Uma indagação que tem me pertubado e impressionantemente não é feita...
Aã...
De uma forma geral, os nossos estrategistas estão nos amarrando tecnologicamente a apenas um país, a França.
Isso é conseqüência, não causa. Não era prá ser assim.
Mas não pense que, entre optar por um fornecedor/parceiro/aliado e voltar às *cabeças de sardinha. Nossos líderes, militares e civis, ficarão sempre com a primeira e óbvia opção.
*O pessoal de Portugal vai sacar.
De uma forma geral, os nossos estrategistas estão nos amarrando tecnologicamente a apenas um país, a França. São processos de ToT de médio prazo a longo prazo. Os ToT do EC-725 entre matriz e filial estão previstos para longuissimos 12 anos. Em 12 anos muito coisa pode ocorrer e ocorre. Em 12 anos, por exemplo entre 1980 e 1992, o Império Soviético ruiu. Em 1980 quem afirmasse tal possibilidade seria tachado de louco.
Para isso exige planejamento estratégico de longo prazo, algo retomado somente agora no governo do sr. Lula e abandonado desde o último governo militar. Na verdade, se está retomando algo que foi paralisado depois da volta da democracia.
Veja que em menos de um ano, na verdade em dias mesmo, começamos e tomar um chega prá lá do nosso maior "aliado estratégico" justamente durante uma crise humanitária sem precedentes.
Isso e outros fatos recentes só apontam para a certeza de que os rumos traçados estão corretos e compreendidos pela maioria nas Forças Armadas e poder político.
E fica subentedido que a grande oposição ao desenvolvimento tecnológico nacional vem da terra da Heinz.
Sempre veio daí, isso já havia sido detectado e tomado como irreversível e incontornável ainda na ditadura. As ações em contrário estavam planejadas desde lá. Se lermos certos artigos da época, vamos achar que a END foi escrita por volta de 1978~80.
E esse tratamento não é privilégio nosso, o escorpião é assim mesmo, é da sua natureza.
E fica subentedido que a grande oposição ao desenvolvimento tecnológico nacional vem da terra da Heinz.
E se os da terra da Heinz pressionam o seu parceiro e aliado estratégico, nuclear e militar (OTAN, G-7, Clube de Paris, OCDE, acessos privilegiados mútuos a mercados, etc) e maior mercado consumidor de queijos, vinhos, moda e outros produtos de luxo a barrar certas coisas estratégicas para o Atlântico Sul? Qual o plano B? A história está cheia de exemplos didáticos...
Olha, que eu saiba e tenho visto, a MB não teve nada do que quis barrado, nada. Se você souber de algo, por favor, eu estou por fora destes vetos quétichupinianos aos equipamentos franceses que estamos comprando.
Entretanto, apenas a menção de intenções neste sentido e a percepção de ações concretas por aqui; apenas isso deveria ser o suficiente para que se travasse rumo para uns 90º fora dessa direção.
O plano B na verdade não deveria existir, as coisas estavam encaminhadas.
O plano B já foi implementado, só que a pressão é tanta e tão bem feita que talvez tenhamos que partir para o plano B, C, D e o alfabeto todo, talvez.
Todavia, creio que o principal do mais estratégico já entrou.
Entretanto, mais uma vez, as boas e velhas manobras de fundo tiveram lugar e surtiram efeito, seja com a ajuda e o beneplácito dos que queriam outra rota para o país, seja pela inépcia dos inocentes ou vazio dos deslumbrados.
O que se deverá ter em conta agora é o excelente exemplo histórico do TNP, em que se escolheu a vaselina das concessões na tola esperança que o grande bobo fosse recompensado pela sua índole de bonachão, sempre deitado tomando sua cerveja.
Não, não será dando o possível da dúvida quanto ao nosso empenho na nova direção traçada que se conseguirá algo além do que já se tem faz mais de maio século.
Outra partido ou um CANSADO talvez se satisfizesse com essa opção de acochambramento eterno, perdurada desde tempos pós a II-GM, acomodados com a presença do "amigo" sempre ali ao lado.
Hoje se sabe que o
amigo é menos do que isso e mais que outras coisas muito menos desejáveis como companheiro de jornada. Ainda mais quando nós decidirmos que vamos por outro caminho e esse
amigo te agarra pelo braço e diz: Vai por aqui porra!
Pouco foi necessário em termos de ações nossas para que o velho
amigo demonstrasse que é ele que quer escolher nossas amizades e destinos, ele é que sabe o que é bom prá nós, inclusive já mandou a secretária de estado vir aqui dizer isso pessoalmente ao nosso presidente.
Em que pese as manifestações de júbilo pela força demonstrada pelo
amigo contra nosso próprio exército, creio que não seja necessário mais nenhum tipo de confirmação da índole e doutrinas práticas deste velho conhecido, a menos que estejam esperando um sobrevôo de um bléquiróqui sobre o palácio do planalto, para que nosso presidente, assim humilhado e espezinhado, diga que "foi só um erro de pouso", logo depois retornando ao papel que lhe é
determinado, o de dar comida aos pobres e trabalhar duro nos esgotos de Porto Príncipe, enquanto outros chegam no fim das contas para brilhar nos holofotes enquanto resgatam os seus (antes dos outros), e logicamente garantir uns bons contratos de reconstrução, afinal, agora a grana vai rolar por lá.
Saudações ressentidas por ver nosso glorioso EB nessa canoa.
Se há temor de embargos, se há uma tendência a posições antagônicas de valores com membros da OTAN, deveria-se priorizar e diversificar as alianças tecnológicas militares com países extra-OTAN: China, Russia, Índia, África do Sul, etc.
Mil perdões, esqueci essa pequena mas importante parte, merece destaque e comentário em separado.
Não há absolutamente nenhuma posição antagônica de valores entre Brasil e OTAN. Há, isso sim, o esforço dos EUA em manter sua inconteste hegemonia e influências na região que naturalmente nos cabe como área de influência. Não vamos tentar aqui colocar uma situação imaginária, que como tal só existe nas iluminações e conjecturas.
Deve-se sim priorizar as alianças extra OTAN, principalmente com os RICs, mas não porque nos tenhamos tornados inimigos ideológicos do ocidente, mas sim porque, assim como na economia, devemos e vamos diversificar nossas relações militares e estratégicas, a real busca pelo multilateralismo e multipolaridade.
Pronto.