Fórum Defesa Brasil

Informação que a Norinco estaria interessada em comprar 49% da Avibras

https://www.forte.jor.br/2024/06/15/est ... a-avibras/

O problema não é quem vai comprar 49%, mas quem vai ficar com os outros 51% da empresa, e controlar a mesma.
Do jeito que as coisas vão, não é interessante comprar uma empresa super endividada, com nome no SPC\SERASA, e negativada na Receita Federal e com problemas trabalhistas seríssimos.
Antes mesmo de divulgar qualquer planos para novos investimentos, quem comprar a AVIBRAS terá que gastar tanto quanto ou até mais para tirar a empresa do buraco em que foi enfiada, e só então pensar em algo novo.
A começar por dar conta das encomendas do EB e dos projetos em que ela está envolvida hoje. E claro, pagar os funcionários por isso.

Somando os mais de 600 milhões reais em dívidas aos recursos necessários para pagar os 49% à venda da empresa, qualquer um que comprar a Avibras terá que gastar por baixo mais de R$ 1 bilhão de reais só para por em dia as contas.

Depois disso, tem que injetar ao menos outro bilhão para tornar a empresa rentável novamente em termos produtivos.

Quando este processo de saneamento básico terminar, a Avibras poderá pensar em novos projetos e voltar a participar com alguma chance de sucesso de certames internacionais. Com o ASTROS III prontificado, é muito provável que os clientes deste produto lá pelas bandas das arábias sejam os primeiros a querer botar aa mãos nesta versão, independente de custos.

Independente de quem compre parte da empresa, é necessário fazer com que os controladores efetivos dela sejam capazes de gestar a mesma de forma profissional e equilibrada. Sem mais firulas ou aventuras tecnológicas e comerciais. Apenas o bom e velho certo e seguro. No longo prazo, talvez o EB um dia volte-se para a substituição dos Astros II e tenhamos a oportunidade de ver o que a empresa poderá ou não oferecer.

Quem sabe até conseguimos organizar na íntegra todas as Unidades e subunidades que os dois GMF deveriam possuir tal como reza o manual. Só isso garantiria as linhas de produção da Avibras por uns 10 anos, no mínimo.

Os Astros II e o Astros 2020 não são eternos, e seus sistemas e subsistemas idem. Modernizar e\ou substituir tem que estar na agenda do EB desde agora para os próximos anos.

A ver.

joabraga13 escreveu: ↑Sáb Jun 15, 2024 12:49 pm Informação que a Norinco estaria interessada em comprar 49% da Avibras

https://www.forte.jor.br/2024/06/15/est ... a-avibras/

E de fato está, tem umas cinco pra adquirir. O GF está tentando barrar com os sindicatos qualquer venda e o João tentou melar o negócio com a DefenTEX, mas os Australianos já tem escritório instalado por lá.

gabriel219 escreveu: ↑Sáb Jun 15, 2024 6:57 pm

joabraga13 escreveu: ↑Sáb Jun 15, 2024 12:49 pm Informação que a Norinco estaria interessada em comprar 49% da Avibras

https://www.forte.jor.br/2024/06/15/est ... a-avibras/

E de fato está, tem umas cinco pra adquirir. O GF está tentando barrar com os sindicatos qualquer venda e o João tentou melar o negócio com a DefenTEX, mas os Australianos já tem escritório instalado por lá.

Túlio escreveu: ↑Sáb Jun 15, 2024 7:14 pm

Aparentemente a Austrália negou o crédito à DefendTex e os Emirados também não parecem tão entusiasmados quanto a mídia dita "especializada" alardeia, bobear e os chinas da Norinco estão sozinhos em campo. Mas sempre tem muito boato nestes assuntos, e sendo espalhado por gente muito bem paga para fazê-lo.

O GF meio que abriu uma concorrência, a Norinco enviou uma carta pro MD ontem e mais empresas já estão enviando a carta. Se eu não entendi errado, a DefenTEX, Norinco, Edge, SAMI e mais umas três estão interessadas.

Entusiasmo existe e forte nos bastidores, trabalho com essa galera, esqueceu? kkkk.

Agora indo pro lado da torcida, eu queria que a Edge quem fosse a compradora e fizesse o mesmo modelo de negócio com a SIATT. Se replicassem o que andam fazendo na SIATT, o Astros teria a capacidade de bater de frente francamente com PULLS e K239, porém seria bem mais barato.

E melhor que seja a EDGE mesmo do que a Norinco. Pq se for a Norinco, a AVIBRAS toma uma sanção dos EUA.

China é complicado vender pelas óbvias implicações políticas com os primos ricos. Isto com certeza seria um problema para a empresa, apesar de que, do ponto de vista da nossa defesa, a empresa conseguiria alavancar uma série de projetos nos quais o EB e demais forças tem interesse a partir das plataformas básicas. Difícil é não esperar pressão norte americana sob qualquer movimento que a Avibrás fizesse no mercado externo.

Por outro lado, vender aos árabes, por mais que seja algo até mesmo desejável, pode ter também suas implicações com europeus e norte americanos. Tem que ver para qual deles teríamos menos problemas quando chegar a hora de exportar os produtos da empresa. Sabemos que os norte americanos possuem uma vasta gama de alternativas para pressionar seus desafetos ou gente que teima em não rezar em sua cartilha.

Como disse, não é exatamente um problema quem vai comprar metade da empresa. O problema real é quem vai ficar com a outra metade.

Vender pra árabe tem implicações com Europa e EUA? KKKKKKKK

As relações entre os países do oriente médio, norte americanos e europeus vão muito além da mera questão econômica e petrodólares. Mas sabes muito bem disso.
Países não tem amigos, apenas interesses. Também sabes disso.

Evidente que a recuperação da Avibras vá passar pela perda de controle de parte do capital da empresa. Até porque não há um grupo nacional que tenha capacidade mais vontade de assumi-la.

Dito isso, me parece que essa possível compra de 49% da Avibras por parte da Norinco vulnerabiliza a empresa a sabotagens diversas dos EUA, como dificuldades e bloqueios em acessar fornecedores, linhas de crédito e etc.

Depois, imaginem como seria integrar um míssil "chinês" a um P-3, um Seahawk, ao sistema de combate da Tamandaré (que não é o SICONTA).

Não é como se fosse a MBDA ou a Bofors por exemplo, que não encontrariam dificuldade alguma em operar no Brasil ou em integrar seus produtos a meios de origem ocidental que, no fim das contas, é o paradigma dos equipamentos das nossas FA's.

Vamos ver se não aparece algum grupo indiano, ou até mesmo turco (estiveram no Brasil semana passada visitando o IAE/DCTA) onde tem o dinheiro, possivelmente o interesse e um enrosco muito menor do que um carimbo "chinês" nos nossos produtos de defesa, com as devidas aspas.

Resumo: Durante Live dos 25 Anos do Ministério da Defesa, o atual ministro da pasta, Múcio Monteiro, confirmou a desistência da empresa australiana Defendtex pela compra da Avibras, e anunciou que uma nova empresa interessada, de um "grande País", teria feito uma proposta pela empresa onde compraria 49% da empresa e o Governo Brasileiro assumiria os outros 51%.

"grande país" = China.

A compra é de 49% da empresa. Mas, com quem vai ficar os restantes 51% que controlarão efetivamente os rumos da Avibras?

Capital brasileiro pode ser qualquer coisa. Governo, empresas, funcionários, etc.

Vamos ver se mesmo vendida, a Avibras sai do buraco com o governo não dando um único centavo em encomendas nos próximos anos. E exportar sem vender dentro de casa é sempre muito mais difícil. Para não dizer improvável.

FCarvalho escreveu: ↑Seg Jun 17, 2024 1:05 pm "grande país" = China.

A compra é de 49% da empresa. Mas, com quem vai ficar os restantes 51% que controlarão efetivamente os rumos da Avibras?

Capital brasileiro pode ser qualquer coisa. Governo, empresas, funcionários, etc.

Vamos ver se mesmo vendida, a Avibras sai do buraco com o governo não dando um único centavo em encomendas nos próximos anos. E exportar sem vender dentro de casa é sempre muito mais difícil. Para não dizer improvável.

segundo a legenda do caiafa, seria 51 por cento do governo brasileiro...

Fábio Machado escreveu: ↑Seg Jun 17, 2024 2:28 pm

FCarvalho escreveu: ↑Seg Jun 17, 2024 1:05 pm "grande país" = China.
A compra é de 49% da empresa. Mas, com quem vai ficar os restantes 51% que controlarão efetivamente os rumos da Avibras?
Capital brasileiro pode ser qualquer coisa. Governo, empresas, funcionários, etc.
Vamos ver se mesmo vendida, a Avibras sai do buraco com o governo não dando um único centavo em encomendas nos próximos anos. E exportar sem vender dentro de casa é sempre muito mais difícil. Para não dizer improvável.

segundo a legenda do caiafa, seria 51 por cento do governo brasileiro...

Até prova em contrário, o governo atual não cederá um único centavo de real do erário público para comprar a Avibras.
E até o momento, o atual controlador da empresa não deu impressão de que está disposto a vender a sua parte para o governo e nem a ninguém.
Mas, claro, ele pode mudar de ideia se houver proposta mais que tentadora. De quem, não faço a menor ideia. Mas do governo é que não será.