gabriel219 escreveu: ↑Ter Abr 02, 2024 2:49 pm
Não tem nada a ver, não é porque é EED que faz o que o Governo pede, quem que pediu o Guará 4WS?
Olá Gabriel.
À época em que foi desenvolvido, e naturalmente ofertado ao EB, independente do resultado da VBMT LSR, tanto o mercado interno como, e principalmente, o externo estavam apresentando alta demanda para esse tipo de veículo. Demandas essas que continuam até hoje, mormente no Oriente Médio, África e Ásia Central.
Só posso lamentar que mesmo tendo necessidade e espaço de sobra para receber o bldo da Avibras, tenhamos nos acanhado, ou acovardado mesmo, preferindo deixar passar mais esta oportunidade de modernização da força terrestre, tão carente de tudo sob estes termos.
Hoje a Avibras oferece o Guará 4WS no lugar das AV-VBL para o sistema ASTROS 2020, quiçá para o ASTROS III, em diversas versões, e que substituem aqueles veículos de geração anterior, embora eu pessoalmente entenda que as AV-VBL ainda tem muito a nos oferecer em termos de plataforma multiuso, principalmente agora com os chassis TATRA.
É só fazer as contas que se pode verificar facilmente que apenas nas versões PC, Comunicação e Orientação de Tiro, que são básicas de todas as OM de combate do exército, este veículo teria uma linha de produção longeva por aqui. Demanda existe e sempre existiu aqui e lá fora. O EB não quis, e não quer, zelar pelo necessário e obrigatório amparo à BIDS, como se faz em qualquer país civilizado do mundo, preferindo simplesmente se omitir.
Versões proposta pela Avibras para o Guará 4WS:
1. Veículo Reconhecimento;
2. Veículo Observação Avançada;
3. Veículo Transporte Tropa (cabine estendida);
4. Veículo Posto Comando;
5. Veículo Porta Radar;
6. Veículo Forças Especiais;
7. Veículo Base p\ Container Especializado
O EB tem ainda demanda para as seguintes versões* em diversas OM mecanizadas e artilharia campanha:
1. Veículo Posto Comando;
2. Veículo Comunicação;
3. Veículo Orientação Tiro;
4. Veículo Ambulância.
* em nenhum momento o EB aludiu ao emprego do LMV em tais versões, que nas bdas e Btl\Reg mecanizados serão feitos por VBE Guarani ou outro veículo.
Nos GAC Bda e AD, além de suas respectivas subunidades, o Guará 4WS simplesmente teria emprego líquido e certo em todas elas com as versões acima.
Há ainda a possibilidade do desdobramento futuro de novas versões que venham a ser solicitadas, dada a modularidade da plataforma, como Anti carro, AAe, EW, apoio de fogo leve, etc. Imagino até mesmo este bldo como unidade tratora de obuseiros leves, ou mesmo servindo como plataforma base para estes, como se aventa por estes dias. Ele pode também servir como veículo trator de equipamentos especializados diversos, de acordo com cada caso. Variantes e oportunidades de emprego são muitas.
Por fim, notar que o veículo da Avibras pode ser emprego desde o alto comando até a mais simples subunidade de qualquer OM de artilharia de campanha do EB, dentre outras, de forma que a sua adoção não impede e não implica em diminuição ou travamento das compras dos LMV, pelo contrário, ele se torna mais um produto nacional com forte capacidade de exportação, concorrendo inclusive com o bldo italiano mundo afora. Mas se é mais fácil apenas enriquecer, ainda mais, os já cheios bolsos da IDV, fazer o que.