Suécia pede "transparência" ao Brasil na compra de caças
UOL Brasília, 11 fev (EFE).- O ministro de Assuntos Exteriores da Suécia, Carl Bildt, pediu hoje ao Governo brasileiro "transparência" no processo de licitação para a compra de 36 caças.
Bildt foi recebido em Brasília pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e pretende também se encontrar com Nelson Jobim, à frente do Ministério da Defesa para falar da proposta da firma Saab, de seu país.
Os suecos, fabricantes do modelo Gripen NG, concorrem com os americanos da Boeing, responsáveis pelo caça F-18 Super Hornet, e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault.
"Presumo que sejam processos transparentes os que envolvem a escolha da empresa. Não é surpresa alguma que eu fale a favor da oferta sueca, que tem um componente maior de desenvolvimento e pesquisa", ressaltou.
Amorim garantiu ao colega sueco que a licitação será transparente, embora o Governo já tenha garantido que a decisão terá fundamento político, e não somente técnico.
Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua preferência pelo Rafale durante a visita de seu colega francês, Nicolas Sarkozy. Entretanto, acabou reconhecendo que o martelo ainda não tinha sido batido.
Segundo fontes oficiais, Lula lembrou que tanto o Boeing como o Saab possuem muitas peças americanas, o que posteriormente poderia impedir uma "decisão soberana" na hora de vender as aeronaves a outros países.
De fato, os Estados Unidos já impediram que o Brasil vendesse à Venezuela aviões Super Tucano, fabricados pela Embraer.
do UOL Notícias
AlbertoRJ escreveu:Os suecos, em vez de pedir transparência ao Brasil, devem se preocupar antes com os diversos escândalos de corrupção em que executivos da Saab estão metidos junto com os da BAE na comercialização do Gripen.
Coisa bem atual.
[]'s
Desnecessário, sem contar que o Sr. Dassault ja foi até condenado por...Arlsan,Arlsan escreveu:Olá Alberto,AlbertoRJ escreveu:
Olá Arlsan,
Desculpe a demora.
Então a licitação pode ser dispensada? Certo, concordo, pode e deve.
Mas vamos lá, você já conhece o relatório da FAB ou está se baseando no que sai na imprensa?
E o relatório faz também alguma consideração sobre política externa? Esta tem alguma importância ou nenhuma? O que é mais importante no processo?
Mas se o Governo pediu para que a FAB fizesse um relatório técnico para que este ajudasse na escolha final, que é prerrogativa do Presidente, segundo a lei, o que está escrito nesse relatório deve determinar a escolha? Então quem escolhe é a FAB ou o Governo? Então a lei diz isso, que a FAB escolhe o caça? Não parece com o que está escrito lá, não é?
É só.
Abraços
Eu não conheço o relatório da FAB. Aliás, talvez um ou dois aqui conheçam. Enquanto isso a gente vai especulando.
Procuro não basear minha opinião no que sai na imprensa, mas evz por outra, acabo fazendo.
O que eu digo é que nada dá ao Presidente da República a prerrogativa de acordar num belo domingo, ao meio-dia, virar pro lado, soltar um peido e dizer "vou comprar o caça tal".
É preciso mais do que isso, mesmo sem licitação.
Não é o relatório da FAB que deve determinar a escolha sozinho. Mas sem ele a decisão sobre qualquer caça é temerária.
E não é só o relatório da FAB que deve ser levado em consideração.
Várias áreas do governo devem ser ouvidas. Por isso a previsão de convocação do CDN como órgão consultivo.
O papel do Presidente da República não é defender seu preferido pessoal a todo custo. É defender o interesse nacional.
Se houver manifestação bem fundamentada por parte de outras áreas do governo de que outra proposta é melhor para o país, o Presidente deve estar preparado para abdicar de seu favorito pessoal. Isso tudo em teoria. Não estou dizendo que vai acontecer.
Mas o Presidente ouviu a área de relações exteriores e decidiu. Ignorou as outras áreas interessadas e se comprometeu com um resultado antes de consultá-las.
Esse método de decidir e depois avisar se aplica somente ao F-X2 ou se tbm foi feito em relação a outros equipamentos?
O Presidente tem a prerrogativa de decidir, mas não arbitrariamente. Presidente não é Rei.
Abraço.
A partir do momento que pedem transparência, eu acho pertinente.gomugomu escreveu:AlbertoRJ escreveu:Os suecos, em vez de pedir transparência ao Brasil, devem se preocupar antes com os diversos escândalos de corrupção em que executivos da Saab estão metidos junto com os da BAE na comercialização do Gripen.
Coisa bem atual.
[]'s
O que isso tem a ver com o processo FX-2?
Quer falar de escândalo tem vários, até dentro do GF pra discutir....
Acho completamente desnecessário esse tipo de comentário.
gomugomu escreveu:A FAB é apêndice do Estado, os interesses da Força e do GF podem sim ser antagônicos, e temos vários exemplos históricos para comprovar.PRick escreveu:
Acho incrível como podemos ler verdadeiros absurdos, a FAB não pode ter interesses antagônicos ao GF, afinal é apêndice dele, se subordina a ele numa democracia!
Não se trata de processo seletivo, mas de compra direta!!!! Não existe em nossa Legislação a figura de processo seletivo, ou é compra direta ou LICITAÇÃO.
Quem determina o interesse nacional é quem foi eleito para tal, legitimidade para representar a Nação, quer dizer Presidente da República no caso, e não quem é pago para servir e cumprir ordens.
Não existe sorte, mas interesses nacional, oportunidade de parcerias e capacidades dos produtos oferecidos, algo que não precisamos de ninguém para julgar, dado que os produtos oferecidos eram os disponíveis no mercado. Qualquer deles cumpririam os requisitos mínimos da FAB, porém, o GF quer muito mais que isso.
[]´s
O fato da FAB ser subordinada o GF não mede que seus inetresses sejam os mesmos.
Benke escreveu:que notinha?
Isso foi divulgado com base apenas em notas da imprensa, sem confirmação oficial alguma.DECLARAÇÃO SAAB
Esta é a concorrência para venda de aviões mais profissional e neutra da qual já participamos. Com base nisso, honestamente não nos surpreende sermos os preferidos por especialistas e pela indústria de aviação. A SAAB sempre disse e acredita que oferece a melhor proposta ao Brasil, tanto em termos de produto como preço e transferência de tecnologia.
A afirmação pela imprensa de que o usuário final reconhece a capacidade do Gripen NG é, sem dúvida, muito encorajadora. Como nosso produto também é reconhecido como a melhor escolha para a economia e indústria de aviação do Brasil, certamente temos esperança de um resultado positivo para a SAAB, para o Gripen e demais empresas brasileiras envolvidas no processo, apesar de reconhecermos que a decisão final será do presidente.
Alberto,AlbertoRJ escreveu: Arlsan,
Eu acho que você está partindo umas premissas muito erradas.
A primeira é sugerir que a escolha do Rafale foi fruto de uma preferência pessoal.
Embora você não concorde com isso, a escolha do Rafale só se dará para o bem do interesse nacional, o verdadeiramente nacional e não APENAS o da FAB. Na verdade, o Presidente só fará a escolha depois de ter negociado muito antes, não o preço, mas perspectivas para o país, e de terem julgados cada um dos países que participam do processo. Existe uma política de Estado por trás e uma Estratégia de Defesa Nacional.
A segunda é a de que o Governo ignora a opinião da FAB. A FAB tem opinião importantíssima e todo o processo técnico é de vital importância. Mas favor não confundir parecer técnico com escolha, pois são coisas distintas.
Abraços
Voce acha mesmo que o Japa est'a pedindo arrego Mestre?WalterGaudério escreveu:É agora que o FX 2.0 vai michar? Até o Saito já está pedindo arrego.
Como assim "decisão soberana" na hora de vender as aeronaves? O projeto não é nosso, é deles, é do país fabricante. O Lula quer gozar com o bilau dos outros?Segundo fontes oficiais, Lula lembrou que tanto o Boeing como o Saab possuem muitas peças americanas, o que posteriormente poderia impedir uma "decisão soberana" na hora de vender as aeronaves a outros países.
Como falei antes, trata-se de uma compra direta, assim, a FAB fez o que lhe cabia, a triagem(short list) e o relatório técnico. Que pode ser levado em consideração ou não, isso é prerrogativa do Presidente.Arlsan escreveu:Alberto,AlbertoRJ escreveu: Arlsan,
Eu acho que você está partindo umas premissas muito erradas.
A primeira é sugerir que a escolha do Rafale foi fruto de uma preferência pessoal.
Embora você não concorde com isso, a escolha do Rafale só se dará para o bem do interesse nacional, o verdadeiramente nacional e não APENAS o da FAB. Na verdade, o Presidente só fará a escolha depois de ter negociado muito antes, não o preço, mas perspectivas para o país, e de terem julgados cada um dos países que participam do processo. Existe uma política de Estado por trás e uma Estratégia de Defesa Nacional.
A segunda é a de que o Governo ignora a opinião da FAB. A FAB tem opinião importantíssima e todo o processo técnico é de vital importância. Mas favor não confundir parecer técnico com escolha, pois são coisas distintas.
Abraços
Sem querer polarizar, mas acho que preciso ser mais claro.
O Presidente ignorar a opinião da FAB não foi premissa, foi conclusão.
Por que conclui isso? Porque ele anunciou o resultado antes de consultá-la. Assim, descartou o relatório técnico antes de ler.
O relatório estava sendo feito para informar a escolha presidencial. Não foi preciso. Por isso falei que a FAB foi ignorada.
E dessa forma, não só a FAB, que não é a única interessada no processo, pois não estamos apenas comprando caças. As propostas são bem abrangentes. Antes de conhecê-las, o Presidente decidiu.
Se o Presidente não precisou do relatório, nem conhecer as outras propostas, também concluo que o Rafale não foi escolhido pelas suas excelentes qualidades como vetor, mas a despeito delas.
Realmente, eu não gosto da idéia do Rafale na FAB. Acho um caça caro demais. O governo quer 120 caças e mais os caças da MB. Não acredito nisso porque as necessidades são muitas e ficamos muito expostos aos devaneios de qualquer governo.
Não gosto de não considerar a possibilidade de envolver profissionais brasileiros no desenvolvimento dos aviônicos. A Thales não deve abrir mão de forneceê-los. Ela faz parte do consórcio Rafale.
Não gosto de pagar para sustentar um modelo de desenvolvimento ultrapassado, verticalizado, altamente subsidiado e caro (tudo isso ao mesmo tempo) como o francês.
Mas não gosto da proposta do Rafale porque não me parece melhor do que a proposta sueca, pelo que tenho lido, principalmente de representantes da indústria. Pensando não apenas na FAB, mas na indústria também. Ainda bem que esse país tem indústria aeronáutica. É interesse nacional que ela seja forte.
O post tá longo.
Só pra terminar, quero deixar claro que se o método de escolha, seja ele qual for, usado para selecionar o Rafale fosse usado para qualquer outro concorrente, eu suspeitaria de todo o processo, independente do resultado.
Não é porque o resultado me agrada que eu deixo de criticar.
Não é porque o resultado me agrada que o Presidente pode fazer o que quiser.
É isso que os falsos democratas estão tentando convencer a todos. O povo elege o Presidente e ele pode fazer o que quiser. Democracia não é assim.
Ele deve decidir com base nas propostas. Sem conhecer as propostas e suas consequências nas áreas afetadas, uma decisão em favor de qualquer dos concorrentes é temerária.
Abraço.
Quê isso CB, é que eu estou a tanto tempo em paz com o Prick que fico bastante curioso em saber a reação dele a essa "notinhas"...cb_lima escreveu:Voce acha mesmo que o Japa est'a pedindo arrego Mestre?WalterGaudério escreveu:É agora que o FX 2.0 vai michar? Até o Saito já está pedindo arrego.
Olha as "fuentes" de onde vem esses comentarios
[]s
CB_Lima
A pessoa que escreveu isso não estava nos seu melhore diaAlbertoRJ escreveu:Benke escreveu:que notinha?Isso foi divulgado com base apenas em notas da imprensa, sem confirmação oficial alguma.DECLARAÇÃO SAAB
Esta é a concorrência para venda de aviões mais profissional e neutra da qual já participamos. Com base nisso, honestamente não nos surpreende sermos os preferidos por especialistas e pela indústria de aviação. A SAAB sempre disse e acredita que oferece a melhor proposta ao Brasil, tanto em termos de produto como preço e transferência de tecnologia.
A afirmação pela imprensa de que o usuário final reconhece a capacidade do Gripen NG é, sem dúvida, muito encorajadora. Como nosso produto também é reconhecido como a melhor escolha para a economia e indústria de aviação do Brasil, certamente temos esperança de um resultado positivo para a SAAB, para o Gripen e demais empresas brasileiras envolvidas no processo, apesar de reconhecermos que a decisão final será do presidente.
E ainda fizeram o favor de deixar o Presidente em situação constrangedora.
Quando saiu, parecia até uma invenção, uma brincadeira, mas não foi.
[]'s