Paisano escreveu:
Aposto que o tio Expedido é fã do Talharim.
O Expedito deve ser francófilo ...
Ou francófobo.
Moderador: Conselho de Moderação
RenaN escreveu:Marino escreveu:Veja bem:
- o sub convencional é empregado em uma Zona de Patrulha (ZP) limitada, tendo em vista sua incapacidade em termos de velocidade e a necessidade de indiscrição (snorkel) para recarregar baterias. Na teoria, pode ficar todo o conflito em uma ZP limitada, sem atuar, por não ter reserva de velocidade para se reposicionar, ou perseguir as forças inimigas.
- o sub nuclear não possui problema de indiscrição pelo snorkel, possui "mobilidade estratégica", termo utilizado para explicar sua capacidade de se reposicionar em velocidade para interceptar as forças inimigas, em todo o Teatro de Operações. Também persegue a força inimiga sem restrições de velocidade ou combustível.
Os ítens estratégicos e importantes ao país não estão localizados em nosso mar territorial, mas em nossa ZEE, a distâncias bem maiores que as 12 milhas do mar territorial. Além disso, todo o fluxo comercial se dá por navios, para outros continentes, a distâncias que não preciso comentar.
Qual o sub que se presta melhor então?
Usei acima somente o argumento do autor, mas vejamos outro:
- 85% da população brasileira se concentra em uma faixa de até 200 Km da costa. Se uma força naval inimiga investe contra o Brasil, não seria melhor fustigá-la 24 horas por dia com um sub que não possui problemas de combustível ou velocidade? Ou seria melhor esperá-la próximo ao país, com subs posicionados em ZP que poderiam ou não estar localizadas convenientemente?
- ou os 2, com subs nucleares fustigando até a loucura a força inimiga, com ela sabendo que ainda iria encontrar subs convencionais mais a frente? (solução dos demais países, fora os EUA)
Em estratégia, principalmente a naval, não há o preto ou o branco, mas uma grande área cinza. Não há uma solução definitiva e inquestionável, mas várias aceitáveis.
Forte abraço
Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?orestespf escreveu:Eu, em particular, discordo dele, mas ele tem embasamentos tais que o permite concluir desta maneira. O ideal seria que ele explicasse estas coisas, deixasse mais claro o seu ponto de vista, mas a forma que ele encontra para fazer isso é através de seus artigos no UFJF Defesa. As entrevistas dadas para jornais e revistas só saem a opinião dele, não aparece os argumentos que justificam sua opinião. Uma pena...
Já pensou em chamar o Expedido aqui pro DB, Orestes?
Sds.
Battleaxe escreveu:Vejam, a parte de construção do sub pode, em parte ser feita até fora do Brasil, por uma questão de escala industrial.
Exemplo: Pq não construimos a proa do classe Tupi/Tikuna?
Pq sairia caro demais comprar certos equipamentos para se construir apenas 5.
Por isso, acho que não será diferente no nosso SNA.
Marino escreveu:RenaN escreveu:Marino escreveu:Veja bem:
- o sub convencional é empregado em uma Zona de Patrulha (ZP) limitada, tendo em vista sua incapacidade em termos de velocidade e a necessidade de indiscrição (snorkel) para recarregar baterias. Na teoria, pode ficar todo o conflito em uma ZP limitada, sem atuar, por não ter reserva de velocidade para se reposicionar, ou perseguir as forças inimigas.
- o sub nuclear não possui problema de indiscrição pelo snorkel, possui "mobilidade estratégica", termo utilizado para explicar sua capacidade de se reposicionar em velocidade para interceptar as forças inimigas, em todo o Teatro de Operações. Também persegue a força inimiga sem restrições de velocidade ou combustível.
Os ítens estratégicos e importantes ao país não estão localizados em nosso mar territorial, mas em nossa ZEE, a distâncias bem maiores que as 12 milhas do mar territorial. Além disso, todo o fluxo comercial se dá por navios, para outros continentes, a distâncias que não preciso comentar.
Qual o sub que se presta melhor então?
Usei acima somente o argumento do autor, mas vejamos outro:
- 85% da população brasileira se concentra em uma faixa de até 200 Km da costa. Se uma força naval inimiga investe contra o Brasil, não seria melhor fustigá-la 24 horas por dia com um sub que não possui problemas de combustível ou velocidade? Ou seria melhor esperá-la próximo ao país, com subs posicionados em ZP que poderiam ou não estar localizadas convenientemente?
- ou os 2, com subs nucleares fustigando até a loucura a força inimiga, com ela sabendo que ainda iria encontrar subs convencionais mais a frente? (solução dos demais países, fora os EUA)
Em estratégia, principalmente a naval, não há o preto ou o branco, mas uma grande área cinza. Não há uma solução definitiva e inquestionável, mas várias aceitáveis.
Forte abraço
Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?orestespf escreveu:Eu, em particular, discordo dele, mas ele tem embasamentos tais que o permite concluir desta maneira. O ideal seria que ele explicasse estas coisas, deixasse mais claro o seu ponto de vista, mas a forma que ele encontra para fazer isso é através de seus artigos no UFJF Defesa. As entrevistas dadas para jornais e revistas só saem a opinião dele, não aparece os argumentos que justificam sua opinião. Uma pena...
Já pensou em chamar o Expedido aqui pro DB, Orestes?
Sds.
E quem disse que é só um sub nuclear?![]()
Se fosse, seria anti-econômico, ainda mais com toda infra-estrutura necessária.
Vinicius Pimenta escreveu:Dada a minha ignorância em termos de submarinos e suas proporções, vou fazer uma pergunta que pode soar estranha.
Não seria possível um submarino "híbrido". Nuclear + Elétrico?
Assim, seu deslocamento seria com a planta nuclear, mas, ao se posicionar para combate, "desligaria" o reator e ficaria com um motor elétrico. Se fosse possível uniria o útil ao agradável, não?
Vinicius Pimenta escreveu:Entendi, Leandro, valeu pelas explicações.
Sabendo que na teoria seria possível, não creio que seja absurda tal idéia. Nem imaginaria isso para o Brasil num primeiro momento, perguntei mais pra saber se ninguém tinha pensado nisso e quais seriam as restrições.
Acredito que a redução da tripulação não seria problema, tendo em vista o processo de automação cada vez maior. Embarcações civis de superfície modernas têm hoje um tripulação mínima, às vezes não chegam a 50 homens, quando no passado a tripulação estaria na casa das centenas. As próprias embarcações militares seguem esse conceito, incluindo submarinos. Então esse é um processo natural.
Suas especificações me parecem excelentes. Sacrificaríamos um pouco da velocidade em "modo nuclear" para ganhar em discrição em combate. Ao meu ver, de maneira simplista e leiga, a princípio vale a pena.
Marino escreveu:RenaN escreveu:Marino escreveu:Veja bem:
- o sub convencional é empregado em uma Zona de Patrulha (ZP) limitada, tendo em vista sua incapacidade em termos de velocidade e a necessidade de indiscrição (snorkel) para recarregar baterias. Na teoria, pode ficar todo o conflito em uma ZP limitada, sem atuar, por não ter reserva de velocidade para se reposicionar, ou perseguir as forças inimigas.
- o sub nuclear não possui problema de indiscrição pelo snorkel, possui "mobilidade estratégica", termo utilizado para explicar sua capacidade de se reposicionar em velocidade para interceptar as forças inimigas, em todo o Teatro de Operações. Também persegue a força inimiga sem restrições de velocidade ou combustível.
Os ítens estratégicos e importantes ao país não estão localizados em nosso mar territorial, mas em nossa ZEE, a distâncias bem maiores que as 12 milhas do mar territorial. Além disso, todo o fluxo comercial se dá por navios, para outros continentes, a distâncias que não preciso comentar.
Qual o sub que se presta melhor então?
Usei acima somente o argumento do autor, mas vejamos outro:
- 85% da população brasileira se concentra em uma faixa de até 200 Km da costa. Se uma força naval inimiga investe contra o Brasil, não seria melhor fustigá-la 24 horas por dia com um sub que não possui problemas de combustível ou velocidade? Ou seria melhor esperá-la próximo ao país, com subs posicionados em ZP que poderiam ou não estar localizadas convenientemente?
- ou os 2, com subs nucleares fustigando até a loucura a força inimiga, com ela sabendo que ainda iria encontrar subs convencionais mais a frente? (solução dos demais países, fora os EUA)
Em estratégia, principalmente a naval, não há o preto ou o branco, mas uma grande área cinza. Não há uma solução definitiva e inquestionável, mas várias aceitáveis.
Forte abraço
Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?orestespf escreveu:Eu, em particular, discordo dele, mas ele tem embasamentos tais que o permite concluir desta maneira. O ideal seria que ele explicasse estas coisas, deixasse mais claro o seu ponto de vista, mas a forma que ele encontra para fazer isso é através de seus artigos no UFJF Defesa. As entrevistas dadas para jornais e revistas só saem a opinião dele, não aparece os argumentos que justificam sua opinião. Uma pena...
Já pensou em chamar o Expedido aqui pro DB, Orestes?
Sds.
E quem disse que é só um sub nuclear?![]()
Se fosse, seria anti-econômico, ainda mais com toda infra-estrutura necessária.
Immortal Horgh escreveu:Marino escreveu:RenaN escreveu:Marino escreveu:Veja bem:
- o sub convencional é empregado em uma Zona de Patrulha (ZP) limitada, tendo em vista sua incapacidade em termos de velocidade e a necessidade de indiscrição (snorkel) para recarregar baterias. Na teoria, pode ficar todo o conflito em uma ZP limitada, sem atuar, por não ter reserva de velocidade para se reposicionar, ou perseguir as forças inimigas.
- o sub nuclear não possui problema de indiscrição pelo snorkel, possui "mobilidade estratégica", termo utilizado para explicar sua capacidade de se reposicionar em velocidade para interceptar as forças inimigas, em todo o Teatro de Operações. Também persegue a força inimiga sem restrições de velocidade ou combustível.
Os ítens estratégicos e importantes ao país não estão localizados em nosso mar territorial, mas em nossa ZEE, a distâncias bem maiores que as 12 milhas do mar territorial. Além disso, todo o fluxo comercial se dá por navios, para outros continentes, a distâncias que não preciso comentar.
Qual o sub que se presta melhor então?
Usei acima somente o argumento do autor, mas vejamos outro:
- 85% da população brasileira se concentra em uma faixa de até 200 Km da costa. Se uma força naval inimiga investe contra o Brasil, não seria melhor fustigá-la 24 horas por dia com um sub que não possui problemas de combustível ou velocidade? Ou seria melhor esperá-la próximo ao país, com subs posicionados em ZP que poderiam ou não estar localizadas convenientemente?
- ou os 2, com subs nucleares fustigando até a loucura a força inimiga, com ela sabendo que ainda iria encontrar subs convencionais mais a frente? (solução dos demais países, fora os EUA)
Em estratégia, principalmente a naval, não há o preto ou o branco, mas uma grande área cinza. Não há uma solução definitiva e inquestionável, mas várias aceitáveis.
Forte abraço
Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?orestespf escreveu:Eu, em particular, discordo dele, mas ele tem embasamentos tais que o permite concluir desta maneira. O ideal seria que ele explicasse estas coisas, deixasse mais claro o seu ponto de vista, mas a forma que ele encontra para fazer isso é através de seus artigos no UFJF Defesa. As entrevistas dadas para jornais e revistas só saem a opinião dele, não aparece os argumentos que justificam sua opinião. Uma pena...
Já pensou em chamar o Expedido aqui pro DB, Orestes?
Sds.
E quem disse que é só um sub nuclear?![]()
Se fosse, seria anti-econômico, ainda mais com toda infra-estrutura necessária.
Uma proposição: vocês acham que a marinha vislumbra no futuro seu poder naval baseado em submarinos (convencionais e nucleares)? Claro, não estou dizendo que a "marinha de superfície" ficaria relegada, mas não seriam nossa força principal de combate.
[ ]s
RenaN escreveu:Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?
Marino escreveu:E quem disse que é só um sub nuclear?
Se fosse, seria anti-econômico, ainda mais com toda infra-estrutura necessária.
Tigershark escreveu:Immortal Horgh escreveu:Marino escreveu:RenaN escreveu:Marino escreveu:Veja bem:
- o sub convencional é empregado em uma Zona de Patrulha (ZP) limitada, tendo em vista sua incapacidade em termos de velocidade e a necessidade de indiscrição (snorkel) para recarregar baterias. Na teoria, pode ficar todo o conflito em uma ZP limitada, sem atuar, por não ter reserva de velocidade para se reposicionar, ou perseguir as forças inimigas.
- o sub nuclear não possui problema de indiscrição pelo snorkel, possui "mobilidade estratégica", termo utilizado para explicar sua capacidade de se reposicionar em velocidade para interceptar as forças inimigas, em todo o Teatro de Operações. Também persegue a força inimiga sem restrições de velocidade ou combustível.
Os ítens estratégicos e importantes ao país não estão localizados em nosso mar territorial, mas em nossa ZEE, a distâncias bem maiores que as 12 milhas do mar territorial. Além disso, todo o fluxo comercial se dá por navios, para outros continentes, a distâncias que não preciso comentar.
Qual o sub que se presta melhor então?
Usei acima somente o argumento do autor, mas vejamos outro:
- 85% da população brasileira se concentra em uma faixa de até 200 Km da costa. Se uma força naval inimiga investe contra o Brasil, não seria melhor fustigá-la 24 horas por dia com um sub que não possui problemas de combustível ou velocidade? Ou seria melhor esperá-la próximo ao país, com subs posicionados em ZP que poderiam ou não estar localizadas convenientemente?
- ou os 2, com subs nucleares fustigando até a loucura a força inimiga, com ela sabendo que ainda iria encontrar subs convencionais mais a frente? (solução dos demais países, fora os EUA)
Em estratégia, principalmente a naval, não há o preto ou o branco, mas uma grande área cinza. Não há uma solução definitiva e inquestionável, mas várias aceitáveis.
Forte abraço
Compreendo Marino. Mas tendo em vista que a realidade é construir 1 Sub-Nuclear, ele sozinho seria mais favorável que ter um número maior de convencionais?orestespf escreveu:Eu, em particular, discordo dele, mas ele tem embasamentos tais que o permite concluir desta maneira. O ideal seria que ele explicasse estas coisas, deixasse mais claro o seu ponto de vista, mas a forma que ele encontra para fazer isso é através de seus artigos no UFJF Defesa. As entrevistas dadas para jornais e revistas só saem a opinião dele, não aparece os argumentos que justificam sua opinião. Uma pena...
Já pensou em chamar o Expedido aqui pro DB, Orestes?
Sds.
E quem disse que é só um sub nuclear?![]()
Se fosse, seria anti-econômico, ainda mais com toda infra-estrutura necessária.
Uma proposição: vocês acham que a marinha vislumbra no futuro seu poder naval baseado em submarinos (convencionais e nucleares)? Claro, não estou dizendo que a "marinha de superfície" ficaria relegada, mas não seriam nossa força principal de combate.
[ ]s
Amigo Immortal Horgh,
Eu tenho a impressão que a Marinha,já algum tempo,definiu que a ponta de lança são os subs,mesmo quando não se falava ainda dos subs nucleares.O Comandante atual da Marinha é francamente admirador deste meio,mas como você mesmo disse a Marinha de Superfície não vai ficar relegada,ao contrário,vamos ter um bom incremento de força.
Abs,
Tigershark
LeandroGCard escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Dada a minha ignorância em termos de submarinos e suas proporções, vou fazer uma pergunta que pode soar estranha.
Não seria possível um submarino "híbrido". Nuclear + Elétrico?
Assim, seu deslocamento seria com a planta nuclear, mas, ao se posicionar para combate, "desligaria" o reator e ficaria com um motor elétrico. Se fosse possível uniria o útil ao agradável, não?
Vinícius,
Isto em princípio é possível sim, e já existiram propostas neste sentido. Antes de comprar os Upholder ex-britânicos os canadenses estavam estudando uma proposta local que incluía um pequeno reator refrigerado por FREON, com circulação natural, a ser instalado em um sub em tudo o mais convencional. Este reator seria bastante silencioso e seguro, e funcionaria como um sistema AIP de autonomia ilimitada, abastecendo as baterias sem a necessidade de motores à explosão. Mas no caso específico deste projeto o reator sozinho não poderia manter velocidades elevadas, apenas de "cruzeiro lento", na faixa dos 4-6 nós se me recordo bem.
Outro conceito parecido com esta sua idéia foi o dos USS Tulibee e USS Lipscomb, SNA`s americanos (na verdade o Tulibee era mais um sub de pesquisa tecnológica) construídos antes da classe Los Angeles e que não utilizavam sistemas de redução e sim acoplamentos elétricos entre as turbinas e o eixo do hélice. Embora não fossem tão rápidos como os outros SNA`s da época eles era mais silenciosos, e é muito provável que pudessem navegar durante pouco tempo com baterias apenas, deixando os reatores em "ponto morto".
O problema com este arranjo é que o peso do gerador e do motor elétrico para permitir altas velocidades era muito grande, bem maior que o de sistemas de redução por engrenagens. Se somarmos a isto um conjunto de baterias razoável que permitisse operações mais longas com o reator desligado o peso total do sistema seria proibitivo. Assim, nas classe Los-Angeles e nas seguintes o sistema foi abandonado.
Mas é bem possível que um arranjo intermediário entre as duas propostas citadas acima seja realizável. Dá para imaginar um SNA com acoplamento elétrico utilizando geradores e um motor menor, que lhe daria capacidade de atingir até uns 20 nós contínuos em imersão (contra os mais de 30 nós dos Los Angeles ou os mais de 40 dos Alfa, por exemplo), e que pudesse aproveitar o peso assim economizado em baterias, tendo uma autonomia aproveitável no modo"ultra-silencioso", digamos 24 horas a 5 nós. Mas não poderia ser um barco muito pequeno, pois o peso relativo dos demais equipamentos (sensores, armamentos, acomodações, etc...) teria que ser reduzido para permitir a instalação deste sistema híbrido de propulsão.
Eu particularmente gosto muito desta idéia, um barco com digamos 5000 tons em imersão, capacidade de mergulhar uns 350 m e vel. máxima de 20-22 nós contínuos, cruzeiro silencioso a 12-15 nós mais a capacidade de 24-36 horas em modo "ultra silencioso" a 5 nós, somente em baterias. E é claro a autonomia seria virtualmente ilimitada, pois seria um sub nuclear.
Mas acho que a MB não estava pensando em algo assim quando iniciou o programa do SNB, porque para um sub com as características que citei acima o reator que está sendo desenvolvido, capaz de atingir 50MW, é grande demais. É a potência de um Los Angeles, que tem 6.000 tons e atinge mais de 30 nós.
Abraços,
Leandro G. Card
cicloneprojekt escreveu:LeandroGCard escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Dada a minha ignorância em termos de submarinos e suas proporções, vou fazer uma pergunta que pode soar estranha.
Não seria possível um submarino "híbrido". Nuclear + Elétrico?
Assim, seu deslocamento seria com a planta nuclear, mas, ao se posicionar para combate, "desligaria" o reator e ficaria com um motor elétrico. Se fosse possível uniria o útil ao agradável, não?
Vinícius,
Isto em princípio é possível sim, e já existiram propostas neste sentido. Antes de comprar os Upholder ex-britânicos os canadenses estavam estudando uma proposta local que incluía um pequeno reator refrigerado por FREON, com circulação natural, a ser instalado em um sub em tudo o mais convencional. Este reator seria bastante silencioso e seguro, e funcionaria como um sistema AIP de autonomia ilimitada, abastecendo as baterias sem a necessidade de motores à explosão. Mas no caso específico deste projeto o reator sozinho não poderia manter velocidades elevadas, apenas de "cruzeiro lento", na faixa dos 4-6 nós se me recordo bem.
Outro conceito parecido com esta sua idéia foi o dos USS Tulibee e USS Lipscomb, SNA`s americanos (na verdade o Tulibee era mais um sub de pesquisa tecnológica) construídos antes da classe Los Angeles e que não utilizavam sistemas de redução e sim acoplamentos elétricos entre as turbinas e o eixo do hélice. Embora não fossem tão rápidos como os outros SNA`s da época eles era mais silenciosos, e é muito provável que pudessem navegar durante pouco tempo com baterias apenas, deixando os reatores em "ponto morto".
O problema com este arranjo é que o peso do gerador e do motor elétrico para permitir altas velocidades era muito grande, bem maior que o de sistemas de redução por engrenagens. Se somarmos a isto um conjunto de baterias razoável que permitisse operações mais longas com o reator desligado o peso total do sistema seria proibitivo. Assim, nas classe Los-Angeles e nas seguintes o sistema foi abandonado.
Mas é bem possível que um arranjo intermediário entre as duas propostas citadas acima seja realizável. Dá para imaginar um SNA com acoplamento elétrico utilizando geradores e um motor menor, que lhe daria capacidade de atingir até uns 20 nós contínuos em imersão (contra os mais de 30 nós dos Los Angeles ou os mais de 40 dos Alfa, por exemplo), e que pudesse aproveitar o peso assim economizado em baterias, tendo uma autonomia aproveitável no modo"ultra-silencioso", digamos 24 horas a 5 nós. Mas não poderia ser um barco muito pequeno, pois o peso relativo dos demais equipamentos (sensores, armamentos, acomodações, etc...) teria que ser reduzido para permitir a instalação deste sistema híbrido de propulsão.
Eu particularmente gosto muito desta idéia, um barco com digamos 5000 tons em imersão, capacidade de mergulhar uns 350 m e vel. máxima de 20-22 nós contínuos, cruzeiro silencioso a 12-15 nós mais a capacidade de 24-36 horas em modo "ultra silencioso" a 5 nós, somente em baterias. E é claro a autonomia seria virtualmente ilimitada, pois seria um sub nuclear.
Mas acho que a MB não estava pensando em algo assim quando iniciou o programa do SNB, porque para um sub com as características que citei acima o reator que está sendo desenvolvido, capaz de atingir 50MW, é grande demais. É a potência de um Los Angeles, que tem 6.000 tons e atinge mais de 30 nós.
Abraços,
Leandro G. Card
Leandro essa aí é a proposta para os SSNs Barracuda franceses. Acho que a MB ficará bem atenta a estes submarinos.![]()