Túlio escreveu:Penguin escreveu:
Não subestime a Coreia do Sul. Uma coisa é a capital, Seul, estar vulnerável. Outra coisa é o estado de suas forças armadas, numerosas e muito bem equipadas.
[]s
Aqui a primeira grande falha do raciocínio do PRICK. O fato de poderem arrasar Seul com artilharia não equivale a arrasar a Coréia do Sul inteira.
Você acha que eles vão arrazar só a capital com artilharia? Convenhamos, eles vão é partir com tudo para cima deles, e com ajuda da China, estarão todos no oceano em alguns dias. Como já tinham feito na Guerra da Coréia. Foi a intervenção dos EUA que salvou eles. E estamos falando somente de combatentes coreanos, os chineses só interviram na guerra bem depois.
Não foi atacada porque os EUA ficaram com medo, MacAthur queria atacar a China, porém usando bombas H. Sabia que era a única maneira de derrotar o Exército Chinês. Isso numa China recém saída da revolução. Os chineses conseguiram o que nenhum outro inimigo havia feito, derrotar o MacArthur.
Aqui a segunda. Não derrotaram MacArthur, exceto na propaganda deles. Na verdade foi a primeira demonstração da fragilidade política que levaria ao desastre do Vietnã. Foi o establishment ianque que se contentou em morrer por um empate (
NOT TO DIE FOR A TIE era o mote do General, que perdeu seu comando por polemizar até com o então presidente Truman, acreditando que a decisão de usar ou não nukes era
dele e não do supremo mandatário), não suas Forças Armadas, compostas majoritariamente por veteranos bem treinados da 2GM e com milhões de mobilizáveis do mesmo nível. Compare-se a quantidade de tropas no terreno para cada País com a quantidade de baixas e se terá uma razoável estimativa da qualidade do material humano e bélico empregado. Por exemplo, o
kill-rate dos tecnicamente inferiores F-86 sobre os MiGs-15 passou de 10:1, a diferença decisiva era a qualidade dos pilotos!
O grande empecilho foi que os EUA estavam ficando escandalosamente ricos e influentes e gente assim não quer mandar seus filhos para a morte em campos de batalha lá nos cafundós do mundo. Mesmo sob mandato da ONU. Foi uma das últimas guerras 'legais' dos EUA...
MacArthur foi derrotado e humilhado, porque foi demitido, sua estratégia foi taxada de insana, porque o uso de armamento nuclear, levaria o mundo a Terceira Guerra Mundial. No entanto, ele implicitamente admitiu que numa guerra convencional, os EUA não conseguiriam vencer o exército chinês.
A Guerra da Coréia foi terminada porque o perigo da Terceira Guerra rondava perigosamente ela. Nem China, nem Rússia queriam que a Coréia do Norte começasse a guerra, foram arrastados. Os EUA, como ficou demonstrado mais tarde no Vietnã, não estavam dispostos a uma guerra interminável, por um motivo singelo, o radicalismo interessa aos mais fracos, economicamente, politicamente e ideologicamente.
Sobre os dados da guerra aérea da Coréia, ela não adiantou nada, a despeito desses dados, em terra firme a coisa foi muito mais equilibrada. Muito mais decisivo que a guerra aérea, foram dos desembarques nos flancos da peninsula que salvaram os coreanos do sul.
A pior guerra do século XX se passou na China, a segunda pior na Rússia, qualquer amador que estude Segunda Guerra sabe que a frente russa foi uma carnificina que os EUA não bancariam, o mesmo pode se dizer o que ocorreu na China, a Revolução Chinesa sem dúvida conseguiu ser até pior em termos de carnificina e em condições de combate.
Depois você ignora toda a história bélica, por sua contagem os Alemães ganharam a Segunda Guerra e os EUA venceram a Guerra do Vietnã.
Vence uma guerra quem cumpre seus objetivos iniciais, a despeito de suas baixas ou perdas.
No caso da Segunda Guerra, os russos queriam aniquilar os alemães, e conseguiram isso. No Vietnã, a parte norte queria anexar o sul, e conseguiu isso, ainda com um efeito colateral, a humilhação do poderio bélico dos EUA.
Os EUA estão recebendo repetidas lições sobre os perigos de mostrar poderio bélico, sem que isso tenha proveito político ou resultados práticos. Podemos observar isso na chamada guerra ao terror. O que estamos assistindo é o aparato bélico consumindo recursos de uma economia em clara decadência.
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