Túlio escreveu: Dom Fev 09, 2025 4:42 pm
FCarvalho escreveu: Dom Fev 09, 2025 3:40 pm
A nível de padrão OTAN\STANAG fizeram um RO para caber apenas o Type 10 japonês, mas aparentemente não conseguiram atrair o interesse nipônico ou os custos oferecidos por estes pelo seu CC não chegaram nem perto de nossa capacidade de pagar as mensalidades pela sua produção local ou simples importação.
Sobrou essa ideia bizarra de MMBT supostamente mais baratos que um CC de verdade.
Com TAM 2C nos pampas e T-72 recapado do outro lado da cordilheira, não me admira que o pessoal da cavalaria esteja apelando para qualquer coisa a fim de não ficar sem nada para brincar de carrinho.
Cupincha, não existe STANAG pra blindagem nem poder de fogo de MBT, ali é tudo o que puderem botar e o bicho ainda consiga rodar e combater decentemente; até aquilo de "só é IFV se aguentar pelo menos um disparo de arma equivalente à sua" já foi pelos ares, vide CV90/40 p ex.
A Argentina tem coisas muito mais importantes para fazer (como converter várias dezenas de TAM a preço de zona em MGS razoavelmente modernos e receber os F-16, treinar o pessoal e atualizar a doutrina operacional do século passado para este) do que vir procurar rinha nas fronteiras de seu principal parceiro econômico; e os venecas mal podem peidar além de suas fronteiras sem a USN lhe tacar um bloqueio aeronaval e aí não tem mais peça nem munição pra T-72, Flanker, S300 etc.
Se olharmos do outro lado da fronteira, não existe sequer motivos para termos um programa de novos CC e IFV, é só modernizar, se fosse possível, os Leo 1 e M-113, que está tudo em casa. Não vamos precisar de nada disso até 2050, pelo menos, a julgar pelos planos, ou a falta deles, no sentido de renovação concreta das forças bldas na vizinhança. Até porque, o único país que tem CC decentes que pudessem nos chamar a atenção, nem fronteira faz conosco.
Tentaram dar uma de "joão sem braço" para ver se pegava alguém para fazer um CC a moda da casa com isso de 50 ton de limite e se lascaram. Ninguém caiu, e sobrou ficar com cara de tacho insistindo em RO para lá de estranhos, como se ainda estivéssemos em 1984. Não existe isso de CC barato e feito à nossa imagem e semelhança, como se fosse um Osório 2.0
Não vamos comprar MMBT ou CC de ninguém em tempo algum se não houver a mínima intenção em botar a mão no bolso. E isso, em princípio, este e os próximos governos não vão fazer mesmo, ainda mais com uma penca de projetos estratégicos aí mendigando trocados para sair do papel ou manter o nariz fora d'água. E olha que não são poucos, e nem baratos.
A não ser que algo muito fora da curva aconteça nos próximos três anos (ou três décadas, vai saber) o que veremos na prática é o EB manter-se à margem de qualquer modernidade nas suas forças bldas, sem opções aceitáveis ao erário público, e mendigando à falta de vontade política tupiniquim que se imiscua só um pouquinho de seus assuntos, ainda que muito a contra gosto, nada mais.