NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- Túlio
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Então pares de xingar ela e seu governo, POWS!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Túlio escreveu:Então pares de xingar ela e seu governo, POWS!!!
Eu seria incoerente, poruqe sempre falei mal do desgoverno de FHC.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A Marilena Chaui sou eu
Como pude ser tão inexperiente. Demorei a concluir o raciocínio, a organizar o pensamento e a juntar dois mais dois, mas cheguei lá. As peças agora se encaixam. Agora eu consigo ver o Roberto Jefferson e o Zé Dirceu se abraçando e rindo. Os tapinhas nas costas rolando soltos entre quem investigou e quem foi investigado.
Agora vejo Quim Barbosa, alongadaço, tomando um uíscão relax no seu gabinete na gloriosa companhia de Ricardinho Lewandowski. Apalpo a alegria de ambos, a amizade que os une e a cumplicidade compartilhada no comentário sobre os momentos mais dramáticos do dia vivido na Corte. O teatro terá sido fabricado para surtir efeito na frente das câmeras.
Naquele mesmo momento, não muito longe dali, Marcos Valério e Duda Mendonça se reúnem depois dos extenuantes trabalhos no STF em algum salão privado do Piantella, o restaurante point do advogado Kakay (balão, aqui na minha mão) para ensaiar o dia seguinte.
Caiu a ficha, meu horizonte clareou: o mensalão foi apenas um factoide inventado pelo PT. O chamado "maior escândalo político da história" e o intricadíssimo julgamento que somos obrigados a assistir dia após dia na TV, com seus depoimentos, seus empréstimos forjados para cá, seus contratos fictícios com agências de publicidade para lá e sua grana de estatais pululando acolá, não passa de pretexto.
O novelão que culminou na ação penal 470 e vem ocupando as atenções do país nos últimos sete anos nada mais é do que uma grande farsa criada por Lula e seu ex-chefe da Casa Civil, Zé Dirceu, com a ajuda de membros dos partidos aliados.
Foi tudo feito para encobrir o lançamento, no nono ano do PT no poder, do maior e mais audacioso plano capitalista de que se tem notícia. Os barbudos não brincam em serviço. Bem que eles avisaram.
Se tivesse sido lançado por Reagan ou, digamos, Collor, o pacote anunciado por Dilma na última quarta já seria considerado de uma ousadia tremenda. Mas só mesmo no Brasil um governo que se autointitula de esquerda conseguiria fazer Stálin, Ceausescu, Enver Hoxha, Pol Pot e Kim Il-Sung (pai e filho, veneradíssimos) pular dobrado e bem mais alto sobre as brasas daquele lugar onde ora passam a eternidade.
Só no Brasil a esquerda seria capaz de rasgar "O Capital" ao meio (haja músculo), mandar a tradição do sindicalismo catar coquinho na ladeira e constranger a Marilena Chaui em caminho de ida sem volta. O que ela vai dizer para as negas dela agora, gente? O que, pelo amor de Deus?
Tentará a professora alegar que concessão não rima com privatização? Dirá que os desvalidos também têm urgência de viajar de avião e que em razão dessa premência tão real e palpável, nascida na região do diafragma, o governo se dispôs a privatizar absolutamente todos os aeroportos do país? Ai que dor, Marilena!
O Plano Dilma levanta suspeitas de que só os "amici" serão beneficiados pelo tutu das viúvas e empréstimos do BNDES. Nada disso. Estamos falando da maior ejaculação capitalista desde que a Dama de Ferro se deitou pela primeira vez com Dennis Thatcher naquele longínquo pós-guerra.
Daquele encontro nasceu uma parceria que mudou os destinos da humanidade e da economia de livre mercado. Deste agora, quem muda sou eu, que me igualo a Marilena Chaui na certeza absoluta de que o mensalão nunca existiu. Foi tudo uma farsa criada para que os fins justificassem os meios.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ba ... u-eu.shtml
Como pude ser tão inexperiente. Demorei a concluir o raciocínio, a organizar o pensamento e a juntar dois mais dois, mas cheguei lá. As peças agora se encaixam. Agora eu consigo ver o Roberto Jefferson e o Zé Dirceu se abraçando e rindo. Os tapinhas nas costas rolando soltos entre quem investigou e quem foi investigado.
Agora vejo Quim Barbosa, alongadaço, tomando um uíscão relax no seu gabinete na gloriosa companhia de Ricardinho Lewandowski. Apalpo a alegria de ambos, a amizade que os une e a cumplicidade compartilhada no comentário sobre os momentos mais dramáticos do dia vivido na Corte. O teatro terá sido fabricado para surtir efeito na frente das câmeras.
Naquele mesmo momento, não muito longe dali, Marcos Valério e Duda Mendonça se reúnem depois dos extenuantes trabalhos no STF em algum salão privado do Piantella, o restaurante point do advogado Kakay (balão, aqui na minha mão) para ensaiar o dia seguinte.
Caiu a ficha, meu horizonte clareou: o mensalão foi apenas um factoide inventado pelo PT. O chamado "maior escândalo político da história" e o intricadíssimo julgamento que somos obrigados a assistir dia após dia na TV, com seus depoimentos, seus empréstimos forjados para cá, seus contratos fictícios com agências de publicidade para lá e sua grana de estatais pululando acolá, não passa de pretexto.
O novelão que culminou na ação penal 470 e vem ocupando as atenções do país nos últimos sete anos nada mais é do que uma grande farsa criada por Lula e seu ex-chefe da Casa Civil, Zé Dirceu, com a ajuda de membros dos partidos aliados.
Foi tudo feito para encobrir o lançamento, no nono ano do PT no poder, do maior e mais audacioso plano capitalista de que se tem notícia. Os barbudos não brincam em serviço. Bem que eles avisaram.
Se tivesse sido lançado por Reagan ou, digamos, Collor, o pacote anunciado por Dilma na última quarta já seria considerado de uma ousadia tremenda. Mas só mesmo no Brasil um governo que se autointitula de esquerda conseguiria fazer Stálin, Ceausescu, Enver Hoxha, Pol Pot e Kim Il-Sung (pai e filho, veneradíssimos) pular dobrado e bem mais alto sobre as brasas daquele lugar onde ora passam a eternidade.
Só no Brasil a esquerda seria capaz de rasgar "O Capital" ao meio (haja músculo), mandar a tradição do sindicalismo catar coquinho na ladeira e constranger a Marilena Chaui em caminho de ida sem volta. O que ela vai dizer para as negas dela agora, gente? O que, pelo amor de Deus?
Tentará a professora alegar que concessão não rima com privatização? Dirá que os desvalidos também têm urgência de viajar de avião e que em razão dessa premência tão real e palpável, nascida na região do diafragma, o governo se dispôs a privatizar absolutamente todos os aeroportos do país? Ai que dor, Marilena!
O Plano Dilma levanta suspeitas de que só os "amici" serão beneficiados pelo tutu das viúvas e empréstimos do BNDES. Nada disso. Estamos falando da maior ejaculação capitalista desde que a Dama de Ferro se deitou pela primeira vez com Dennis Thatcher naquele longínquo pós-guerra.
Daquele encontro nasceu uma parceria que mudou os destinos da humanidade e da economia de livre mercado. Deste agora, quem muda sou eu, que me igualo a Marilena Chaui na certeza absoluta de que o mensalão nunca existiu. Foi tudo uma farsa criada para que os fins justificassem os meios.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
COLLOR DENUNCIA ENVOLVIMENTO DE PROCURADORES COM A VEJA.
http://www.conversaafiada.com.br/tv-afi ... om-a-veja/
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Qual o sentido de divulgar o processo sob sigilo para jornalistas da Veja se esta divulgou poucas coisas se comparado com sites como o Brasil 247 e veículos como Carta Capital, Estadão e O Globo? As primeiras partes das tais operações apareceram em blogs esparsos e depois o conteúdo todo no Brasil 247, em relação ao processo das pessoas sem prerrogativa de foro. E o processo que corre na PGR sobre os com prerrogativa de foro, foram apenas esparsas divulgações e não o conteúdo todo. Parece grave a acusação do CollOr, tem que ser apurada, mas fica a impressão que ele fez uma misturada de Veja, PGR, procuradores da república meio sem sentido.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
porque a equipe trabalham juntos, fazem parte do cachoeira, tem coragem, tem alguns se juntando a ele, porque estão vendo que tão tentando blindar policarpo e os outros, todos que defende essa turba tão envolvidos com eles
- Andre Correa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
FONTE19/08/2012 11h59 - Atualizado em 19/08/2012 15h25
Dilma faz 25 vetos à LDO de 2013 aprovada no Congresso
Foram vetados artigos sobre divulgação de salários de empresas públicas.
Artigo que permitia entidades definir benefícios com o governo foi vetado.
Do G1, em Brasília
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013 foi publicada em edição especial do Diário Oficial da União deste final de semana com 25 vetos – 24 artigos e um a anexo. Nove artigos foram vetados integralmente, entre eles os que obrigavam empresas públicas e estatais a divulgarem salários de seus funcionários. Agora, os vetos serão analisados pelo Congresso.
A justificativa da presidente Dilma Rousseff para vetar os artigos sobre transparência, pautada pelos ministérios do Planejamento e Fazenda, foi a de que a Lei de Acesso à Informação já trata sobre o tema.
“Os dispositivos podem inviabilizar o adequado cumprimento da Lei de Acesso à Informação, prejudicando o poder-dever de transparência ativa do Estado”, diz a razão do veto.
“Não podemos imaginar que a divulgação de salários da estrutura administrativa e de contrato terceirizado com o poder público possa prejudicar em algo. Qual seria o argumento para uma empresa estatal ou outros setores financiados por dinheiro público não divulgar o salário dos funcionários, o valor de transferências e contratos?" questionou o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), quando o Congresso aprovou a LDO.
Proposta do Congresso também pedia a divulgação de todas as transferências de recursos públicos e os convênios feitos entre estatais ou empresas privadas com o poder público foi mantida, mas alguns pontos foram vetados, como as condições operacionais que levaram à seleção da entidade para o desenvolvimento da atividade e estrutura remuneratória da entidade.
A presidente também vetou um parágrafo elaborado pelos parlamentares que determinava ao governo definir, em conjunto com as centrais sindicais e entidades de aposentados e pensionistas, uma política de valorização dos benefícios, com valor acima do salário mínimo, pagos pela Previdência Social.
O governo justificou o veto dizendo que "por não se tratar de regra para a elaboração da proposta orçamentária de 2013, não se coaduna com o objetivo da LDO a discussão sobre a política de reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social."
A LDO estabelece as metas e prioridades da administração pública federal, a estrutura e organização dos orçamentos, as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações e disposições relativas à dívida pública federal.
Outro trecho vetado previa que a política fiscal do governo deveria garantir a queda da dívida pública líquida em 2013. O governo economiza anualmente um volume de recursos para abater parte dos custos da dívida, o chamado superávit primário. No veto, a Presidência da República explicou que a geração desses superávits tem se mostrado uma estratégia "bem-sucedida" para reduzir gradativamente o peso da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Se o texto fosse mantido como aprovado pelo Congresso, o governo seria obrigado a fazer um "expressivo resultado nominal" no próximo ano para assegurar a queda do endividamento líquido.
Mantidos
A LDO manteve previsão de reajuste de 7,35% para o salário mínimo, que subiria dos atuais R$ 622 para R$ 667,75 a partir de janeiro do próximo ano, com pagamento em fevereiro. O salário mínimo serve de referência para o salário de 47 milhões de trabalhadores no país.
Esse valor proposto para o salário mínimo em 2013, entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2011 e da inflação, medida pelo INPC, deste ano). No ano passado, o PIB cresceu 2,7% e, para a inflação medida pelo INPC, a previsão inicial do governo é de 4,5% para este ano.
PIB e inflação
A proposta do governo para a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2013 também traz uma estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 5,5%, acima, portanto, da estimativa para este ano, que é de 4% de expansão. No entanto, a previsão de crescimento para 2012 tem tido queda. O mercado já crê em crescimento menor que 2% em 2012.
Para a inflação, a estimativa da equipe econômica, que consta na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, é de 4,7% para este ano e de 4,5% por ano no período de 2013 a 2015. A projeção tem por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Deste modo, o governo prevê um IPCA no centro da meta de inflação (4,5%) no ano que vem. O IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para a taxa de câmbio média, a previsão do governo, para 2012, é de R$ 1,76 por dólar, subindo para R$ 1,84 em 2013, para R$ 1,87 em 2014 e para R$ 1,88 na média de 2015.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se ela vetou tem justificativa escrita sobre o porque do veto! So procurarmos pra achar
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Política e poder na greve de servidores (Editorial).
O Globo - 19.08.12.
O movimento do funcionalismo não chama a atenção apenas pela dimensão, uma onda de greves reunindo cerca de 30 categorias, entre as quais milhares de servidores de áreas vitais. Surpreende, também, pelo fato de vários dos segmentos que se encontram paralisados fazerem parte da elite do serviço público, remunerada por altos salários, bem acima dos praticados nas empresas privadas.
Como sempre, a palavra de ordem dos grevistas é “reposição”. Os números, porém, mostram outra realidade, a de funcionários bem pagos, depois de oito anos de governo Lula, em que não apenas a folha de salários inchou em quantidade, pelas contratações, mas também nas cifras, impulsionadas por generosos reajustes, concedidos também em nome da “reposição” daquilo que a inflação havia corroído.
A partir da greve dos professores das universidades federais, o movimento parece ter ganhado velocidade. A questão no ensino superior foi em parte resolvida com a aceitação da parcela menos ideológica da categoria da proposta de reajuste feita pelo MEC, segundo a qual se privilegia o mérito, os doutores. Muito razoável.
O problema continua em vários outros segmentos da máquina burocrática, com graves reflexos no abastecimento interno, em função da paralisação de autarquias responsáveis pela fiscalização e liberação de importações e exportações.
Como acontece em greves movidas por forte sentido corporativista — reforçado pelo privilégio da estabilidade no emprego —, os preocupantes números divulgados pelo governo não surtem qualquer efeito. Por exemplo: se todas as demandas fossem aceitas, a folha de salários aumentaria cerca de R$ 90 bilhões ou aproximadamente 50%. Inviável, por suposto.
Isso para atender categorias como a de auditores da Receita, beneficiados, de 2003 até hoje, com aumentos de 50% acima da inflação; analistas do BC, 33,8%; fiscal agropecuário, 71,7%. A lista é grande.
O que leva, então, servidores, uma das bases político-partidárias clássicas do PT, a investir desta forma contra um governo do partido, com o risco de inviabilizá-lo, caso ele não possa destinar os recursos necessários à retomada do crescimento? Não há uma resposta única, mesmo porque alguns setores do sindicalismo público estão sob o controle de PSOL/PSTU, adversários do PT.
No lado da CUT — braço sindical petista, mas que aderiu à greve —, pode haver alguma desilusão com a companheira Dilma, não tão permeável às demandas salariais dos burocratas quanto Lula. Não importa que ele pôde ser generoso, em função da conjuntura da época. Como o próprio Lula reconheceu, ao apoiar a postura de Dilma.
Mas, sem Lula, algo parece trincado na correia de transmissão entre o Planalto e o sindicalismo. As greves podem ser uma reação instintiva de quem perde espaços, para que o governo possa proteger, como disse Dilma, quem não é estável no emprego, a grande maioria dos brasileiros.
O Globo - 19.08.12.
O movimento do funcionalismo não chama a atenção apenas pela dimensão, uma onda de greves reunindo cerca de 30 categorias, entre as quais milhares de servidores de áreas vitais. Surpreende, também, pelo fato de vários dos segmentos que se encontram paralisados fazerem parte da elite do serviço público, remunerada por altos salários, bem acima dos praticados nas empresas privadas.
Como sempre, a palavra de ordem dos grevistas é “reposição”. Os números, porém, mostram outra realidade, a de funcionários bem pagos, depois de oito anos de governo Lula, em que não apenas a folha de salários inchou em quantidade, pelas contratações, mas também nas cifras, impulsionadas por generosos reajustes, concedidos também em nome da “reposição” daquilo que a inflação havia corroído.
A partir da greve dos professores das universidades federais, o movimento parece ter ganhado velocidade. A questão no ensino superior foi em parte resolvida com a aceitação da parcela menos ideológica da categoria da proposta de reajuste feita pelo MEC, segundo a qual se privilegia o mérito, os doutores. Muito razoável.
O problema continua em vários outros segmentos da máquina burocrática, com graves reflexos no abastecimento interno, em função da paralisação de autarquias responsáveis pela fiscalização e liberação de importações e exportações.
Como acontece em greves movidas por forte sentido corporativista — reforçado pelo privilégio da estabilidade no emprego —, os preocupantes números divulgados pelo governo não surtem qualquer efeito. Por exemplo: se todas as demandas fossem aceitas, a folha de salários aumentaria cerca de R$ 90 bilhões ou aproximadamente 50%. Inviável, por suposto.
Isso para atender categorias como a de auditores da Receita, beneficiados, de 2003 até hoje, com aumentos de 50% acima da inflação; analistas do BC, 33,8%; fiscal agropecuário, 71,7%. A lista é grande.
O que leva, então, servidores, uma das bases político-partidárias clássicas do PT, a investir desta forma contra um governo do partido, com o risco de inviabilizá-lo, caso ele não possa destinar os recursos necessários à retomada do crescimento? Não há uma resposta única, mesmo porque alguns setores do sindicalismo público estão sob o controle de PSOL/PSTU, adversários do PT.
No lado da CUT — braço sindical petista, mas que aderiu à greve —, pode haver alguma desilusão com a companheira Dilma, não tão permeável às demandas salariais dos burocratas quanto Lula. Não importa que ele pôde ser generoso, em função da conjuntura da época. Como o próprio Lula reconheceu, ao apoiar a postura de Dilma.
Mas, sem Lula, algo parece trincado na correia de transmissão entre o Planalto e o sindicalismo. As greves podem ser uma reação instintiva de quem perde espaços, para que o governo possa proteger, como disse Dilma, quem não é estável no emprego, a grande maioria dos brasileiros.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Como a materia falou, a greves e greves ocorrendo hoje. O fato de todas ocorrerem ao mesmo tempo foi apenas uma maneira de por pressão, o que não deu certo porque tornou impraticável pro governo aumentar tudo ao mesmo tempo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não sei se já foi postado:
Livro o Chefe de Ivo Patarra na íntegra:
http://www.escandalodomensalao.com.br/indice.php
É meio teoria da conspiração mas vale a pena ler.
Livro o Chefe de Ivo Patarra na íntegra:
http://www.escandalodomensalao.com.br/indice.php
"Pôr fim ao governo Lula" é o título do artigo de Roberto Mangabeira Unger publicado na Folha de S.Paulo em 15 de novembro de 2005, no sugestivo dia da Proclamação da República. O ano de 2005 havia sido marcado pela eclosão do escândalo do mensalão. Este é o parágrafo de abertura do artigo:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos."
É meio teoria da conspiração mas vale a pena ler.
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- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não só a remuneração, mas a lista de nomes também daria margem a muita revolta. É um costume antigo incluir ministros e apadrinhados na diretoria ou conselhos dessas empresas. Muito só lembram que participam quando o $ cai na conta. Na média são pagamentos de 30 a 50 mil reais, e são encarados como compensações aos baixos salários das funções oficiais. Eu vi uma vez que só o ministro da fazenda participa de uns 6 conselhos diferentes, e cada um paga uma bolada. Tem Itaipu, Petrobrás, Banco do Brasil e etc... E por isso tem muita gente graúda, de todas as tendências políticas, que são contra privatizações. Da boca pra fora é o interesse nacional, e intimamente, o interesse pessoal.Rodrigoiano escreveu:Por que vetar a divulgação da remuneração das empresas públicas e estatais?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."
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