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Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Seg Dez 08, 2008 2:35 pm
por Vinicius Pimenta
PRick escreveu:Quem disse que não vamos ver a cor do dinheiro? A dívida tem garantia, ao contrário do que o Panfletão deixou transparecer. Não perdemos nada na Bolívia, recebemos o valor da refinaria, o gás estamos usando ele, somos o maior beneficiário de seu consumo, fizemos a infraestrutura na Bolívia porque era nosso interesse e para nosso consumo, dado que não serve para mais ninguém.

Esses são os fatos, nos beneficiamos e muito com o negócio de gás da Bolívia. Porém, se houve erro, foi vincular nosso consumo de gás a um país altamente instável, mais isso foi decisão do passado, que hoje estamos tentando minorar.

[ ]´s
Claro, claro. Vamos ver a cor do dinheiro porque o Equador não tem como negar que a dívida é legal, mas se a política adotada fosse a mesma do caso boliviano, não veríamos. Felizmente houve uma mudança. Tardia mas houve. Tem certeza que não perdemos nada na Bolívia? Hmmm. Tá bom. Engraçado que eu abastecia o carro a gás com menos de um real o metro cúbico. Agora o gás já está mais caro que o álcool. Claro, burro sou eu que vou na palavra dos governos acreditando na maravilha econômica e ambiental do GNV. Depois de anos inventivando o uso de carros movidos por esse combustível, de repente o presidente da Petrobras vem dizer que o GNV não é um bom combustível. Pura palhaçada, PRick. Você pode considerar o que você quiser como fatos, o único fato que eu vejo é que a política externa brasileira não conseguiu seus objetivos, foi passada pra trás várias vezes e todo mundo achou que poderia ganhar em cima do Brasil. Agora resta reverter isso, mudando o tom de um discurso paternalista barato para um realmente de acordo com a altura do Estado brasileiro.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Seg Dez 08, 2008 2:41 pm
por Vinicius Pimenta
Tudo bem se você não gosta do Estado de São Paulo, mas você não tem argumentos para questionar o texto, sobrou a desqualificação. Se não serve o OESP, tente o El País, via BBC:
Brasil está na mira de sul-americanos após "disputa" com Equador, diz "El País"

da BBC Brasil
A decisão do Equador de levar a uma corte internacional a disputa por uma dívida de US$ 243 milhões com o BNDES configura "um novo e delicado cenário na política regional sul-americana", segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário espanhol "El País".

"Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela põem em dúvida as dívidas com Brasília e questionam a liderança de Lula", diz o jornal na reportagem intitulada "Todos contra o poder do Brasil".

Segundo o diário, ficou para trás a promissora foto da cúpula de Manaus no último dia 30 de setembro, na qual Brasil, Venezuela, Bolívia e Equador anunciaram um ambicioso projeto de integração regional que incluía investimentos conjuntos para conectar os oceanos Atlântico e Pacífico.

"Alinhados com a posição do Equador e estrangulados pela crise financeira internacional, alguns governos da esquerda mais dura da América do Sul (Venezuela, Paraguai e Bolívia) planejam agora revisar suas respectivas dívidas com o Brasil", diz o "El País".

"O Brasil está na mira de vários países da região, que manifestaram sua solidariedade ao governo equatoriano depois do conflito diplomático entre Brasília e Quito, por causa de uma série de deficiências detectadas na usina hidrelétrica de San Francisco, construída no Equador pela empresa brasileira Odebrecht com financiamento do BNDES."

O governo brasileiro, no entanto, já teria advertido os vizinhos que pode suspender o financiamento de vários projetos de integração regional, afirma o diário.

Eixo socialista

O "El País" ainda destaca o apoio dos países integrantes da Alba (Alternativa Bolivariana para a América) à decisão do Equador, e sua recomendação para que os outros países endividados que realizem auditorias.

"Desta maneira, o eixo socialista latino-americano anima os governos da região a seguir os passos do Equador."

"O BNDES é a maior entidade de crédito da América do Sul, muito a frente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e que já emprestou milhões de dólares na forma de créditos para o Equador, Venezuela, Bolívia e Paraguai, os países que mais insistem na necessidade de analisar a legalidade das dívidas contraídas e, se for o caso, de não assumi-las", diz o jornal.

Para o "El País", a cúpula dos líderes da Unasul e Mercosul dos próximos dias 16 e 17 em Salvador, "será o momento em que Lula submeterá sua liderança regional a outra prova".

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Seg Dez 08, 2008 2:48 pm
por Oziris
Bom armas eles já possuem via venezuela.
Viva Lula pai dos pobres.

[]'s

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 1:10 pm
por GustavoB
Amorim diz que Equador continuará pagando empréstimo até que pedido seja julgado

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (9) que o Equador vai continuar pagando as parcelas do empréstimo de US$ 243 milhões que tem com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da Usina Hidrelétrica de San Francisco. Esse pagamento vai continuar até que a Câmara de Comércio Internacional julgue o pedido do presidente equatoriano, Rafael Corrêa, de suspensão da dívida.
"Houve muitas expressões dizendo que o Equador já teria dado um calote, mas o que ouvimos de maneira formal por parte do embaixador do Equador é que ele pretende pagar as parcelas até que haja uma decisão da Corte, que pode ser do mérito, a longo prazo, ou cautelar, julgada antes", disse ao participar de audiência pública sobre o assunto na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"Não houve ainda uma decisão de não pagar enquanto a Corte não se pronuncia", completou.
Celso Amorim alertou que a falta de pagamento do empréstimo, que foi feito pelo BNDES por meio do CCR - Convênio de Crédito Recíproco – seria prejudicial não só para o Brasil, mas para outros países da região.
"Essa dívida é garantida pelo CCR, o que não envolve apenas o Brasil, mas o conjunto de Bancos Centrais que participam do processo. O não pagamento de uma dívida garantida pelo CCR, teria, a meu ver, efeito muito danoso", disse.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 3:29 pm
por Sterrius
bem.... ao menos se acontecer algo o Brasil nao é o unico afetado. (ja que os outros bancos centrais sofreriam)

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 4:52 pm
por crubens
Ao que parece a quizumba arrumada pelo Correia em torno do não pagamento da dívida é só para consumo interno mesmo, visto que o Equador continua pagando direitinho. :mrgreen:

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 4:56 pm
por GustavoB
Ao que parece a quizumba arrumada pelo Correia em torno do não pagamento da dívida é só para consumo interno mesmo, visto que o Equador continua pagando direitinho.
É a escola caro Crubens, é a escola...

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 5:18 pm
por crubens
E essa classe tá ficando cheia de alunos aplicadíssimos! :evil:

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 7:16 pm
por Tupi
E a escola esta aceitando novas matriculas. :evil:

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Ter Dez 09, 2008 11:30 pm
por cvn73
Agora é que o Brasil não vê mais a cor do nosso dinheiro, petróleo equatoriano a $24
Precio WTI cierra en USD 42,07 por barril; crudo ecuatoriano se vende a USD 24 por barril, aproximadamente
18:25 | El precio del barril de crudo de Texas bajó hoy un 3,8% y finalizó a 42,07 dólares en Nueva York. El crudo ecuatoriano se vende con un castigo de aproximadamente USD 17 con relación al WTI por su menor calidad. En noviembre la cifra diferencial era de USD 15,62.


Nueva York, EFE

El precio del barril de crudo de Texas bajó hoy un 3,8% y finalizó a 42,07 dólares en Nueva York, entre expectativas de que la demanda mermará el próximo año y que la OPEP podría reducir este mes aún más su oferta. El crudo ecuatoriano se vende con un castigo de aproximadamente USD 17 con relación al WTI por su menor calidad. En noviembre la cifra diferencial era de USD 15,62.

Al finalizar la sesión en la Bolsa Mercantil de Nueva York (Nymex), los contratos de Petróleo Intermedio de Texas (WTI) para entrega en enero restaban 1,64 dólares al precio anterior, después de haberse encarecido más de un 7% el lunes.

Los contratos de gasolina para entrega en enero restaron unos tres centavos al precio anterior y finalizaron a 0,9364 dólares el galón (3,78 litros).

El gasóleo de calefacción para ese mismo mes se abarató casi seis centavos y concluyó a 1,4369 dólares/galón

En cambio, el gas natural para entrega en enero añadió un centavo y finalizó la sesión a un precio de 5,58 dólares por mil pies cúbicos.

El precio del petróleo WTI aceleró algo su caída tras superarse la media sesión en el Nymex, después de que el Departamento de Energía (DOE) de Estados Unidos rebajase hoy sus previsiones de demanda de crudo a nivel mundial, así como las relativas al consumo de combustibles en este país, debido a una menor actividad económica.

El DOE calcula que el petróleo WTI cerrará 2008 con un precio medio anual de 100 dólares y en 2009 será de una media de 51 dólares por barril, según el informe mensual de Perspectiva que difundió hoy la Agencia de Información de Energía (EIA, por sus siglas en inglés), que es la división estadística del DOE.

Los expertos de ese departamento consideran que el consumo mundial de crudo en 2008 será inferior en 50.000 barriles al del año anterior y se situará en una media de 85,75 millones de barriles diarios, y que descenderá en 450 000 barriles en 2009 respecto de este año.

Será la primera vez en tres décadas que el consumo de crudo a nivel mundial desciende en dos años consecutivos, según la EIA.

En el caso de Estados Unidos, prevé que el uso de combustibles y de otros productos derivados del crudo registre este año un descenso de 1,2 millones de barriles diarios o un 5,8% respecto a 2007.

En el caso específico de la gasolina, la EIA considera que el consumo bajará este año en 320 000 barriles diarios o un 3,4% respecto del anterior y que descenderá en 50.000 barriles el próximo año respecto de 2008.

Los operadores neoyorquinos están pendientes de comprobar si la Organización de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) rebaja su oferta en la reunión que celebrará el próximo día 17, después del recorte de 1,5 millones de barriles diarios que aprobó en octubre.

No obstante, aquella reducción no ha logrado evitar que los precios del crudo persistieran a la baja y se alejaran más del valor histórico de 147,27 dólares que tocaron en el mercado neoyorquino el pasado 11 de julio.

El galón de gasolina se vendía hoy en EE.UU. a un precio medio de 1,69 dólares, un 24,8% más barato que hace un mes y un 43,7% por debajo del valor que tenía hace un año, según el sondeo que difunde a diario la asociación automovilista AAA, la mayor en EE.UU.

Los operadores conocerán durante la próxima sesión el estado de las reservas de crudo y combustibles almacenadas en EE.UU. la pasada semana, que podrían reflejar un alza de más de dos millones de barriles en existencias de petróleo y de más de un millón en el caso de la gasolina, según algunos analistas.
http://www.elcomercio.com/noticiaEC.asp ... _seccion=6

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qua Dez 10, 2008 2:08 am
por Sterrius
veja o lado bom.... isso so acelera o fim de qualquer aventura destes governos.

Justamente porque o petroleo ta baixo eles precisam do Brasil. Sem o mesmo não tem como tentar nenhuma aventura.

Enquanto o dolar tiver baixo o chavez ficará calado. E isso da tempo pro Brasil respirar e retomar as redeas dessa sucessão de "crises".

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qua Dez 10, 2008 10:26 am
por GustavoB
veja o lado bom.... isso so acelera o fim de qualquer aventura destes governos.

Justamente porque o petroleo ta baixo eles precisam do Brasil. Sem o mesmo não tem como tentar nenhuma aventura.

Enquanto o dolar tiver baixo o chavez ficará calado. E isso da tempo pro Brasil respirar e retomar as redeas dessa sucessão de "crises".

Concordo. Vi entrevista esta semana afirmando que o petróleo a US$ 40 garantiria lucro até do que for explorado no pré-sal. Me parece um preço mais normal, que afeta menos o Brasil e contém esses ímpetos bolivariano-bananistas. A US$ 140 tava fácil, agora sefo...

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Dez 11, 2008 10:26 am
por Marino
BNDES aposta em vitória no caso do Equador

Vice do banco diz ao Senado que Brasil tem bons argumentos contra pedido de arbitragem da dívida

IURI DANTAS

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



O vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Armando Mariante, rebateu ontem as bases do processo iniciado pelo Equador na Corte de Arbitragem da Câmara Internacional de Comércio (Paris).

Ele aposta em uma vitória brasileira na arbitragem internacional que determinará se houve violações do contrato com o banco para o financiamento da construção, pela empreiteira brasileira Odebrecht, da usina equatoriana de San Francisco, que apresentou problemas no primeiro ano de atividade.

"Nós temos certeza que vamos chegar a um bom termo", disse Mariante a senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Reportagem da Folha publicada ontem revelou que, na arbitragem, o Equador questiona dois pontos específicos: a cobrança de juros sobre juros e importações feitas pela Odebrecht que não seriam oriundas do Brasil, o que desrespeitaria o contrato com o BNDES. Na arbitragem, o Equador também pede a suspensão imediata dos pagamentos, cuja próxima parcela vence no dia 29.

O vice-presidente do BNDES indicou possuir provas de que ambas as operações ocorreram de forma legítima, sendo aprovadas por uma empresa pública do Equador (a Hidropastaza) durante a construção da usina. Sobre a cobrança de juros sobre juros, Mariante afirmou que a prática é comum em contratos de financiamento internacional e acrescentou que tal cláusula seguiu pedido do próprio governo equatoriano.

O contrato de financiamento do BNDES com o Equador prevê 54 meses de carência, tempo estimado para a construção da usina, durante o qual não houve cobrança de juros. O pagamento deveria ser feito em 41 notas promissórias semestrais, 20 delas relativas aos juros que não foram cobrados durante as obras. A capitalização dos juros, explicou o vice-presidente do BNDES, serve para atualizar estes valores.

"Foi um pedido do Equador não pagar os juros durante a construção da usina, achamos que era justo não punir o país com saída de divisas durante a obra", afirmou Mariante.

Co-participante da audiência pública, o superintendente de Comércio Exterior do BNDES, Luiz Antonio Dantas, disse não ver sustentação nos questionamentos do Equador sobre as importações de equipamentos de terceiros países. Nesse caso, disse, havia duplo controle.

Num primeiro momento, a Hidropastaza dava um "aceite" na entrega dos produtos importados. Mais à frente, a mesma empresa e uma auditoria privada contratada pelo BNDES autorizam o desembolso do banco para o pagamento.

Presente na audiência, o chanceler Celso Amorim disse que o Brasil não poderia atuar com um "big stick" (porrete) na região sul-americano.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Dez 11, 2008 12:18 pm
por Oziris
Olha o troco.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

João Paulo Charleaux, de O Estado de S. Paulo



Odebrecht demite 3,7 mil funcionários no EquadorEmpresa pagará US$ 6 milhões em indenizações trabalhistas; empregados reclamam de presidente Correa.




SÃO PAULO - A construtora brasileira Norberto Odebrecht, expulsa do Equador em setembro pelo presidente Rafael Correa, concluiu nesta quarta-feira, 10, o processo de demissão de quase todos os 3.763 funcionários que trabalhavam nas cinco obras da construtora em território equatoriano. A medida abre espaço para críticas de que as sanções adotadas por Correa contra a empresa brasileira trouxeram, no fim, prejuízos maiores para os trabalhadores equatorianos.




Após a decisão do governo Correa de ocupar militarmente as instalações e canteiros de obras da Odebrecht no país, havia a expectativa de que os funcionários fossem absorvidos pelas empresas encarregadas pelo Estado equatoriano de levar as construções adiante. Mas os trabalhos permanecem paralisados desde a expulsão da empresa brasileira.



A única obra a ser retomada foi a da hidrelétrica de Baba. A Hidrolitoral, que assumiu a construção em outubro, recontratou 1.800 funcionários. Apesar disso, um mês depois, pelo menos 50 deles, ocupantes de cargos intermediários de coordenação, foram novamente demitidos.



Os mais capacitados - entre os quais, 37 brasileiros - foram remanejados para canteiros de obras da Odebrecht na Líbia, em Angola e no Panamá. Funcionários das outras quatro obras realizadas no Equador - um aeroporto, um projeto de irrigação e duas hidrelétricas - não devem ser reintegrados.



Imagem


O valor aproximado das indenizações trabalhistas é de US$ 6 milhões. "A maior parte dos empregados, 98% deles, já foi para a rua", disse ao Estado um dos engenheiros da empresa. A disputa entre o governo equatoriano e a Odebrecht teve início há três meses, depois que a Hidrelétrica de San Francisco, entregue pela construtora brasileira ao governo equatoriano, apresentou problemas e deixou de funcionar.



Correa "suspendeu as garantias constitucionais" de quatro executivos brasileiros que trabalhavam no Equador, e ameaçou, em seguida, não pagar o empréstimo de US$ 242,9 milhões feito pelo BNDES para o financiamento das obras, o que deu início a uma escalada de atritos e retaliações entre ambos os governos (mais informações na página 12).



"A empresa lamenta ter sido obrigada a demitir trabalhadores, bem como sua saída do Equador, depois de 21 anos de permanência no país", disse Luiz Antônio Mameri, vice-presidente da Odebrecht para a América Latina e Angola. Ao prever que perderiam o emprego, os funcionários dirigiram, em 20 de outubro, uma carta aberta a Correa, no jornal El Comercio, na qual diziam que não aceitariam "ser atropelados" pela decisão de expulsar a empresa do país.



O apelo dos empregados não surtiu efeito e o processo de expulsão da Odebrecht, com a conseqüente demissão dos funcionários, seguiu adiante.



Tristeza



Yolanda Patricia Paredes, secretária executiva da Odebrecht, empacotava os últimos arquivos do escritório da empresa em Guayaquil enquanto conversava com o Estado pelo celular. Ela, que tem 20 anos de trabalho na empresa, foi transferida para o escritório de Quito. "Meus cães morreram já faz um tempo. Agora, somos só eu e meu marido. Decidimos encarar esse novo desafio. Afinal, passei metade da minha vida na Odebrecht."



Quando chegar a Quito, Yolanda assumirá o cargo de secretária executiva, tirando, sem querer, o emprego de Paola Vázquez. Nos dez meses em que trabalhou para a empresa, Paola foi a assessora do engenheiro brasileiro Fernando Bessa - um dos executivos a ter os direitos suspensos e que teve de se refugiar na embaixada brasileira por 20 dias.



"Foram dias muito tensos, mas sei que vão me demitir apesar disso, apesar de tudo o que eu vivi com eles aqui. Eu soube disso na semana passada", disse Paola, emocionada.



Crise diplomática



A Odebrecht está na origem das tensões diplomáticas que há meses opõem Brasil e Equador. A construtora foi acusada pelo presidente Rafael Correa de ter entregue em junho a Hidrelétrica de San Francisco com problemas estruturais. A Odebrecht defende-se dizendo que realizou os reparos, apesar de os estragos terem sido provocados por abalos sísmicos.



Em outubro, Correa suspendeu as garantias constitucionais de quatro executivos da Odebrecht e ocupou militarmente o escritório da construtora em Quito. Por fim, o presidente equatoriano passou a contestar também o empréstimo de US$ 242,9 milhões do BNDES para o financiamento da hidrelétrica.



Quem senta é o povo, que já é pobre e vai ficar mais pobre. :|

[]'s

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Dez 11, 2008 1:51 pm
por Edu Lopes
Equador critica "prática política condenável" do Brasil

Governo reage a declarações do chanceler Celso Amorim

QUITO - O Equador qualificou ontem como "uma prática política condenável" as críticas do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, à decisão de Quito de submeter à arbitragem internacional um crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Amorim afirmou na terça-feira que "o Equador deu um tiro no pé" ao decidir levar uma dívida com o BNDES à arbitragem. O ministro apontou que o Brasil "é uma das poucas fontes de crédito de que o país dispõe".

"Se um país condiciona as fontes de financiamento a que o Estado equatoriano não tenha direito de reclamar seus interesses não nos interessa esse financiamento, isso é óbvio, é uma prática política condenável", disse o ministro Coordenador de Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, à emissora Teleamazonas.

"Acredito que Celso (Amorim) se equivoca, o que fez o Equador é ir a uma arbitragem, com pleno direito, igual a uma companhia brasileira levou o Equador a uma arbitragem", afirmou, referindo-se ao fato de a Petrobras contestar um contrato petrolífero. "O Equador nem fez um protesto diplomático nem usou sua divergência em matéria econômica como um fato político."

"Lamento que (Amorim) tenha esse tipo de expressões", disse Larrea. "Serão os árbitros franceses os que determinarão se efetivamente o Equador tem ou não razão, é uma medida absolutamente legal", apontou. O ministro lembrou ainda que o país continua pagando a dívida durante o processo. A divergência ocorre pela decisão de Quito, tomada em novembro, de enviar à Corte Internacional de Arbitragem, sediada em Paris, um contrato de crédito de US$ 242,9 milhões outorgado pelo BNDES.

O dinheiro foi usado na construção da usina hidrelétrica San Francisco, pela construtora brasileira Odebrecht. A obra apresentou sérios problemas depois de inaugurada e hidrelétrica chegou a ser paralisada para reparos. O fato levou o presidente do Equador, Rafael Correa, a expulsar a empresa do país, acusando-a inclusive de corrupção. A Odebrecht já negou qualquer irregularidade no caso.

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... nacional01
Serão árbitros franceses que decidirão se o Equador pode dar calote ou não? Que porra tem a ver os franceses com isso?