UCRÂNIA

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Re: UCRÂNIA

#3166 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 8:02 pm





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Re: UCRÂNIA

#3167 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 8:04 pm





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Re: UCRÂNIA

#3168 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 8:07 pm

Se alguém ainda não tem acesso ao Twitter, sugiro que abram uma conta pelo menos afim de conseguir ver os links. A coisa vai esquentar...




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Re: UCRÂNIA

#3169 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 8:19 pm





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Re: UCRÂNIA

#3170 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 9:13 pm

Observem aonde está Shebekino:
Imagem

Está a 140m da divisa norte do Oblast de Luhansk mas bem próximo a cidade de Kharkiv. A rodovida de Shebekino (14k-46) na Ucrânia (a T1208) faz uma bifurcação em Vovchansk: uma rodovia vai para Kharkiv e a outra desce.

Os veículos estavam vindo do Sul fazendo o caminho Bershakovo-Makinovska-Shebekino pela rodovia 14K-3.




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Re: UCRÂNIA

#3171 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 10:34 pm

vídeo de 1h atrás:





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Re: UCRÂNIA

#3172 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 11:05 pm

A BAND enviou um correspondente a Luhansk:

Exclusivo: enviado da Band à Ucrânia se protege em Bunker
19.250 visualizações19 de fev. de 20





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Re: UCRÂNIA

#3173 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 19, 2022 11:46 pm

Um diplomata americano veterano e sua visão pró-Rússia no conflito com a Ucrânia
Jack Matlock Jr. traduzia recados de Krushev para Kennedy na crise de Cuba e foi embaixador em Moscou no ocaso da Guerra Fria. Hoje, diz que demandas de Putin são razoáveis

Heloisa Villellada CNN
Em Nova York
19/02/2022

“A tragédia de uma nação dividida” é o título de um artigo que responsabiliza os Estados Unidos e os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito interno na Ucrânia e diz ainda que a Rússia tem o “direito” (assim mesmo, entre aspas) de se opor à presença de uma força militar hostil em suas fronteiras.

O autor do texto, publicado em dezembro de 2021 em uma publicação de relações internacionais da Universidade da Carolina do Norte, é um diplomata americano, historiador e professor. Jack F. Matlock Jr. ocupou posições estratégicas para quem quer observar os grandes eventos mundiais.

Durante a crise de 1962, quando a União Soviética instalou mísseis em Cuba como resposta aos mísseis americanos já instalados na Turquia, Matlock era um jovem diplomata encarregado de traduzir os recados de Nikita Krushev para John Kennedy. Mais tarde, entre 1987 e 1991, ele foi embaixador americano em Moscou e espectador privilegiado dos últimos anos da Guerra Fria.

Toda essa experiência faz do hoje professor convidado da Universidade Duke um analista bem informado a respeito da crise na Ucrânia. Um americano que serviu ao país e não tem medo de voltar aos fatos históricos para fazer as críticas que acha necessárias.

Foi nesse espírito que agora, aos 92 anos, ele publicou uma análise da crise na Ucrânia que contraia a versão dos fatos mais reproduzida nos Estados Unidos. De saída, ele não considera Vladimir Putin o agressor dessa disputa e também mostra que a história da recém criada Ucrânia precisa ser estudada mais de perto.

Ele diz que a Ucrânia é um estado, mas não ainda uma nação, montado às pressas e juntando partes que não são compatíveis. Uma criação do fim da Segunda Guerra Mundial, que juntou um oeste e um leste/sul divididos por culturas e línguas distintas.

A Crimeia, que sempre foi considerada parte integral do território russo, desde o século XVIII, foi transferida pelo governo soviético para a Ucrânia. Mas a cidade de Sevastopol, base da frota naval do Mar Negro, foi mantida com Moscou.

Esse país que já nasceu dividido manteve coesão com um governo central que, detalhe curioso, escolhe os líderes das províncias. É como se, no Brasil, o presidente da república pudesse determinar quem são os governadores dos estados.

A crise que o mundo acompanha agora, passo a passo, tem raízes na chamada Revolução Ucraniana de 2014, que reflete essa divisão histórica. E aqui, quando fala da revolução que juntou manifestantes na Praça Maidan, o historiador e embaixador cita uma pesquisa do professor da Universidade de Ottawa, Ivan Katchanovski.

Em uma conversa via zoom, o professor Katchanovski me contou o resultado da investigação que fez sobre o massacre em Maidan, evento essencial na desestabilização e troca de governo na Ucrânia naquele ano.

Ele analisou imagens de vídeo, resultado de testes balísticos que mostram trajetórias das balas, conversou com testemunhas e não tem a menor dúvida: os manifestantes mortos na praça foram assassinados por atiradores de elite que estavam posicionados em prédios controlados pelos manifestantes.

“Inclusive”, disse, “dois desses atiradores foram capturados pelos manifestantes e, depois de entregues aos líderes do movimento, eles sumiram”
. Três meses de protestos terminaram com o assassinato de cerca de 50 manifestantes no dia 20 de fevereiro de 2014.

O presidente Viktor Yanukovych, que já havia concordado em antecipar as eleições presidenciais, deixou o país. Antes da revolta começar, Yanukovych havia se recusado a assinar um acordo de cooperação com a União Europeia.

Há quem chame todo esse processo de golpe – a Rússia. Mas o novo governo foi imediatamente reconhecido pelos aliados da Otan.

Oito anos depois do massacre e da troca de governo, não existem policiais presos, responsáveis pelas mortes. O governo concluiu que não foram eles os autores dos disparos. Mas o problema estava apenas começando.

Províncias do leste (Donetsk e Luhansk) se rebelaram e, com a ajuda da Rússia, começou o movimento separatista. Líderes da Crimeia pediram a anexação à Rússia e um acordo para resolver o problema foi assinado um ano depois. Trata-se do famoso Acordo de Minsk, pelo qual as províncias voltaram à Ucrânia, mas com algum grau de autonomia e anistia para os separatistas.

O legislativo se negou a modificar a constituição, que dá ao presidente o direito de escolher os líderes regionais. Mas o acordo também daria a essas províncias poder de veto sobre uma decisão da Ucrânia se filiar à Otan, o que hoje o governo ucraniano não aceita mais. E o impasse continua.

Jack Matlock explica todo esse quadro antes de entrar na disputa atual para destacar: “O que precisa ser entendido é que a Rússia entende esses assuntos como problemas vitais de segurança nacional”.

Ele explica que a Rússia é extremamente sensível a atividades militares em suas fronteiras, como qualquer outro país seria. Ele não vê sentindo na política adotada, desde o governo George W. Bush, de perseguir a inclusão da Ucrânia na Otan. “É muito perigoso confrontar uma potência nuclear com ameaças militares em suas fronteiras”, diz no artigo.

Não se trata de dar à Rússia o direito de reclamar uma esfera de influência e sim de levar em consideração as possíveis consequências de insistir em incluir a Ucrânia na Otan e, em consequência, colocar a parceria militar na porta da Rússia.

Para o historiador e diplomata experiente, a Rússia argumenta que o discurso do respeito à soberania é usado apenas quando convém dadas as intervenções americanas em diferentes países. Basta falar do Iraque para não voltar demais na roda da história.

Mas ele diz que a Ucrânia só tem um caminho para se tornar um país unido e próspero: manter uma relação civil e relativamente próxima com a Rússia, dando a seus cidadãos de língua russa igualdade de direitos linguísticos e culturais. “Os amigos da Ucrânia na Europa e na América do Norte deveriam ajudá-la a entender isso ao invés de perseguir um caminho que pode muito bem se tornar uma rota suicida”.

Em um artigo mais recente, do dia 15 de fevereiro, Matlock vai além. Diz que a crise era evitável, previsível e foi precipitada pelas políticas de Bush, Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden. E conclui que a crise é, ainda, solucionável com o uso do bom senso, já que, para ele, o que Putin pede é perfeitamente razoável.

“Talvez as negociações subsequentes entre Washington e o Kremlin encontrem uma maneira de acalmar as preocupações russas e desarmar a crise. E talvez, então, o Congresso [americano] comece a lidar com os problemas crescentes que temos em casa, em vez de piorá-los”, diz o professor, para concluir. “Ou assim se pode esperar.”
https://www.cnnbrasil.com.br/internacio ... a-ucrania/




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Re: UCRÂNIA

#3174 Mensagem por gabriel219 » Dom Fev 20, 2022 1:20 am

knigh7 escreveu: Sáb Fev 19, 2022 9:13 pm Observem aonde está Shebekino:
Imagem

Está a 140m da divisa norte do Oblast de Luhansk mas bem próximo a cidade de Kharkiv. A rodovida de Shebekino (14k-46) na Ucrânia (a T1208) faz uma bifurcação em Vovchansk: uma rodovia vai para Kharkiv e a outra desce.

Os veículos estavam vindo do Sul fazendo o caminho Bershakovo-Makinovska-Shebekino pela rodovia 14K-3.
Kharkiv, aonde eu havia apostado que se a Rússia invadisse, seria ali.




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Re: UCRÂNIA

#3175 Mensagem por knigh7 » Dom Fev 20, 2022 3:13 am

knigh7 escreveu: Sáb Fev 19, 2022 11:46 pm

Ele diz que a Ucrânia é um estado, mas não ainda uma nação, montado às pressas e juntando partes que não são compatíveis. Uma criação do fim da Segunda Guerra Mundial, que juntou um oeste e um leste/sul divididos por culturas e línguas distintas.


https://www.cnnbrasil.com.br/internacio ... a-ucrania/
A fronteira Oeste da União Soviética, antes da 2ª Guerra ficava a 150km de Kiev, próximo a Zhytomyr. E Minsk ficava na fronteira com a Polônia. Após 2ª Guerra Mundial, partes da Polônia se tornaram partes da Bielorrussia e da Ucrânia, sendo que partes da Romênia passaram a fazer parte da Ucrânia.

mapa atual com as cidades que eu mencionei:
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Editado pela última vez por knigh7 em Dom Fev 20, 2022 5:08 am, em um total de 1 vez.
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Re: UCRÂNIA

#3176 Mensagem por knigh7 » Dom Fev 20, 2022 3:27 am

gabriel219 escreveu: Dom Fev 20, 2022 1:20 am
knigh7 escreveu: Sáb Fev 19, 2022 9:13 pm Observem aonde está Shebekino:

Está a 140m da divisa norte do Oblast de Luhansk mas bem próximo a cidade de Kharkiv. A rodovida de Shebekino (14k-46) na Ucrânia (a T1208) faz uma bifurcação em Vovchansk: uma rodovia vai para Kharkiv e a outra desce.

Os veículos estavam vindo do Sul fazendo o caminho Bershakovo-Makinovska-Shebekino pela rodovia 14K-3.
Kharkiv, aonde eu havia apostado que se a Rússia invadisse, seria ali.
Os russos provavelmente irão isolar as tropas ucranianas que estão no Leste entrando nos Oblasts de Kharkiv e depois Dnipropetrovsk (que passa o Rio Dnipro no qual divide a Ucrânia). Os russos podem destruir as pontes que unem o Oeste com o Leste do país.

Saem da Crimeia indo até aquele Rio e depois se encontram com as tropas vindas do norte em Dnipropetrovsk fechando o cerco.

E todas aquelas tropas que estão na fronteira com Luhansk e Donetsk (tem muita concentração de tropas entre Rostov-On-Don e Millerovo) fazem o ataque principal.

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Re: UCRÂNIA

#3177 Mensagem por gabriel219 » Dom Fev 20, 2022 3:51 am

knigh7 escreveu: Dom Fev 20, 2022 3:27 am
gabriel219 escreveu: Dom Fev 20, 2022 1:20 am
Kharkiv, aonde eu havia apostado que se a Rússia invadisse, seria ali.
Os russos provavelmente irão isolar as tropas ucranianas que estão no Leste entrando nos Oblasts de Kharkiv e depois Dnipropetrovsk (que passa o Rio Dnipro no qual divide a Ucrânia). Os russos podem destruir as pontes que unem o Oeste com o Leste do país.

Saem da Crimeia indo até aquele Rio e depois se encontram com as tropas vindas do norte em Dnipropetrovsk fechando o cerco.

E todas aquelas tropas que estão na fronteira com Luhansk e Donetsk (tem muita concentração de tropas ali) fazem o ataque principal.

Imagem
E tem mais, se a Ucrânia decidir invadir o Donbass, vai ter que concentrar muitas forças nessa região e mover tropas do Leste para o centro do país para proteger as principais cidades e a Capital. Isso vai abrir um buraco gigante nas linhas, que os Russos poderiam explorar em movimento de pinça, através da Criméia e Kharkiv. As tropas na Bielorrússia e Transnistria é o que garante que as tropas mais centrais continuem lá, pois se caso a Rússia fizer tal pinça e cercar as forças Ucranianas no Donbass - a Rússia tem recurso de sobra para destruir as pontes e permitir seu avanço em pinça - os Ucranianos serão obrigados a duas escolhas: negociar um cessar-fogo ou tentar realizar um contra-ataque para criar uma brecha e liberar as tropas no Donbass, mas ai deixa as principais cidades e a capitão aberta a ataque Russo.

Ao que me parece, essa é a situação que se desenha e penso que talvez seja isso que os Russos pensam, considerando que desde a Guerra Fria, ainda feito na Geórgia e depois na Síria, com proxy da SAA, eles amam utilizar táticas para atrair o inimigo e realizar ataque em pinça para isolar.




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Re: UCRÂNIA

#3178 Mensagem por knigh7 » Dom Fev 20, 2022 5:27 am

Eu sigo o Sutton há bastante tempo. É analista de Defesa e escreve artigos e trabalhos acadêmicos para o Naval Institute, da US NAVY.




Editado pela última vez por knigh7 em Dom Fev 20, 2022 5:52 am, em um total de 1 vez.
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Re: UCRÂNIA

#3179 Mensagem por knigh7 » Dom Fev 20, 2022 5:40 am

O Putin assinou um decreto convocando mais reservistas (havia assinado um nos últimos meses do ano passado):

Date of publication : 18.02.2022
Publication Number : 0001202202180067


http://publication.pravo.gov.ru/Documen ... 2202180067




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Re: UCRÂNIA

#3180 Mensagem por P44 » Dom Fev 20, 2022 7:56 am

knigh7 escreveu: Dom Fev 20, 2022 3:13 am
A fronteira Oeste da União Soviética, antes da 2ª Guerra ficava a 150km de Kiev, próximo a Zhytomyr. E Minsk ficava na fronteira com a Polônia. Após 2ª Guerra Mundial, partes da Polônia se tornaram partes da Bielorrussia e da Ucrânia, sendo que partes da Romênia passaram a fazer parte da Ucrânia.

mapa atual com as cidades que eu mencionei:
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