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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sex Jan 24, 2025 12:26 pm
por FCarvalho
Começa em 2028, e termina sabe-se lá quando.
O EB ao que parece irá insistir na ideia de um MMBT pelo visto.
Se vai dar certo, veremos.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sáb Jan 25, 2025 5:38 pm
por FCarvalho
knigh7 escreveu: Qui Jan 23, 2025 11:45 pm Importante. Da apresentação do EB anteontem, no 25ª annual International Armoured Vehicles Conference, realizado do Reino Unido:
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https://tecnodefesa.com.br/forcas-blind ... -no-mundo/
A ilustração acima pode indicar supostamente as alternativas com as quais o EB espera, ou entende, realmente irá dispor a si quando chegar a hora. Alemães ou norte americanos. De parte da Rheinmetall e\ou KMW temos os Leo 2A7 ou Leo 2A8, além do KF-51+ KF-31\41 para IFV SL. Há também uma remota chance de veículos usados, supondo que a guerra na Ucrânia não tenha levado todos os estoques alemães ou termine antes de 2028. Em relação aos USA, é difícil saber se o Donal Duck de topete irá facilitar algum entendimento entre as partes no que diz respeito a entrega de material militar ao Brasil, caso o governo de plantão aqui à época caso não seja o puxa saco e baba ovo de sempre que lá se espera.

Por outro lado, é preciso lembrar que o KF-51 dispõe do modelo MMBT sobre a plataforma do IFV, com torre e canhão de 120mm, como reza o falecido RFI\RFQ atual das VBC CC e VBC Fuz, que ao fim e ao cabo, serviu, se muito, apenas para gerar interesse na procura do EB, e verificar as disponibilidade de produtos e soluções no mercado conforme os requisitos impostos. Parece que os resultados não foram os esperados, já que jogaram o reinício do processo para daqui a 3 anos. Ou seja, vamos ter um novo CC + IFV SL, na melhor das hipóteses, daqui a uns seis ou sete anos. No caso de bldos novos, claro.

A insistência na maior homogeneidade entre os dois veículos talvez se explique, principalmente, pelo fator custo inicial de compra, e custos de longo prazo, com operação e manutenção dos mesmos. E contra isso o EB espera poder utilizar uma logística quase toda nacionalizada a fim de tentar mitigar os altos custos de qualquer proposta, tendo em mente que tais vetores são necessariamente muito maiores em termos físicos, e muito mais complexos em termos tecnológicos, operação e manutenção que os velhos M-113 e Leo 1A5. Assim, não dá para pensar neste processo sem vislumbrar seu grande impacto no orçamento que trará junto consigo. Portanto, não basta apenas ter grana para comprar, tem que ter baba também para manter, usar e consertar, senão teremos a maior coleção de bldos de garagem do mundo.

Por fim, um ideia que pode estar influenciando o EB no sentido de buscar adotar uma plataforma comum aos seus blindados são os números da guerra na Ucrânia em relação aos CC e IFV postos fora de combate, principalmente, por drones em todos os seus formatos. Algo que até o momento, ainda estamos caminhando lentamente para dispor de defesas realmente críveis aos bldos em si. Os israelenses só agora parecem estar fazendo evoluir os seus sistemas de auto defesa para bldos de forma lidar com drones kamikases e outras ameaças semelhantes que se encontram no TO moderno, e que tendem a se expandir.

Como se sabe, o exército conta com pouquíssima artilharia, e não espera contar com o apoio aéreo da FAB para suas tropas bldas, uma vez que a força aérea já terá seus próprios problemas de sobrevivência para lidar. Idem em relação à MB. Neste quadro, em uma eventual refrega em que não conte com o apoio adequado das demais forças, é mister afirmar que a busca por um vetor que possa ser amparado em solo nacional e que tenha uma logística fácil e relativamente barata é algo pertinente a uma força militar que espera estar sempre em condições de inferioridade ao ter que lidar, eventualmente, com inimigos muito mais fortes que ela, também. E isto nada tem a ver com o nosso entorno geopolítico estratégico

Quantos CC e IFV SL o exército teria grana para acomodar com sistemas de auto defesa próprios contra mísseis, drones, lança rojões e canhões sem recuo :?:

Lembrar que já temos no país capacidade e tecnologia para produzir aços balísticos, e proteção passiva tipo ERA, além de blindagem externa tipo grade e placas balísticas, assim como spall liner. Mas isso tudo isso nos bldos do exército hoje são exceção, e não a regra. Seria diferente com os tanques e IFV? Eu acho que não.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sáb Jan 25, 2025 5:49 pm
por FCarvalho
Se puderem acrescer outros países\fabricantes à lista, agradeço.

Produtores de sistemas de auto proteção para veículos blindados:

1. USA - sob licença de Israel - M1 Abrams;
2. Israel - Série Merkava;
3. Alemanha - sob licença de Israel - Leopard 2;
4. Rússia - T-72\80\90;
5. China - Type 96\99 e exportação;
6. Turquia - Altay;
7. Coréia do Sul - Série K1 e K-2;

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Sáb Jan 25, 2025 10:55 pm
por knigh7
Seguem os requisitos para o CC constantes no RFQ que o EB lançou no ano passado para um novo CC e uma VBC cuja data de entrega das propostas foi até fins de 2024:

(Na minha opinião, precisa, pelo menos, proteção nos 2 eixos Stanag 4569 Level 6 pois é resiste a impactos de 30mm APFSDS, calibre comum nos IFVs e tipo de munição disponíveis neles)

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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 2:21 pm
por FCarvalho
Parece que fizeram um Crtl C+Crtl V para os dois bldos, e só se deram o trabalho de tirar uma coisa ali e outra aqui para não dar problema.
Bom, pelo visto estavam insistindo no conceito MMBT, supondo que sejam mais baratos de comprar e manter, devido à comunalidade logística entre as viaturas.
Como a coisa foi postergada para 2028, é de se entender que os resultados não foram os esperado. Falta de grana, tentar adequar o planejamento orçamentário, e talvez ver se o atual governo de plantão fica só neste mandato, devem ter orientado esta postergação.
Enfim, só de querer uma VBC CC abaixo de 50 ton já mata o certame na saída, e exclui qualquer possibilidade de um CC efetivo, a não ser o Type 10 japonês. E esse duvido que eles consigam, a manter-se o critério atual.
Seria muito mais simples, se a questão peso é tão importante assim, ir ter com os nipônicos diretamente e ver o que acontece. E fim de papo. Do contrário, vamos estar gastando dinheiro à toa em busca de meias soluções para a cav blda tupiniquim.
Mas, pode ser que algo mude nesse meio tempo, afinal, o gen Hertz do CMS está na Itália de conversa com o pessoal da IDV e mais algumas visitas de cortesia.
A ver.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 2:27 pm
por FCarvalho
Se isso de MMBT + IFV SL continuar, o próximo certame seletivo irá se restringir a dois ou três veículos na verdade: KF-41, Tulpar e CV-90.
Dois deles já foram adaptados para a torre do Centauro II. Falta ver se os suecos\britânicos topam a parada.
Em termos de IFV SL, acho muito difícil o CV-90 perder, mas, neste meio tempo muita coisa pode acontecer em três anos.
A ver.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 3:56 pm
por knigh7
Sumário Executivo do RFQ; O pretendido pelo EB é uma família horizontal, ou seja, IFV e CC baseados num mesmo chassi:

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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 10:58 pm
por knigh7
Isso daqui vai pesar contra os chinas:

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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 11:14 pm
por Fábio Machado
knigh7 escreveu: Dom Jan 26, 2025 10:58 pm Isso daqui vai pesar contra os chinas:

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Quase tudo pesa contra os chineses. Começando pelo canhão de 120 mm

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 11:35 pm
por Fábio Machado
knigh7 escreveu: Sáb Jan 25, 2025 10:55 pm Seguem os requisitos para o CC constantes no RFQ que o EB lançou no ano passado para um novo CC e uma VBC cuja data de entrega das propostas foi até fins de 2024:

(Na minha opinião, precisa, pelo menos, proteção nos 2 eixos Stanag 4569 Level 6 pois é resiste a impactos de 30mm APFSDS, calibre comum nos IFVs e tipo de munição disponíveis neles)

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Ao que parece, o EB abraçou o conceito MMBT mesmo. Esses requisitos estão cristalinos, não há nem a famigerada exigência do motor traseiro.
Não sei, para valer a pena tinha que ser um sistema bem moderno. De preferência com torre não tripulada, integração com drones e sistema de proteção ativo.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Dom Jan 26, 2025 11:44 pm
por knigh7
E pelo nível e disposição de blindagem exigidas, a torre do Centauro II (HITFACT II) pode ser utilizada no MMBT. Ela já está integrada no ASCOD 2.

E alguém sabe se está nos planos da BAE integrá-la ao CV90 :?:

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Jan 27, 2025 7:52 am
por gabriel219
É simplesmente inacreditável que haja um Exército, no século XXI, colocando RFQ com seu MBT tendo como proteção Nível 4 Stanag, algo que o Guarani tem. É simplesmente inacreditável!

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Jan 27, 2025 9:04 am
por knigh7
gabriel219 escreveu: Seg Jan 27, 2025 7:52 am É simplesmente inacreditável que haja um Exército, no século XXI, colocando RFQ com seu MBT tendo como proteção Nível 4 Stanag, algo que o Guarani tem. É simplesmente inacreditável!
Coisa de chinelão. :(

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Jan 27, 2025 11:45 am
por gabriel219
knigh7 escreveu: Seg Jan 27, 2025 9:04 am Coisa de chinelão. :(
Sabe o que é pior? Isso não vai dar USD 10 mi nem a pau.

China, Rússia e EUA pensando seriamente em substituir IFVs por HIFVs pois os atuais IFVs - até mesmo o Bradley - não parecem ter uma proteção adequada para operações de combate convencional, mas o EB quer ter MBT com proteção do Guarani. Level 4 é bizarro, 14.5×114mm API, nem os MGS sendo lançados tem um nível de proteção tão baixa assim.

Eu super apoio ter MBT e IFV sob o mesmo chassi, mas desde que que seja um IFV - ou melhor, HIFV - como é o Namer pro Merkava, VN20 pro VT-4A1 ou famigerado T-15 pro T-14 Armata. Os Russos mesmo estão tentando transformar o T-72 em um carro de combate de assalto e futuramente um HIFV sob o mesmo chassi - já fizeram isso antes com o BTR-T - pois viram que seus BMPs não são adequados e até os Ucranianos falaram o mesmo em relação aos Bradleys, apesar dos elogios merecidos a este.

É surreal, muito pior do que eu e muitos vínhamos criticando.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Jan 27, 2025 2:56 pm
por J.Ricardo
E pensar que já desenvolvemos isso e hoje não fazemos mais nada.

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Tivéssemos continuado esses projetos poderíamos estar exportando hoje.