Iraque - Noticias de Guerra

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Patton
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#331 Mensagem por Patton » Seg Jan 23, 2006 6:08 pm

Edison, N.J., native brings joy to Iraqi children (born in Belo Horizonte, Brazil)
Marine Corps News ^ | Dec 9, 2005 | Lance Cpl. Christopher J. Zahn


Posted on 12/09/2005 2:33:49 PM PST by SandRat


FALLUJAH, Iraq (Dec. 9, 2005) -- One year after the city was secured by Coalition Forces as part of a major counter-insurgency offensive, parts of Fallujah are still in disrepair. Bullet holes in buildings, piles of rubble and the smell of burning trash permeates the air throughout the city.

Despite the unpleasant living conditions, children roam the streets here playing with their new friends, the U.S. Marines.

A group of laughing kids surrounds one Marine in the street. The Marine, Lance Cpl. Felipe SantosMesquita, a squad automatic weapon gunner with 2nd Squad, 3rd Platoon, Company E, 2nd Battalion, 6th Marine Regiment, is in the middle of the mob handing out candy.

The 22-year-old, Edison, N.J., native has the biggest smile of everyone present on his face as he teases the children before giving them their chocolate.

The children respond with a rapid-fire torrent of Arabic and SantosMesquita, without understanding a word being said, just smiles and shakes his head.

SantosMesquita enjoys helping the people of Iraq.

“I think that what we are doing out here is the best thing possible for them. We are working to free their country from insurgents,” SantosMesquita added. “We are not here to fight the people of Iraq; we are here to fight the insurgents.

“The whole thing with these kids is that you can change their mindset about us,” said SantosMesquita. “The older generations are pretty much set in their ways; we can change the next generation.”

The Perth Amboy High School graduate thinks that the older generation is capable of some things however.

“They’re able to take over right now,” he said. “The Iraqi Army troops are pretty good right now. We just have to get them trained up that last little bit.”

SantosMesquita, who was born in Belo Horizonte, Brazil and immigrated to America nine years ago, says he plans to become a U.S. citizen after his deployment with the battalion. However he didn’t join the Marine Corps solely to become a citizen.

“I have always wanted to be a Marine, ever since I was a little boy,” said SantosMesquita.

The Marines working with SantosMesquita say his hard work ethic and strong loyalty to his fellow Marines is noticed by all.

“He is a good Marine, a good leader,” said Cpl. Jose A. Pego, the squad leader for 2nd Squad. “He is a very loyal guy, and has the potential to be a good non-commissioned officer.”


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"Agora eu quero que vocês se lembrem que nenhum filho de *** ganhou uma guerra morrendo de pena dele. Ela ganhou ao forçar o outro filho da *** a morrer pelo seu país"~
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#332 Mensagem por Clermont » Ter Jan 24, 2006 1:10 am

JORNALISMO OBJETIVO E DENTES EM GALINHA - Em busca do impossível.

Fred Reed - 28 de janeiro de 2005.

Eu recebo emails de pessoas que desejam que os jornalistas se engajem em cobertura objetiva da guerra no Iraque. Eles são sempre indignados e com freqüencia amargurados, mas eles dizem coisas opostas. Aqueles contra a guerra asseveram que a imprensa fascista é tendenciosa à favor dela. Aqueles à favor asseveram que a imprensa esquerdista é tendenciosa contra ela. Todos concordam que os repórteres são condenáveis. Eu me pergunto se um ou outro grupo tem qualquer idéia sobre o quê estão falando.

Quando as pessoas dizem que querem que a imprensa seja objetiva, normalmente o que elas querem é que os repórteres torçam pelo ponto de vista delas. Elas não querem a imaginada objetividade, mas sim propaganda. Qualquer outra coisa, elas acreditam, é preconceito.

A maioria delas carece da sofisticação para saber que seu preconceito particular é, de fato, preconceito. Desde que quaisquer coisas que elas acreditam lhes parece ser a verdade óbvia, elas consideram qualquer coisa que não apoie sua causa como evidência de depravada indiferença à verdade ou como completa mentira. Então eles vinculam motivos diabólicos. Uma história que não faça a guerra parecer convidativa demonstra que o repórter odeia a América, advoga o marxismo, e todos os outros disparates exaltados que fazem repórteres imaginarem se estão escrevendo para um asilo de mentecaptos belicosos.

Para todos esses eu digo, "Tente olhar as coisas como elas parecem para jornalistas no terreno. Pergunte-se como você cobriria o Iraque. Então diga-me qual o significado de 'objetividade'."

Suponha (eu continuo dizendo a elas) que você é um repórter em algum lugar em Bagdá com um grupo de combate dos Fuzileiros Navais. Uma família iraquiana, num carro, sem saber que a patrulha está ali, faz uma curva. Os navais abrem fogo contra o carro. Os pais são mortos. A filhinha, lambuzada com o sangue e os miolos deles, continua gritando em horror. Mamãe, embora já esteja morta, ainda está se mexendo. Coisas nojentas estão saindo de dentro da barriga dela. A garota tem dez anos.

Isso aconteceu.

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O que você acha que armas automáticas fazem às pessoas? Sendo um repórter, você tira fotos. É isso que repórteres fazem: tomam notas, tiram fotos. Reportam.

E depois? Como você relataria isso - seria "ocorrência" uma palavra adequadamente neutra? - objetivamente?

Você não tem nenhuma escolha apolítica. Pessoas reagem fortemente à crianças feridas ou emocionalmente devastadas, particularmente, menininhas. Se você divulgar essa foto, isso tenderá a voltar as pessoas contra a guerra. Não sendo estúpido, você sabe disso perfeitamente bem. De outro lado, se você suprimí-la, você estará apoiando a guerra ao ocultar a verdade. Você sabe disso também. Ou é "A" ou é "B": você divulga a foto ou não divulga. E então?

Os militares irão querer que você não publique a história de jeito nenhum. Eles não podem dizer isso, mas irão querer que você enfatize que os navais, com boas razões, estavam receosos de carros-bombas (o que é verdade) e que a matança foi um acidente. Você não poderia deixar pra lá as fotografias? Foi um equívoco isolado, um coronel irá dizer. O aparato militar de relações públicas irá querer que você escreva sobre alguns fuzileiros navais, em algum outro lugar, que consertaram uma escola. Os falcões irão dizer que o incidente foi uma infelicidade, mas necessária na busca de um bem maior. A guerra é o inferno; passe por cima disso.

As pombas irão dizer que a publicação da foto irá mostrar às pessoas o que está acontecendo realmente, que o público tem o direito de saber o que os seus soldados estão, de fato, fazendo. Isso não foi um equívoco isolado, eles irão dizer (e estarão certos). Portanto: o que você vai fazer?

Eu iria escrever a história, e divulgar as fotos, sem nenhuma hesitação. Meu trabalho como repórter não é vender a guerra como um Goebbels amador, nem fazer papel de "Jane Fonda Vai a Bagdá", mas relatar o que acontece. Se os militares não querem tais incidentes relatados, eles podem parar de cometê-los.

Novamente, suponha que você está se aplicando muito em ser objetivo, seja lá o que você pense que isso signifique. Como você fará isso? Relatar, por necessidade, exige que um repórter faça escolhas. Qualquer escolha será tendenciosa.

Você irá descrever agradáveis e joviais fuzileiros navais interioranos relaxando numa instalação e relembrando sua namorada do secundário à sua espera em Roanoke? Você irá manter o foco sobre a coragem alerta de nossos jovens enquanto eles patrulham as ruas estreitas, etc? Sobre o tocaieiro que diz gostar de balear um homem no estômago para que seus gritos desmoralizem o inimigo, antes de, talvez, acabar com ele? Sobre o fuzileiro naval com seus olhos e metade do seu rosto, desaparecidos devido a uma bomba de estrada? Nos vinte e sete iraquianos mortos por um carro-bomba? Decapitações? Onde você irá pôr sua ênfase?

Normalmente jornalistas se voltam contra as guerras. Por quê? Consulte o parágrafo precedente. Não é porque eles são comunas. É porque eles estão lá. Após umas poucas semanas no terreno, você se descobrirá adquirindo opiniões pronunciadas sobre as coisas. Isso é inevitável. Ninguém, que não seja um psicopata diagnosticado, permanece emocionalmente distante.

Na verdade, você tem de estar bem comprometido ideologicamente para não se cansar com a destruição e a nojeira de tudo isso, pelas crianças mutiladas e vítimas de tiros na cabeça de tocaieiros, pelas moscas passeando pelas bocas dos mortos. Isso é especialmente verdadeiro para guerras duvidosas, de origem incerta e propósitos nebulosos. Lembre que aquilo que aparece na tela em Dallas é sanitizado, ajustado, moldado por uma corporação para quaisquer fins que as redes de televisão busquem promover. O repórter no terreno vê os ferimentos de saída, a fisionomia desaparecida, após três dias de decomposição, da mulher.

Sem profundo cometimento ideológico, você terminará por desprezar o comando militar. Isso irá acontecer independente de você considerar uma guerra em particular como necessária. Os militares mentem, mentem e mentem. Os assessores de imprensa das forças armadas, como quaisquer outros tipos de relações públicas, não reconhecem a verdade e falsidade como categorias legítimas, mas apenas positivo e negativo. Eles irão dizer a você, sempre com alegre otimismo, coisas que você sabe, por observação diárias, serem falsas. Tudo é conversa fiada. Pode ter havido um problema menor mas já consertamos tudo. Foi um ataque de precisão com uma bomba de 454 Kg numa vizinhança residencial. O povo nos ama porque reconstruimos cinqüenta escolas.

Você ficará enjoado disso. No Vietnam eram as "Asneiras das Cinco Horas", as conferências de imprensa com oficiais mentindo sobre a pacificação, mentindo sobre a contagem de corpos, mentindo, mentindo e mentindo. No Iraque é, exatamente, a mesma coisa.

Como você equilibra tudo isso? A menos que você seja deliberadamente um propagandista, você vai descobrir que o melhor que pode fazer é relatar a verdade tão bem quanto possa descobrí-la, como você gostaria que alguém a relatasse para você, se outro estivesse fazendo isso. Não permitindo que partes interessadas digam a você como relatá-la, e não dando a menor bola se alguém vai gostar disso.




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#333 Mensagem por Clermont » Dom Jan 29, 2006 9:02 pm

BÔNUS E ÔNUS

Por Charley Reese – 2 de janeiro de 2006.

Agora que o Presidente Bush lançou uma nova campanha de propaganda para convencer os americanos de que estamos ganhando a guerra no Iraque, é uma boa idéia voltar ao básico e olhar os bônus e os ônus dessa guerra.

Os ônus todos conhecemos. A guerra foi vendida sob falsos pretextos, não havia nem armas de destruição em massa nem laços com a al-Qaida, que afinal de contas, foi responsável pelos ataques em 11 de setembro de 2001. O governo de Saddam Hussein era secular, e a maioria das pessoas no Iraque é xiita. A al-Qaida é um movimento religioso fanático sunita, e é por isso que você nunca deverá se preocupar que a al-Qaida tome o Iraque.

Os outros ônus são a perda de prestígio americano, quase 2.200 mortos, cerca de 16 mil feridos, e $221 bilhões em dinheiro. Portanto, esse é reverso da Guerra do Iraque. E qual é o verso?

Bem, em benefício do argumento, vamos presumir que nós vamos ganhar a guerra, por mais estranhamente que a administração Bush possa decidir definir vitória. Mas vamos presumir que nós ganhamos. Os insurgentes estão derrotados. Um governo eleito de xiitas pró-iranianos assume. Quais os benefícios para o povo americano?

Quando um jovem fuzileiro naval perguntou isso ao Vice-Presidente Dick Cheney, ele repassou uma lista de benefícios para o povo iraquiano, mas não disse uma só palavra sobre o americano. Já que a vitória (estipulada apenas em benefício do argumento) é paga pelo sangue americano e pelo tesouro americano, algum benefício deveria reverter para o povo americano. E aí?

Eu não posso pensar em nenhum. Esse é um preço alto demais apenas para nos sentirmos bem em ter feito um favor a um bando de estrangeiros, por aliviá-los de seu próprio ditador interno. Você pode argumentar, suponho eu, que após a vitória, os americanos poderão visitar o Iraque como turistas, embora nesse planeta maravilhoso, o Iraque esteja no fim da lista de lugares cênicos para visitar. Além disso, levará décadas antes que os iraquianos esqueçam sua hostilidade aos americanos, que desde 1991 tornaram miseráveis suas vidas com duas guerras, bombardeios periódicos e cruéis sanções.

O lazer dos americanos não estará mais seguro. O patético e infantil argumento de que se os terroristas não nos estivessem enfrentando no Iraque, estariam em Nova Iorque nem é digno de se discutir. Noventa por cento das pessoas que nos enfrentam no Iraque não são terroristas, mas insurgentes que se ressentem da ocupação de seu país por uma potência estrangeira. Os outros dez por cento estão usando o Iraque como campo de treinamento. Depois de sairmos do Iraque, alguns desses poderão nos atacar em outros lugares, mas eles fariam isso de qualquer jeito. Só porque se passaram quatro anos desde os ataques do 11 de Setembro não quer dizer que a al-Qaida desisitiu ou mesmo tenha sido frustrada por nossos burocratas. Houve um longo intervalo de tempo entre o primeiro ataque no World Trade Center e o segundo. A al-Qaida é paciente.

Isso, à propósito, é o outro reverso da Guerra do Iraque. A al-Qaida era o nosso inimigo, não o Iraque, e nós ajudamos a al-Qaida ao invadir um país muçulmano assim desviando recursos que poderiam ter sido direcionados para encontrar e matar Osama bin Laden.

Quanto a crença original neo-conservadora de que um Iraque democrático iria infectar o resto do Oriente Médio, e Israel poderia viver pacificamente, ela foi uma piada desde o Dia Um. Os únicos amigos que Israel e nós temos no Oriente Médio são os ditadores que nós pagamos, de um modo ou de outro, para serem os nossos amigos. Governos eleitos popularmente irão deixar bem claro que odeiam Israel e os Estados Unidos.

Eu posso dizer a vocês uma coisa positiva sobre essa guerra, se o povo americano aprender com ela. Nós nunca, jamais novamente, iremos permitir que um bando de ideólogos acadêmicos e advogados de Washington que não sabem droga nenhuma sobre o mundo real, voltem a ganhar o controle da política externa americana.

O próximo presidente americano deveria perguntar duas questões a todas as pessoas que se apresentassem como especialistas em Oriente Médio. Você já viveu em um país árabe? Você fala e lê árabe? Se as respostas foram não, então ele deveria dizer, “segue o teu caminho, mané”. Dois mil e duzentos americanos provavelmente estariam vivos se Bush tivesse feito essas perguntas aos seus criadores-de-guerra neoconservadores.




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#334 Mensagem por Guerra » Dom Jan 29, 2006 10:11 pm

Brasileiro que servia Marinha dos EUA morre no Iraque




Agência Estado


17:23 29/01


O carioca Felipe Carvalho Barbosa, de 22 anos, fuzileiro da Marinha americana, foi morto na sexta-feira, quando voltava de um confronto em Faluja, no Iraque. O caminhão em que ele estava passou por cima de uma mina e capotou, informaram familiares do jovem, que moram em Bangu, na zona oeste do Rio. O corpo de Felipe chegará sexta-feira aos Estados Unidos e o enterro está previsto para sábado


O pai do rapaz, Robson de Lima Barbosa, de 44 anos, vai pedir que o Itamaraty intervenha junto ao governo americano para este custeie sua viagem aos Estados Unidos. "Não tenho meios próprios para viajar. Mas meu filho morreu a serviço do governo americano. Acho que o mínimo que podem fazer é permitir que eu o veja pela última vez", disse Barbosa, que vive em Goiânia.


Felipe mudou-se com os pais e o irmão André para a Carolina do Norte, em 1994. Desde pequeno dizia que queria ser militar, incentivado pelo tio Carlos Alberto Simões, sargento reformado da Marinha. Os pais separaram-se, e ele permaneceu nos Estados Unidos com a mãe, Iracy, e o irmão. Aos 16 anos, ingressou na Marinha americana.

O desejo de Felipe era participar da caçada a Saddam Hussein.


Por três vezes foi reprovado nos testes a que os militares são submetidos antes de irem à guerra: foi eliminado nos exames médicos, depois cortado por uma falha técnica na sala em que era feita a triagem e, por fim, um defeito no pára-quedas o impediu de saltar. "Era um sinal de que ele não deveria ir à guerra. Sempre fui contra, mas ele tentou por dois anos e conseguiu na quarta vez. Quando eu soube, ele estava no Iraque havia três meses", contou Barbosa, que não via o filho desde 2002, quando o rapaz esteve no Brasil pela última vez.


Felipe foi para o Iraque em outubro e deveria voltar para os Estados Unidos em março. Há 15 dias, um amigo dele foi morto em combate na sua frente. O fuzileiro naval conversou por telefone com a tia Maria Simões, que vive em Bangu, e pediu que ela rezasse. "O negócio aqui está feio". Na sexta-feira, após o confronto, Felipe ligou para a mulher, Christie, e disse que estava bem. Pouco depois, houve o acidente. Faluja é uma das áreas mais conturbadas do Iraque, com intensa resistência à ocupação americana.


Felipe morreu no dia em que seu irmão completava 16 anos. "O André está inconsolável. Ele esperava que o Felipe ligasse para dar os parabéns e o telefonema que recebeu foi da notícia da morte do irmão. Ele nunca mais terá uma festa de aniversário", disse Barbosa. Há outros dois marines brasileiros no Iraque: Daniel Moreira, de 24 anos, e Felipe Mesquita, de 22.




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#335 Mensagem por sri_canesh » Seg Jan 30, 2006 8:28 am

Talvez esteja sendo meio radical, mas não sei se uma pessoa que serve nas forças armadas de outra nação poderia continuar sendo chamado de "brasileiro".

at.

Cassio




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#336 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Jan 30, 2006 8:32 am

Nas forças armadas americanas servem muitos dos chamadas "luso-descendentes", ou seja, jovens filhos de pais portugueses que para ali emigraram.

Julgo que para se servir nas FA's dos EUA é necessário ter nacionalidade americana, ou no mínimo, dupla-nacionalidade, o que poderia ser o caso desse jovem brasileiro morto.

O Patton poderá confirmar se assim é ou não.

Pelas notícias transmitidas, pelo menos 3 desse "luso-descendentes" já morreram no Iraque desde a invasão de 2003.




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#337 Mensagem por rodrigo » Seg Jan 30, 2006 10:52 am

Brasileiro que servia Marinha dos EUA morre no Iraque
Quem morre em combate por outro país não é brasileiro. Procurou ação, encontrou!




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#338 Mensagem por Clermont » Seg Jan 30, 2006 8:44 pm

Quem morre em combate por outro país não é brasileiro.


Também não reconheço como um compatriota aquele que veste a farda de um outro país; que presta juramento diante da bandeira de outro país; que presta obediência ao presidente e a constituição de outro país.

Lamento a morte da pessoa humana, isto sim. Como lamento a morte dos militares da coalizão e dos guerrilheiros iraquianos (não incluindo, é claro, os terroristas fanáticos da al-Qaida) nessa guerra infeliz e inútil.

Mas esse rapaz não era meu compatriota.




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#339 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jan 30, 2006 8:47 pm

Ele viveu desde pequeno com a mãe na Carolina do Norte (ou Dakota do Norte, sei lá). Sempre quis ser um soldado. Ele é brasileiro por "acidente", sempre foi americano de criação. Isso não o desmerece, mas brasileiro no sentido amplo da palavra ele não era.




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#340 Mensagem por Clermont » Seg Jan 30, 2006 9:01 pm

Ele viveu desde pequeno com a mãe na Carolina do Norte (ou Dakota do Norte, sei lá). Sempre quis ser um soldado. Ele é brasileiro por "acidente", sempre foi americano de criação.


Certo. Mas sempre é bom clarificar certas coisas, por que, senão, acontece o que já ía acontecendo. O pai do falecido já estava enchendo o saco do Itamaraty para trazer o corpo para cá.

Seria o fim da picada o contribuinte brasileiro ter que arcar com os custos do traslado de um U.S. Marine.




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#341 Mensagem por Don Pascual » Ter Jan 31, 2006 12:52 am

Julgo que para se servir nas FA's dos EUA é necessário ter nacionalidade americana, ou no mínimo, dupla-nacionalidade, o que poderia ser o caso desse jovem brasileiro morto.


Não precisa ter nacionalidade estadunidense para se alistar nas FAS estadunidenses, basta ter o Green Card. Pra ser oficial precisa ser cidadão (nativo ou naturalizado)




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#342 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Jan 31, 2006 2:15 am

Se não me engano, não precisa nem ter o Green Card. Ao final do serviço militar você recebe um.




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#343 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Jan 31, 2006 10:17 am

Mas se nem é cidadão americano, e nem sequer possui o green card, isso é uma espécia de "legião estrangeira".

Os luso-descendentes que morreram no Iraque já foram nascidos nos EUA.

O Patton é que nos poderia esclarecer, mas nunca aparece quando a gente precida dele :mrgreen:




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#344 Mensagem por Guerra » Ter Jan 31, 2006 12:45 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Ele viveu desde pequeno com a mãe na Carolina do Norte (ou Dakota do Norte, sei lá). Sempre quis ser um soldado. Ele é brasileiro por "acidente", sempre foi americano de criação. Isso não o desmerece, mas brasileiro no sentido amplo da palavra ele não era.



Epa, mas apareceu a mãe dele aqui no Brasil chorando a morte do filho.




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#345 Mensagem por VICTOR » Ter Jan 31, 2006 12:54 pm

Pelo que ouvio no rádio, ele tinha tios e avôs que foram da Marinha do Brasil. Era casado com uma norte-americana. Sempre quis ser soldado.

O foda foi ouvir o tio dizer que é FN da reserva, dizendo que ele achava bom o sobrinho ser militar também, mas que o duro de ser militar lá não é que nem aqui, porque uma hora você acaba indo pro combate...




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