso já foi espetacular.NettoBR escreveu:US$ 2,5 bilhões!! Imagina a tensão dos engenheiros, ficar 9 meses na expectativa cuidando pro negócio chegar inteiro, ele pousa e... não funciona!?Skyway escreveu:Cara, é um feito de cair o queixo!!! Por mim, a sonda nem precisa funcionar depois de executar um pouso fantástico desse.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
A Mars Reconnaissance Orbiter fez imagens da descida da Curiosity:
Espetacular.
Espetacular.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
E ainda tem gente que acredita que a China está prestes a ultrapassar os EUA em tecnologia espacial só porque colocou alguns astronautas em orbita!!! Fazendo uma analogia bem grosseira, a tecnologia que os americanos vem usando nessas explorações a Marte em relação ao que a China vem fazendo, seria o mesmo que comprar o desenvolvimento de um Aeroboero com um B787!!!
A Nasa pode não ter a mesma quantidade de projetos e recursos que tinha no auge da corrida espacial mas ainda sim está a anos luz de seus concorrentes em termos de capacidade tecnológica.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Acho que o ponto a favor da China é a velocidade com que avançam na tecnologia espacial, podem estar longe dos EUA ainda, mas estão evoluindo MUITO rápido. Os Russos com certeza eles já superaram.....henriquejr escreveu:E ainda tem gente que acredita que a China está prestes a ultrapassar os EUA em tecnologia espacial só porque colocou alguns astronautas em orbita!!! Fazendo uma analogia bem grosseira, a tecnologia que os americanos vem usando nessas explorações a Marte em relação ao que a China vem fazendo, seria o mesmo que comprar o desenvolvimento de um Aeroboero com um B787!!!
A Nasa pode não ter a mesma quantidade de projetos e recursos que tinha no auge da corrida espacial mas ainda sim está a anos luz de seus concorrentes em termos de capacidade tecnológica.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Pouso em Marte foi "milagre de engenharia", dizem cientistas
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 06/08/2012 20:21
PASADENA, Estados Unidos, 6 Ago (Reuters) - Cientistas da Nasa qualificaram nesta segunda-feira de "milagre de engenharia" o impecável pouso em Marte da sonda Curiosity, que já começou a enviar imagens de uma antiga cratera, como parte da sua missão de descobrir se o Planeta Vermelho já teve condições de abrigar vida.
O jipe-robô, que tem seis rodas e pesa uma tonelada, realizou uma complexa e arriscada operação para entrar na atmosfera marciana e pousar no local escolhido, na madrugada de segunda-feira (hora de Brasília), para alívio e alegria de cientistas e engenheiros da Nasa.
"Nós nos treinamos durante oito anos para pensar no pior o tempo todo", disse o engenheiro chefe Miguel San Martín. "Você nunca consegue desligar isso."
Essa é a primeira missão de astrobiologia da Nasa desde o envio da sonda Viking, na década de 1970, e é também o primeiro laboratório analítico completo a operar em outro mundo.
Engenheiros da Nasa disseram que esse feito foi um dos mais desafiadores e complexos na história dos voos espaciais robóticos e que abrirá as portas para uma nova era da exploração interplanetária.
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que o pouso da Curiosity representa um histórico "ponto de orgulho nacional."
O pouso é também um marco importante para a agência espacial norte-americana, afetada nos últimos anos por cortes orçamentários e pela recente aposentadoria da sua frota de ônibus espaciais.
Por causa da demora nas comunicações por rádio entre a Terra e Marte, todo o processo de descida e pouso precisou ser autoguiado, sem a interferência dos técnicos.
Após uma viagem de oito meses e 566 milhões de quilômetros, a sonda tocou a tênue atmosfera marciana a quase 21 mil quilômetros por hora --17 vezes a velocidade do som--, antes de iniciar a descida controlada.
Para reduzir sua velocidade, a sonda contou com um paraquedas especial, com uma mochila a jato e com um inédito "guindaste aéreo" que auxiliou no pouso, ocorrido na cratera Gale, no hemisfério sul marciano, perto do equador desse planeta.
A Nasa divulgou que o pouso aconteceu às 2h32 de segunda-feira (hora de Brasília).
Momentos após o pouso, a Curiosity enviou suas três primeiras imagens do solo marciano. Numa delas, uma roda do veículo e a sombra do jipe apareciam à frente do terreno pedregoso.
O jipe, do tamanho de um carro esportivo pequeno, está agora no fundo da gigantesca cratera Gale, aberta na superfície de Marte pelo impacto de um corpo celeste, e ao lado da imponente montanha rochosa chamada monte Sharp.
Três sondas orbitais monitoraram a descida, que foi apelidada pelos técnicos da Nasa como "sete minutos de terror". O sucesso do pouso foi recebido com um misto de comemoração e alívio.
"Quando você vê uma foto da superfície do planeta com a nave espacial nela, esse é o milagre da engenharia", disse o cientista-chefe John Grotzinger a jornalistas nesta segunda-feira.
Com o sol do fim de tarde se pondo atrás da beirada da cratera, a Curiosity ainda enviou outras seis fotos, além do resultado dos testes iniciais dos seus 10 instrumentos científicos. Durante a noite marciana, a sonda é desligada.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/pouso- ... entistas-1
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 06/08/2012 20:21
PASADENA, Estados Unidos, 6 Ago (Reuters) - Cientistas da Nasa qualificaram nesta segunda-feira de "milagre de engenharia" o impecável pouso em Marte da sonda Curiosity, que já começou a enviar imagens de uma antiga cratera, como parte da sua missão de descobrir se o Planeta Vermelho já teve condições de abrigar vida.
O jipe-robô, que tem seis rodas e pesa uma tonelada, realizou uma complexa e arriscada operação para entrar na atmosfera marciana e pousar no local escolhido, na madrugada de segunda-feira (hora de Brasília), para alívio e alegria de cientistas e engenheiros da Nasa.
"Nós nos treinamos durante oito anos para pensar no pior o tempo todo", disse o engenheiro chefe Miguel San Martín. "Você nunca consegue desligar isso."
Essa é a primeira missão de astrobiologia da Nasa desde o envio da sonda Viking, na década de 1970, e é também o primeiro laboratório analítico completo a operar em outro mundo.
Engenheiros da Nasa disseram que esse feito foi um dos mais desafiadores e complexos na história dos voos espaciais robóticos e que abrirá as portas para uma nova era da exploração interplanetária.
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que o pouso da Curiosity representa um histórico "ponto de orgulho nacional."
O pouso é também um marco importante para a agência espacial norte-americana, afetada nos últimos anos por cortes orçamentários e pela recente aposentadoria da sua frota de ônibus espaciais.
Por causa da demora nas comunicações por rádio entre a Terra e Marte, todo o processo de descida e pouso precisou ser autoguiado, sem a interferência dos técnicos.
Após uma viagem de oito meses e 566 milhões de quilômetros, a sonda tocou a tênue atmosfera marciana a quase 21 mil quilômetros por hora --17 vezes a velocidade do som--, antes de iniciar a descida controlada.
Para reduzir sua velocidade, a sonda contou com um paraquedas especial, com uma mochila a jato e com um inédito "guindaste aéreo" que auxiliou no pouso, ocorrido na cratera Gale, no hemisfério sul marciano, perto do equador desse planeta.
A Nasa divulgou que o pouso aconteceu às 2h32 de segunda-feira (hora de Brasília).
Momentos após o pouso, a Curiosity enviou suas três primeiras imagens do solo marciano. Numa delas, uma roda do veículo e a sombra do jipe apareciam à frente do terreno pedregoso.
O jipe, do tamanho de um carro esportivo pequeno, está agora no fundo da gigantesca cratera Gale, aberta na superfície de Marte pelo impacto de um corpo celeste, e ao lado da imponente montanha rochosa chamada monte Sharp.
Três sondas orbitais monitoraram a descida, que foi apelidada pelos técnicos da Nasa como "sete minutos de terror". O sucesso do pouso foi recebido com um misto de comemoração e alívio.
"Quando você vê uma foto da superfície do planeta com a nave espacial nela, esse é o milagre da engenharia", disse o cientista-chefe John Grotzinger a jornalistas nesta segunda-feira.
Com o sol do fim de tarde se pondo atrás da beirada da cratera, a Curiosity ainda enviou outras seis fotos, além do resultado dos testes iniciais dos seus 10 instrumentos científicos. Durante a noite marciana, a sonda é desligada.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/pouso- ... entistas-1
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Agora vão alguns dias até actualizarem o software do Rover, e aí sim começará a missão.
Essas fotos ainda não tem qualidade pois não foram tiradas em Alta Resolução. Quando o braço robótico ficar operacional, e puderem limpar as lentes, aí sim virão as grandes fotografias.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Tomara que esse Patch não seja igual o BF3, senão só daqui 9 meses de novo...Andre Correa escreveu:Agora vão alguns dias até actualizarem o software do Rover, e aí sim começará a missão.
Estou ansioso para ver os vídeos e as imagens em alta resolução, vai ser demais!!
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Nesta é possivel ver os dois "buracos" feitos pelos foguetes da grua aérea.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Combustível nuclear pode manter Curiosity em Marte por 14 anos
Everton Bonturim - IPEN - 09/08/2012
Gerador nuclear MMRTG usado no robô marciano Curiosity. [Imagem: NASA]
Aventura em Marte
O desejo de conhecer o universo foi o motor para uma série de avanços tecnológicos, de sondas a foguetes, a quem impomos a missão de olhar para fora do nosso planeta.
A busca é uma aventura maior a cada quilômetro percorrido, em um espaço que se cogita infinito. Um novo módulo de pesquisa está agora aterrissado no solo do planeta que mais passou por especulações desde a "conquista" da Lua: Marte.
Curiosity é um veículo não tripulado que foi desenvolvido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para coletar amostras e imagens do solo e da atmosfera do planeta vermelho, assim como analisar e investigar possíveis evidências de que em algum momento poderia ter havido vida no planeta.
Isso se dá pela utilização de equipamentos altamente sofisticados e de enorme precisão, todos acoplados à estrutura do veículo - o nome completo da aventura é MSL (Mars Science Laboratory), ou Laboratório Científico de Marte: o robô Curiosity possui a bordo um laboratório completo, onde serão analisadas as amostras recolhidas por seu braço robótico.
Ao contrário dos robôs marcianos anteriores, alimentados por painéis solares e baterias, o Curiosity tem uma curiosidade a mais: uma fonte de energia nuclear.
Energia nuclear no espaço
O desenvolvimento de sistemas seguros que forneçam energia para alimentar equipamentos como o Curiosity é de fundamental importância quando falamos de um ambiente hostil tal qual o da superfície de um planeta estranho. Isso sem mencionar a distância que impede qualquer tipo de manutenção mais complexa por parte dos cientistas aqui na Terra.
Pensando no tempo de vida útil do Curiosity, a NASA implantou um sistema de produção de energia e calor baseado em energia nuclear.
Não que isso seja alguma novidade no campo das missões espaciais, afinal, o primeiro módulo a carregar um dispositivo nuclear foi lançado em 14 de Abril de 1969, na missão Nimbus III. Após esse empreendimento bem-sucedido, tivemos mais 16 missões, incluindo esta última para Marte.
A importância de um sistema que seja capaz de fornecer energia e calor aos equipamentos é de total relevância, e ele deve ser completamente independente de condições climáticas e externas. Nesse caso, um pequeno conjunto de dispositivos tornou-se a base para a geração de energia que alimentaria o Curiosity pelos próximos dois anos de trabalho.
O sistema utilizado nesta missão, desenvolvido exclusivamente para ela, é chamado de Gerador Termoelétrico por Radioisótopos Multi-Missão (MMRTG, do inglês Multi-Mission Radioisotope Thermoelectric Generator).
Ele é formado por uma série de dispositivos que trabalham em conjunto para gerar calor a partir de reações de decaimento natural do isótopo de Plutônio-238. Seu design foi criado para que ele possa ser operado em condições de extremo vácuo no espaço ou com atmosfera de um planeta.
Os dispositivos trabalham para administrar o calor liberado nas reações nucleares de decaimento e assim gerar, por meio de módulos de conversão termoelétricos (termopares), a energia elétrica necessária para o funcionamento do veículo e seus equipamentos.
A energia termonuclear é produzida dentro dos módulos GPHS (General Purpose Heat Source). [Imagem: NASA]
Energia termonuclear
Cada módulo contém conjuntos de pastilhas cerâmicas de dióxido de plutônio-238 (PuO2-238), responsáveis por alimentar as reações nucleares, em um total de 4,8 kg da substância.
Essas pastilhas são encapsuladas em uma proteção feita de irídio. As cápsulas de combustível são então armazenadas em uma caixa recoberta por tubos formados por fibra de carbono, e em seguida colocadas nos módulos GPHS.
Cada módulo GPHS foi desenvolvido para funcionar separadamente, fornecendo até 250 watts térmicos, mas também podem ser agrupados para trabalharem em conjunto, formando pilhas (stacks).
Os módulos usados no Curiosity têm a dimensão de 4 cm X 4 cm X 2 cm cada um, pesando cerca de um quilograma e meio. Sua engenharia de construção foi elaborada para dar prioridade à segurança do sistema, evitando vazamentos de material radioativo mesmo em possíveis acidentes com o veículo.
O sistema gerador MMRTG possui eficiência operacional de 6 a 7%, podendo produzir até 110 Watts elétricos de potência total. O fornecimento de calor pelo próprio gerador é uma das características que tornam o conjunto adequado para manutenção do veículo.
Computadores e analisadores precisam estar em uma faixa de temperatura de operação a ser mantida constante, independente das extremas variações de temperatura do planeta - o calor virá do processo de decaimento do plutônio armazenado nos módulos, mantendo a estabilidade térmica dos equipamentos.
Apesar da missão com o Curiosity ter um tempo de finalização calculado para 687 dias terrestres, o gerador de energia poderá ser mantido operante por cerca de 14 anos.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/n ... 0130120809
Everton Bonturim - IPEN - 09/08/2012
Gerador nuclear MMRTG usado no robô marciano Curiosity. [Imagem: NASA]
Aventura em Marte
O desejo de conhecer o universo foi o motor para uma série de avanços tecnológicos, de sondas a foguetes, a quem impomos a missão de olhar para fora do nosso planeta.
A busca é uma aventura maior a cada quilômetro percorrido, em um espaço que se cogita infinito. Um novo módulo de pesquisa está agora aterrissado no solo do planeta que mais passou por especulações desde a "conquista" da Lua: Marte.
Curiosity é um veículo não tripulado que foi desenvolvido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para coletar amostras e imagens do solo e da atmosfera do planeta vermelho, assim como analisar e investigar possíveis evidências de que em algum momento poderia ter havido vida no planeta.
Isso se dá pela utilização de equipamentos altamente sofisticados e de enorme precisão, todos acoplados à estrutura do veículo - o nome completo da aventura é MSL (Mars Science Laboratory), ou Laboratório Científico de Marte: o robô Curiosity possui a bordo um laboratório completo, onde serão analisadas as amostras recolhidas por seu braço robótico.
Ao contrário dos robôs marcianos anteriores, alimentados por painéis solares e baterias, o Curiosity tem uma curiosidade a mais: uma fonte de energia nuclear.
Energia nuclear no espaço
O desenvolvimento de sistemas seguros que forneçam energia para alimentar equipamentos como o Curiosity é de fundamental importância quando falamos de um ambiente hostil tal qual o da superfície de um planeta estranho. Isso sem mencionar a distância que impede qualquer tipo de manutenção mais complexa por parte dos cientistas aqui na Terra.
Pensando no tempo de vida útil do Curiosity, a NASA implantou um sistema de produção de energia e calor baseado em energia nuclear.
Não que isso seja alguma novidade no campo das missões espaciais, afinal, o primeiro módulo a carregar um dispositivo nuclear foi lançado em 14 de Abril de 1969, na missão Nimbus III. Após esse empreendimento bem-sucedido, tivemos mais 16 missões, incluindo esta última para Marte.
A importância de um sistema que seja capaz de fornecer energia e calor aos equipamentos é de total relevância, e ele deve ser completamente independente de condições climáticas e externas. Nesse caso, um pequeno conjunto de dispositivos tornou-se a base para a geração de energia que alimentaria o Curiosity pelos próximos dois anos de trabalho.
O sistema utilizado nesta missão, desenvolvido exclusivamente para ela, é chamado de Gerador Termoelétrico por Radioisótopos Multi-Missão (MMRTG, do inglês Multi-Mission Radioisotope Thermoelectric Generator).
Ele é formado por uma série de dispositivos que trabalham em conjunto para gerar calor a partir de reações de decaimento natural do isótopo de Plutônio-238. Seu design foi criado para que ele possa ser operado em condições de extremo vácuo no espaço ou com atmosfera de um planeta.
Os dispositivos trabalham para administrar o calor liberado nas reações nucleares de decaimento e assim gerar, por meio de módulos de conversão termoelétricos (termopares), a energia elétrica necessária para o funcionamento do veículo e seus equipamentos.
A energia termonuclear é produzida dentro dos módulos GPHS (General Purpose Heat Source). [Imagem: NASA]
Energia termonuclear
Cada módulo contém conjuntos de pastilhas cerâmicas de dióxido de plutônio-238 (PuO2-238), responsáveis por alimentar as reações nucleares, em um total de 4,8 kg da substância.
Essas pastilhas são encapsuladas em uma proteção feita de irídio. As cápsulas de combustível são então armazenadas em uma caixa recoberta por tubos formados por fibra de carbono, e em seguida colocadas nos módulos GPHS.
Cada módulo GPHS foi desenvolvido para funcionar separadamente, fornecendo até 250 watts térmicos, mas também podem ser agrupados para trabalharem em conjunto, formando pilhas (stacks).
Os módulos usados no Curiosity têm a dimensão de 4 cm X 4 cm X 2 cm cada um, pesando cerca de um quilograma e meio. Sua engenharia de construção foi elaborada para dar prioridade à segurança do sistema, evitando vazamentos de material radioativo mesmo em possíveis acidentes com o veículo.
O sistema gerador MMRTG possui eficiência operacional de 6 a 7%, podendo produzir até 110 Watts elétricos de potência total. O fornecimento de calor pelo próprio gerador é uma das características que tornam o conjunto adequado para manutenção do veículo.
Computadores e analisadores precisam estar em uma faixa de temperatura de operação a ser mantida constante, independente das extremas variações de temperatura do planeta - o calor virá do processo de decaimento do plutônio armazenado nos módulos, mantendo a estabilidade térmica dos equipamentos.
Apesar da missão com o Curiosity ter um tempo de finalização calculado para 687 dias terrestres, o gerador de energia poderá ser mantido operante por cerca de 14 anos.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/n ... 0130120809
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
BBC Horizon Especial - Missão a Marte (HD)
http://www.youtube.com/watch?v=zMl6YW1wen0
A BBC Horizon acompanha pelos bastidores da NASA a preparação final para o lançamento da sonda de $2,5 bilhões que irá até Marte. O veículo alimentado por energia nuclear, do tamanho de um carro, pousará na superfície do Planeta Vermelho. A missão "Curiosity" é a mais cara e audaciosa já feita para tentar responder a pergunta: "Existe vida em Marte?
http://www.youtube.com/watch?v=zMl6YW1wen0
A BBC Horizon acompanha pelos bastidores da NASA a preparação final para o lançamento da sonda de $2,5 bilhões que irá até Marte. O veículo alimentado por energia nuclear, do tamanho de um carro, pousará na superfície do Planeta Vermelho. A missão "Curiosity" é a mais cara e audaciosa já feita para tentar responder a pergunta: "Existe vida em Marte?
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
EUA emitem alerta para "tempestade solar do século"
O Congresso dos Estados Unidos alertou os norte-americanos para a necessidade de se prepararem para uma forte tempestade solar, após alerta da NASA.
O Congresso dos Estados Unidos fez um alerta aos norte-americanos para estes se prepararem para aquilo que está a ser denominado como a "tempestade solar do século". Num documento elaborado pelos parlamentares, foi pedido às comunidades locais para se precaverem com os recursos necessários de modo a poderem abastecer as populações com um mínimo de energia, alimentos e àgua em caso de emergência. De igual modo, é destacada a importância de tomar medidas de prevenção adequadas a este tipo de fenómenos, articuladas entre as comunidades vizinhas, uma vez que é necessária uma boa coordenação entre todos.
Segundo avança o jornal espanhol ABC, o texto do Congresso também cita várias informações elaboradas pela Protecção Civil, pelo regulador de energia eléctrica e pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, explicando a forma de atuar perante estes fenómenos. O objectivo é incentivar as práticas preventivas, bem como definir a natureza da ameça, de forma a que os cidadãos possam estar preparados.
Espanha, Alemanha, França e Reino Unido, são alguns dos países que, tal como os Estados Unidos, já estão a tomar "importantes medidas ao nível da prevenção".
Este mês a NASA alertou para que, em 2013, o Sol chegará a uma fase do seu ciclo onde grandes explosões e tempestades solares serão mais prováveis e deverão afetar o nosso planeta.
O Sol tem ciclos solares com média de 11 anos e atualmente estamos numa fase de aumento da atividade, o que se traduz em maior número de manchas na superfície da estrela. É possível que haja outros ciclos mais longos, mas só existem registos das manchas solares desde meados do século XVIII. Por isso, é difícil fazer previsões sobre a atividade da nossa estrela.
Teme-se sobretudo uma tempestade electromagnética semelhante à de 1859, conhecida por Evento Carrington. Essa erupção foi tão intensa, que os sistemas de telégrafo, na altura incipientes, foram seriamente afetados. Se houvesse redes eléctricas, elas teriam sido destruídas. As auroras boreais foram visíveis em latitudes muito a sul, nomeadamente em Roma.
DN
O Congresso dos Estados Unidos alertou os norte-americanos para a necessidade de se prepararem para uma forte tempestade solar, após alerta da NASA.
O Congresso dos Estados Unidos fez um alerta aos norte-americanos para estes se prepararem para aquilo que está a ser denominado como a "tempestade solar do século". Num documento elaborado pelos parlamentares, foi pedido às comunidades locais para se precaverem com os recursos necessários de modo a poderem abastecer as populações com um mínimo de energia, alimentos e àgua em caso de emergência. De igual modo, é destacada a importância de tomar medidas de prevenção adequadas a este tipo de fenómenos, articuladas entre as comunidades vizinhas, uma vez que é necessária uma boa coordenação entre todos.
Segundo avança o jornal espanhol ABC, o texto do Congresso também cita várias informações elaboradas pela Protecção Civil, pelo regulador de energia eléctrica e pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, explicando a forma de atuar perante estes fenómenos. O objectivo é incentivar as práticas preventivas, bem como definir a natureza da ameça, de forma a que os cidadãos possam estar preparados.
Espanha, Alemanha, França e Reino Unido, são alguns dos países que, tal como os Estados Unidos, já estão a tomar "importantes medidas ao nível da prevenção".
Este mês a NASA alertou para que, em 2013, o Sol chegará a uma fase do seu ciclo onde grandes explosões e tempestades solares serão mais prováveis e deverão afetar o nosso planeta.
O Sol tem ciclos solares com média de 11 anos e atualmente estamos numa fase de aumento da atividade, o que se traduz em maior número de manchas na superfície da estrela. É possível que haja outros ciclos mais longos, mas só existem registos das manchas solares desde meados do século XVIII. Por isso, é difícil fazer previsões sobre a atividade da nossa estrela.
Teme-se sobretudo uma tempestade electromagnética semelhante à de 1859, conhecida por Evento Carrington. Essa erupção foi tão intensa, que os sistemas de telégrafo, na altura incipientes, foram seriamente afetados. Se houvesse redes eléctricas, elas teriam sido destruídas. As auroras boreais foram visíveis em latitudes muito a sul, nomeadamente em Roma.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua
Armstrong passou por uma cirurgia de coração em 7 de agosto.
Americano comandou a Apollo 11 e pisou na Lua em 20 de julho de 1969.
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/not ... ncias.html
Armstrong passou por uma cirurgia de coração em 7 de agosto.
Americano comandou a Apollo 11 e pisou na Lua em 20 de julho de 1969.
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/not ... ncias.html
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
arcanjo escreveu:Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua
Armstrong passou por uma cirurgia de coração em 7 de agosto.
Americano comandou a Apollo 11 e pisou na Lua em 20 de julho de 1969.
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/not ... ncias.html
R.I.P.