Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu:Lima, vc mencionou as sonoboias: uma sonoboia moderna, da familia AN/SSQ custa em média USD 1 mil (o contrato mais recente da US NAVY USD 166 milhões envolvia 141.263 AN/SSQ + 5 mil MK84). Uma aeronave 737 ou tem de descer para lançar com mais precisão, ou lançam lá de cima sem precisão ou então tem de adotar algum kit de precisão. Ou seja as 2 primeiras opções não custam caro, mas tem consequências ruins seja por ter de ficar descendo e subindo, seja pela baixa precisão. A terceira opção é tornar uma coisa extremamente barata em cara. E isso a gente está falando sobre de algo que são os "ouvidos" da aeronave de patrulha na missão ASW que são lançados o tempo todo.
De fato, uma aeronave a reação é bem mais rápida (citando o caso do 737, velocidade de cruzeiro 0.785 mach, contra 0.49 mach do P-3) podendo chegar mais rápido ao local, mas essa a causa do problema de não poder patrulhar baixo, lento e econômico atividade ideal ara guerra ASW, algo que uma aeronave turboélice faz.
Tenho dúvidas se EUA, Austrália, Inglaterra, Japão "entenderam que os tempos mudaram". Para mim, como eu havia citado em outro post, é mais a abuso da "COTSação".
Acho que temos que começar tentando entender que a tarefa de caçar submarinos mudou muito. Os Subs são muito mais furtivos, e os sensores melhoraram muito. O P-8 (ou um P-3) não precisa voar baixo e lento para achar um Sub.
Os dados das sonobóias são transmitidos para a aeronave (ou aeronaves) seja essas estejam voando alto ou baixo. Não faz a minima diferença. Voar baixo e lentamente é coisa do século passado. Os Subs hoje em dia tem melhor proteção eletromagnética e mesmo os convencionais podem ficar submergidos por muito mais tempo do que 30 anos atrás. A US Navy mesmo comprova isso todos os anos quando vários países (incluindo o Brasil) mandam os subs para cá para serem testados contra os Americanos.
A idéia de 'falta de precisão' não existe porque essas áreas são calculadas para que as sonobóias caiam justamente aonde é esperado. Os equipamentos do P-8 são muito mais precisos.
Eu não disse que o problema das sonoboias com relação a altitude não é transmissão dos sinais mas sim a precisão a partir da altitude que elas são lançadas.
As sonoboias são jogadas por paraquedas. O P-3 patrulha a 500metros.
Ou seja, volta naquela questão que eu te falei:
Uma aeronave 737 ou tem de descer para lançar com mais precisão, ou lançam lá de cima sem precisão ou então tem de adotar algum kit de precisão. Ou seja as 2 primeiras opções não custam caro, mas tem consequências ruins seja por ter de ficar descendo e subindo, seja pela baixa precisão. A terceira opção é tornar uma coisa extremamente barata em cara. E isso a gente está falando sobre de algo que são os "ouvidos" da aeronave de patrulha na missão ASW que são lançados o tempo todo.
Carlos Lima escreveu:
E sim, países como Austrália, Inglaterra, Índia, Japão (P-1) tem que lidar com subs cada vez mais furtivos, que podem disparar mísseis de distâncias cada vez maiores e todos eles sabem que o P-3 está chegando ao fim da sua era, para tanto que os japoneses estão indo para uma solução nacional ao invés de continuar investindo nos seus +75 P-3.
A realidade é que finalmente estamos engatinhando e tentando reaprender uma capacidade que perdemos a mais de 30 anos atrás, mas o mundo continua progredindo e os subs e tecnologias para encontrá-los não vão ficar esperando pelo Brasil.
Agora temos que substituir as asas, acabar com os problemas de corrosão, resolver os outros 'bugs' e ver se os EUA nos deixam disparar um Harpoon ou dois para ver se a coisa funciona com o FITS.
[]s
CB
Primeiro que o sistema FITS já tem integração com o Harpoon. É um sistema moderno e instalado numa célula reconhecida.
Agora, além de criar problemas para as asas dos P-3M que estão voando (ainda nem sequer foi lançada concorrência para a troca delas) agora criaram outros problemas, que é a corrosão e os bugs.
Tanto o Japão quanto a Austrália começaram a operar os P-3 no mesmo ano, em 1.978. Eles deveriam estar bem "gastos". O que não é o caso dos P-3A adquiridos pela FAB:
No primeiro semestre deste ano, a Lockheed Martin finalizou os testes, para os quais fora contratada e passou a produzir os relatórios para os Contratantes, incluindo a US NAVY, que ao analisar os resultados expediu Diretivas Técnicas no intuito de inspecionar as partes mais críticas e prevenir futuros problemas estruturais. Essas Diretivas tiveram como principal foco as aeronaves P-3 C que já ultrapassaram o limite de vida em fadiga. A US NAVY possui algumas aeronaves na faixa de 140% de FLE ("Fatigue Life Expended"), estando a maioria delas atingindo 100% de FLE atualmente.
Como já foi explanado, o teste realizado teve a intenção de levar a estrutura até o limite de sua fadiga, portanto as falhas na estrutura já eram esperadas com naturalidade, tendo a US NAVY expedido as Diretivas Técnicas como um procedimento de manutenção rotineira e não excepcional. O Brasil como um cliente estrangeiro do FMS (Foreign Military Sales) recebe os boletins de serviço das aeronaves que são apoiadas por esse Programa.
Neste cenário, é importante ressaltar que as aeronaves do acervo do COMAER são P-3 A com cerca de 60% de FLE ("Fatigue Life Expended"), sendo os 40% restantes, suficientes para voar, durante o tempo previsto de sua utilização pela FAB, sem a necessidade de reparos estruturais ou troca das asas e empenagem horizontal. Essas aeronaves foram escolhidas do excedente da reserva de guerra da US NAVY em 2000, após uma rigorosa seleção realizada por engenheiros da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) do COMAER, quando as doze aeronaves foram inspecionadas em toda a sua estrutura e documentação.
http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... ao-dos-P3/
A Austrália e Japão tiveram de substituir por outra aeronave e optaram pela mesma solução da NAVY. Com sistemas modernos numa boa célula, como são os P-3M estão longe de demonstrar que a FAB está ficando para trás.