RÚSSIA
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Re: RÚSSIA
China recusa parceria com os EUA para impor sanções contra a Rússia.
China recusa parceria com EUA para impor sanções à Rússia por conta da crise na Ucrânia
A China vai perder a oportunidade de reformatar a ordem mundial se sucumbir à pressão dos Estados Unidos para impor sanções contra a Rússia, afirmou o presidente do Instituto de Estratégia Nacional, Mikhail Remizov. Assim ele comentou as tentativas de Washington de propor a Pequim amizade contra Moscou por causa de sua política na Ucrânia.
Essas declarações parecem paranoia e perda total do sentido da realidade, acredita o vice-presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Serguei Mikheev.
A tentativa dos Estados Unidos de convencer a China a se juntar às sanções do Ocidente contra a Rússia foi anunciada pelo coordenador do Departamento de Estado dos EUA, Daniel Freed. A China, educadamente mas com firmeza, rejeitou aos Estados Unidos o apoio de sua política antirrussa. O Ministério das Relações Exteriores chinês explicou na sua resposta aos Estados Unidos que a introdução de quaisquer tipos de proibições não vai ajudar a resolver a situação na Ucrânia.
- A China tem um motivo bastante sólido e forte para não ceder a tal pressão. Nos últimos anos surgiu uma tendência de transformação da China em um centro alternativo de poder no cenário mundial. Regimes de muitos países da Ásia, América Latina, África, que estão tendo dificuldades com os norte-americanos, muitas vezes se focam e reorientam para a China. E isso é vantajoso para a China. E se agora ela demonstrasse maleabilidade perante a pressão bruta dos Estados Unidos, então, sem dúvida, ela teria demonstrativamente recusado esse estatuto de centro de poder alternativo, ela teria perdido a cara. Os Estados Unidos não têm nenhum prêmio para a China em troca de sanções contra a Rússia – acredita o analista político Serguei Mikheev.
Segundo ele, “os norte-americanos não têm nada que eles pudessem oferecer aos chineses para que os chineses estragassem suas relações com a Rússia. Se a China concordar com sso, então ela reconhecerá de fato a liderança dos Estados Unidos como potência mundial e se tornará um de seus vassalos. Isso nunca vai acontecer. A China está vendendo quantidades enormes de produtos no mercado russo, por isso perder esse mercado assim de repente ou arranjar problemas nele não é interessante para a China de forma nenhuma. E a China não vai envolver-se em competição geopolítica com a Rússia, que é um vizinho próximo e um dos seus próximos parceiros políticos, só para agradar os Estados Unidos”.
Ele afirma ainda que “é conversa de filisteus os rumores de que os Estados Unidos vão dar à China tecnologias em troca de sanções contra a Rússia. Os Estados Unidos nunca irão fortalecer com suas próprias mãos o seu concorrente global, algo que Pequim entende perfeitamente. O máximo que nesta situação a China pode obter dos Estados Unidos é um tapa nas costas, sorrisos e apelos ao estabelecimento da democracia”.
Fonte: Voz da Rússia
China recusa parceria com EUA para impor sanções à Rússia por conta da crise na Ucrânia
A China vai perder a oportunidade de reformatar a ordem mundial se sucumbir à pressão dos Estados Unidos para impor sanções contra a Rússia, afirmou o presidente do Instituto de Estratégia Nacional, Mikhail Remizov. Assim ele comentou as tentativas de Washington de propor a Pequim amizade contra Moscou por causa de sua política na Ucrânia.
Essas declarações parecem paranoia e perda total do sentido da realidade, acredita o vice-presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Serguei Mikheev.
A tentativa dos Estados Unidos de convencer a China a se juntar às sanções do Ocidente contra a Rússia foi anunciada pelo coordenador do Departamento de Estado dos EUA, Daniel Freed. A China, educadamente mas com firmeza, rejeitou aos Estados Unidos o apoio de sua política antirrussa. O Ministério das Relações Exteriores chinês explicou na sua resposta aos Estados Unidos que a introdução de quaisquer tipos de proibições não vai ajudar a resolver a situação na Ucrânia.
- A China tem um motivo bastante sólido e forte para não ceder a tal pressão. Nos últimos anos surgiu uma tendência de transformação da China em um centro alternativo de poder no cenário mundial. Regimes de muitos países da Ásia, América Latina, África, que estão tendo dificuldades com os norte-americanos, muitas vezes se focam e reorientam para a China. E isso é vantajoso para a China. E se agora ela demonstrasse maleabilidade perante a pressão bruta dos Estados Unidos, então, sem dúvida, ela teria demonstrativamente recusado esse estatuto de centro de poder alternativo, ela teria perdido a cara. Os Estados Unidos não têm nenhum prêmio para a China em troca de sanções contra a Rússia – acredita o analista político Serguei Mikheev.
Segundo ele, “os norte-americanos não têm nada que eles pudessem oferecer aos chineses para que os chineses estragassem suas relações com a Rússia. Se a China concordar com sso, então ela reconhecerá de fato a liderança dos Estados Unidos como potência mundial e se tornará um de seus vassalos. Isso nunca vai acontecer. A China está vendendo quantidades enormes de produtos no mercado russo, por isso perder esse mercado assim de repente ou arranjar problemas nele não é interessante para a China de forma nenhuma. E a China não vai envolver-se em competição geopolítica com a Rússia, que é um vizinho próximo e um dos seus próximos parceiros políticos, só para agradar os Estados Unidos”.
Ele afirma ainda que “é conversa de filisteus os rumores de que os Estados Unidos vão dar à China tecnologias em troca de sanções contra a Rússia. Os Estados Unidos nunca irão fortalecer com suas próprias mãos o seu concorrente global, algo que Pequim entende perfeitamente. O máximo que nesta situação a China pode obter dos Estados Unidos é um tapa nas costas, sorrisos e apelos ao estabelecimento da democracia”.
Fonte: Voz da Rússia
- Wingate
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Re: RÚSSIA
Ué...? Se a China abrisse sanções contra a Rússia por qualquer motivo estaria detonando o acordo BRICS pois ambos são membros importantíssimos nessa aliança.hades767676 escreveu:China recusa parceria com os EUA para impor sanções contra a Rússia.
China recusa parceria com EUA para impor sanções à Rússia por conta da crise na Ucrânia
A China vai perder a oportunidade de reformatar a ordem mundial se sucumbir à pressão dos Estados Unidos para impor sanções contra a Rússia, afirmou o presidente do Instituto de Estratégia Nacional, Mikhail Remizov. Assim ele comentou as tentativas de Washington de propor a Pequim amizade contra Moscou por causa de sua política na Ucrânia.
Essas declarações parecem paranoia e perda total do sentido da realidade, acredita o vice-presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Serguei Mikheev.
A tentativa dos Estados Unidos de convencer a China a se juntar às sanções do Ocidente contra a Rússia foi anunciada pelo coordenador do Departamento de Estado dos EUA, Daniel Freed. A China, educadamente mas com firmeza, rejeitou aos Estados Unidos o apoio de sua política antirrussa. O Ministério das Relações Exteriores chinês explicou na sua resposta aos Estados Unidos que a introdução de quaisquer tipos de proibições não vai ajudar a resolver a situação na Ucrânia.
- A China tem um motivo bastante sólido e forte para não ceder a tal pressão. Nos últimos anos surgiu uma tendência de transformação da China em um centro alternativo de poder no cenário mundial. Regimes de muitos países da Ásia, América Latina, África, que estão tendo dificuldades com os norte-americanos, muitas vezes se focam e reorientam para a China. E isso é vantajoso para a China. E se agora ela demonstrasse maleabilidade perante a pressão bruta dos Estados Unidos, então, sem dúvida, ela teria demonstrativamente recusado esse estatuto de centro de poder alternativo, ela teria perdido a cara. Os Estados Unidos não têm nenhum prêmio para a China em troca de sanções contra a Rússia – acredita o analista político Serguei Mikheev.
Segundo ele, “os norte-americanos não têm nada que eles pudessem oferecer aos chineses para que os chineses estragassem suas relações com a Rússia. Se a China concordar com sso, então ela reconhecerá de fato a liderança dos Estados Unidos como potência mundial e se tornará um de seus vassalos. Isso nunca vai acontecer. A China está vendendo quantidades enormes de produtos no mercado russo, por isso perder esse mercado assim de repente ou arranjar problemas nele não é interessante para a China de forma nenhuma. E a China não vai envolver-se em competição geopolítica com a Rússia, que é um vizinho próximo e um dos seus próximos parceiros políticos, só para agradar os Estados Unidos”.
Ele afirma ainda que “é conversa de filisteus os rumores de que os Estados Unidos vão dar à China tecnologias em troca de sanções contra a Rússia. Os Estados Unidos nunca irão fortalecer com suas próprias mãos o seu concorrente global, algo que Pequim entende perfeitamente. O máximo que nesta situação a China pode obter dos Estados Unidos é um tapa nas costas, sorrisos e apelos ao estabelecimento da democracia”.
Fonte: Voz da Rússia
Não faz sentido, pois estaria atirando contra o próprio pé...
Wingate
- mmatuso
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Re: RÚSSIA
Mas acredito que o motivo maior nem seja BRICS, mas sim o fato da China nesse tipo de assunto ser sempre "low profile".
Os chineses parecem nem querer saber de assuntos dos outros e se preocupam apenas com o fluxo de $$ e fazer bons negócios, quem viu Star trek deve se lembrar lá de uma raça só de mercantes.
Os chineses parecem nem querer saber de assuntos dos outros e se preocupam apenas com o fluxo de $$ e fazer bons negócios, quem viu Star trek deve se lembrar lá de uma raça só de mercantes.
- LeandroGCard
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Re: RÚSSIA
São os ferengi.mmatuso escreveu:Os chineses parecem nem querer saber de assuntos dos outros e se preocupam apenas com o fluxo de $$ e fazer bons negócios, quem viu Star trek deve se lembrar lá de uma raça só de mercantes.
Mas na série eles são uma crítica ao próprio mercantilismo americano, que busca o lucro rápido mesmo quando suas ações lhes causam prejuízo no médio/longo prazo. E isso não é ilação filosófica mas dito textualmente pelo próprio personagem William T. Riker, que reconhece nos seus modos os de seus "ancestrais" americanos dos séculos XX e XXI, ao final do primeiro episódio da série onde os ferengi aparecem (Riker teria nascido no Alasca).
Já a China planeja mais longe, e para eles no prazo mais longo não existe vantagem alguma em apoiar os americanos no isolamento da Rússia, mesmo que no curto prazo os EUA pudessem lhes oferecer alguma coisa. Se mantendo forte o suficiente para enfrentar os EUA pelo menos na Eurásia e assumindo de frente a resistência contra as atabalhoadas investidas americanas a Rússia serve muito mais à China, que pode continuar tranquila com sua estratégia de ir aumentando sua influência enquanto os dois rivais se desgastam um ao outro.
E nesta questão da moeda, a maioria dos países mais pobres do mundo (incluindo o Brasil) já vende mais à China e compra mais deles do que dos EUA ou da Europa, e este comércio só tende a crescer cada vez mais. Assim, o que seria estranho é se o dólar, uma moeda de terceiros, continuasse a ser utilizado como moeda nestas transações por muito mais tempo.
Leandro G. Card
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Re: RÚSSIA
Pelo que eu tenho lido a economia Russa vai entrar em recessão a curto prazo, isso só por si significa uma péssima notica para a UE.
- akivrx78
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Re: RÚSSIA
Sweden and Finland Forge Closer Ties With NATO
Move Comes as Finnish Airspace Is Violated by Russian Aircraft Three Times in One Week
By Charles Duxbury And Juhana Rossi
Aug. 28, 2014 10:49 a.m. ET
Fighter jets from Finland, Norway and Sweden take part in a Nordic air patrolling exercise conducted in Iceland, which is a NATO member. On the foreground is a Finnish F/A-18 Hornet, in the middle a Norwegian F-16 Fighting Falcon and on the back a Swedish JAS 39 Gripen. Finnish Air Force
Sweden and Finland have tightened their ties with the North Atlantic Treaty Organization, saying that they intend to sign an agreement making it easier for troops from the western defense alliance to operate on the territory of the two Nordic states.
The move comes as the Finnish Air Force claimed that it had intercepted a Russian government aircraft that had violated Finland's airspace—the third such incursion in a week.
Sweden's government said on Thursday that it would sign a Host Nation Support memorandum of understanding with NATO on the grounds that it would help the country to prepare for training exercises with NATO troops and ease the provision or receipt of military support in the event of a crisis or conflict. Finland's government said a day earlier that it would sign the same type of agreement at a coming NATO summit in the U.K.
The Finnish government said that "standardized operating models facilitate cooperation in an international operating environment."
Finland said it had been aiming to reach an arrangement on Host Nation Support since 2002 and that preparation for the MOU began in spring 2013.
Analysts and media commentators in Sweden are describing the Swedish move as a natural consequence of a government defense directive from 2009 which states that Sweden should be able to support other European Union or Nordic states in the event of accident, crisis or conflict. Sweden's armed forces should "have the capacity to give and receive military support", the directive says.
At present Sweden has no rules governing that process, as the country hasn't been part of an alliance since the Napoleonic wars, Mike Winnerstig, a security analyst at the Sweden defense research agency FOI, said.
"This is a necessary step in getting all this straightened out," he added.
Leading politicians in both Finland and Sweden, including Finnish Prime Minister Alexander Stubb and Swedish Foreign Minister Carl Bildt, have said that they would like to see their countries join NATO, but accept that they lack the public support to pursue full membership.
The move to sign the Host Nation Agreement has broad support in the Swedish parliament but has received some criticism. The leader of the left-wing Vänsterpartiet party, Jonas Sjöstedt, said that the government was sneaking Sweden into NATO against the will of the people.
In Finland Annika Lapintie, the leader of the Left Alliance's parliamentary group, criticized the signing the memorandum, saying "the NATO hawks in government should cool it."
As tensions have risen between Europe and Russia, the debate has taken on a new urgency. NATO nations have made it been clear that they have no obligation to defend partners outside the alliance in the event of an invasion.
Airspace violations by Russia have made people in the region jittery about the preparedness of their armed forces and whether they are able to withstand any eventual pressure from Moscow.
The Russian Antonov AN-72 cargo jet in Finland's airspace, according to the Finnish Air Force.
A Russian Antonov AN-72 type cargo aircraft flew for four minutes in Finnish airspace on Thursday near the town of Porvoo, which lies on the shore of Gulf of Finland, according to information disclosed by Finnish Air Force and Finland's Ministry of Defence.
The intrusion marks the third time within a week that a Russian government aircraft has violated Finnish airspace.
"It is very difficult to attribute this occurrence to coincidence," Finland's Minister of Defence Carl Haglund said to the public broadcaster YLE.
Mr. Haglund added that the Finnish Air Force had dispatched an F/A-18 Hornet fighter jet to identify the Russian intruder.
The Finnish Air Force published on its website a photograph that it claims shows the Russian aircraft flying in Finland's airspace. A spokeswoman declined to give any further information about the incident.
There was no immediate comment from the Russian embassy in Finland.
Before the incident, Russian aircraft had violated Finnish airspace four time this year, twice in May and twice in August. On those occasions, fighter aircraft weren't scrambled, according to incident information published in the Finnish media.
Mr. Haglund said that Finland's foreign ministry will contact its Russian counterpart and request an explanation of the incursion.
Violations of Finnish airspace by Russian aircraft have occurred with some frequency in the past. They have typically involved transport aircraft on flights either destined to or departing from the Russian enclave of Kaliningrad, which is situated between Poland and Lithuania.
Air-traffic lanes above the Gulf of Finland are narrow, and Finnish authorities have in the past attributed such violations to sloppy navigation.
Similar incursions have also been reported by Sweden over recent months.
Write to Charles Duxbury at charles.duxbury@wsj.com and Juhana Rossi at juhana.rossi@wsj.com
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Re: RÚSSIA
Entretanto, as verdades inconvenientes, são tratadas na Russia utilizando o método do costume ...
A Pskov region lawmaker was found stumbling through the streets covered in blood on Friday, after having called attention to reports that local paratroopers may have been deployed to war-torn Ukraine.
Lev Shlosberg sustained temporary amnesia, head injuries, a broken nose and numerous bruises, Igor Yakovlev, an associate in the social-democratic party Yabloko, said on his Facebook page Saturday.
http://www.themoscowtimes.com/news/arti ... 06156.html
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Re: RÚSSIA
Hoje, 09:55
Rússia pretende demonstrar a Kiev e à UE perigo do comércio livre entre eles
Na reunião da segunda-feira, em Bruxelas, os peritos da Rússia, União Europeia e Ucrânia irão fazer mais uma tentativa de eliminar as divergências a respeito das possíveis consequências da criação da zona de comércio livre Kiev – União Europeia.
Em 27 de junho a Ucrânia assinou a parte econômica do acordo de associação com a União Europeia.
Na opinião da Rússia, o prejuízo para a sua economia, que será causado pelo tratado entre a Ucrânia e a União Europeia pode ultrapassar 100 bilhões de rublos.
A zona de comércio livre deve assegurar a integração gradual da economia ucraniana no mercado interno da União Europeia. As autoridades da Federação da Rússia ressaltaram reiteradas vezes que não pretendem permanecer inativos nesta situação e se não for alcançado o entendimento, Moscou será forçada a tomar medidas de resposta, anulando as preferências para a importação da Ucrânia.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_ ... eles-6073/
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Re: RÚSSIA
Putin não pretende dominar só o sudeste, mas sim toda a Ucrânia
José Milhazes
1/9/2014, 20:24203 partilhas
Chegar com os tanques a Kiev em duas semanas poderá ser muito improvável, mas para Putin não é utópico chegar um dia à capital ucraniana. Talvez lá para o Outono ou Inverno...
Escreve a imprensa europeia que Vladimir Putin, Presidente da Rússia, teria dito a José Manuel Durão Barroso, que “o problema consiste em que se eu quiser tomar Kiev, farei isso em duas semanas”.
Tendo em conta a situação nas forças armadas ucranianas e o poder de mobilização russa, essa declaração não deverá estar muito longe da verdade, mas a táctica de Moscovo parece ser mais “elaborada” e “fina”, ou seja, chegar a Kiev mas através dos próprios ucranianos.
As conversações de Minsk estão a ser um fracasso devido às contradições entre os separatistas pró-russos (chamar-lhes-ia mais precisamente agentes russos) e os representantes do governo de Kiev.
Os separatistas prometem fazer “o máximo de esforços para a manutenção da paz, para a conservação do espaço económico, cultural e político único e de todo o espaço da civilização russo-ucraniana”, mas impõem numerosas condições. Além da manutenção da língua russa (condição que pode e dever ser discutida), os líderes separatistas querem um estatuto especial para as suas forças armadas, o poder de nomear procuradores e juízes e (atenção!!) exigem também “uma forma especial de actividade económica externa tendo em conta a integração com a Rússia e a União Alfandegária”.
Isto é, os separatistas querem garantir que, no futuro, querem ter uma palavra decisiva a dizer caso Kiev ouse, por exemplo, se aproximar da União Europeia ou da NATO.
Por isso, Vladimir Putin apoia o diálogo entre os separatistas e Kiev e até contribui, com a intervenção militar na Ucrânia, para reforçar as suas posições nas conversações de Minsk. Nos últimos dias, os separatistas lançaram uma forte contra-ofensiva com apoio de armamentos e militares russos. Claro que Moscovo desmente que militares seus estejam a ser enviados para combater na Ucrânia, assim como desmentiu que tivessem sido enviadas tropas russas para a Crimeia. Mas os mortos e feridos, que já se contam com centenas, vão regressando aos cemitérios e hospitais russos.
A União Europeia, ou alguns dos seus membros, parece ainda não ter entendido que o principal objectivo da agressão da Rússia contra a Ucrânia não é apenas confirmar a anexação da Crimeia e afirmar-se no sudeste desse país, mas sim submetê-lo todo à sua política. O Kremlin deposita esperanças na agudização da guerra para destruir completamente a economia ucraniana, afundar o país numa gravíssima crise social que leve os cidadãos ucranianos a renderem-se às evidências, levando-os a derrubarem a “junta fascista” em Kiev e a optarem por um regime fiel a Moscovo.
Por isso, chegar a Kiev com os tanques em duas semanas poderá ser muito improvável, mas para Putin não é utópico chegar um dia à capital ucraniana. Talvez lá para o Outono ou Inverno…
Fim do jogo para Putin na Ucrânia?
01 Setembro 2014, 18:19 por Robert Skidelsky
Vladimir Putin pode beneficiar (ou não) de 80% de apoio popular na Rússia devido à sua política na Ucrânia; mas torna-se cada vez mais claro que está a perder o controlo da situação. A pergunta é: em que ponto é que a sua posição, enquanto Presidente, se tornará insustentável?
Deixemos de lado os antecedentes morais e geopolíticos do imbróglio da Ucrânia. Os russos têm razão, acredito, na sua visão de que o ocidente tirou partido da fraqueza russa pós-comunista para aceder a um espaço de histórica influência russa. A doutrina Monroe pode ser incompatível com o contemporâneo direito internacional; mas todas as potências com capacidade para para impor uma esfera estratégica de influência acabam por o fazer.
Também acredito que existe mérito na visão de Putin quando considera que um mundo multipolar é melhor do que um mundo unipolar na prossecução da prosperidade humana. Nenhuma potência ou coligação detém o conhecimento, ou está suficientemente desinteressada, para reclamar para si a soberania universal.
Por isso não deveria espantar que a Rússia, e outros países, tenham iniciado a construção de uma estrutura institucional para a multipolaridade. A Organização de Cooperação de Xangai, que inclui a Rússia, a China e quatro ex-estados soviéticos da Ásia Central, foi criada em 2001. No mês passado, os cinco países dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estabeleceram o Novo Banco para o Desenvolvimento e um fundo de reservas de contingência para diversificar as fontes de crédito oficial para os países em desenvolvimento.
A política "sem condições" dos BRICS desafia explicitamente os condicionalismos impostos pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional aos solicitadores de crédito (mutuários), sendo que a política ainda não foi testada. Na verdade, é impossível imaginar os líderes chineses a aprovar um empréstimo a um país que, digamos, reconhece Taiwan ou aceite as reivindicações de independência tibetanas.
Todavia, permanece o facto de a Rússia ser demasiado débil para continuar a desafiar o ocidente, pelo menos da forma que tem feito em relação à Ucrânia. O produto interno bruto (PIB) russo ronda os 2 trilhões de dólares e a população de 143 milhões tem decrescido rapidamente. Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) têm um PIB combinado de cerca de 34 trilhões de dólares e uma população de 822 milhões, com a população norte-americana a crescer rapidamente. Isto significa que o ocidente pode infligir muito maior dano à Rússia do que a Rússia pode infligir ao ocidente.
Mesmo no seu apogeu, a União Soviética era uma superpotência unívoca. Com uma economia de cerca de um quarto do tamanho da dos Estados Unidos, foi capaz de manter paridade militar aproximada gastando, em despesa militar, cerca de quatro vezes mais das receitas do que faziam os norte-americanos – em detrimento das condições de vida dos cidadãos russos.
Hoje, a balança de poder é ainda mais desfavorável. A economia russa é mais fraca e o equipamento militar deteriorado. Mantém uma extraordinária capacidade nuclear, mas é inconcebível que a Rússia a venha a utilizar para assegurar os seus objectivos na Ucrânia.
Portanto, assim se chegou ao cada vez mais próximo fim do jogo em que Putin não poderá manter os seus despojos – Crimeia e o controlo das regiões russófilas do leste da Ucrânia – nem recuar. A Rússia terá de devolver estas conquistas enquanto condição para a normalização das relações com o ocidente. No entanto, Putin deverá, provavelmente, tentar continuar a apoiar os separatistas do leste ucraniano enquanto puder – talvez através de assistência militar disfarçada de ajuda humanitária – e recusará, seguramente, entregar a Crimeia.
Isto levará a uma nova escalada das sanções ocidentais: restrições das exportações de gás, sobre a generalidade das exportações, suspensão do processo de adesão à Organização Mundial do Comércio, retirada da organização russa do Campeonato Mundial de 2018 da FIFA, entre outras. Isto, em conjugação com o endurecimento das sanções actuais, incluindo o impedimento do acesso dos bancos russos aos mercados de capitais ocidentais, resultará em grave escassez, declínio dos níveis de vida, e maiores problemas para a classe proprietária russa.
A reacção popular natural será apoiar o seu líder. Mas o apoio a Putin, apesar de vasto, poderá não ser profundo. É um apoio anterior, não posterior, ao debate acerca dos custos que irão implicar as políticas de Putin. E esse debate vem sendo silenciado pelo controlo estatal dos grupos de comunicação social e da supressão da oposição.
É natural, e acertado, pensar em possíveis compromissos: A garantia da neutralidade da Ucrânia, maior autonomia regional garantida por uma Ucrânia federal, uma administração internacional interina na Crimeia para a supervisão de um referendo sobre o futuro da península, e outras medidas deste género.
A questão não é a de saber quanto deste tipo de pacote está Putin disposto a aceitar, antes se alguma destas alternativas lhe será proposta. O ocidente deixou de acreditar no que quer que seja que ele diz. O Presidente norte-americano Barack Obama acusou-o, publicamente, de ter mentido. A chanceler alemã Angela Merkel, outrora a mais forte apoiante de Putin na Europa, terá dito, segundo foi reportado, que ele não está no seu perfeito juízo. (Aparentemente a última gota para Merkel foi quanto Putin tentou culpar o Governo ucraniano pela queda do voo 17 da Malaysia Airlines.)
Todos os líderes mentem e disfarçam até certo ponto; mas o nível de desinformação proveniente do Kremlin tem atingido proporções épicas. Portanto, a pergunta tem de ser colocada: Irá o ocidente estar preparado para fazer a paz com Putin?
Os líderes cujas aventuras de política externa terminam em derrota normalmente não sobrevivem muito tempo em funções. Tanto podem ser utilizados mecanismos formais para os destronar - como aconteceu, por exemplo, na União Soviética quando o Comité Central forçou Nikita Khrushchev a deixar o poder em 1964 – como mecanismos informais. A elite de poder de Putin começará a fracturar-se – na verdade, esse processo poderá já ter começado. A pressão para que se retire irá aumentar. Não há necessidade, e isto será dito, para o seu país ir ao fundo com ele.
Tal cenário, inimaginável há alguns meses atrás, pode já estar a ganhar forma à medida que o drama na Ucrânia se encaminha para o final do jogo. A era Putin pode terminar mais cedo do que pensamos.
Robert Skidelsky, membro da Câmara dos Lordes britânica, é professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2014.
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Re: RÚSSIA
O problema é que o Ocidente simplesmente não consegue acreditar que os russo optaram por voltar ao velho cinismo e neo-logismos da era soviética.
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Re: RÚSSIA
Sanções. UE e Rússia preparam braço-de-ferro económico
ultimato de sábado do Conselho Europeu a Moscovo teve ontem uma resposta, e não era a esperada por Bruxelas. Os dirigentes europeus deram uma semana para a Comissão Europeia preparar um novo pacote de sanções económicas à Rússia, que recebeu o ultimato para dar "passos significativos" de recuo no apoio aos separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia. Ontem a Rússia respondeu ao endurecimento de sanções europeias através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado em que afirma que a Rússia se "reserva o direito de tomar medidas de retaliação" às sanções da UE, enquanto a câmara alta da Duma admite estar também a preparar um pacote muito sério" de medidas de resposta.
Enquanto a Rússia enfrenta as sanções europeias, na União surgem divisões em relação à maneira de enfrentar as pretensões de Vladimir Putin. Ontem o diário italiano "La Repubblica" divulgou informações sobre a cimeira de sábado, em que Durão Barroso revelou parte de uma conversa com o presidente russo e na qual Putin deixou uma ameaça clara: se quiser, pode tomar a capital ucraniana, Kiev, no espaço de duas semanas. Barroso citou mesmo o líder russo: "Se eu quisesse poderia tomar Kiev em duas semanas." Um alerta sobre os riscos das sanções europeias e que reflecte a forma como Moscovo se sente provocada com elas.
A ameaça de Putin criou de imediato divisões entre os dirigentes europeus. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considera que a Europa não pode repetir o erro de tentar apaziguar Putin como fez con Hitler até 1938, afirmando mesmo que não se pode ir ao encontro das pretensões de Putin: "Já tomou a Crimeia, não podemos permitir que tome todo o país. Corremos o risco de repetir os erros cometidos em Munique em 1938." Do outro lado esteve o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que considera que o braço-de-ferro económico com a Rússia aumenta os factores de risco da crise económica internacional e torna mais difícil a colaboração de Moscovo nas frentes contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Renzi até admite reforçar as sanções económicas, mas recusa a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia.
http://www.ionline.pt/artigos/mundo/san ... o-econmico
ultimato de sábado do Conselho Europeu a Moscovo teve ontem uma resposta, e não era a esperada por Bruxelas. Os dirigentes europeus deram uma semana para a Comissão Europeia preparar um novo pacote de sanções económicas à Rússia, que recebeu o ultimato para dar "passos significativos" de recuo no apoio aos separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia. Ontem a Rússia respondeu ao endurecimento de sanções europeias através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado em que afirma que a Rússia se "reserva o direito de tomar medidas de retaliação" às sanções da UE, enquanto a câmara alta da Duma admite estar também a preparar um pacote muito sério" de medidas de resposta.
Enquanto a Rússia enfrenta as sanções europeias, na União surgem divisões em relação à maneira de enfrentar as pretensões de Vladimir Putin. Ontem o diário italiano "La Repubblica" divulgou informações sobre a cimeira de sábado, em que Durão Barroso revelou parte de uma conversa com o presidente russo e na qual Putin deixou uma ameaça clara: se quiser, pode tomar a capital ucraniana, Kiev, no espaço de duas semanas. Barroso citou mesmo o líder russo: "Se eu quisesse poderia tomar Kiev em duas semanas." Um alerta sobre os riscos das sanções europeias e que reflecte a forma como Moscovo se sente provocada com elas.
A ameaça de Putin criou de imediato divisões entre os dirigentes europeus. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considera que a Europa não pode repetir o erro de tentar apaziguar Putin como fez con Hitler até 1938, afirmando mesmo que não se pode ir ao encontro das pretensões de Putin: "Já tomou a Crimeia, não podemos permitir que tome todo o país. Corremos o risco de repetir os erros cometidos em Munique em 1938." Do outro lado esteve o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que considera que o braço-de-ferro económico com a Rússia aumenta os factores de risco da crise económica internacional e torna mais difícil a colaboração de Moscovo nas frentes contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Renzi até admite reforçar as sanções económicas, mas recusa a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia.
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Re: RÚSSIA
Tal como o Ocidente voltou ao velho cinismo e neo-logismos da guerra fria?motumbo escreveu:O problema é que o Ocidente simplesmente não consegue acreditar que os russo optaram por voltar ao velho cinismo e neo-logismos da era soviética.
Triste sina ter nascido português
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Re: RÚSSIA
Interessante que a responsável do senado americano pelo setor de inteligência foi bem clara e disse que a Rússia tem plenas condições de superar as sanções que o ocidente impõe a ela. Mesmo que passa dificuldades, segundo ela, Moscou não vai parar por causa de sanções. Sendo assim, talvez elas sejam mais para mostrar para o público que algo está sendo feitas que qualquer outra coisa. Enquanto a França suspende contratos militares a ExxonMobil segue a todo vapor com sua parceria com a Rosneft e o Obama nem toca no assunto, estranho...
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Re: RÚSSIA
Isso de ocidente, tem muito que se diga ...motumbo escreveu:O problema é que o Ocidente simplesmente não consegue acreditar que os russo optaram por voltar ao velho cinismo e neo-logismos da era soviética.
Nunca sabemos se falamos do mundo anglo-saxonico, das sociedades democráticas da Europa, ou do mundo de cultura ocidental, que inclui até o Japão, e fica bem no oriente.
Agora: É verdade que na Europa muita gente quis acreditar que a guerra fria acabada, não voltariam os problemas que tinham assolado a Europa desde a II guerra mundial.
Foi um erro, que parece lembrar a certeza que os europeus tinham quando acabou a primeira guerra mundial, achando que nunca mais haveria uma guerra destas.
As lições da História não deveria ser esquecidas.
A Alemanha começou a I guerra mundial, perdeu
A Alemanha, irritada com o resultado da primeira, começou a II guerra mundial, perdeu
A Russia começou a I guerra fria, perdeu
A Russia, irritada com o resultado da primeira, começou a II guerra fria ...
Niguém quer olhar para a História, as estórias em quadrinhos são mais simples...
Saudações
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Re: RÚSSIA
pt, eu nao acho que a russia tenha comecado nenhuma segunda Guerra fria, nem mesmo o putim acha que se pode meter numa aventura dessas, o que eu acho é que ele esta a dar um sinal bem claro aos USA que o Quintal dele nao é sitio para brincadeiras, sabes muito bem que os USA investiram muito dinheiro na ucrania para destabilizar sempre que o Regime se voltava para moscovo e ate consigo imaginar com que objetivos ou esperancas........