RÚSSIA
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Re: RÚSSIA
cabeça de martelo escreveu:Comu... quê?
O tio Putin é tão capitalista como o Australiano... na verdade até mais!
Há malta que parou no tempo e continua a pensar que vive nos anos 50 do séc. passado
*Turn on the news and eat their lies*
- tgcastilho
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Re: RÚSSIA
Por vezes, fica-se com a impressão de que Vladimir Putin vive num tempo em que não existe Internet, mas apenas um jornal como o Pravda, antigo órgão oficial do Partido Comunista da União Soviética.
Numa entrevista ao canal de televisão alemão ARD, o Presidente russo, ao responder à pergunta sobre a anexação da Crimeia, afirmou ter sempre reconhecido que o seu país utilizou tropas nessa operação: “Sim, claro que nunca neguei esse facto, nós nunca negámos, as nossas Forças Armadas, falemos diretamente, bloquearam as Forças Armadas da Ucrânia aquarteladas na Crimeia”. Ora, na altura, Putin e a propaganda russa não se cansaram de afirmar que os “homenzinhos verdes” eram “forças de autodefesa local”.
O dirigente russo voltou a justificar a anexação da Crimeia com o exemplo do Kosovo: “Temos um precedente evidente e fresco: o precedente do Kosovo”, mas “esqueceu-se” de que o Kosovo não foi anexado por outro estado, antes é um país independente.
Na mesma entrevista, Vladimir Putin explicou também como é que os separatistas pró-russos conseguem armamentos sofisticados: “Onde é que eles vão buscar blindados e sistemas de artilharia? No mundo actual, as pessoas que lutam e consideram essa luta justa do seu ponto de vista, encontrarão sempre armamentos”.
Que quis o dirigente russo dizer com isso? Confirmar que, afinal, o seu país fornece armamentos à “luta justa” dos separatistas? Claro que não, pois o Kremlin jura que não é parte do conflito e que apenas envia ajuda humanitária para Lugansk e Donetsk.
Por muitos êxitos que os separatistas pró-russos tenham tido, eles não podiam ter conquistado aos militares ucranianos tanto armamento sofisticado como o que emprega nas operações militares. Sendo assim, de onde vêm blindados, lança-mísseis, tanques, etc.? Se olharmos para o mapa, rapidamente compreenderemos que esse armamento só pode vir da Rússia. Sendo assim, isto significa que o Presidente Putin não controla a venda de armas no seu país ou, como já nos vem habituando, foge à verdade?
Quanto a manobras militares, Putin afirma que elas se realizam no espaço aéreo ou águas internacionais, e que irão continuar. Ou seja, nós portugueses também deveremos habituar-nos a ver aviões e navios militares russos não longe das nossas costas. Esperemos é que essas manobras não ponham em perigo os voos civis nesse espaço.
P.S. Por vezes, quero acreditar que declarações desse tipo são feitas para manter viva a chama da “Grande Rússia”, que pode e manda, faz o que quer. As sondagens internas mostram que isso tem êxito entre os russos. Mas receio que estes actos venham a ter graves consequências, e não só para os russos.
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Re: RÚSSIA
http://www.youtube.com/watch?v=6hv0PFhK2R0


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Re: RÚSSIA
Então o embargo onde os comunas estavam passando fome e não tinha comida nos mercados com o desabastecimento não está ocorrendo?
Comunas mafiosos não são mais como antigamente.![Gargalhada [003]](./images/smilies/003.gif)
Uma sugestão que eu daria para os EUA e Nato seria mandar a Dilma para administrar a Rússia, ai veríamos um estrago sem tamanho.
Comunas mafiosos não são mais como antigamente.
![Gargalhada [003]](./images/smilies/003.gif)
Uma sugestão que eu daria para os EUA e Nato seria mandar a Dilma para administrar a Rússia, ai veríamos um estrago sem tamanho.
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Re: RÚSSIA
O problema tem que ver com a manipulação dos dados.hades767676 escreveu:PIB russo cresce 0,8 até outubro
http://economia.estadao.com.br/noticias ... as,1596151
A origem da notícia é a própria imprensa russa que disse algo bastante diferente:
E isto é o que a imprensa do regime é autorizada a dizer:
Existem previsões de queda da economia russa para o ano de 2015. A maioria das previsões para o ano de 2014 ainda apresentam resultados positivos.The consensus forecast of economists compiled by Interfax at the end of October is for GDP growth to total 0.3% in 2014 and 0.2% in 2015. The Econ Ministry believes the economy will expand 1.2% in 2015, according to its forecast from the beginning of September. The ministry will update that forecast at the beginning of December.
http://www.interfax.com/newsinf.asp?pg=2&id=550851
Tudo depende da forma como se lê a notícia e com o spin é dado.
Aqui neste mesmo fórum, um glorioso pró-russo colocou com agrado exultante, uma noticia que dava conta do aumento da população russa, considerando que o Putin tinha conseguido convecer os russos a fazer filhos.
Na realidade, a taxa positiva de crescimento da população russa, continua ligeiramente positiva como há anos. O que mudou foi a redução da taxa de mortalidade.
Os russos conseguiram que morresse menos gente, por exemplo através do controle da bebedeira, que é um dos principais fatores que contribui para os acidentes nas estradas e os acidentes de trabalho que na Russia atingem números assustadores. A Russia tem das maiores taxas de mortalidade do mundo.
Logo, o declino da população está a ser evitado, mas não é fazendo filhos, mas sim conseguindo evitar que os adultos morram em quantidade tão grande.
Qualquer pessoa que estude a realidade russa, perceberia isso.
O problema é que quando passamos do estudo e da análise fria para a militância politica, a objetividade desaparece completamente.
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Re: RÚSSIA
Bom, para quem dizia que a economia russa estava acabada e que os anúncios de investimentos na defesa era puro delírio a realidade dos fatos já bateu a porta. Russia não esta falida e seu orçamento militar já e o terceiro maior do planeta. Como um estudioso de Harvard disse no começo do ano, não interressa se as sanções vão funcionar ou não. A imprensa americana vai colocar os EUA sempre como os triunfantes.
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Re: RÚSSIA
Rússia cancela gasoduto e reavalia estratégia
RTP 02 Dez, 2014, 17:38
Putin queria fazer passar pela Bulgária e não pela Ucrânia o gás destinado à Europa, mas esbarrou no boicote da Comissão Europeia. Agora tem de encontrar novas soluções.
O gasoduto deveria ter um longo troço submarino no Mar Negro, atravessar a Bulgária e, a partir daí, bifurcar-se num ramo destinado a abastecer a Grécia e a Itália; e num outro que atravessaria a Sérvia e a Hungria, desembocando finalmente na Áustria. Este segundo ramo teria eventualmente uma derivação para a Bósnia e a Croácia.

O gasoduto deveria atingir uma extensão de 2.400 quilómetros, começando a funcionar já em 2015, mas atingindo em 2018 um fluxo de 64 mil milhões de metros cúbicos por ano. A sociedade que havia de explorar o gasoduto tinha uma forte participação da Gazprom, russa, mas também quotas importantes da italiana Eni (20 por cento), da francesa EdF e da alemã Wintershall (ambas com 15 por cento).
O ambicioso plano curto-circuitava a dependência russa relativamente ao trânsito em território ucraniano, viabilizava os fornecimentos à Europa independentemente das contingências da política ucraniana e consolidava em especial os trunfos negociais em que assenta a tradicional influência russa nos Balcãs e na Europa central.
Não surpreende que o até aqui comissário europeu para a Energia, Günther Oettinger, se tenha empenhado energicamente em torpedear o projecto. Oettinger invocou sobretudo argumentos jurídicos, sustentando que o projecto violaria o direito eurocomunitário, por estar entregue a empresas que, além de explorarem o gasoduto, também estão envolvidas na extração do gás natural.
A discussão jurídica é intrincada, porque o Kremlin acusa Oettinger de aplicar o direito europeu retroactivamente. Com efeito, a proibição de as empresas exploradoras do gasoduto se dedicarem também à extracção do gás é posterior à assinatura dos contratos para a construção daquela estrutura. Mas há também motivos políticos para a campanha de Oettinger, explicados na sua afirmação de que "a tarefa do momento é fazer tudo para que a dependência face ao gás russo não tenha consequências graves".
O facto é que o Governo búlgaro de Boiko Borissow deu mais ouvidos a Oettinger do que a Putin, e parou o projecto até ele poder provar a sua conformidade ao direito europeu. A Gazprom replicou cancelando, de todo, o gasoduto "South Stream". O seu presidente, Alexej Miller, afirmou laconicamente: "Acabou-se. O projecto chegou ao fim". Putin explicou a decisão dizendo que "foi tirada à Bulgária a possibilidade de se comportar como um Estado soberano" e que, nessas condições, a Rússia não pode arriscar-se a investir centenas de milhões de dólares.
A Bulgária é duramente atingida pela decisão russa, mas também os estrategas do Kremlin terão de repensar agora como garantem que o gás russo chegue aos mercados que a Gazprom está empenhada em conservar.
Para já, a alternativa mais forte parece passar pela Turquia, em que poderia construir-se um gasoduto que contornaria completamente a União Europeia. A ideia seria fazer da Turquia a distribuidora para a Europa da totalidade dos 63 mil milhões de metros cúbicos atrás referidos, havendo já um memorando assinado nesse sentido.
Para já, a Gazprom vai, a partir do primeiro dia de 2015, baixar em 6 por cento o preço do gás que vende à Turquia. E os observadores mais atentos notam que, na recente visita de Putin a Ankara, a conversa de uma hora que, segundo o protocolo, devia ter com o seu homólogo turco, Recep Tayip Erdogan, acabou por transformar-se numa reunião de três horas.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
RTP 02 Dez, 2014, 17:38
Putin queria fazer passar pela Bulgária e não pela Ucrânia o gás destinado à Europa, mas esbarrou no boicote da Comissão Europeia. Agora tem de encontrar novas soluções.
O gasoduto deveria ter um longo troço submarino no Mar Negro, atravessar a Bulgária e, a partir daí, bifurcar-se num ramo destinado a abastecer a Grécia e a Itália; e num outro que atravessaria a Sérvia e a Hungria, desembocando finalmente na Áustria. Este segundo ramo teria eventualmente uma derivação para a Bósnia e a Croácia.
O gasoduto deveria atingir uma extensão de 2.400 quilómetros, começando a funcionar já em 2015, mas atingindo em 2018 um fluxo de 64 mil milhões de metros cúbicos por ano. A sociedade que havia de explorar o gasoduto tinha uma forte participação da Gazprom, russa, mas também quotas importantes da italiana Eni (20 por cento), da francesa EdF e da alemã Wintershall (ambas com 15 por cento).
O ambicioso plano curto-circuitava a dependência russa relativamente ao trânsito em território ucraniano, viabilizava os fornecimentos à Europa independentemente das contingências da política ucraniana e consolidava em especial os trunfos negociais em que assenta a tradicional influência russa nos Balcãs e na Europa central.
Não surpreende que o até aqui comissário europeu para a Energia, Günther Oettinger, se tenha empenhado energicamente em torpedear o projecto. Oettinger invocou sobretudo argumentos jurídicos, sustentando que o projecto violaria o direito eurocomunitário, por estar entregue a empresas que, além de explorarem o gasoduto, também estão envolvidas na extração do gás natural.
A discussão jurídica é intrincada, porque o Kremlin acusa Oettinger de aplicar o direito europeu retroactivamente. Com efeito, a proibição de as empresas exploradoras do gasoduto se dedicarem também à extracção do gás é posterior à assinatura dos contratos para a construção daquela estrutura. Mas há também motivos políticos para a campanha de Oettinger, explicados na sua afirmação de que "a tarefa do momento é fazer tudo para que a dependência face ao gás russo não tenha consequências graves".
O facto é que o Governo búlgaro de Boiko Borissow deu mais ouvidos a Oettinger do que a Putin, e parou o projecto até ele poder provar a sua conformidade ao direito europeu. A Gazprom replicou cancelando, de todo, o gasoduto "South Stream". O seu presidente, Alexej Miller, afirmou laconicamente: "Acabou-se. O projecto chegou ao fim". Putin explicou a decisão dizendo que "foi tirada à Bulgária a possibilidade de se comportar como um Estado soberano" e que, nessas condições, a Rússia não pode arriscar-se a investir centenas de milhões de dólares.
A Bulgária é duramente atingida pela decisão russa, mas também os estrategas do Kremlin terão de repensar agora como garantem que o gás russo chegue aos mercados que a Gazprom está empenhada em conservar.
Para já, a alternativa mais forte parece passar pela Turquia, em que poderia construir-se um gasoduto que contornaria completamente a União Europeia. A ideia seria fazer da Turquia a distribuidora para a Europa da totalidade dos 63 mil milhões de metros cúbicos atrás referidos, havendo já um memorando assinado nesse sentido.
Para já, a Gazprom vai, a partir do primeiro dia de 2015, baixar em 6 por cento o preço do gás que vende à Turquia. E os observadores mais atentos notam que, na recente visita de Putin a Ankara, a conversa de uma hora que, segundo o protocolo, devia ter com o seu homólogo turco, Recep Tayip Erdogan, acabou por transformar-se numa reunião de três horas.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
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