P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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mmatuso
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3151 Mensagem por mmatuso » Seg Fev 27, 2017 7:18 pm

Carlos Lima escreveu:
Tikuna escreveu:Agora faz muito sentido o P-8 não usar MAD pela altura que opera.

A BAE está a alguns anos desenvolvendo para a USNavy drones aerolançados com MAD integrado. Enquanto o P-8 orbita a grande altitude, fazendo uso de seus modernos sensores e detectando mais longe, os drones Caçam a baixa altitude com seu MAD. Vários podem ser lançados para aumentar a área de busca, multiplicando a capacidade de um MAD só na aeronave.

High Altitude ASW (HAASW) Unmanned Targeting Air System (UTAS) Magnetic Anomaly Detector (MAD)Imagem

http://www.militaryaerospace.com/articl ... drone.html

Parece que esses drones estão sendo criados com a tecnologia de Magnetômetro de vapor atômico, que permite detectar campos magnéticos mais de 100 bilhões de vezes mais fracos que o da terra.

Abraços!
Esses drones resolvem varias das deficiencias dos MADs atuais, ja que a aeronave tem que passar acima do Sub para esse ser detectado, alem disso a tecnologia de Magnetometro de vapor atomico diminui outra deficiencia do MAD que tem a ver com a profundidade do Sub.

Com isso a aeronave de patrulha se torna mais um centro de decisao que vai atuar quando os diversos sensores de busca encontrarem o Sub sendo atacado. O que 'e algo bem mais valido do que voar lento sobre o oceano tentando contar com a sorte para o MAD funcionar.

Como disse antes, as tecnologias estao evoluindo e fornecem solucoes mais interessantes.

[]s
CB
O futuro será esse expandir a capacidade de rastreamento e até de alcance de armamento usando drones.

Imagina um caça levando alguns drones "burro de carga" e aumentando a capacidade de disparos de formas exponencial?

E nos aqui pensando em caças 4g e comprando drone dos outros. [001]




Tikuna
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3152 Mensagem por Tikuna » Seg Fev 27, 2017 7:41 pm

O interessante nesse sistema é manter o P-8 mais longe das ameaças, como os mísseis Suprficie-AR lançados de submarinos.

Vale lembrar que o P-8 é totalmente integrado com o MQ-4C Triton, a versão marítima do Global Hawk, que funciona como uma extensão da plataforma P-8, e esse drone pode ficar 30 horas em voo.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3153 Mensagem por Penguin » Seg Fev 27, 2017 7:42 pm

O P-1 japonês e os P-8 indianos estão ambos equipados com MAD.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3154 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 27, 2017 7:47 pm

Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu:Lima, vc mencionou as sonoboias: uma sonoboia moderna, da familia AN/SSQ custa em média USD 1 mil (o contrato mais recente da US NAVY USD 166 milhões envolvia 141.263 AN/SSQ + 5 mil MK84). Uma aeronave 737 ou tem de descer para lançar com mais precisão, ou lançam lá de cima sem precisão ou então tem de adotar algum kit de precisão. Ou seja as 2 primeiras opções não custam caro, mas tem consequências ruins seja por ter de ficar descendo e subindo, seja pela baixa precisão. A terceira opção é tornar uma coisa extremamente barata em cara. E isso a gente está falando sobre de algo que são os "ouvidos" da aeronave de patrulha na missão ASW que são lançados o tempo todo.

De fato, uma aeronave a reação é bem mais rápida (citando o caso do 737, velocidade de cruzeiro 0.785 mach, contra 0.49 mach do P-3) podendo chegar mais rápido ao local, mas essa a causa do problema de não poder patrulhar baixo, lento e econômico atividade ideal ara guerra ASW, algo que uma aeronave turboélice faz.

Tenho dúvidas se EUA, Austrália, Inglaterra, Japão "entenderam que os tempos mudaram". Para mim, como eu havia citado em outro post, é mais a abuso da "COTSação".
Acho que temos que começar tentando entender que a tarefa de caçar submarinos mudou muito. Os Subs são muito mais furtivos, e os sensores melhoraram muito. O P-8 (ou um P-3) não precisa voar baixo e lento para achar um Sub.

Os dados das sonobóias são transmitidos para a aeronave (ou aeronaves) seja essas estejam voando alto ou baixo. Não faz a minima diferença. Voar baixo e lentamente é coisa do século passado. Os Subs hoje em dia tem melhor proteção eletromagnética e mesmo os convencionais podem ficar submergidos por muito mais tempo do que 30 anos atrás. A US Navy mesmo comprova isso todos os anos quando vários países (incluindo o Brasil) mandam os subs para cá para serem testados contra os Americanos.

A idéia de 'falta de precisão' não existe porque essas áreas são calculadas para que as sonobóias caiam justamente aonde é esperado. Os equipamentos do P-8 são muito mais precisos.
Eu não disse que o problema das sonoboias com relação a altitude não é transmissão dos sinais mas sim a precisão a partir da altitude que elas são lançadas.
As sonoboias são jogadas por paraquedas. O P-3 patrulha a 500metros.
Ou seja, volta naquela questão que eu te falei:
Uma aeronave 737 ou tem de descer para lançar com mais precisão, ou lançam lá de cima sem precisão ou então tem de adotar algum kit de precisão. Ou seja as 2 primeiras opções não custam caro, mas tem consequências ruins seja por ter de ficar descendo e subindo, seja pela baixa precisão. A terceira opção é tornar uma coisa extremamente barata em cara. E isso a gente está falando sobre de algo que são os "ouvidos" da aeronave de patrulha na missão ASW que são lançados o tempo todo.

Carlos Lima escreveu: E sim, países como Austrália, Inglaterra, Índia, Japão (P-1) tem que lidar com subs cada vez mais furtivos, que podem disparar mísseis de distâncias cada vez maiores e todos eles sabem que o P-3 está chegando ao fim da sua era, para tanto que os japoneses estão indo para uma solução nacional ao invés de continuar investindo nos seus +75 P-3.

A realidade é que finalmente estamos engatinhando e tentando reaprender uma capacidade que perdemos a mais de 30 anos atrás, mas o mundo continua progredindo e os subs e tecnologias para encontrá-los não vão ficar esperando pelo Brasil.

Agora temos que substituir as asas, acabar com os problemas de corrosão, resolver os outros 'bugs' e ver se os EUA nos deixam disparar um Harpoon ou dois para ver se a coisa funciona com o FITS.

[]s
CB
Primeiro que o sistema FITS já tem integração com o Harpoon. É um sistema moderno e instalado numa célula reconhecida.

Agora, além de criar problemas para as asas dos P-3M que estão voando (ainda nem sequer foi lançada concorrência para a troca delas) agora criaram outros problemas, que é a corrosão e os bugs. :roll:

Tanto o Japão quanto a Austrália começaram a operar os P-3 no mesmo ano, em 1.978. Eles deveriam estar bem "gastos". O que não é o caso dos P-3A adquiridos pela FAB:
No primeiro semestre deste ano, a Lockheed Martin finalizou os testes, para os quais fora contratada e passou a produzir os relatórios para os Contratantes, incluindo a US NAVY, que ao analisar os resultados expediu Diretivas Técnicas no intuito de inspecionar as partes mais críticas e prevenir futuros problemas estruturais. Essas Diretivas tiveram como principal foco as aeronaves P-3 C que já ultrapassaram o limite de vida em fadiga. A US NAVY possui algumas aeronaves na faixa de 140% de FLE ("Fatigue Life Expended"), estando a maioria delas atingindo 100% de FLE atualmente.

Como já foi explanado, o teste realizado teve a intenção de levar a estrutura até o limite de sua fadiga, portanto as falhas na estrutura já eram esperadas com naturalidade, tendo a US NAVY expedido as Diretivas Técnicas como um procedimento de manutenção rotineira e não excepcional. O Brasil como um cliente estrangeiro do FMS (Foreign Military Sales) recebe os boletins de serviço das aeronaves que são apoiadas por esse Programa.

Neste cenário, é importante ressaltar que as aeronaves do acervo do COMAER são P-3 A com cerca de 60% de FLE ("Fatigue Life Expended"), sendo os 40% restantes, suficientes para voar, durante o tempo previsto de sua utilização pela FAB, sem a necessidade de reparos estruturais ou troca das asas e empenagem horizontal. Essas aeronaves foram escolhidas do excedente da reserva de guerra da US NAVY em 2000, após uma rigorosa seleção realizada por engenheiros da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) do COMAER, quando as doze aeronaves foram inspecionadas em toda a sua estrutura e documentação.

http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... ao-dos-P3/

A Austrália e Japão tiveram de substituir por outra aeronave e optaram pela mesma solução da NAVY. Com sistemas modernos numa boa célula, como são os P-3M estão longe de demonstrar que a FAB está ficando para trás.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3155 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 27, 2017 7:52 pm

joao fernando escreveu:Os gringos tem até .50 com sistema de guiagem. Fazer uma boia descer no ponto certo deve ser fácil pra eles
Sim, seu exemplo coaduna com o que se está discutindo: pegar um material baratíssimo e usar um kit d eprecisão transformando-o em carissimo.

Uma sonoboia custa cerca de USD 1,000 . Vc não vai encontrar kit de precisão custando menos de USD 10mil (custam entre USD 10 mil e USD 200 mil).

Ou seja, usar um kit de precisão numa sonoboia vai multiplicar em 10x, 20x, 30x o custo.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3156 Mensagem por Túlio » Seg Fev 27, 2017 8:06 pm

Tikuna escreveu:O interessante nesse sistema é manter o P-8 mais longe das ameaças, como os mísseis Suprficie-AR lançados de submarinos.

Vale lembrar que o P-8 é totalmente integrado com o MQ-4C Triton, a versão marítima do Global Hawk, que funciona como uma extensão da plataforma P-8, e esse drone pode ficar 30 horas em voo.

Qual voa 30 horas, o mostrado na foto ou o Triton? Porque 30 hs em grande altitude nem é difícil, agora voando baixo para levar um MAD? É brabo, haja combustível, e não me consta drone pequeno/médio que possa tomar REVO. E agora que aparece essa opção meio esquisita de drone em desenvolvimento (e o P-8 está por aí, voando sem MAD), o desprestigiado MAD milagrosamente deixou de ser obsoleto, né? Na página anterior era inútil, nesta virou o jogo, vai entender...




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3157 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Fev 27, 2017 8:18 pm

Túlio escreveu:
Tikuna escreveu:O interessante nesse sistema é manter o P-8 mais longe das ameaças, como os mísseis Suprficie-AR lançados de submarinos.

Vale lembrar que o P-8 é totalmente integrado com o MQ-4C Triton, a versão marítima do Global Hawk, que funciona como uma extensão da plataforma P-8, e esse drone pode ficar 30 horas em voo.

Qual voa 30 horas, o mostrado na foto ou o Triton? Porque 30 hs em grande altitude nem é difícil, agora voando baixo para levar um MAD? É brabo, haja combustível, e não me consta drone pequeno/médio que possa tomar REVO. E agora que aparece essa opção meio esquisita de drone em desenvolvimento (e o P-8 está por aí, voando sem MAD), o desprestigiado MAD milagrosamente deixou de ser obsoleto, né? Na página anterior era inútil, nesta virou o jogo, vai entender...
Mas você viu o MAD???? Não é qualquer MAD, é um MAD atômico POWS!!!!




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3158 Mensagem por Túlio » Seg Fev 27, 2017 8:22 pm

Juniorbombeiro escreveu:
Túlio escreveu:
Qual voa 30 horas, o mostrado na foto ou o Triton? Porque 30 hs em grande altitude nem é difícil, agora voando baixo para levar um MAD? É brabo, haja combustível, e não me consta drone pequeno/médio que possa tomar REVO. E agora que aparece essa opção meio esquisita de drone em desenvolvimento (e o P-8 está por aí, voando sem MAD), o desprestigiado MAD milagrosamente deixou de ser obsoleto, né? Na página anterior era inútil, nesta virou o jogo, vai entender...
Mas você viu o MAD???? Não é qualquer MAD, é um MAD atômico POWS!!!!
Estava justamente lendo a respeito, cupincha:

http://www.navysbir.com/n15_2/N152-117.htm

Lembres, meu ponto era: a aeronave precisa voasr baixo e lento, senão não pode usar MAD. A argumentação oposta (tua, inclusive) foi de que MAD estava obsoleto. Bueno, agora aparece um (em desenvolvimento, repito) e ABRACADABRA, o MAD volta a ser kôza buena mas eu continuo a não ter razão.

Coisas assim me deixam MAD!!! [003] [003] [003] [003]




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3159 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Fev 27, 2017 8:25 pm

Falando nisso, tudo evolui, cada um vai atrás do que acredita ser o melhor caminho. Os Japas fizeram um jato com 4 turbinas pequenas de alta diluição (segundo eles) e comandos fly-by-light para não interferir no MAD, que não deve ser o mesmo do P3.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3160 Mensagem por Carlos Lima » Seg Fev 27, 2017 8:29 pm

knigh7 escreveu:
Carlos Lima escreveu: Acho que temos que começar tentando entender que a tarefa de caçar submarinos mudou muito. Os Subs são muito mais furtivos, e os sensores melhoraram muito. O P-8 (ou um P-3) não precisa voar baixo e lento para achar um Sub.

Os dados das sonobóias são transmitidos para a aeronave (ou aeronaves) seja essas estejam voando alto ou baixo. Não faz a minima diferença. Voar baixo e lentamente é coisa do século passado. Os Subs hoje em dia tem melhor proteção eletromagnética e mesmo os convencionais podem ficar submergidos por muito mais tempo do que 30 anos atrás. A US Navy mesmo comprova isso todos os anos quando vários países (incluindo o Brasil) mandam os subs para cá para serem testados contra os Americanos.

A idéia de 'falta de precisão' não existe porque essas áreas são calculadas para que as sonobóias caiam justamente aonde é esperado. Os equipamentos do P-8 são muito mais precisos.
Eu não disse que o problema das sonoboias com relação a altitude não é transmissão dos sinais mas sim a precisão a partir da altitude que elas são lançadas.
As sonoboias são jogadas por paraquedas. O P-3 patrulha a 500metros.
Ou seja, volta naquela questão que eu te falei:
Uma aeronave 737 ou tem de descer para lançar com mais precisão, ou lançam lá de cima sem precisão ou então tem de adotar algum kit de precisão. Ou seja as 2 primeiras opções não custam caro, mas tem consequências ruins seja por ter de ficar descendo e subindo, seja pela baixa precisão. A terceira opção é tornar uma coisa extremamente barata em cara. E isso a gente está falando sobre de algo que são os "ouvidos" da aeronave de patrulha na missão ASW que são lançados o tempo todo.

Carlos Lima escreveu: E sim, países como Austrália, Inglaterra, Índia, Japão (P-1) tem que lidar com subs cada vez mais furtivos, que podem disparar mísseis de distâncias cada vez maiores e todos eles sabem que o P-3 está chegando ao fim da sua era, para tanto que os japoneses estão indo para uma solução nacional ao invés de continuar investindo nos seus +75 P-3.

A realidade é que finalmente estamos engatinhando e tentando reaprender uma capacidade que perdemos a mais de 30 anos atrás, mas o mundo continua progredindo e os subs e tecnologias para encontrá-los não vão ficar esperando pelo Brasil.

Agora temos que substituir as asas, acabar com os problemas de corrosão, resolver os outros 'bugs' e ver se os EUA nos deixam disparar um Harpoon ou dois para ver se a coisa funciona com o FITS.

[]s
CB
Primeiro que o sistema FITS já tem integração com o Harpoon. É um sistema moderno e instalado numa célula reconhecida.

Agora, além de criar problemas para as asas dos P-3M que estão voando (ainda nem sequer foi lançada concorrência para a troca delas) agora criaram outros problemas, que é a corrosão e os bugs. :roll:

Tanto o Japão quanto a Austrália começaram a operar os P-3 no mesmo ano, em 1.978. Eles deveriam estar bem "gastos". O que não é o caso dos P-3A adquiridos pela FAB:
No primeiro semestre deste ano, a Lockheed Martin finalizou os testes, para os quais fora contratada e passou a produzir os relatórios para os Contratantes, incluindo a US NAVY, que ao analisar os resultados expediu Diretivas Técnicas no intuito de inspecionar as partes mais críticas e prevenir futuros problemas estruturais. Essas Diretivas tiveram como principal foco as aeronaves P-3 C que já ultrapassaram o limite de vida em fadiga. A US NAVY possui algumas aeronaves na faixa de 140% de FLE ("Fatigue Life Expended"), estando a maioria delas atingindo 100% de FLE atualmente.

Como já foi explanado, o teste realizado teve a intenção de levar a estrutura até o limite de sua fadiga, portanto as falhas na estrutura já eram esperadas com naturalidade, tendo a US NAVY expedido as Diretivas Técnicas como um procedimento de manutenção rotineira e não excepcional. O Brasil como um cliente estrangeiro do FMS (Foreign Military Sales) recebe os boletins de serviço das aeronaves que são apoiadas por esse Programa.

Neste cenário, é importante ressaltar que as aeronaves do acervo do COMAER são P-3 A com cerca de 60% de FLE ("Fatigue Life Expended"), sendo os 40% restantes, suficientes para voar, durante o tempo previsto de sua utilização pela FAB, sem a necessidade de reparos estruturais ou troca das asas e empenagem horizontal. Essas aeronaves foram escolhidas do excedente da reserva de guerra da US NAVY em 2000, após uma rigorosa seleção realizada por engenheiros da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) do COMAER, quando as doze aeronaves foram inspecionadas em toda a sua estrutura e documentação.

http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... ao-dos-P3/

A Austrália e Japão tiveram de substituir por outra aeronave e optaram pela mesma solução da NAVY. Com sistemas modernos numa boa célula, como são os P-3M estão longe de demonstrar que a FAB está ficando para trás.
Essa teoria de que as sonoboias cairiam em lugares longe do estimado nao reflete a realidade. Os seu lancamento ocorre na area determinada, pois 'e tudo calculado pelos sistemas do P-8. E 'e bom lembrar que mesmo no caso do P-3 essas coisas caem no mar, flutuam e 'se movimentam' por conta do mar. :)

Saiu uma material do Defesanet recentemente falando sobre os problemas de corrosao do P-3. http://www.defesanet.com.br/fab/noticia ... rtunidade/

Como dito anteriormente o P-3 esta comecando a ser substituido, pois dentre outros motivos a Guerra ASW esta mudando. A FAB estava super atrasada nesse campo, pois perdeu praticamente toda a doutrina desse tipo de aviacao, e agora tem que comecar do zero, mas o mundo continua caminhando.

A coisa boa 'e que o que vem mudando sao os sistemas, mas at'e quando vale a pena atualizar o P-3 velho (celula) com sistemas novos? Afinal para termos novamente a doutrina temos que voar "Muito" sobre o mar, mas isso resulta em mais desgaste para a aeronave, diminuindo a sua util. A coisa 'e complicada.

Obviamente os P-95 tambem nao vao durar para sempre e nao iria me surpreender se ambas as aeronaves sentirem o peso na idade mais ou menos na mesma epoca criando mais um buraco negro de gastos.

O futuro tem que comecar a ser pensado agora, ou vamos $$$$ muito, ou perder doutrina. Comercialmente fazer isso hoje faz mais sentido ja que em varias partes do mundo o P-3 esta ficando cansado. Se demorarmos a apresentarmos uma solucao, vamos perder o bonde em termos comerciais, o que vai resultar em mais $$$ e menos dividendos para nos no futuro.

[]s
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3161 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Fev 27, 2017 8:33 pm

Túlio escreveu:
Juniorbombeiro escreveu: Mas você viu o MAD???? Não é qualquer MAD, é um MAD atômico POWS!!!!
Estava justamente lendo a respeito, cupincha:

http://www.navysbir.com/n15_2/N152-117.htm

Lembres, meu ponto era: a aeronave precisa voasr baixo e lento, senão não pode usar MAD. A argumentação oposta (tua, inclusive) foi de que MAD estava obsoleto. Bueno, agora aparece um (em desenvolvimento, repito) e ABRACADABRA, o MAD volta a ser kôza buena mas eu continuo a não ter razão.

Coisas assim me deixam MAD!!! [003] [003] [003] [003]
Não, eu não disse que o MAD era obsoleto (ou disse???Sei lá :mrgreen: ) o que eu disse é que submarinos modernos tem o casco construído com aço austenítico, que não é magnético. Agora, o quanto isso interfere em uma busca com MAD??? Não tenho a menor ideia. Também disse que o MAD é diferente de sonar, um é magnético, o outro é acústico. Como dizia o filósofo: Eu não vim para explicar, vim para confundir. :lol:




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3162 Mensagem por Túlio » Seg Fev 27, 2017 8:37 pm

Juniorbombeiro escreveu:Falando nisso, tudo evolui, cada um vai atrás do que acredita ser o melhor caminho. Os Japas fizeram um jato com 4 turbinas pequenas de alta diluição (segundo eles) e comandos fly-by-light para não interferir no MAD, que não deve ser o mesmo do P3.

Só se o avião for de plástico. [003] [003] [003] [003]

De qualquer modo, FAB (ou MB), MD e EMBRAER fizeram josta: se esta propusesse àqueles um turboprop para substituir o Orion (mas não fez nem vai fazer isso, abandonou faz anos os turboprops para focar nos jatos, deixando o mercado para a concorrência. Aposto que o substituto do Super Tucano, último turboprop da EMB, será um jato) e aqueles compreendessem e apoiassem, ninguém estaria esquentando a cabeça sobre um avião que custa os olhos da cara para manter (Orion) e muito menos por outro que custará ainda mais (Poseidon).

Mas é o Brasil-sil-sil... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3163 Mensagem por Túlio » Seg Fev 27, 2017 8:41 pm

Juniorbombeiro escreveu:
Não, eu não disse que o MAD era obsoleto (ou disse???Sei lá :mrgreen: ) o que eu disse é que submarinos modernos tem o casco construído com aço austenítico, que não é magnético. Agora, o quanto isso interfere em uma busca com MAD??? Não tenho a menor ideia. Também disse que o MAD é diferente de sonar, um é magnético, o outro é acústico. Como dizia o filósofo: Eu não vim para explicar, vim para confundir. :lol:

PUTZ, cupincha, estou faz quase 12 anos no DB, a maioria dos meus poucos posts está distribuída pelas Seções-Fulcro (Aéreas, Navaie e Terrestres), será que eu não sei a diferença entre um sonar e um MAD? :shock: :shock: :shock: :shock:




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3164 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Fev 27, 2017 8:47 pm

Deixa eu propor uma experiência aqui. A maioria de vcs deve saber que os smartphones tem um sensor magnético. Com isso é possível baixar um Aplicativo detector de metais, ou uma bússola. Pois bem, coloquem o aparelho em cima dá geladeira, vai dar um campo magnético feladaputa (a não ser que seja essas geladeiras chiques em inox, poucas são de verdade, a maioria é aço carbono escovado e envernizado), agora onde podemos encontrar aço austenítico???? Bem, um bom exemplo é a chapa de inox do fogão (se não for um Cooktop de vidro) ou uma pia (se não for de mármore). Quem tiver geladeira, fogão ou pia de pobre em casa, faça o teste e veja a diferença. Só não me perguntem que raio de unidade de medida é aquela, perguntem pro tio Google.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3165 Mensagem por Juniorbombeiro » Seg Fev 27, 2017 8:49 pm

Túlio escreveu:
Juniorbombeiro escreveu:
Não, eu não disse que o MAD era obsoleto (ou disse???Sei lá :mrgreen: ) o que eu disse é que submarinos modernos tem o casco construído com aço austenítico, que não é magnético. Agora, o quanto isso interfere em uma busca com MAD??? Não tenho a menor ideia. Também disse que o MAD é diferente de sonar, um é magnético, o outro é acústico. Como dizia o filósofo: Eu não vim para explicar, vim para confundir. :lol:

PUTZ, cupincha, estou faz quase 12 anos no DB, a maioria dos meus poucos posts está distribuída pelas Seções-Fulcro (Aéreas, Navaie e Terrestres), será que eu não sei a diferença entre um sonar e um MAD? :shock: :shock: :shock: :shock:
Bem, você escreveu (ou eu entendi), que se o MAD não pega, imagina o sonar, dá uma lida lá pra vc ver.




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