MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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PRick

#346 Mensagem por PRick » Seg Set 03, 2007 12:00 pm

Brasil tem superávit comercial de US$ 3,535 bi em agosto
03/09 - 10:17, atualizada às 10:53 03/09 - Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A balança comercial brasileira encerrou o mês de agosto com um superávit de 3,535 bilhões de dólares, levemente acima do patamar de julho, quando o saldo ficou positivo em 3,347 bilhões de dólares, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira. As exportações feitas no mês passado somaram 15,101 bilhões de dólares, o que representou uma média por dia útil de 656,6 milhões de dólares.

As importações, por sua vez, totalizaram 11,566 bilhões de dólares, o correspondente a 502,9 milhões de dólares de média por dia útil.

De janeiro a agosto, a balança comercial acumula superávit de 27,513 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, a balança acumulava saldo positivo de 29,747 bilhões de dólares.





PRick

#347 Mensagem por PRick » Seg Set 03, 2007 12:06 pm

Balança Comercial
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Notícias relacionadas

Julho de 2007 - fechamento do mês

Em julho, as exportações somaram US$ 14,120 bilhões, valor recorde histórico mensal, superando agosto de 2006, quando alcançou US$ 13,671 bilhões. Pela média diária (US$ 641,8 milhões), o resultado de julho foi a terceira melhor média mensal, abaixo apenas de julho de 2006 (US$ 650,0 milhões) e junho de 2007 (US$ 655,9 milhões). Sobre julho de 2006, as exportações decresceram 1,3% e sobre junho de 2007, -2,1%, pela média diária.
As importações, no mês, totalizaram US$ 10,773 bilhões e média diária de US$ 489,7 milhões. Tanto em valor quanto pela média diária, o resultado é recorde histórico mensal, superando, em valor, maio de 2007 (US$ 9,781 bilhões), e, pela média diária, junho de 2007 (US$ 465,2 milhões). Sobre julho de 2006, o crescimento foi de 28,7% e 5,3% sobre junho de 2007, pela média diária.
O saldo comercial de julho atingiu US$ 3,347 bilhões, cifra abaixo da registrada em julho de 2006, de US$ 5,659 bilhões.
No período, a corrente de comércio alcançou US$ 24,893 bilhões, cifra recorde mensal, superando maio de 2007, quando alcançou US$ 23,428 bilhões. Sobre julho de 2007, o crescimento da corrente de comércio foi de 9,8%.
No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 87,334 bilhões, valor recorde histórico para o período. Sobre iguais meses de 2006, as exportações cresceram 16,1%, pela média diária. As importações alcançaram US$ 63,349 bilhões, também cifra recorde para os primeiros sete meses do ano, elevando-se em 27,1% em relação a janeiro-julho de 2006.
O saldo comercial somou US$ 23,985 bilhões, resultado 5,4% abaixo de janeiro-julho de 2006, quando totalizou US$ 25,192 bilhões.
A corrente de comércio acumula US$ 150,683 bilhões, também recorde histórico para o período, com aumento de 20,5% sobre iguais meses do ano anterior.




PRick

#348 Mensagem por PRick » Qui Set 06, 2007 1:24 am

BBC Brasil - 05/09/2007 14:35
Brasil deve priorizar comércio regional, diz Unctad

Relatório diz que acordos bilaterais com países ricos podem ser perigosos.

O Brasil deve concentrar seus esforços na cooperação regional na América Latina e explorar as possibilidades comerciais dentro e fora do Mercosul, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pela Unctad (Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

"Se os países têm a intenção de aumentar seus mercados, é melhor que eles façam isso dentro de sua área geográfica, porque este tipo de acordo já se provou mais eficiente. No comércio intra-regional, a parcela de bens manufaturados é maior, o que reduz a dependência dos países em desenvolvimento em relação aos preços dos commodities", disse à BBC Brasil o coordenador do relatório Trade and Development 2007 (Comércio e Desenvolvimento 2007) da Unctad, Detles Kotte.

Segundo a Unctad, como as negociações de liberalização do comércio no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) não estão avançando, muitos países em desenvolvimento estão apostando em acordos bilaterais, muitos deles com países ricos.

Mas a organização diz que, nessas situações, os países em desenvolvimento acabam muitas vezes aceitando condições mais duras do que aceitariam no cenário mundial e podem ser prejudicados no longo prazo.

"Ficando no âmbito regional, países como o Brasil podem se tornar menos dependentes da economia mundial e mais preparados para a globalização, além de aumentar a industrialização na sua região", afirmou Kotte.

Segundo o relatório anual da Unctad, o crescimento econômico na América Latina deve ter um leve desaquecimento e ficar em torno de 5% em 2007.

O documento diz que China e Índia seguem liderando o crescimento no mundo em desenvolvimento, que passa pela situação econômica mais favorável desde o início dos anos 70.

O PIB per capita nesses países cresceu quase 30% entre 2003 e 2007, enquanto no G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo, essa alta ficou em apenas 10%.

A Unctad, no entanto, faz um alerta: no caso de uma séria recessão nos Estados Unidos, as exportações dos países em desenvolvimento - que estão sendo beneficiadas pela forte demanda por commodities primários - podem ser seriamente afetadas.

O relatório também ressalta que as disparidades entre o nível de vida em países ricos e pobres diminuíram, mas continuam enormes.

Em 1980, a renda per capita era 23 vezes maior em países desenvolvidos que nos países em desenvolvimento. Em 2007, a diferença diminuiu para 18 vezes.

Na América Latina, África e Oeste Asiático, no entanto, essa distância relativa é maior em 2007 do que era em 1980.

Nesta quarta-feira, duas autoridades financeiras mundiais indicaram que as economias dos países do G8 podem enfrentar novas turbulências.

Em um relatório sobre a economia global, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse que o panorama econômico estava menos otimista por causa de recentes quedas nos mercados financeiro, segundo informações do economista-chefe Jean-Philippe Cotis.

Um dos diretores do Tesouro americano, Robert Steel, disse que a turbulência atual está longe de ter acabado.

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PRick

#349 Mensagem por PRick » Ter Set 11, 2007 12:12 pm

Enquanto o G-7 deve crescer em média 2,5 este ano, e as previsões sobre o crescimento médio mundial caem. Por sinal, o governo mexicano realinhou suas previsões para o crescimento deste ano para baixo, o México deverá crescer 3% este ano...




Brasil pode deixar de ser 'molenga dos Bric' nesta semana, diz 'FT'

O Brasil pode ter uma oportunidade de se livrar de sua "imagem de molenga" dentro do grupo de países conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) esta semana, quando "o dado de crescimento no segundo trimestre deve chegar a 5,5% - mais do dobro da média dos últimos 15 anos", diz artigo na edição desta terça-feira do jornal britânico Financial Times.

"Enquanto Rússia, Índia e China há tempos vêem suas economias crescer mais rápido do que seus pares no mundo desenvolvido, o Brasil tem sido mais lento, apesar da promessa de 'espetáculo de crescimento' feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de sua eleição em 2002", afirma o jornal.

"Algumas estimativas feitas antes da divulgação dos números, amanhã, vêem o crescimento atingindo até 6,9%, comparado com 3,7% no ano passado."

Segundo o Financial Times, "agricultura, serviços e indústria vêm crescendo rapidamente este ano".

"O investimento foi forte, especialmente entre empresas exportadoras que avançaram com investimentos iniciados no ano passado. A demanda por parte dos consumidores também tem sido robusta, puxada por um alto índice de criação de empregos e a rápida expansão e redução do custo do crédito ao consumidor", diz o jornal britânico.

Mas o artigo ressalva que "há uma crescente procupação sobre um retorno das pressões inflacionárias, e muitos economistas dizem que o governo parece ter abandonado os planos de atacar os gastos há vários anos, sugerindo que o ritmo de crescimento poderá desacelerar de novo no médio prazo".

"A inflação dos preços no atacado em agosto ficou em quase 1%, muito mais alta do que o esperado e uma advertência da crescente inflação do preço ao consumidor. Dados do governo mostraram a inflação no varejo em 3,99%."

Segundo o Financial Times, "em conseqüência disso, muitos economistas esperam que o Banco Central interrompa dois anos de redução nas taxas de juros".

O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.






Sniper
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#350 Mensagem por Sniper » Ter Set 11, 2007 12:51 pm

O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.


Esse "detalhe" ia passando despercebido PRick...




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#351 Mensagem por PRick » Ter Set 11, 2007 2:13 pm

Sniper escreveu:
O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.


Esse "detalhe" ia passando despercebido PRick...


Não pelo contrário, gostei muito! Mais estado, como já falei, não sou neoliberal, gosto de Estado. Quero mais é que ele cresça, gastando bem, é lógico. :wink:

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PRick

#352 Mensagem por PRick » Ter Set 11, 2007 2:20 pm

Mais uma quentinha!

IBGE confirma recorde em colheita de grãos em 2007
11/09 - 11:56 - EFE

ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoRIO DE JANEIRO - O Brasil terá a maior colheita de grãos da história este ano, com 133,8 milhões de toneladas, ou 14,3% superior à do ano passado, informou hoje o IBGE.

A previsão com base em dados recolhidos em agosto confirmou todos os cálculos que projetam há vários meses uma safra recorde em 2007.

A nova previsão para a colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas superou em 0,3% a calculada em julho pelo IBGE.

Além de superar em quase 17 toneladas a produção do ano passado (117,0 milhões de toneladas), a colheita de 2007 será maior que a de 2003 (124,3 milhões de toneladas), até agora a maior da história do país.

De acordo com o IBGE, a produção crescerá apesar de uma redução de 0,3% na área plantada em relação a 2006, com 45,4 milhões de hectares.

A produção de soja, da qual o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor mundial, chegará a 58,2 milhões de toneladas, 11,2% maior com relação ao ano passado.

A colheita de milho alcançará 52,2 milhões de toneladas (crescimento de 16,0% na primeira safra e de 40,6% na segunda safra).

Os dois produtos representarão 82,5% da produção total de grãos do país este ano.

A área plantada de soja chegou a 20,6 milhões de hectares, com um crescimento de 11,2%, e a destinada ao milho a 13,8 milhões de hectares.

A colheita de trigo chegará a 4,0 milhões de toneladas, com um aumento de 61% a respeito da de 2006, quando a produção foi prejudicada por condições meteorológicas adversas.

Segundo o IBGE, dos 25 produtos analisados, 17 terão uma maior produção este ano em relação a 2006.

Os produtos com maior aumento na produção são algodão (+31,0%), amendoim (+19,0%), batata - da primeira colheita (+22,6%) -, cacau (+14,7%), cana-de-açúcar (+12,9%) e cebola (+4,3%).

Entre os produtos com produção menor se destacam o arroz, com uma diminuição de 4,0%, aveia (-34,7%), café (-15,0%) e sorgo (+13,2%).




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#353 Mensagem por Sniper » Ter Set 11, 2007 3:21 pm

PRick escreveu:
Sniper escreveu:
O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.


Esse "detalhe" ia passando despercebido PRick...


Não pelo contrário, gostei muito! Mais estado, como já falei, não sou neoliberal, gosto de Estado. Quero mais é que ele cresça, gastando bem, é lógico. :wink:

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Inchar o serviço público com mais de 55 mil novos cargos (grande parte comicionados e de "confiança") é gastar bem PRick?

Faça-me o favor... :evil:

O estado tem que crescer contratando mais médicos, agentes de saúde, professores, cientistas, etc... e não contratando burocratas, que na maioría são um bando de come-dorme! :evil:




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#354 Mensagem por Bolovo » Ter Set 11, 2007 3:24 pm

PRick escreveu:
Sniper escreveu:
O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.


Esse "detalhe" ia passando despercebido PRick...


Não pelo contrário, gostei muito! Mais estado, como já falei, não sou neoliberal, gosto de Estado. Quero mais é que ele cresça, gastando bem, é lógico. :wink:

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E desde de quando o neoliberal é contra o Estado?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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#355 Mensagem por pafuncio » Ter Set 11, 2007 3:45 pm

[quote="Sniper"]
Inchar o serviço público com mais de 55 mil novos cargos (grande parte comicionados e de "confiança") é gastar bem PRick?

Faça-me o favor... :evil:

/quote]

Gente, antes de falarmos, vamos ver quais os cargos que serão preenchidos.

Aparentemente, novas contratações para órgãos típicos de Estado, tais quais a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal, carreiras de gestão estatal (ouvi na Voz do Brasil acerca de gestores orçamentários, uma função quase extinta), analistas ambientais (o ex-Ibama tem um plano de fortalecimento de gestores ambientais) e, especulo, professores de universidades federais (aparentemente, foram criadas pelo menos novas 3 universidades federais). Especulo que novos cargos de controladores de vôo serão criados.

Claro, muitos cargos atenderão não à área-fim, por decorrÊncias próprias dos mecanismos de gestão estatais. Disso surgem, também, necessariamente novos cargos de comissão.

Mas não podemos, aparentemente, imaginar um "aparelhamento estatal" (termo bastante usado hoje em dia), em face da hipetrofia de burocratas. Há que se observar as carreiras e cargos criados, bem como sua relevância (função de Estado) e a proporção cargo efetivo/cargo comissionado.

Não nos esqueçamos que boa parte da elite da burocracia estatal se aposentou ou está em vias de se aposentar. Há que se suceder tal pessoal, de preferência pagando bem e com concursos os mais rigorosos possíveis.

Abraços, Alexandre.

PS - também está na hora de parar com terceirizações e contratações de funcionários de ong´s, expediente muito utilizado para "lavar dinheiro" e, acreditem, empregar filhos e parentes de políticos. O Ministério Público do Trabalho e os órgãos de persecução de improbidade administrativa estão atrás deste filão há tempos ...




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
PRick

#356 Mensagem por PRick » Ter Set 11, 2007 4:41 pm

alexandre lemos escreveu:
Sniper escreveu:Inchar o serviço público com mais de 55 mil novos cargos (grande parte comicionados e de "confiança") é gastar bem PRick?

Faça-me o favor... :evil:

/quote]

Gente, antes de falarmos, vamos ver quais os cargos que serão preenchidos.

Aparentemente, novas contratações para órgãos típicos de Estado, tais quais a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal, carreiras de gestão estatal (ouvi na Voz do Brasil acerca de gestores orçamentários, uma função quase extinta), analistas ambientais (o ex-Ibama tem um plano de fortalecimento de gestores ambientais) e, especulo, professores de universidades federais (aparentemente, foram criadas pelo menos novas 3 universidades federais). Especulo que novos cargos de controladores de vôo serão criados.

Claro, muitos cargos atenderão não à área-fim, por decorrÊncias próprias dos mecanismos de gestão estatais. Disso surgem, também, necessariamente novos cargos de comissão.

Mas não podemos, aparentemente, imaginar um "aparelhamento estatal" (termo bastante usado hoje em dia), em face da hipetrofia de burocratas. Há que se observar as carreiras e cargos criados, bem como sua relevância (função de Estado) e a proporção cargo efetivo/cargo comissionado.

Não nos esqueçamos que boa parte da elite da burocracia estatal se aposentou ou está em vias de se aposentar. Há que se suceder tal pessoal, de preferência pagando bem e com concursos os mais rigorosos possíveis.

Abraços, Alexandre.

PS - também está na hora de parar com terceirizações e contratações de funcionários de ong´s, expediente muito utilizado para "lavar dinheiro" e, acreditem, empregar filhos e parentes de políticos. O Ministério Público do Trabalho e os órgãos de persecução de improbidade administrativa estão atrás deste filão há tempos ...


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PRick

#357 Mensagem por PRick » Ter Set 11, 2007 4:45 pm

Bolovo escreveu:
PRick escreveu:
Sniper escreveu:
O artigo cita ainda como exemplo de seus gastos contratações no setor público. "No mês passado, o governo anunciou planos de criar 29 mil novos empregos no setor público em 2008 e contratar mais 27 mil pessoas para preencher postos vagos".

"Não há sinal nenhum de uma redução nos gastos", disse um economista de Brasília, Raul Velloso, citado no artigo do Financial Times.


Esse "detalhe" ia passando despercebido PRick...


Não pelo contrário, gostei muito! Mais estado, como já falei, não sou neoliberal, gosto de Estado. Quero mais é que ele cresça, gastando bem, é lógico. :wink:

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E desde de quando o neoliberal é contra o Estado?


Sim, uma das características do neo-liberalismo, como do liberalismo, é menos estado mínimo e a favor do que eles chamam "livre mercado, estou fora. Tenho ideologia formada sobre, é só. :wink:

Gosto de Estado, por sinal mais que da iniciativa privada. Mas nada de cartório improdutivo ou cabide de empregos. Aumentar o número de funcionários públicos, por concurso ou para substituir os aposentados, é ótimo, o FT como qualquer boa mídia liberal tem lá suas ideologias.

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#358 Mensagem por Sniper » Ter Set 11, 2007 4:50 pm

Alexandre, vou falar sobre o que conheço. Aqui em Minas Gerais foi implementado um tal de Choque de Gestão, que nada mais é do que uma "reorganização e modernização do aparato institucional do Estado e da busca e a implementação de novos modelos de gestão".

Na prática entre outras medidas Redução das secretarias de 21 para 15 e extinção de 43 superintendências e de 16 diretorias, num total de mais de 3 mil cargos de confiança.

O teto salarial no Executivo foi fixado em R$ 10.500. O salário do governador foi reduzido em 45% e caiu de R$ 19.500 para R$ 10.500; do vice-governador, para R$ 10 mil, e dos secretários de Estado para R$ 8.500.

Só em 2003/2004 houve um ganho real de R$ 2,1 Bilhões por meio de cortes na estrutura da administração, redução de salários do primeiro escalão, pagamento de débitos com fornecedores, nova política de valorização de pessoal, gerenciamento controlado de compras e materiais e serviços, ao lado do acréscimo da receita.

Isso é ser Neoliberal? Absolutamente! Isso chama-se responsabilidade com os gastos públicos! :wink:

E para os que usam o argumento fajuto de que é preciso inchar a máquinapública para o país crescer deixo-lhes uma pergunta: Qual é o estado que mais cresceu no Brasil nos últimos 6 anos ? :roll: 8-]

Para que estiver interessado sobre mais informações sobre o choque de gestão, basta acessar o link.




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#359 Mensagem por pafuncio » Ter Set 11, 2007 6:24 pm

1) Eu pensava que fora o Espírito Santo o estado que mais crescera nos últimos tempos, até pela questão portuária e da produção de gás e petróleo. ???? Seu governador era uma aposta da nova geração política, mas está em um tremendo anonimato agora ...

2) De qualquer forma, não posso falar pelo nível do funcionalismo público estadual de MG e da qualidade da prestação do serviço público.

Nestas horas, acabamos sempre focados no Rio de Janeiro e São Paulo, que ainda são as maiores vitrines.

Daí o meu desconhecimento da realidade (e do mérito do funcionalismo estadual) mineira.

Apenas digo que tenho algumas críticas ao seu judiciário, na questão dos interesses difusos. E não é de agora ...

3) O Aécio tentou se capitalizar na mídia nacional com este choque de gestão, no final do ano de 2.006. O Luís Nassif é um defensor desta reforma administrativa do governador mineiro, tendo destacado que a grande cabeça pensante seria o vice-governador, um craque na gestão estatal. Esqueci do seu nome agora. :oops: :oops: :oops:

Outras vezes, ouvi que tal déficit zero e a glasnot mineiras não seriam assim tão meritórias. Nada muito aprofundado, pouca repercussão nacional.

Torno a repetir: dificilmente estas medidas são debatidas a contento pela mídia nacional, ainda paroquiana (RJ e SP), por mais importante que MG seja.

Daí que se tenda olhar os feitos administrativos do Aécio, quiçá, como um discurso, um grande feito, o que contraditoriamente pode atrair críticas passionais, apressadas e injustas.

De qualquer modo, teu testemunho (amparado na consagradora votação aéciana) é para mim prova irrefutável do sucesso administrativo-econômico deste notável neto do Tancredo Neves.

4) Torno a falar: não à terceirização e ao uso de ong´s como expediente para driblar o moralizador (e meritório) concurso público.

Quero um país devidamente aparelhado (viram como a referencial ideológico é importante ? :wink: ?) por meritórios servidores de Estado, para controle social mesmo: MPF, Polícia Federal, Receita Federal, fiscais das agÊncias regulatórias, gestores públicos , professores universitários, etc.

Mais ou menos o que falou o Márcio Pochmann (IPEA), faz pouco. :wink:

Salu2, alexandre.

PS - vamos debater urbanamente, certo ?
PS 2 - discursos são belos, mas por sua natureza tendem a galvanizar opiniões, atraindo às vezes críticas passionais, sem que haja análise do mérito do proposição. Nestas horas, a arte do laconismo é sempre instigante e necessária (contraponto), como nos prova diuturnamente o teacher Orestes.




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#360 Mensagem por Morcego » Ter Set 11, 2007 6:39 pm

tem que privatizar tudo, quanto menos funcionário público melhor.

os funcionários que forem do estado tem que ser MUITO BEM REMUNERADOS.




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