A ilustração acima pode indicar supostamente as alternativas com as quais o EB espera, ou entende, realmente irá dispor a si quando chegar a hora. Alemães ou norte americanos. De parte da Rheinmetall e\ou KMW temos os Leo 2A7 ou Leo 2A8, além do KF-51+ KF-31\41 para IFV SL. Há também uma remota chance de veículos usados, supondo que a guerra na Ucrânia não tenha levado todos os estoques alemães ou termine antes de 2028. Em relação aos USA, é difícil saber se o Donal Duck de topete irá facilitar algum entendimento entre as partes no que diz respeito a entrega de material militar ao Brasil, caso o governo de plantão aqui à época caso não seja o puxa saco e baba ovo de sempre que lá se espera.
Por outro lado, é preciso lembrar que o KF-51 dispõe do modelo MMBT sobre a plataforma do IFV, com torre e canhão de 120mm, como reza o falecido RFI\RFQ atual das VBC CC e VBC Fuz, que ao fim e ao cabo, serviu, se muito, apenas para gerar interesse na procura do EB, e verificar as disponibilidade de produtos e soluções no mercado conforme os requisitos impostos. Parece que os resultados não foram os esperados, já que jogaram o reinício do processo para daqui a 3 anos. Ou seja, vamos ter um novo CC + IFV SL, na melhor das hipóteses, daqui a uns seis ou sete anos. No caso de bldos novos, claro.
A insistência na maior homogeneidade entre os dois veículos talvez se explique, principalmente, pelo fator custo inicial de compra, e custos de longo prazo, com operação e manutenção dos mesmos. E contra isso o EB espera poder utilizar uma logística quase toda nacionalizada a fim de tentar mitigar os altos custos de qualquer proposta, tendo em mente que tais vetores são necessariamente muito maiores em termos físicos, e muito mais complexos em termos tecnológicos, operação e manutenção que os velhos M-113 e Leo 1A5. Assim, não dá para pensar neste processo sem vislumbrar seu grande impacto no orçamento que trará junto consigo. Portanto, não basta apenas ter grana para comprar, tem que ter baba também para manter, usar e consertar, senão teremos a maior coleção de bldos de garagem do mundo.
Por fim, um ideia que pode estar influenciando o EB no sentido de buscar adotar uma plataforma comum aos seus blindados são os números da guerra na Ucrânia em relação aos CC e IFV postos fora de combate, principalmente, por drones em todos os seus formatos. Algo que até o momento, ainda estamos caminhando lentamente para dispor de defesas realmente críveis aos bldos em si. Os israelenses só agora parecem estar fazendo evoluir os seus sistemas de auto defesa para bldos de forma lidar com drones kamikases e outras ameaças semelhantes que se encontram no TO moderno, e que tendem a se expandir.
Como se sabe, o exército conta com pouquíssima artilharia, e não espera contar com o apoio aéreo da FAB para suas tropas bldas, uma vez que a força aérea já terá seus próprios problemas de sobrevivência para lidar. Idem em relação à MB. Neste quadro, em uma eventual refrega em que não conte com o apoio adequado das demais forças, é mister afirmar que a busca por um vetor que possa ser amparado em solo nacional e que tenha uma logística fácil e relativamente barata é algo pertinente a uma força militar que espera estar sempre em condições de inferioridade ao ter que lidar, eventualmente, com inimigos muito mais fortes que ela, também. E isto nada tem a ver com o nosso entorno geopolítico estratégico
Quantos CC e IFV SL o exército teria grana para acomodar com sistemas de auto defesa próprios contra mísseis, drones, lança rojões e canhões sem recuo
Lembrar que já temos no país capacidade e tecnologia para produzir aços balísticos, e proteção passiva tipo ERA, além de blindagem externa tipo grade e placas balísticas, assim como spall liner. Mas isso tudo isso nos bldos do exército hoje são exceção, e não a regra. Seria diferente com os tanques e IFV? Eu acho que não.