Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Dom Jun 26, 2011 8:58 pm
Os que vi aqui no Parque Osório em maio usavam esse tipo, então creio que é padrão...
Pois é Bacchi eu concordo também com o Hélio que a suspensão do M113 poder ser melhorada, mas não acredito que ela possa se tornar uma boa suspensão para uso em QT, ou seja mesmo adotando todas as melhorias possíveis sempre será uma suspensão com curso limitado o que a torna dura para uso em terrenos acidentados e em velocidade elevada, ou seja não acredito que um M113 possa acompanhar um Leo1 em QT mesmo sendo que sejam feitas todas as melhorias possíveis na suspensão.Reginaldo Bacchi escreveu:Mas, repito, eu acredito que o problema principal é o de um acerto correto da suspensão, como o Helio afirma.
Bacchi
Olá pessoal!!Túlio escreveu:Os que vi aqui no Parque Osório em maio usavam esse tipo, então creio que é padrão...
Eu também tenho minhas duvidas a respeito dessa versão, acho que é um modo americanizado de fazer oque fizemos na década de 80 quando foi instalado o motor Mercedes.helio escreveu:rmturchielo
Nunca tive a oportunidade de andar num M113A3, mas sei que o Chile utiliza junto com seus Leo 1A5.
A verdade é que o M113 original foi concebido numa época onde os EUA utilizavam o M48, um MBT lento(tal qual o M60) aonde o M113 podia fácilmente acompanhá-lo.
Embora a BAE garanta que sim, sinceramente não sei dizer se a versão do M113 que o EB optou vá ser bem sucedido na missão de acompanhar o Leo 1A5 em ambiente QT.
Talvez o segundo lote a ser modernizado dependerá do resultado deste desempenho.
A conferir.
Um abraço
Abraços.
Hélio
Bacchi, tu és o mesmo Bacchi da Engesa ?Reginaldo Bacchi escreveu:Turchielo,rmturchiello escreveu:
Outra coisa realmente um M113 pula muito em QT mas não é pq sua suspensão não esta dimensionada para o motor ou velocidade, é que é um modelo realmente mais rígido parecido com a do M108/109 se vc andar em um desses carros percebera que embora ainda tenham mecânica original pulam da mesma forma que o M113, e te digo com convicção não tem como andar com um M113 a 60Km/h em QT a não ser que se instale nele uma suspensão alta como é a dos CC, eu não sei o pq foi adotada essa suspensão no M113 mas ela é grande limitadora da velocidade em QM e para mudar isso não é só redimensionar a suspensão mas sim criar uma nova totalmente diferente. Para vc comprovar oq estou dizendo coloque uma foto de M113/108/109 ao lado da foto de qualquer CC leopard, M41 M60 tanto faz e vc verá que são totalmente diferentes em altura e curso. Talvez o Bachi que é engenheiro possa nos tira essa duvida de pq foi adotado essa suspensão.
Apesar de que eu acho que o Helio já esclareceu a contento este assunto, a tua afirmação é muito inteligente e merece uma resposta.
Realmente, o M113 tem um tipo de suspensão de um tipo que é denominado nos Estados Unidos como “flat track”, ou seja: uma suspensão sem roletes de guia para a parte superior da lagarta.
Podemos dizer que este tipo de suspensão foi inventada por J. Walter Christie, um engenheiro estadunidense, que a apresentou numa forma bem primitiva num auto propulsado de 155 mm em 1919, e que a introduziu na sua forma definitiva em seu carro de combate médio protótipo M1928.
O interessante é que Christie adotou rodas grandes porque queria dar ao seu carro capacidade de se deslocar sobre elas, sem as lagartas, ou seja, queria um carro conversível lagartas/rodas.
Para deslocamentos a grandes distancias as lagartas seriam removidas e colocadas em suportes laterais. No local do combate seriam reinstaladas.
Para o exército estadunidense Christie construiu 3 CCM T3 para a infantaria e 4 Combat Car T1 para a cavalaria.
Christie, talvez pelo seu gênio irascível não conseguiu sucesso no seu país.
A patente de sua suspensão foi adquirida pelo exército britânico dando origem aos seguintes carros de combate neste país, com sua suspensão:
Light tanks: Mk. VII Tetrarch,
e:
Cruiser tanks: Mk. III (A13), Mk. IV e IVA (A13 Mk. II), Mk. V Covenanter (A13 Mk. III), Mk. VI Crusader (A15), Mk. VII Cavalier (A24), Mk. VIII Centaur (A27L), Mk. VIII Cromwell (A27M) e Challenger (A30).
Também foi adquirida pelo exército soviético (Krasnaia Armiia) dando origem aos seguintes carros: BT, T34, T44, T54, T55, e T62.
O BT foi o único de todos os carros construídos com a suspensão Christie que manteve o sistema original de lagartas desmontáveis.
A suspensão Christie usava mola helicoidal. Uma reclamação que havia contra este sistema de molejo, é que ficando a mola entre a roda e o chassis, perdia-se espaço interno.
Com a introdução do sistema de barra de torção apareceu a possibilidade de se utilizar a mesma na suspensão Christie.
Isto foi feito, e pelo que entendo esta suspensão com barra de torção recebeu a designação de “flat track”.
Nos anos 50 foi feito um grande programa nos Estados Unidos, de veículos com este tipo de suspensão.
Começando em Maio 1953: obuseiros auto propulsados T195 (M108) de 105 mm e T196(M109) de 155 mm.
Em Setembro 1954: carro de reconhecimento M114.
Em Janeiro 1956: obuseiro auto propulsado de 8” T236 (M110), canhão auto propulsado de 175 mm T235 (M107) e carro recuperador T-120 (M578).
Em Maio 1956 VBTP T113 (M113), veiculo de carga M548, posto de comando M1068, veiculo de designação de artilharia M981 e lança míssil anti carro guiado - auto propulsado M901.
E por ultimo em Julho 1959 o carro de combate leve/canhão de assalto M551 Sheridan.
Esta suspensão não foi mais usada nos carros projetados após os mencionados acima.
A única alegação que encontrei para o abandono deste tipo de suspensão foi uma menção de que o mesmo não era a ideal para veículos que atingissem velocidade altas.
Isto teoricamente é explicado pela relação massas suspensas/massas não suspensas.
Massa suspensa é a parte do veiculo que não deve ser influenciada pelo deslocamento das massas não suspensas sobre as desigualdades do terreno.
Massa suspensa = chassi, armamento, tripulação.
Massa não suspensa = rodas, elementos de fixação da suspensão no chassi, molas e amortecedores.
O interessante desta alegação é que os veículos com a suspensão Christie eram os mais velozes da sua época, tanto que a sigla BT significa Bystrokhdnyi Tank, ou seja: Carro de Combate Veloz.
Mocellin acha que a suspensão “flat track” foi adotada pelo exército estadunidense por questão de simplicidade. Eu credito que sim, e acrescentaria: custo.
Mas, repito, eu acredito que o problema principal é o de um acerto correto da suspensão, como o Helio afirma.
Bacchi
Pois é helio, pelo que eu ouvi falar esse Kit da BAE Systens vai sair praticamente o mesmo preço da revitalização que a Brasila Motors vai fazer.helio escreveu:Seria importante entretanto ressaltar que a BAE Systems ofereceu um kit muito mais eficiente e adequado, não aceito pelo EB por questões de verba.
Hélio
Sim, trabalhei 14 anos na ENGESA.AlexSC escreveu: Bacchi, tu és o mesmo Bacchi da Engesa ?
Na verdade o preço da Brazilian Motors não era muito superior, e se não me engano não envolvia grandes melhorias na suspensão. A forma de pagamento (via FMS) era mais atraente.rmturchiello escreveu:Pois é helio, pelo que eu ouvi falar esse Kit da BAE Systens vai sair praticamente o mesmo preço da revitalização que a Brasila Motors vai fazer.helio escreveu:Seria importante entretanto ressaltar que a BAE Systems ofereceu um kit muito mais eficiente e adequado, não aceito pelo EB por questões de verba.
Hélio
Abraços
Compartilho do LUTO.Reginaldo Bacchi escreveu:Sim, trabalhei 14 anos na ENGESA.AlexSC escreveu: Bacchi, tu és o mesmo Bacchi da Engesa ?
Até o amargo fim!
Bacchi