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Mensagem
por Marino » Qui Nov 18, 2010 5:51 pm
Marinha apoia Seminário de Engenharia Naval da UFRJ
O mercado profissional para a engenharia naval está em alta no Brasil. A importância da “Amazônia Azul” aliada à descoberta do pré-sal, alavancou a indústria naval no País e, por consequência, o interesse do meio acadêmico pelo setor. Prova disso foi a realização do II Seminário de Engenharia Naval (SENAV), organizado por alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o apoio da Marinha do Brasil, entre os dias 10 e 12 de novembro.
“Inovação, Tecnologia e Capacitação” foi o tema escolhido para o seminário de 2010. Representantes do Estaleiro Ilha S.A., da Transpetro e da empresa OSX, ministraram palestras sobre construção naval e exploração de petróleo. O Capitão-de-Mar-e-Guerra (EN) Sydnei dos Santos Neves, da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), apresentou o projeto ao público, esclareceu dúvidas e destacou a importância do processo de repasse tecnológico da construção naval, da Marinha, para a indústra privada.
Um dos eventos mais prestigiados pelos estudantes foi o mini curso de Arrais Amador, ministrado pelo Assessor de Comunicação Social da Diretoria de Portos e Costas, Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1) Jairo Bezzeril Fontenelle. Cerca de 100 alunos, a maioria adepta de esportes aquáticos e navegação de recreio, assistiram às aulas e fizeram as provas de habilitação.
Segundo o Professor Doutor Luiz Vaz, da UFRJ, o Curso de Engenharia Naval e Oceânica existe há 50 anos no Brasil, em apenas três universidades. Cerca de 450 alunos se formam a cada ano no Brasil. “O mercado de Engenharia Naval brasileiro é carente de profissionais especializados. Os cursos ainda são poucos, o programa de estudo bastante rigoroso e poucos conseguem se formar em cinco anos”, revelou.
Mestre em Engenharia Nuclear pela UFRJ, Jonathan Marcelo Oliveira, 25 anos, foi aprovado, em 1° lugar, no concurso da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), para trabalhar no Programa do Submarino de Propulsão Nuclear. “Decidi fazer o curso quando soube do acordo entre Brasil e França, sobre o repasse de tecnologia e do longo projeto de construção dos submarinos”, lembrou. Ele acredita ter escolhido uma carreira promissora, com reais chances de desenvolver pesquisas científicas.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco