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Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 03, 2024 11:04 am
por Brasileiro
EduClau escreveu: Ter Jul 02, 2024 7:20 am Segundo este programa o segundo teste do motor S50 foi adiado mais uma vez, o motivo seria a situação da Avibras.



Sds
O DCTA deveria retirar a gerência e industrialização do S-50 da Avibras e repassá-lo para alguna outra empresa, tipo a CENIC (que já faz motores foguetes menores) ou a MacJee.

A Avibras na mão de uma empresa australiana (unha e carne com a política de defesa americana) não vai demorar nada para virarem fantoches contra o programa espacial brasileiro, atrasando entregas e dificultando tudo; até porque o S50 está muito mais pra quiabo do que pra bife no prato da Avibras.

Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 03, 2024 1:23 pm
por gabriel219
Os Australianos só vieram atrás das tecnologias dos foguetes 122 mm e dos motores foguetes para englobarem ao que já tem, achar que eles querem comprar a Avibrás pra fuder com ela é uma dos chutes mais feios que já vi. Faria sentido se fosse a Raytheon's comprando a Avibrás pelo Mk6 estar concorrendo e vencendo licitações contra o HIMARS num cenário hipotético, mas o principal trabalho da DefendTEX é em drones e estudos laboratoriais para motores foguetes, nada possuem de experimento in-loco, não faz o menor sentido lógico achar que vão comprar pra detonar a Avibrás.

Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 03, 2024 3:28 pm
por Pablo Maica
Se tem uma coisa na qual nós somos especialistas e não precisamos de nenhuma ajuda externa para fazer é sabotar o programa espacial. Qualquer um agente externo que tenha interesse em ver nosso programa chafurdar sabe que o pior erro seria interferir, nós estamos fazendo um trabalho exemplar em dar tiros nos próprios pés e custear a formação de excelentes profissionais para serem levados ao exterior por mixarias pagas em euro e em dólar.


Um abraço e t+ :)

Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 03, 2024 4:43 pm
por Brasileiro
Pelo contrário, o S-50 exige estrutura e pessoal mobilizados para um produto que não tem encomenda. Nos sonhos mais úmidos da AEB, vão ser lançados dois VLM por ano, quando o mesmo for certificado, daqui mais uns 5 anos, se tudo der certo.

Se economicamente já não faz tanto sentido, e os novos donos receberem incentivos políticos para irem devagar nessa história de foguete sólido (sabendo-se que o mesmo, em dois palitos, se tiorna um booster de um míssil intercontinental) no Brasil, podem acabar liberando espaço/ferramenta/pessoal para o business core da Avibras: Foguetes de artilharia tipo exportação. Isso é o que dá lucro e mantém e sempre manteve de pé a Avibras, e não motor-foguete de lançador espacial.

Claro que minha torcida é para que não seja assim. Quem sabe a Austrália não olhe pra essa capacidade e resolva dar uma forcinha, como já faz a Alemanha, no sentido de se ter também um lançador de satélites "Australiano"?

Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 03, 2024 4:59 pm
por gabriel219
Sua torcida parece estar sendo contra, na verdade.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Jul 05, 2024 2:23 pm
por FCarvalho


Algo que deveria ser objeto de conversas entre Avibras e SAAB.

Re: AVIBRAS

Enviado: Qua Jul 10, 2024 11:49 pm
por knigh7
Um repórter da Folha foi a Pequim para cobrir a visita do Comandante do EB. Ele conversou com o repórter por 30 min. A terceira empresa interessada em adquirir a Avibrás é uma dos Emirados Árabes Unidos.

Interessante que mais uma vez o General Tomás só mencionou Akash, nunca Akash NG ou qq menção a uma versão modernizada. Aliás, o sistema mostrado para ele na visita à Índia ou foi o Akash S1 ou o Akash Prime. Toscão.

Segue o link da reportagem, que foi divulgada quase 21h desta noite:

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/202 ... bras.shtml

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Jul 12, 2024 9:09 am
por gabriel219
knigh7 escreveu: Qua Jul 10, 2024 11:49 pm Um repórter da Folha foi a Pequim para cobrir a visita do Comandante do EB. Ele conversou com o repórter por 30 min. A terceira empresa interessada em adquirir a Avibrás é uma dos Emirados Árabes Unidos.

Interessante que mais uma vez o General Tomás só mencionou Akash, nunca Akash NG ou qq menção a uma versão modernizada. Aliás, o sistema mostrado para ele na visita à Índia ou foi o Akash S1 ou o Akash Prime. Toscão.

Segue o link da reportagem, que foi divulgada quase 21h desta noite:

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/202 ... bras.shtml
Pois é...

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Jul 12, 2024 2:01 pm
por FCarvalho
O Brasil tem que oferecer alguma coisa mais tangível em termos de off set no caso do negócio com os aviões da Embraer, além do famoso make in Índia. E para isso, o cmte do EB, além daquilo que foi proposto em termos de artilharia de campanha e visto na sua visita ao pais, está olhando a AAe oferecida pelos indianos, que pode ser o Akash em qualquer versão, vai depender dos custos associados ao sistema.

A versão Prime não atende aos RO do programa defesa AAe comum, e creio, até por isso, também, o exército lançou um programa próprio. Talvez vislumbrando a possibilidade de receber qualquer coisa que caiba no bolso, vide que os boletos começam a se avolumar cada vez mais no curto e médio prazo, e não há qualquer melhoria prevista no orçamento.

Como a ideia agora é obter sistemas de média e longo alcance\altura, bom, pode ser que o Akash seja apenas parte da solução em vista com os indianos. Ou não. Difícil saber. A visita à China está aí e deve trazer consigo, como se espera, alguma novidade em termos de sistemas terrestres e AAe.

A ver.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Jul 13, 2024 12:19 am
por knigh7
FCarvalho escreveu: Sex Jul 12, 2024 2:01 pm O Brasil tem que oferecer alguma coisa mais tangível em termos de off set no caso do negócio com os aviões da Embraer, além do famoso make in Índia. E para isso, o cmte do EB, além daquilo que foi proposto em termos de artilharia de campanha e visto na sua visita ao pais, está olhando a AAe oferecida pelos indianos, que pode ser o Akash em qualquer versão, vai depender dos custos associados ao sistema.

A versão Prime não atende aos RO do programa defesa AAe comum, e creio, até por isso, também, o exército lançou um programa próprio. Talvez vislumbrando a possibilidade de receber qualquer coisa que caiba no bolso, vide que os boletos começam a se avolumar cada vez mais no curto e médio prazo, e não há qualquer melhoria prevista no orçamento.

Como a ideia agora é obter sistemas de média e longo alcance\altura, bom, pode ser que o Akash seja apenas parte da solução em vista com os indianos. Ou não. Difícil saber. A visita à China está aí e deve trazer consigo, como se espera, alguma novidade em termos de sistemas terrestres e AAe.

A ver.
Vc vai notar que o nome do Akash começou a circular como alternativa após o MoU que a Embraer assinou com a Mahindra Aerospace para a concorrência MTA, no qual o KC-390 está participando.

Além do Millennium ser uma aeronave bastante competitiva e a Embraer ter feito um acordo com uma empresa aerespacial indiana nós nos tornamos um competidor com bastante destaque e como a cocorrência visa muitas aeronaves (entre 40-80),evidentemete o governo indiano está aproveitando dessa situação confortável e exigir dos elegíveis mais contrapartidas.

Mas eu espero que o EB exija o Akash NG. O mais antigos não são vantagem. Nós mesmos teríamos capacidade de desenvolver um SAM melhor que um de 25km de alcance com um peso de 720kg, um verdadeiro trambolho.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Jul 13, 2024 1:25 pm
por FCarvalho
knigh7 escreveu: Sáb Jul 13, 2024 12:19 am Vc vai notar que o nome do Akash começou a circular como alternativa após o MoU que a Embraer assinou com a Mahindra Aerospace para a concorrência MTA, no qual o KC-390 está participando.
Além do Millennium ser uma aeronave bastante competitiva e a Embraer ter feito um acordo com uma empresa aerespacial indiana nós nos tornamos um competidor com bastante destaque e como a cocorrência visa muitas aeronaves (entre 40-80),evidentemete o governo indiano está aproveitando dessa situação confortável e exigir dos elegíveis mais contrapartidas.
Mas eu espero que o EB exija o Akash NG. O mais antigos não são vantagem. Nós mesmos teríamos capacidade de desenvolver um SAM melhor que um de 25km de alcance com um peso de 720kg, um verdadeiro trambolho.
Sim, concordo. E penso que a oferta irá neste sentido de apor o Akash NG, uma vez que os próprios indianos estão oferecendo eles no mercado internacional, e não a versão básica. Além dele há o Barak 8 e suas versões também em produção para as ffaa's indianas. Este sistema pode complementar no longo alcance\altura os Akash, mas para isso terá que vencer o lobby israelense por aqui em favor do Barak MX e do Spyder.

Os indianos estão desenvolvendo vários sistemas de mísseis que podem ser e\ou serão de interesse das ffaa's no médio e longo prazo, principalmente se ofereceremos parceria no seu desenvolvimento. E isso para eles também pode ser um grande negócio dentro do off set pelo KC-390.

A única dúvida que há concretamente é se o governo por aqui será capaz de sustentar financeiramente a proposta da Embraer em termos de off set para a IAF, dentro de uma negociação governo a governo. Até porque, mesmo com apenas uma única bateria sendo o objetivo do programa do EB, isto não chega sequer a triscar nos valores que provavelmente estão sendo negociados. Comprar Akash e\ou Barak 8 para os 6 GAAe que o EB possui equipando ao menos 2 das 3 baterias que cada OM possui já seria de grande ajuda, visto que ao menos uma delas deve receber na próxima década os novos canhões AAe para defesa de ponto.

Comprar 10 baterias com certeza é um argumento bem concreto em qualquer negócio, afora as necessidades da FAB e MB, que devem e\ou podem ser contempladas no mesmo negócio, ou não. O ideal é que sejam, para fazer volume, e diluir custos. Mas acho que isso é algo bem complicado, já que cada força parece ir, como de costume, cada uma em direção própria neste negócio. E o MD com cara de paisagem.

Mas a oportunidade está posta. É pega ou largar.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Jul 13, 2024 2:08 pm
por FCarvalho
Apenas a título de ilustração das necessidades de AAe para o EB, que é a força que mais demanda soluções, temos:

5 GAAe a três baterias cada = 15 baterias
1 GAAe Sl a 2 baterias = 2 baterias (no momento equipados com RBS-70NG e Igla-S)

obs 1: a organização atual dispõe 2 Bia canhões e 1 Bia RBS-70NG nos grupos. não se sabe até agora como o EB irá dispor a reorganização destas OM a partir da chegada dos sistemas AAe de média e grande altura\alcance. Ao menos uma Bia deverá ser equipada com canhões de tiro rápido, como previsto no planejamento. há a possibilidade dos GAAe operarem com até 4 Bia, se for o caso, mas não existe nenhuma perspectiva concreta neste sentido. tudo irá depender de como e quando o EB receberá os novos sistemas AAe, e como estes irão afetar a doutrina e a organização da defesa AAe.

obs 2: notar que apenas 6 GAAe não são nem de longe suficientes para cobrir as necessidades, e obrigações, do EB no que tange a defesa AAe do país, seja de alvos estratégicos\táticos militares ou civis. o EB nunca operou sistemas de média e[ou longa altura\alcance, portanto, será um desafio tremendo (doutrinário, operacional e logístico) para a força adaptar tudo o que sabe até agora sobre o tema AAe (restritos a GM II) a partir da chegada destes sistemas. vamos começar literalmente do zero.

Bda Cav Mec - 4
Pel AAe Mec - 4 (1 Pel por Cia Cmdo Ap nível Bda)

obs: no manual, além do Pel AAe da CiaCmdoAp da bda, deve haver Seções AAe nos RCM de forma permitir a defesa AAe a nível de SU, mas na prática isto nunca foi feito. idem para as SU da inf mec. o EB até o momento ainda não definiu quais os RO para a futura versão AAe do Guarani, seja a nível bda ou SU, uma vez que atendem missões distintas.

Bda Inf Mec - 4
Pel AAe Mec - 4 (1 Pel por Cia Cmdo Ap nível Bda)

obs: a 15a bda Inf Mec opera hoje com uma Cia AAe Mec em sua dotação orgânica. esta SU foi criada a título de estudos doutrinários do EB, para avaliar a melhor forma de dispor a defesa AAe a nível da bda. até o momento não foi apresentado de público nenhuma resposta sobre estes estudos. da mesma forma que as bda cav mec, as SU da inf mec devem dispor de Seções AAe em suas CiaCmdoAp, que na prática não existem até hoje.

Bda Cav Blda - 2
Bia AAe Blda - 2 (1 Bia por Bda) (32 unidades Guepard)

Em termos quantitativos, hoje o EB precisa de 12 Bia AAe (média e grande altura\alcance) para os GAAe, outros 8 Pelotões AAe para as Bdas Cav Mec e Bda Inf Mec (média altura\alcance) e 2 Bia AAe Blda (curta\média) para susbtituir os Guepard.

Além destes números, de acordo com os manuais, os RCM e Btl Inf Mec, e demais SU das bdas mec e blda precisam contar com suas próprias Seções AAe, que por óbvio atuam na defesa de ponto\curto alcance\altura, de forma que, com a organização atual destas OM, seriam necessários comprar sistemas AAe de curto alcance\altura ao menos para:

12 RCM
12 BIMec
4 BIB
4 RCC
4 RCB

Além destas, existem dezenas de outras SU de apoio ao combate na forma de artilharia de campanha, engenharia, comunicações e logística nas brigadas que também, pelos manuais, demandam seções AAe a si.

O ilustrado até aqui diz respeito apenas as bdas mec e bldas do exército. É preciso notar, conquanto, que há ainda que mobiliar as bdas leves, que devem\podem adotar o RBS-70NG e\ou Manpad mais moderno que os Igla-S, tal como reza nos manuais. Esta parte, penso que aqui com os meus botões poderia ser facilmente resolvida com a compra de lotes maiores de ambos sistemas, e aplicando os mesmos onde eles são necessários e cabíveis. O melhor exemplo são as Bdas Inf Sl e seus BIS. Um Pel AAe a nível Bda Inf Sl não exigira mais que 4 a 8 unidades do sistema sueco, totalizando apenas 24 a 48 lançadores + mísseis. Os BIS seriam equipados com Manpad. O mesmo se pode dizer das Bdas Pqd, Amv, Mtz, Mth, Pantanal, etc. A compra destes sistemas inclusive traz consigo a necessidade de mais aquisições do radar M-200 Saber, para complementar os mesmos. Ao menos 2 ou 3 radares por brigada são necessários. Mas fato é que até agora, não se viu e não se vê muito empenho de parte do exército em solucionar, ao menos a questão da defesa de ponto e\ou curto alcance na forma daqueles sistemas, muito mais baratos e comprar e operar do que os meios de médio e longo alcance\altura.

Enfim, em minha opinião, o EB precisa urgentemente a partir da escolha dos novos sistemas AAe rever a própria organização da AAe no país, uma vez que o que se em hoje ainda é um resquício de visões e manuais com mais de meio século de existência, e calcadas em referenciais dos idos tempos da GM II. Precisamos avançar, e rápido. Para ontem.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Jul 13, 2024 2:45 pm
por knigh7
FCarvalho escreveu: Sáb Jul 13, 2024 1:25 pm
knigh7 escreveu: Sáb Jul 13, 2024 12:19 am Vc vai notar que o nome do Akash começou a circular como alternativa após o MoU que a Embraer assinou com a Mahindra Aerospace para a concorrência MTA, no qual o KC-390 está participando.
Além do Millennium ser uma aeronave bastante competitiva e a Embraer ter feito um acordo com uma empresa aerespacial indiana nós nos tornamos um competidor com bastante destaque e como a cocorrência visa muitas aeronaves (entre 40-80),evidentemete o governo indiano está aproveitando dessa situação confortável e exigir dos elegíveis mais contrapartidas.
Mas eu espero que o EB exija o Akash NG. O mais antigos não são vantagem. Nós mesmos teríamos capacidade de desenvolver um SAM melhor que um de 25km de alcance com um peso de 720kg, um verdadeiro trambolho.
Sim, concordo. E penso que a oferta irá neste sentido de apor o Akash NG, uma vez que os próprios indianos estão oferecendo eles no mercado internacional, e não a versão básica. Além dele há o Barak 8 e suas versões também em produção para as ffaa's indianas. Este sistema pode complementar no longo alcance\altura os Akash, mas para isso terá que vencer o lobby israelense por aqui em favor do Barak MX e do Spyder.
Os indianos estão oferecendo o Akash NG para qual país, Carvalho :?:

Re: AVIBRAS

Enviado: Dom Jul 14, 2024 3:31 pm
por FCarvalho
Os indianos estão oferecendo o Akash NG para qual país, Carvalho :?:
Segundo a imprensa indiana, para a Armênia, além de outros armamentos já vendidos.

Re: AVIBRAS

Enviado: Qui Jul 18, 2024 7:22 pm
por pewdiepie
PL do Guilherme Boulos para desapropriar a Avibras

https://www.camara.leg.br/proposicoesWe ... 02957/2024