Missilhouse do Brasil
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Re: Mssilhouse do Brasil
O que ocorreu com as empresas nacionais no último ano não afetou a qualidade do míssil.
Aliás, a participação maior no desenvolvimento é dos sul-africanos. E a quebra da Mectron ocorreu no fim.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Brasileiro escreveu:
A Opto quebrou, e a divisão aeroespacial creio que foi comprada pela Embraer, sabe-se lá quais as capacidades técnica e financeira atuais da mesma.
Sobre a Opto Eletrônica, a divisão de Espaço e Defesa está sob o comando atualmente da Akaer/SAAB.
Está lá no site dela:
http://opto.com.br/defesa-e-espaco/A área Aeroespacial da OPTO nasceu em 1994 com o propósito de fazer pesquisa, desenvolvimento de produtos e prestar consultoria Opto-Eletrônica-Laser aplicada à área aeroespacial.
O principal cliente final da OPTO foi o Governo Brasileiro, por meio de seus institutos de pesquisas, agências do setor e Forças Armadas. A área Aeroespacial também prestou serviços para outras empresas que necessitaram integrar em seus produtos e subsistemas a equipamentos do setor.
O maior foco desta área esteve no desenvolvimento, a baixo custo, de hardwares e softwares que integraram tecnologias óptica, laser e eletrônica adequadas à área aeroespacial.
A divisão conta com sala limpa, para montagem e integração de sistemas, e sala escura, para testes ópticos de precisão, ampla gama de instrumentos para desenvolvimento de testes e validação de sistemas optoeletrônicos embarcados.
Supre ainda as outras áreas de produção da OPTO com tecnologia de ponta para a montagem, testes e controle da qualidade dos seus produtos.
A parceria SAAB/Akaer, em dezembro de 2016, adquiriu ativos da Divisão de Espaço e Defesa (E&D) da Opto Eletrônica S.A, que passou a se chamar OPTO Space & Defense.
O objetivo da Akaer é garantir que as tecnologias optrônicas desenvolvidas pela OPTO ao longo de décadas sejam mantidas sob o domínio de uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), para que possam ser utilizadas nos programas nacionais de espaço e defesa nos próximos anos.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Claro que não afetou a qualidade do míssil, ele não perde os seus méritos de ser um dos melhores do mundo na categoria. O problema é termos chegado numa situação em que pagamos pelo desenvolvimento e agora corrermos o risco de termos de importar o míssil 100% fabricado fora. Qual a grande vantagem?knigh7 escreveu:O que ocorreu com as empresas nacionais no último ano não afetou a qualidade do míssil.
Aliás, a participação maior no desenvolvimento é dos sul-africanos. E a quebra da Mectron ocorreu no fim.
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- knigh7
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Re: Mssilhouse do Brasil
Só a Mectron que foi atingida (não obstante ela tivesse um papel importante). A FAB está cancelando todos (se já não cancelou ) os contratos com ela (a Mectron AINDA não encerrou suas atividades) e passando para o DCTA e outras empresas.
Mas não sei quem vai assumir o papel dela no programa do A-Darter.
Mas não sei quem vai assumir o papel dela no programa do A-Darter.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Ou o DCTA fica com o espólio do A-Dater referente ao trabalho da Mectron nele, o quem pagar pelo espólio dela leva.
Vai depender do que a FAB vai fazer.
abs.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Só lembrando que o fator mais importante desta equação não são as empresas em si, mas sim seus recursos humanos, que são os que detém o know-how adquirido. A mepresa fecha, mas esses recursos humanos são reaproveitados por outra(s). A própria Mectro nasceu dessa forma, da mão de obra especializada vinda da Órbita Aeroespacial, Embraer, DF Vasconcelos... Isso se perde quando ocorre uma tragédia como o caso do VLS, que praticamente sepultou o programa espacial brasileiro.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Ué, mas a Avibrás não ia ficar com a parte da Mectron no AAM? Se não me engano vi até foto do A-Darter com o logo...
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Re: Mssilhouse do Brasil
A África do sul tem cerca de doze Gripen, o Brasil vai ter 36 em 2024. A África do sul está quebrada, Brasil está quebrado. Quantos mísseis estes dois colossos da incompetência vão comprar mesmo? O que vai ser de escala desse míssil? Brinca que o íris-t vai ser muito mais barato.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Não sei com relação ao preço, mas na entrevista que o pres. da COPAC deu para a S&D, estava na conclusão as tratativas do Brasil com a África do Sul a fim de manter o programa A-Darter ao longo do tempo.vplemes escreveu:A África do sul tem cerca de doze Gripen, o Brasil vai ter 36 em 2024. A África do sul está quebrada, Brasil está quebrado. Quantos mísseis estes dois colossos da incompetência vão comprar mesmo? O que vai ser de escala desse míssil? Brinca que o íris-t vai ser muito mais barato.
Ou seja, compromisso de fluxo orçamentário e técnico ao programa para que não acabe.
Esses compromissos internacionais são bons porque durante os solavancos orçamentários são deixados para o fim nos cortes já que o outro lado tem o poder de exigir.
Vide o caso do KC390: em 2014 pagamos R$418 milhões de uma meta de de R$890 milhões. Enquanto que com o H225M, que é financiado pelos bancos franceses, pagamos R$650 milhões.
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Re: Mssilhouse do Brasil
A questão não é nem o financiamento do programa em si, mas sim a viabilidade financeira para manter uma l de produção com preços exequíveis. Não consigo ver como um míssil que deverá ter no máximo umas duas centenas (olha o otimismo aí!) de unidades produzidas para os dois parceiros de desenvolvimento poderá ter preço compatível com o mercado. Muitos dos itens devem ser importados, sem volume (escala) não tem milagre que faça o custo ser competitivo. Vale a pena pagar mais caro por algo que sequer vai ser fabricado aqui? Se formos falar de exportações para terceiros, não esquecer que o mercado está inflacionado com vários mísseis da mesma categoria. Mas enfim, aqui é Brasil. O mais provável é comprarmos alguns A-darter pra fazer média e mais alguns íris-t ou python V.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Não sei se vamos conseguir exportar. Mas fizemos um excelente míssil, que atende as nossas necessidades. Mais caro que outros? Pode ser. Mas vale a pena ter essa capacidade.
Nós vamos produzir parte dos mísseis aqui sim. A Mectron não era a única encarregada de produzir o A-Darter no Brasil:
http://defesaeseguranca.com.br/tecnolog ... gripen-ng/
Nós vamos produzir parte dos mísseis aqui sim. A Mectron não era a única encarregada de produzir o A-Darter no Brasil:
via :TECNOLOGIA> Brasil e África do Sul desenvolvem míssil A-Darter para Gripen NG
7 DE NOVEMBRO DE 2016
Fonte: FAB
O míssil A-Darter, desenvolvido em parceria entre o Brasil e a África do Sul, equipará o novo caça da FAB – o Gripen NG. O projeto já está finalizado e agora passa pela fase de estudos industriais para a definição dos processos de fabricação a serem utilizados pelas empresas Mectron e Avibras (contratadas para fabricação do equipamento no País).
O A-Darter é um míssil de emprego ar-ar de 5ª geração, de curto alcance e guiamento por imageamento infravermelho. Suas principais características são a capacidade de contra-medidas, como despistadores tipo flare; perseguir alvos além do alcance de varredura do radar da aeronave e sistema de pontaria no display montado no capacete do piloto (Helmet Mounted Display).
Suas características estruturais de guiamento e pilotagem permitem que o míssil possa executar manobras de altos fatores de carga, como atingir um alvo que esteja posicionado para trás da aeronave lançadora. O controle por empuxo vetorado (Thrust Vectoring Control – TVC) confere a capacidade de realizar manobras de até 100 vezes o valor da gravidade (100 G). As aeronaves caças de combate mais modernas não ultrapassam 9 G. Seus modos de engajamento permitem atingir alvos designados até depois do lançamento (Lock-On After Launch – LOAL).
“Todas essas características tornam o A-Darter um armamento de altíssimo valor operacional, dotando as aeronaves que os empregarem de uma elevada capacidade de combate aéreo. Além disso, fazem o armamento possuir elevado custo de aquisição no mercado internacional, onde mísseis semelhantes podem chegar a 500 mil dólares. Uma vez industrializado no Brasil, além da própria aquisição pela FAB, abre-se a oportunidade de exportação de um item de alto valor agregado e envolvimento de várias empresas de tecnologia em equipamentos de defesa, gerando empregos”, esclarece o Engenheiro Paulo Cesar.
Em termos tecnológicos, o míssil incorpora o estado da arte da tecnologia para utilização em mísseis ar-ar de curto alcance e tem estrutura de baixo arrasto aerodinâmico, permitindo distâncias superiores se comparado aos mísseis semelhantes. Seu motor-foguete apresenta baixa emissão de fumaça, dificultando a identificação pela aeronave inimiga. A utilização do míssil pela FAB está prevista para ocorrer juntamente com a chegada do Gripen NG.
TECNOLOGIA DE USO DUAL
Além dos ganhos operacionais para as Forças Armadas, a tecnologia na área de defesa pode contribuir também para outros segmentos. “O grande ganho que nós temos ao desenvolver tecnologia é a dualidade. Além do uso militar, esses produtos geram tecnologia para produtos civis. Um exemplo é a utilização do laser. Inicialmente produzido para atividades militares, hoje é empregado em benefício da medicina”, exemplifi ca o Coronel Ancelmo Modesti, Chefe da Seção de Ciência e Tecnologia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).
O militar destaca também, ainda, o ciclo benéfico para o País. “Quando investimos em tecnologia nacional, nós buscamos a diminuição da dependência do exterior. Ao produzimos tecnologia, incentivamos a pesquisa, gerando conhecimentos e produtos que fomentam a indústria. Esse incentivo leva à geração de outras necessidades e demandam novas pesquisas, formando um ciclo virtuoso”, ressalta.
http://defesaeseguranca.com.br/tecnolog ... gripen-ng/
- vplemes
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Re: Mssilhouse do Brasil
Queria eu ter esse seu otimismo! Mas como alguém que já chegou no meio século de vida, e se transformou em alguém muito desconfiado (mais pra cínico mesmo) em relação a estes programas de defesa que vira e mexe aparecem, prefiro esperar pra ver (se bem que, depois dos cinquenta já não dá para esperar tanto quanto antes!).
- knigh7
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Re: Mssilhouse do Brasil
Bom, sou 10 anos mais novo que vc (tenho 40), mas me interesso sobre assuntos de Defesa desde pequeno, por influência do meu pai. Ainda guardo os livros da Jane's que eram dele da década de 80! Publicações daquela década com a USAF fazendo o maior drama com o Mig 23 sendo que ela já estava com uma quantidade expressiva de F-15 e F-16!!vplemes escreveu:Queria eu ter esse seu otimismo! Mas como alguém que já chegou no meio século de vida, e se transformou em alguém muito desconfiado (mais pra cínico mesmo) em relação a estes programas de defesa que vira e mexe aparecem, prefiro esperar pra ver (se bem que, depois dos cinquenta já não dá para esperar tanto quanto antes!).
Com relação ao MSS 1.2 eu sou pessimista com ele, por exemplo. Aliás semana passada eu disse no tópico da Aviação do Exército que até torço para esse programa acabar de vez para o EB procurar uma outra solução.
O programa A-Darter tem muita diferença. Vale a pena a gente separar o joio do trigo para que sirva de aprendizado.