Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#331 Mensagem por Guerra » Sáb Set 17, 2011 3:41 pm

Olha o estado desses M 60

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A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
helio
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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#332 Mensagem por helio » Sáb Set 17, 2011 3:46 pm

Guerra
Acredito que o EB fez a opção certa em investir toda logistica no Leo 1A5
Entretanto conforme tem-se noticiado, os 1A5 só irão mobiliar os RCC. Segundo informações não só pela quantidade disponível deles, mas sim pelo alto custo para instalar toda estrutura de manutenção nos RCB, os quais em não instalando poderia comprometer a garantia da KMW.
Bom, então como vamos equipar os RCB? Com M41?Parece que não pois eles estão sendo revisados para serem doados aos paises vizinhos( o Uruguai já recebeu 4)
Sobra então os Leopard 1BE, mas ao que parece eles estão em más condições e 80 deles estão para serem descarregados armazenados no relento no Pq de Santa Maria.
Daí a sugestão que dei (veja é só uma sugestão minha) que dei de recuperar os M60, pois no caso dos Leopard 1Be a modernização parece inexequivel, por falta de componentes e pelo custo da parte eletronica.
Os M60 tem peças em abundancia nos EUA, seria só uma questão de aquisição delas.

Se não for assim, como vamos equipar os 2 esquadrões que cada um dos 3 RCBs restantes?
Só para completar, não existe mais Leopard 1A5 disponivel a venda na Alemanha.

Abraços

Hélio




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#333 Mensagem por Guerra » Sáb Set 17, 2011 3:46 pm

Uma foto mais recente do 5 RCC

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E essas do 3 RCC, mas os M 60 são do 5 RCC

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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#334 Mensagem por Guerra » Sáb Set 17, 2011 3:50 pm

Essa foto tirei ano passado

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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#335 Mensagem por Guerra » Sáb Set 17, 2011 3:56 pm

helio escreveu:Daí a sugestão que dei (veja é só uma sugestão minha) que dei de recuperar os M60, pois no caso dos Leopard 1Be a modernização parece inexequivel, por falta de componentes e pelo custo da parte eletronica.
Os M60 tem peças em abundancia nos EUA, seria só uma questão de aquisição delas.

Se não for assim, como vamos equipar os 2 esquadrões que cada um dos 3 RCBs restantes?
Só para completar, não existe mais Leopard 1A5 disponivel a venda na Alemanha.

Abraços

Hélio
Eu sei que é uma idéia, Helio. Mas existe um motivo para os M 60 estarem na situação que estão. Não vejo como essa situação se reverter. Aquela idéia do: "agora tem dinheiro", não é verdade. As coisas continuam como antes. As dificuldades são as mesmas.




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#336 Mensagem por Paulo Bastos » Sáb Set 17, 2011 4:04 pm

Amigos, vendo a intensidade do debate, vou copiar aqui um trabalho comparativo entre os Leopard 1Be e os M60A3 TTS da AMAN, feito por mim, Bacchi e Helio e publicado na Revista T&D nº 119, de outubro de 2009, que acredito que será útil nessa discussão:

"M60A3 TTS versus Leopard 1BE
Um comparativo entre os principais carros de combate do Exército Brasileiro


Hélio Higuchi
Paulo Roberto Bastos Jr.
Reginaldo Bacchi


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Foto de Helio Higuchi

Este tema é constantemente debatido entre militares, historiadores e entusiastas de assuntos militares, afinal qual dos dois carros de combate é mais adequado para o Brasil? Com o objetivo de dar mais subsídios para enriquecer este assunto Tecnologia & Defesa esteve na Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN) em Resende-RJ, onde ambos são utilizados no curso de cavalaria, e consultou os instrutores e mecânicos destes formidáveis carros de combate.
Embora cientes que ambos serão substituídos em breve pelo Leopard 1A5, que irá equipar os Regimentos de Carros de Combate (RCC), a proposta inicial de descarregá-los foi cancelada. Serão transferidos para os Regimentos de Cavalaria Blindada (RCB), hoje equipados pelos veteranos M41-C, portanto terão ainda uma sobrevida no nosso exército.
Para facilitar a comparação escolhemos quesitos básicos, pois apesar se serem classificados mundialmente como sendo Main Battle Tank (MBT), e no Brasil como Carro de Combate (CC), existem diferenças marcantes entre eles.

HISTÓRICO INDIVIDUAL
M60A3 TTS – É um carro de combate de 52,7 toneladas, derivado de uma longa série de antecessores (T26, M26, M46, M47 e M48), sendo que o primeiro deles teve seu projeto iniciado em 1943. O nome do famoso general estadunidense Patton foi dado ao M48.
De fabricação estadunidense, foi utilizado como equipamento de primeira linha até ser substituído pelos M1 Abrams. Exportado para Israel, Turquia, Arábia Saudita, Egito e Taiwan, o modelo brasileiro M60A3 TTS é o mais moderno da série, tendo sido fabricado na década de 80 e utilizado na Guerra do Golfo. O Brasil adquiriu 96 unidades na segunda metade da década de 90 junto com um lote considerável de peças de reposição através de um leasing com cinco anos de duração, e após o termino do contrato eles acabaram sendo doados ao EB.
Atualmente equipam o 5º RCC, em Rio Negro-PR, o Centro de Instrução de Blindados (C I Bld), em Santa Maria-RS, a Escola de Material Bélico (EsMB), no Rio de Janeiro-RJ, alem da AMAN. A manutenção de 3º e 4º escalão é realizada pelo Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar (Pq R Mnt/ 5), em Curitiba-PR.

Leopard 1BE – O Leopard é derivado de um programa de cooperação internacional entre a França e a Alemanha Ocidental, firmado em junho de 1957 e chamado “Standard-Panzer”, que visava o desenvolvimento de um carro de combate padrão, de 40 toneladas, para ambos os exércitos. Em 1958 a Itália também passou a fazer parte, porem divergências técnicas e interesses políticos acabou convergindo a projetos muito diferentes, e em meados dos anos 60 cada país resolveu optar por uma solução diferente: o modelo francês se transformou no AMX-30, o alemão no Leopard e a Itália optou em adquirir os M-60A1 dos EUA e depois o próprio Leopard.
O Leopard é um blindado ágil, fruto de um refinado projeto para a época e que acabou derivando toda uma família de blindados para o exército alemão: o Gepard (Antiaéreo), Bergepanzer 2 (Recuperador), Biber (Lança-pontes), Dachs (Engenharia de combate) e Fahrschulpanzer (veículo-escola). Foi adquirido por vários países, tais como Bélgica, Holanda, Noruega, Dinamarca, Austrália, Canadá, Turquia, Grécia e, como dito anteriormente, a Itália. Após o termino da Guerra Fria também foi adotado pelo Chile, Brasil e agora o Equador.
Os veículos brasileiros são da versão Leopard 1BE e foram fabricados a partir de 1968, conforme especificação do exército belga (uso da metralhadora FN MAG em lugar da MG 3 alemã). Em 1975 o exército belga adotou para todos os 334 veículos comprados, o controle de tiro SABCA (telêmetro laser, computador de tiro e estabilização do canhão pelo sistema Cadillac Gage). O exército brasileiro adquiriu deste país a partir da segunda metade da década de 90, dois lotes, perfazendo um total de 126 unidades, conhecidos aqui como Leopard 1A1. Foram adquiridos também dois veículos-escola e um recuperador, sendo que, posteriormente, foram adquiridos mais dois Leopards transformados em recuperadores (Hart) pela firma belga SABIEX. Atualmente equipam o 1º e o 4º RCC, respectivamente em Santa Maria e Rosário do Sul, ambos no Rio Grande do Sul, e a AMAN. A manutenção de 3º e 4º escalão está a cargo do Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar (Pq R Mnt/3), em Santa Maria.

ARMAMENTO
Como armamento principal, ambos estão equipados o L7 de 105mm e 52 calibres desenvolvido pela Vickers e fabricado sobre licença em diversos paises. O do M60, designado como M68, se diferencia do Leopard, designado como L7A3, pelo movimento da ação da cunha culatra que funciona verticalmente, enquanto a do Leopard 1BE funciona longitudinalmente.
Apesar da semelhança dos canhões a munição utilizada não é intercambiável entre eles, porque apesar de serem fisicamente iguais, e, portanto possíveis de serem utilizados, suas características balísticas são diferentes, onde em cada periscópio de tiro se utilizam retículos próprios. O Leopard utiliza munição alemã e o M60 estadunidense, não existindo munição fabricada no Brasil.
Os dois carros de combate também estão equipados com uma metralhadora 7,62x51mm coaxial ao canhão, sendo no M60A3 TTS uma M73 e no Leopard 1BE uma FN MAG.
Na parte superior da torre o Leopard 1BE possui dois aros, um em cada escotilha, para uma metralhadora FN MAG de utilização antiaérea ou antipessoal. O M60A3 TTS está equipado com uma torreta giratória de acionamento hidráulico com uma metralhadora M85, calibre 12,7x99mm (.50”), para a mesma função. Esta torreta pode ser operada pelo comandante do carro sem sair do seu posto, pois possui periscópio e controle no painel e, embora sacrifique a silhueta do carro, oferece mais segurança ao tripulante principalmente quando é utilizado contra alvos de superfície. Estas metralhadoras localizadas na parte superior da torre têm pouca eficácia contra alvos aéreos, pois os carros de combate são vulneráveis para este tipo de oponente.

SISTEMA DE TIRO
Tiro Diurno
Os dois carros de combate são equipados com telêmetro laser, instrumento essencial para a determinação da distancia e a velocidade do alvo. Na determinação da velocidade do alvo, ele é combinado com a medição da velocidade de rotação da torre enquanto o atirador acompanha pelo seu periscópio o deslocamento do alvo.

O sistema de tiro do Leopard 1BE é do modelo SABCA, em que o atirador para disparar contra um alvo, segue a seguinte seqüência de procedimentos:
a) Desloca a torre/canhão para colocar o reticulo de tiro sobre o alvo;
b) Aciona o botão que calcula a distancia, e desloca novamente a torre/canhão para colocar novamente o retículo de tiro sobre o alvo;
c) Acompanha o alvo e aciona o botão que determina a taquimetria;
d) Desloca torre/canhão para colocar pela ultima vez o reticulo sobre o alvo;
e) Efetua o disparo.
Esta seqüência demora de 12 a 15 segundos.

O sistema de tiro do M60A3 é do Hughes Systems AN/VSG-2 Tank Thermal Sight (TTS), que em comparação com o procedimento do Leopard 1BE, as operações são obtidas simultaneamente com o aperto de um único botão, sendo que o reticulo permanece fixo durante toda a operação.
A seqüência do atirador é a seguinte:
a) Desloca a torre/canhão para colocar o reticulo de tiro sobre o alvo;
b) Acompanha o alvo e aperta um botão que faz a torre/canhão se posicionar automaticamente para o tiro;
c) Efetua o disparo.
Tempo para a operação: de 8 a 12 segundos.

Entretanto, como o sistema de estabilização do canhão do Leopard 1BE é mais eficiente do que o do M60A3 TTS, os tempos totais entre a aquisição inicial do alvo e do tiro, são praticamente idênticos.

Tiro Noturno
Nesta modalidade o M60A3 leva nítida vantagem, pois permite enquadrar alvos com a mesma velocidade e eficiência de um tiro diurno e no Leopard 1BE, inicialmente é necessário instalar o projetor de luz infravermelha/luz branca, acomodado num estojo localizado no cesto traseiro externo da torre. A instalação e calibragem deste equipamento na parte superior do escudo do canhão é um processo que demora no mínimo 30 minutos.
Após a instalação permite duas possibilidades de tiro:
a) O comandante do carro dirige o feixe de luz infravermelha sobre o alvo e atira utilizando o periscópio;
b) Como este periscópio não tem reticulo de tiro sofisticado (somente um ponto), a fim de ter índice maior de acerto, o comandante após a determinação da posição do alvo, desliga o infravermelho e aciona a luz branca, passando a direção do tiro ao atirador. Este realiza as correções necessárias e dispara. Entretanto com o acionamento da luz branca o carro de combate se torna um alvo vulnerável.

DIMENSÕES
O M60A3 TTS em comparação ao Leopard possui dimensões muito maiores, principalmente na altura, tornando-o mais fácil de ser detectado, entretanto permite que se atravesse cursos d’água mais profundos que o seu concorrente (vide ficha técnica), todavia a menor silhueta do Leopard o torna um alvo muito mais difícil.
A largura é determinante para o deslocamento até o Teatro de Operações, já que ambos são transportados por pranchas rodoviárias específicas, sendo que o M60A3TTS, devido a sua largura, requer a utilização do equivalente a duas pistas de rodagem. O Leopard 1BE embora possa ser transportado por pranchas ferroviárias, esta prática somente é aplicada longe do perímetro urbano das grandes cidades brasileiras, pois o avanço indiscriminado de moradias irregulares em torno das ferrovias inviabiliza o transporte.
Obviamente as dimensões superiores do M60A3 TTS, oferecem um conforto muito maior aos tripulantes, tanto que dentro da torre seus tripulantes podem ficar de pé, e o fato do movimento da cunha da culatra do canhão ser vertical, bem como pela ausência de cesto para guardar estojos deflagrados permite que eles caminhem no seu interior. Embora possa parecer supérfluo, este conforto é determinante para que, por exemplo, o municiador possa operar mais rapidamente quando o carro está em movimento. O posto do comandante como a maioria dos carros de combate fica no lado direito da torre atrás do atirador. O espaço entre o assento do comandante e do atirador é grande, enquanto no Leopard 1BE, o assento do atirador fica praticamente nos pés do comandante. O espaço exíguo também diminui a probabilidade de sobrevivência da tripulação em caso do carro ser atingido, exigindo uma tripulação muito bem treinada. Ainda, dentro do quesito conforto dos tripulantes, nenhum dos dois carros de combate está equipado com ar condicionado, porem ambos possuem sistema de aquecimento, e para refrigerar o M60A3 dispõe de mangueiras flexíveis individuais com ar frio para cada tripulante.
Os Leopard 1 foram projetados após a 2ª GM, e deveriam refletir as lições derivadas de combates contra os carros de combate russos, britânicos e estadunidenses. Uma das grandes lições foi a vantagem de se ter a menor silhueta possível, ou seja, ser o menor alvo, pois os carros alemães eram os mais visíveis no campo de batalha, principalmente pela sua altura como os Panther e KönigsTiger. Possivelmente isto levou a fazer o Leopard 1 um carro compacto, em que se sacrificava o conforto dos tripulantes (algo que também pode se dizer dos carros russos).
Já, conforme descrito anteriormente, o M60 é descendente quase direto do Heavy Tank T26, carro cujo projeto foi iniciado em 1943, quando o M4 Sherman ainda não se tinha demonstrado deficiente em face aos Tiger e Panther. Quando esta deficiência foi comprovada, o programa do T26 foi acelerado para se obter o mais rápido possível uma arma contra os novos (e futuros) carros de combate alemães, na suposição de que o mais importante era ter um canhão de 90 mm disponível, surgindo assim o M26 Pershing. Este status quo se manteve por toda a família até a introdução de um novo carro de combate projetado a partir de zero: o M1 Abrams.

VELOCIDADE E CONSUMO
Neste quesito o Leopard 1BE é muito superior ao seu oponente, alcançando uma velocidade de até 63 km/hora em estrada, índice excelente para um MBT, enquanto o M60 devido ao seu peso muito maior alcança apenas 48 km/hora. Mesmo em ambiente QT (Qualquer Terreno) o Leopard é veloz, dificultando o acompanhamento dos VBTP M113-B numa força tarefa padrão.
Embora o consumo do Leopard em estrada seja menor, em ambiente QT ambos se equivalem a 300 metros/litro de diesel. Os Leopard 1BE na Bélgica utilizavam querosene de alta octanagem como combustível, e a troca do tipo de combustível para diesel no Brasil provocou o surgimento de fungos nas soldas internas dos tanques, obrigando a revisão de todos eles. Por segurança, os reservatórios de combustível do M60 são revestidos internamente de borracha, obrigando-os a manter sempre com pelo menos meio tanque para evitar o ressecamento e por conseqüência a inutilização dos mesmos.

MANUTENÇÃO
A manutenção do M60A3 TTS é mais simples, exigindo menos horas de serviço principalmente nos de 1º e 2º escalão. O compartimento do motor possui dois acessos, pela traseira e outra na parte superior traseira, enquanto o Leopard 1BE além de possuir um compartimento compacto o acesso é apenas pela parte superior traseira, o que obriga a retirar o motor do carro mesmo para manutenções de 2º escalão e, devido ao fato dele possuir 4,8 toneladas, exige a utilização de um guincho.
Quanto à logística de suprimentos ambos enfrentam problemas:
O Leopard 1BE sofre um problema crônico no Brasil, da falta de sobressalentes para o estabilizador de tiro do canhão. Eles receberam na Bélgica um sistema de estabilização exclusivo para aquele país e hoje não existem sobressalentes no mercado. A eventual adoção de outro sistema de estabilização implicaria na troca de toda a eletrônica da torre, o que o torna economicamente inviável.
Já os M60A3 TTS, como durante a aquisição estava previsto uma utilização de apenas cinco anos, mesmo depois da doação dos EUA embora existam em abundancia no país de origem, nunca mais se adquiriu sobressalentes, preferindo ao invés disto a prática de canibalização de alguns carros em detrimento a operação dos demais. No final de 2008 encontramos nada menos que 25 destes carros canibalizados, servindo como supridores de peças no Pq R Mnt/ 5. Quando aqui chegaram, os M60 ostentavam uma pintura de um composto especial que dificulta o enquadramento de feixes de laser. O EB não só manteve a pintura, como devido à previsão de utilização inicial de curto prazo sequer pintaram as insígnias e as matriculas de cada carro.

A RAZÃO DA ESCOLHA DOS LEOPARD 1A5
Uma questão perguntada por muitos, é o motivo da escolha de outro carro da família Leopard para substituir o M60A3 TTS e o Leopard 1BE. Além do preço atraente, a despeito das qualidades do M60, o EB preferiu padronizar por Leopard, pois o A3 TTS utilizado pelo Brasil é o derradeiro e o mais sofisticado da serie, enquanto o Leopard 1BE é um modelo primitivo da série Leopard, permitindo a aquisição posterior de modelos mais desenvolvidos desta linhagem, alem das facilidades de deslocamentos em função de se tratar de um veículo mais leve.

Com a aquisição dos Leopard 1A5, algumas deficiências dos 1BE foram suprimidas, além de um sistema de tiro de qualidade superior, será trocado o sistema de rádio. Os do 1BE apesar de ser eficientes, utilizam válvulas como componentes, encarecendo a manutenção.

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AGRADECIMENTOS
Os autores e a direção da revista agradecem as pessoas abaixo relacionadas pela ajuda dispensada tornando possível este trabalho:
-General-de-Divisão Adhemar da Costa Machado Filho,Chefe do CComSEx
-General-de-Brigada Edson Leal Pujol , Comandante da AMAN
-Coronel Fernando Velozo Gomes Pedrosa, Sub-comandante da AMAN
-Coronel Marcos André da Silva Alvim, Chefe da Divisão de Ensino da AMAN
-Capitão Rodrigo de Carvalho Bernardo, Instrutor do Curso de Cavalaria da AMAN
-Tenente Adriana Debés, Comunicação Social da AMAN"


Um forte abraço,
Paulo Bastos




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#337 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Set 17, 2011 4:19 pm

O Leopard 1BE sofre um problema crônico no Brasil, da falta de sobressalentes para o estabilizador de tiro do canhão. Eles receberam na Bélgica um sistema de estabilização exclusivo para aquele país e hoje não existem sobressalentes no mercado. A eventual adoção de outro sistema de estabilização implicaria na troca de toda a eletrônica da torre, o que o torna economicamente inviável.
Ai é que tudo fica confuso pra mim...

Os Be estsão incluidos na linha logistica montada com a KMW?

Este problema vai ser resolvido?


E segundo uma fonte minha do 4 RCC (estudioso de blindados assim como o Bacchi e o Bastos) diz que ha unidades do Be em estado muito ruim e não são apenas algumas.




Um abraço e t+ :D




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#338 Mensagem por Paulo Bastos » Sáb Set 17, 2011 4:23 pm

Pablo Maica escreveu:Os Be estsão incluidos na linha logistica montada com a KMW?
Não, o pacote logistico acordado entre o EB e a KMW, com apoio da Fundação Ricardo Franco, é referente apenas a manutenção dos Leopard 1A5.


Abraços,
Paulo




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#339 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Set 17, 2011 4:28 pm

Paulo Bastos escreveu:
Pablo Maica escreveu:Os Be estsão incluidos na linha logistica montada com a KMW?
Não, o pacote logistico acordado entre o EB e a KMW, com apoio da Fundação Ricardo Franco, é referente apenas a manutenção dos Leopard 1A5.


Abraços,
Paulo
Na minha opinião seria a unica vantagem em manter o Be em serviço caso existisse.




Um abraço e t+ :D




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#340 Mensagem por charotti » Sáb Set 17, 2011 5:35 pm

Acho que o eb deveria padronizar os 1be e os 1a5,deveria fazer o LEOPARD BR.




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#341 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Set 17, 2011 5:37 pm

Guerra escreveu:
helio escreveu:Daí a sugestão que dei (veja é só uma sugestão minha) que dei de recuperar os M60, pois no caso dos Leopard 1Be a modernização parece inexequivel, por falta de componentes e pelo custo da parte eletronica.
Os M60 tem peças em abundancia nos EUA, seria só uma questão de aquisição delas.

Se não for assim, como vamos equipar os 2 esquadrões que cada um dos 3 RCBs restantes?
Só para completar, não existe mais Leopard 1A5 disponivel a venda na Alemanha.

Abraços

Hélio
Eu sei que é uma idéia, Helio. Mas existe um motivo para os M 60 estarem na situação que estão. Não vejo como essa situação se reverter. Aquela idéia do: "agora tem dinheiro", não é verdade. As coisas continuam como antes. As dificuldades são as mesmas.
Mas então o que fazer se pelo visto os 1Be são bem limitados e não estão inclusos nos contratos logístocos dos A5?

Entendo o EB querer padronizar com os Leo, mas até aonde entendi dessa conversa a compra do 1A5 não agrega benefícios para resolver os problemas logísticos dos 1Be com o agravante de ser um carro 'único' o que deve trazer mais ainda problemas logísticos no futuro o que não parece ser o caso do M60.

Isso é só um opnião de quem não conhece nada do assunto, :oops: mas é essa situação não parece lógica.

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#342 Mensagem por DELTA22 » Sáb Set 17, 2011 5:48 pm

helio escreveu:Guerra
Acredito que o EB fez a opção certa em investir toda logistica no Leo 1A5
Entretanto conforme tem-se noticiado, os 1A5 só irão mobiliar os RCC. Segundo informações não só pela quantidade disponível deles, mas sim pelo alto custo para instalar toda estrutura de manutenção nos RCB, os quais em não instalando poderia comprometer a garantia da KMW.
Bom, então como vamos equipar os RCB? Com M41?Parece que não pois eles estão sendo revisados para serem doados aos paises vizinhos( o Uruguai já recebeu 4)
Sobra então os Leopard 1BE, mas ao que parece eles estão em más condições e 80 deles estão para serem descarregados armazenados no relento no Pq de Santa Maria.
Daí a sugestão que dei (veja é só uma sugestão minha) que dei de recuperar os M60, pois no caso dos Leopard 1Be a modernização parece inexequivel, por falta de componentes e pelo custo da parte eletronica.
Os M60 tem peças em abundancia nos EUA, seria só uma questão de aquisição delas.

Se não for assim, como vamos equipar os 2 esquadrões que cada um dos 3 RCBs restantes?
Só para completar, não existe mais Leopard 1A5 disponivel a venda na Alemanha.

Abraços

Hélio
É uma boa ideia, Hélio! Creio que seria necessário também a complementação do número destes carros, se houver alguns em bom estado nos EUA.

Existem quantos M-60 disponíveis (operacionais) dos 91 iniciais no EB e, para completar a dotação de todos os 3 RCBs, seriam necessários mais quantos carros?

[]'s.




Editado pela última vez por DELTA22 em Sáb Set 17, 2011 5:50 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#343 Mensagem por Super Flanker » Sáb Set 17, 2011 5:49 pm

Os EUA ainda operam o M-60??




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#344 Mensagem por binfa » Sáb Set 17, 2011 6:09 pm

Paulo Bastos escreveu:
Pablo Maica escreveu:Os Be estsão incluidos na linha logistica montada com a KMW?
Não, o pacote logistico acordado entre o EB e a KMW, com apoio da Fundação Ricardo Franco, é referente apenas a manutenção dos Leopard 1A5.

Abraços,
Paulo
Completando a informação do Paulo.


Comando Logístico celebra contrato de Suporte Logístico Integrado para o material adquirido pelo Projeto Leopard 16 de Setembro, 2011 - 09:21 ( Brasília )

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Brasília – No período de 31 de agosto a 1º de setembro de 2011 ocorreu, na Diretoria de Material, a reunião de ajuste e celebração do Contrato de Suporte Logístico Integrado para o material adquirido pelo Projeto Leopard 1. Durante o evento, conduzido pelo Diretor de Material, foram discutidos aspectos técnicos e legais do contrato entre integrantes do Comando Logístico e representantes da empresa KRAUSS MAFFEI WEGMANN (KMW), fabricante dos blindados.

Ao final dos trabalhos, no dia 1º de setembro, com a presença do Subcomandante Logístico, General Eduardo, foi celebrado o contrato que terá vigência de cinco anos, garantindo a execução das atividades de assistência técnica, fornecimento de peças originais, formação e treinamento de militares e manutenção corretiva, incluindo a reparação de componentes no exterior.

A viatura blindada LEOPARD 1A5 é a versão mais moderna da série Leopard 1, que, em relação às características das versões anteriores, traz aperfeiçoamentos no sistema de tiro, de optrônica e de torre.

Até 2012, o Exército Brasileiro contará com uma frota de 240 blindados Leopard, sendo 220 VBCC* 1A5, 04 VBE Engenharia*, 04 VBE Lançadora de Ponte*, 08 VBE Socorro* e 04 VBE Escola*. Contará, ainda, com uma grande quantidade de Dispositivos de Simulação e Apoio à Instrução (DSAI), tudo abrangido pela cobertura do Suporte Logístico Integrado.

- VBCC - Viatura Blindada Carro de Combate
- VBE Engenharia - Viatura Blindada Especializada de Engenharia
- VBE Lançadora de Ponte - Viatura Blindada Especializada Lançadora de Ponte
- VBE Socorro - Viatura Blindada Especializada de Socorro
- VBE Escola - Viatura Blindada Especializada Escola

Fonte: EB

http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... to-Leopard




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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

#345 Mensagem por Guerra » Sáb Set 17, 2011 7:04 pm

cb_lima escreveu: Mas então o que fazer se pelo visto os 1Be são bem limitados e não estão inclusos nos contratos logístocos dos A5?
Então vc acha viavel montar mais uma cadeia logistica só para os M 60 (sendo que não estamos conseguindo nem manter a do Leo) mesmo sabendo que nosso carro principal vai ser o leopard?

Entendo o EB querer padronizar com os Leo, mas até aonde entendi dessa conversa a compra do 1A5 não agrega benefícios para resolver os problemas logísticos dos 1Be com o agravante de ser um carro 'único' o que deve trazer mais ainda problemas logísticos no futuro o que não parece ser o caso do M60.
Que problema a logistica do leopard vai trazer no futuro?




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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